11 de jun. de 2011

Posters ilustrativos de Canarios de Porte e Cor

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ALIMENTAÇÃO PARA REPRODUÇÃO

Aconselhamos usar potes meia lua para água, alpiste e areia;

No centro da criadeira, devemos usar a banheira para a farinhada, sendo que usamos o nabão, a linhaça e a ninger junto a farinhada, diariamente, pois assim não há desperdício e acima de tudo facilita a higiene diária; No período de reprodução usamos 2 ovos para cada colher de farinhada, após o 1o dia de nascimento até o 5o dia, damos somente a gema do ovo, passado na peneira; do 6o dia em diante damos a farinhada completa.

Outro fator fundamental, é os casais gostarem da farinhada, que por ser farta em ovos é essencial par aa alimentação dos filhotes. Contudo devemos alimentá-los moderadamente, para que não se acostumem somente com esse tipo de alimento, pois se faltar a farinhada teremos que substituir por sementes, que para os filhotes são duras e difícil de serem digeridas, fazendo com que eles enfraqueçam no ninho e venham a morrer. Particularmente, em nosso criadouro, produzimos nossa própria farinhada, não fornecemos água filtrada e optamos em não administrarmos vitaminas e nem antibióticos aos nossos canários, pois assim eles tendem a ficar mais rústicos e resistentes, aumentando suas defesas imunológicas. Uma hora antes de desligar as luzes, os alimentamos com folhas de couve, para com isso estimular as fêmeas a alimentar os filhotes antes de irem para o ninho. Uma atenção especial deve ser dada as fêmeas xucras, estas devem ser colocadas nas últimas gaiolas, na parte superior e não mexer nos filhotes antes do 7o dia após o nascimento. Após um tempo fora dessa atividade, este ano iniciamos um novo plantel. E já estamos tirando uma média de 9 filhotes por casal, usando as técnicas acima citadas, as quais já foram testadas com sucesso anteriormente por nós. Desejo a todos os criadores muito sucesso e que possam, aproveitar um pouco a nossa experiência.

Alimentação e Vitaminas 2

A alimentação dos canários e outras aves mantidas em cativeiro foi sempre um problema difícil a desafiar a argúcia dos criadores, devida principalmente a delicadeza de seu aparelho digestivo que em menos de uma hora, ingere, digere, absorve e excreta os alimentos.


Na criação de canários o problema se afigura ainda mais complexo devido à diversidade de aptidões exigidas por cada raça; lipocromo, qualidade de plumagem, forma e etc.
canário em liberdade se alimentava de sementes diversas, principalmente das miúdas, mais ricas em proteínas e óleos, larvas, insetos e vermes, que lhes proporcionam proteína animal, frutas e folhas ricas em matérias nutritivas, que lhes completam as exigências alimentares.
Os alimentos ingeridos servem para produzir energia e calor, mantendo vivas as forças que são utilizadas para possibilitar a reprodução da espécie. As diversas partes componentes do organismo dos pássaros estão em constante renovação, para compensar o permanente desgaste devido a incessante atividade de destruição e reconstituição das matérias que formam parte do ser vivente. Sem entrarmos em maiores detalhes, diremos somente que os princípios básicos que constituem tecidos e os órgãos dos seres vivos são proteínas, gorduras e carboidratos.
Hoje sem a mentalidade empírica de outras épocas, sabemos que o espécime para ser sadio precisa: proteínas, vitaminas, carboidratos, minerais e gorduras. Cada um desses elementos é de vital importância para o pássaro e contribui para um perfeito estado de saúde proporcionando uma longa vida à ave.
No cativeiro o canário se adapta facilmente a um regime alimentar que vai do alpiste e água até os mais sofisticados imaginados pela sagacidade e desejo de acertar dos criadores. Ao examinarmos o conjunto de alimentos fornecidos aos canários, verificamos que é possível enquadrar tudo dentro de um regime mais simples, sem os perigos das misturas fermentáveis, completando-se com uma nova fórmula bem estudada e conjunto de alimentos que o canário busca na natureza e em harmonia com os alimentos que o criador dá aos pássaros em cativeiro.
Nem todos os alimentos são indispensáveis aos pássaros, por conseguinte, diríamos que os mesmos devem ser classificados em dois grupos: alimentos essenciais e complementares. No primeiro grupo estão verduras, vitaminas, minerais, carboidratos, proteínas e gorduras. No segundo grupo figuram os alimentos complementares e diríamos que os mesmos são "guloseimas", embora alguns deles funcionem como laxante, depurativo e desintoxicante.
Baseado no Grupo de Alimentos essencial diria que cada elemento ali inserido contribuiu com percentual vital para a existência do pássaro, como veremos a seguir.
Carboidrato: Também chamado de hidratos de carbono, açúcar etc. são assimilados pelo organismo do pássaro e contribuem como fonte de calor e energia, todos os nutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) fornecem energia em forma de Kcal, mas o cérebro consegue retirar energia somente dos carboidratos. Cada grama de carboidrato fornece 4.65 kcal de caloria.
Gorduras: Conhecidas como lipídeos no meio cientifico, esses elementos são essenciais para a formação dos hormônios, na época do frio em algumas regiões são eles que mantém o pássaro vivo, pois além de formarem uma camada isolante no corpo da ave, eles fornecem quase o dobro de energia por grama ingerida, 9.40 kcal.
Proteínas: As proteínas cumprem no organismo função de produzir energia e calor e são vitais para constituição do tecido muscular, fornecem 5,15 Kcal de energia por grama.
Os três elementos acima são encontrados nas sementes em percentuais variados.
 Vitaminas:
Ao tratarmos desse elemento, seremos obrigados a nos ater a maiores detalhes, pois se trata de assunto dos mais complexos e que muita celeuma vem causando aos criadores, sendo que seu uso indiscriminado por parte de alguns criadores sem experiência não traz qualquer benefício ao pássaro, pelo contrário, causarão danos às vezes irreversíveis. As vitaminas são substâncias ou fatores químicos sem os quais não seria possível a vida. As vitaminas são responsáveis pela viabilidade dos processos metabólicos do organismo, que naturalmente são muito lentos, elas agem como um catalisador e na falta delas há desenvolvimento irregular do pássaro.
Classificação das Vitaminas:
As vitaminas de interesse dos pássaros classificam-se em: A-D-E as mais importantes, seguidas pelas C - complexo B e K, sendo que as do grupo B são encontradas aglutinadas na forma de complexo B. Cada uma das vitaminas citadas tem função específica na sobrevivência dos pássaros razão pela qual nos reportaremos a cada uma delas. As vitaminas são separadas em dois grupos: Lipossolúveis e Hidrossolúveis; As vitaminas Lipossolúveis são aquelas que se diluem em lipídeos, ou gordura, e as Hidrossolúveis, por sua vez são aquelas que são solúveis em água.
Vitamina A - Essencial para o crescimento e desenvolvimento do pássaro, mantém a integridade dos tecidos, as plumagens mais sedosas, brilhantes e aderentes. Tem o poder de atuar junto aos órgãos de audição da ave e fazendo com que mantenha um perfeito equilíbrio e forma ereta de agarrar-se ao poleiro, importante também para se evitar a cegueira noturna. Ela encontra-se em todas as folhas verdes, na casca da maçã, cenoura, laranja, milho amarelo, gema de ovo, leite e óleo de fígado de bacalhau. Sua Falta ocasiona - Retardamento do crescimento, enfraquecimento, falta de equilíbrio, problemas respiratórios e oftalmológicos.
Vitamina B - Complexo B - Essencial para o sistema nervoso. Previne doenças do fígado, rins e coração. Fontes da Vitamina B - Quando nos referimos à palavra fonte, queremos deixar bem claro tratar-se de fontes naturais, pois é do conhecimento de todos que nas farmácias e drogarias existe a sinterização química destes elementos na forma de complexo B. Enumeramos as fontes naturais: levedura de cerveja, trigo, cascas de sementes, leite, verduras, gema de ovo, carne e tomates. Sua Falta Ocasiona - A falta desta vitamina na maioria das vezes produz transtornos digestivos, paralisia dos membros, sendo que os distúrbios de origem digestiva se manifestam quase sempre por diarréia acompanhada da falta de apetite e debilidade geral do pássaro.
Vitamina C - Essencial para prevenir o organismo das enfermidades infecciosas, principalmente do aparelho respiratório. Fontes de Vitamina C - Encontra-se em todas as frutas frescas e principalmente nas cítricas (laranja, limão, cidra e etc.), é importante lembrar que: embora não aja um sintoma de hipervitaminose (excesso negativo de vitamina no organismo) as fontes de vitamina C também são fontes de ácido cítrico, que como vimos na sessão de Periquitos Australianos, esse ácido destrói a vitamina D3 que é responsável pela absorção e fixação do cálcio no organismo da ave. Sua Falta Ocasiona - Doença infecciosa em geral, falta de defesa do aparelho respiratório, debilidade e pode provocar escorbuto.


Vitamina D - Também conhecida como a vitamina do Sol, (falaremos da Vitamina D3). Contribuí para a boa formação dos ossos, viabilizando a absorção do cálcio e fixando nas células, principalmente as células ósseas, mas podendo ser em qualquer célula, desta forma combate o raquitismo a atua como principal item na formação óssea dos filhotes na fase de crescimento. Fontes de Vitamina D - Ela é encontrada em estado natural no óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo, frutas, leite e verduras, e é conhecida como a vitamina do sol, porque o organismo consegue sintetiza-la a partir dos raios UV da luz solar.
Vitamina E - Esta vitamina é o principal fator de reprodução, portanto insubstituível para que haja uma boa fecundação dos ovos na época da criação, ela age na formação dos gametas (óvulos e espermatozóides). Obs.- Ao administrarmos essa vitamina aos pássaros devemos faze-lo com muito cuidado, pois é sabidamente comprovado que o seu excesso produz o efeito contrário, ou seja, podemos tornar o pássaro estéril. Fontes da Vitamina E - Uma das principais fontes de vitamina E é o óleo de germe de trigo. Também são boas fontes o leite, a gema de ovo e verduras. Sua Falta Ocasiona - Baixa fecundidade dos ovos. Dependendo de sua falta o pássaro torna-se estéril.
Vitamina K - ou anti-hemorrágica, essencial ao organismo. É através dela que são combatidos os males que atacam a pele, ou seja, as dermatoses. Fontes da Vitamina K - As principais fontes dessa vitamina são: Tomates, óleo Fígado de Bacalhau e Repolho.Sua Falta Ocasiona - Vulnerabilidades aos problemas dermatológicos.
 Minerais: Como o último tópico dos alimentos essenciais, nos reportaremos aos minerais, nos atendo somente aqueles de maior importância para os pássaros, porque atuam sobre o metabolismo e são indispensáveis às funções biológicas, segundo a idade de cada pássaro.
Cálcio (Ca): É indispensável para a formação do esqueleto como também para melhor eficiência do aparelho reprodutor, especialmente o ovário da fêmea. Encontra-se em estado natural no osso moído, na farinha de ostra e em geral em todos os ossos de peixe.
Fósforo (P): Presente no ADN o fósforo tem um papel muito importante no crescimento celular e interage com o cálcio para a formação dos ossos.
Cloreto de Sódio (NaCl): Mantém a propriedade física do sangue, a ponto de possibilitar os glóbulos vermelhos sua função de portadores do oxigênio e permitir a dupla decomposição mediante a que o organismo separa os sais do potássio (o principal mineral contido nas substâncias vegetais).                                          
Iodeto de Sódio (NaI): Influi favoravelmente sobre o aparelho muscular dos pássaros, já que a carência de iodo produz entre outros males, rigidez dos músculos e debilidade de muitos embriões que, alcançando o completo desenvolvimento morrem no ovo, porque não conseguem romper a casca. Já se notou que os pássaros criados em alguns países ou certas regiões perto do mar, que tomam água rica em iodo e potássio e são alimentados com comida iodada, não estão expostos e estas anormalidades.
Potássio, Sódio, Ferro. Magnésio: São indispensáveis à vida ao processo de crescimento dos pássaros. Os ossos dos animais compreendidos os pássaros, são formados de fosfato de cálcio. As verduras e as sementes são ricas em fosfato de potássio, porém um grande número de processos fisiológicos requer também a presença de sódio, ferro e magnésio. A carência de ferro se manifesta nos estados anêmicos, com debilitação e enfraquecimento e talvez mortalidade por anemia.
Sulfuretos: São elementos que constituem a albumina utilizada pelos tecidos do organismo durante o período de crescimento e reprodução. Conseqüentemente devemos ministrar, além do complexo que já falamos, ovo duro, aonde vamos encontra-lo em abundância, tanto quanto na farinha de peixe.
Cobre e Cobalto: São minerais que atuam como catalisadores no organismo dos pássaros.                                                                                                    
Verduras: As verduras são verdadeiros sustentáculos de todos os seres vivos, visto que suas partes verdes contêm: A maior parte das vitaminas contida na alimentação, fibra e ferro, sem o qual nenhum ser de sangue quente poderia sobreviver.
A razão é simples: este elemento transporta o oxigênio que alimenta o calor, e circulação sangüínea e os processos vitais que dele dependem. Porém, devemos observar com muita atenção quando oferecemos verduras aos pássaros para que as folhas estejam verdes e bem frescas, jamais usando folhas amarelas e pálidas as quais são desprovidas de vitaminas assimiláveis pelos pássaros e que certamente causariam a ave distúrbios digestivos e endócrinos com sérios transtornos à saúde do pássaro.
Nota - A necessidade de calorias de um organismo vivo varia segundo o habitat, a estação do ano, a idade e atividade desenvolvida. Nos meses frios a necessidade de calorias aumenta, aumenta também nos jovens em fase de crescimento. Uma fêmea na imobilidade do choco tem menor necessidade de calorias, que devem ser reduzidas, o mesmo diga-se para os exemplares não utilizados na reprodução nos meses quentes.
Os alimentos verdes ricos em água apresentam menos calorias do que outras substâncias de que os pássaros se nutrem. O aumento ou a diminuição das rações dos vários alimentos, segundo os casos e situações, permite uma adequada alimentação em condições ambientais e das atividades dos pássaros.


As Farinhadas: As farinhadas são produtos farináceos, sementes e ovos, são geralmente satisfatória em porcentagem dos nutrientes necessários para o perfeito funcionamento do organismo do pássaro, e classificadas pelo percentual de proteína (nutriente mais caro e de maior dificuldade de obtenção pela parte dos fabricantes), o teor de proteína pode ser diferente em três etapas da vida dos pássaros:
1 - Época de Reprodução - 16 - 18.5%;
2 - Época de Muda - 14.5 - 15.5%;
3 - Época de Repouso - 12.5 - 13.5%.
Sendo na época do repouso uma quantidade pequena de apenas uma "unha" (medida referente ao recipiente no. 2 da christino) duas vezes na semana até duas colheres das de chá duas vezes ao dia para a época de reprodução, ficando na intermediaria a época de muda.
As Sementes: Alpiste: Como já sabemos o alpiste é a principal semente usada na dieta do canário. É rica em hidrato de carbono, proteínas, vitaminas B1 e E, etc. Os hidratos de carbono produzem calorias, mantendo a saúde da ave, facilitando o digestão.
Aveia: Também é uma semente rica em hidrato de carbono exercendo ação benéfica sobre o aparelho digestivo, semelhante ao grão de trigo e arroz com casca.
Colza: Uma semente rica em proteínas, ótima para o desenvolvimento da glândula tireóide, músculos, penas, vísceras, tendões, possui ainda hidrato de carbono, vitaminas, uma semente oleosa e gordurosa, semente de cor escura, em forma de esfera.
Níger: Como a colza esta também é uma semente escura e comprida, é recomendada mais na época de criação mas podendo ser fornecida o ano todo, também possui bastante óleo, sendo um bom fortificante das matérias corantes dos canários.
Linhaça: Também é bastante oleosa, rica em proteínas, é recomendada ser fornecida as aves na época de muda de pena, pois acentua o brilho das penas.
Nabão: É utilizado também nos canários de canto, uma semente macia, é bem oleosa, rica em gordura e hidrato de carbono.
Composição Nutricional das Sementes


Sementes
Hidra.carbono
Gordura
Proteínas
Fibras
Vitaminas
Alpiste
62
51
11
06
B1,E
Aveia
63
06
10
11

Colza
21
41
19
05
A
Níger
20
37
20


Linhaça
20
37



Nabão
22
41
19
05


AREIA: Nós criadores sabemos que as aves em geral não possuem dentes, como nos canários o processo de digestão ocorre quando os músculos da moela se contraem triturando os grãos de alimento ingeridos, é nesse processo que a areia desempenha um papel fundamental. É a areia que permite que a "trituragem" que antecede à digestão se proceda de maneira completa, permitindo que a ave possa extrair do alimento todo o seu valor nutritivo. A areia que é ingerida pela ave vai para moela, fazendo as vezes dos dentes, ajudando a triturar e facilitando a digestão dos alimentos. Por esta razão o canário deve sempre ter à sua disposição uma quantidade de areia grossa, lavada e peneirada, se possível; esterilizada e seca ao sol, pode-se acrescentar junto desta areia a casca de ovo que pode ser fervida e moída ou triturado no liquidificador após secar ao sol por alguns dias, a casca não deve ser triturada muito no liquidificador para evitar que vire pó, e que fique num tamanho em que o canário possa escolher, onde junto com a areia irá na moela.
A casca de ovo é uma rica fonte de cálcio o qual é indispensável para a vida das aves. A areia deve permanecer diariamente pois as aves saberão quanto e quando se alimentar.
Carvão: O Carvão vegetal é utilizado como fortificante para os canários, evitando doenças e fornece uma maior resistência as aves, fornecendo ao canário uma vez por mês na seguinte forma: tritura-se o carvão até formar um pó, mistura-se aos poucos o mel puro, até que forme uma pasta farinhada.
Água: Como em todos os seres vivos a maior parte que constitui o corpo é água, como não poderia de ser os canários também possuem água em seu corpo 60%. Uma ave pode ficar sem comer e perder suas gorduras e proteínas e ainda sobreviverá, enquanto que a perca de 15% de água resultará em sua morte. Os canários deve ter a sua disposição um pote de água para beber e outro para se banhar (já visto em outro capítulo). A água a ser fornecida para o consumo da ave deve ser um água fresca e limpa, livre de impurezas ou mesmo de produtos químicos como cloro, etc; produtos estes que são utilizados no seu tratamento. A água é um dos alimentos que não há substituto, ele só vai ingerir aquela, por este motivo quando tiver de administrar remédios e vitaminas faz-se por via desta, pois a ave será obrigada a ingerir.
No organismo da ave se faz necessário pois a mesma transporta materiais de uma parte do corpo para outra e executa funções importantes na regulação da temperatura do organismo dos canários
A quantidade de água a ser consumida pelos canários em relação aos alimentos chega a ser numa proporção de 3 partes de água para uma parte de alimento ingerido.
A água deve ser trocada todos os dias, evitando assim o acumulo de limpo nos bebedouros que é prejudicial a ave, evite que fiquem expostos aos raios solares, porque a água esquenta e pode causar diarréia as aves.
Quanto a água de beber em viveiros e voadeiras estas devem ser colocadas do lado externo como nas gaiolas, se não for possível é aconselhável que não se coloque as vasilhas de água debaixo dos poleiros, para evitar que as aves defequem dentro dos bebedouros, podendo contaminar a água.
Lembramos sempre fornecer água limpa e fresca as aves e se possível de mina ou poços artesiano, pois temos notado que a água com cloro vem dando diarréia nas aves. Quando houver excesso de cloro na água (notável pelo cheiro forte e pelo paladar), deve-se fervê-la.
Cada criador tem seu método de alimentação, uns criando com muito sucesso, outros com menos.

Qual é a melhor mistura de sementes?

A primeira coisa que devemos ter em conta, nunca é demais lembrar, é que os canários são granivoros e, como tal, sua alimentação principal deve ser baseada em grãos.

 Entra ano, sai ano e os criadores continuam com sérias dúvidas sobre a melhor mistura que devem dar à seus pássaros. As misturas importadas, atualmente com grande oferta, enchem os olhos de alguns criadores pela variedade de sementes. Já outros, acham que a mistura é muito “forte” para nosso clima e por aí vamos. 


O que se observa é que a maior parte das opiniões são de “achismos” (não está no dicionário). Eu acho isso, fulano acha aquilo... etc. Embasamento científico que é bom ..., nada.
O objetivo deste artigo, não é dar aos pássaros (farinhada maçã, jiló, banana, chicória... etc.). Nossa meta é dar ao criador ferramentas que lhe permitam formular uma mistura ideal de sementes. Para prepararmos essa mistura, temos, antes de mais nada, conhecer a composição das sementes que a compõem, a composição da farinhada; outros alimentos fornecidos aos pássaros e finalmente as necessidades das aves.
Por último, temos que levar em conta as quantidades máximas de certas sementes e alimentos que a partir de certos limites, não são tolerados por nossos pássaros (contém princípios tóxicos) Ex. linhaça, clara de ovo sem cocção... etc.
O primeiro dado, composição das sementes,  podemos extrair da TABELA I, apresentada a seguir:

PRINCÍPIOS NUTRITIVOS – TABELA I
Composição percentual média
(Sementes com casca)

SEMENTES U PB G EN F C
Alpiste
8,7
16,6
6,4
49,0
11,6
5,9
Colza
8,0
19,8
45,0
18,0
5,9
6,8
Níger
5,0
23,0
38,0
13,0
16,0
5,0
Nabão
6,0
20,7
40,2
5,7
7,5
7,0
Linhaça
7,1
24,2
36,5
22,9
5,5
3,8
Aveis Descascada
8,5
11,3
8,7
68,4
1,5
1,6
Perilla
5,3
22,6
43,2
10,6
14,0
14,0
Painço
12,0
9,6
5,2
58,8
10,0
-
Alface
7,0
20,4
39,0
19,0
9,0
5,5
Papoula Azul
9,0
19,0
45,0
18,0
-
-
Canhamo
8,9
18,2
32,6
21,8
15,7
9,3
:::::Legenda:::::
U=Unidade
PB=proteina bruta
G=graxa
EN=extrativos não hidrogenados
F=Fibra
C=cinzas

Exemplo de utilização da TABELA I
Determinado criador utiliza as seguintes sementes na sua mistura:
1000 grama de alpiste
150 gramas de colza
150 gramas de níger
1300 total mistura
“primeiro passo”
 
Dividir o peso de cada tipo de semente pelo peso total da mistura (1.300 g) para encontrar o percentual de cada uma em relação ao volume. Assim temos:
Alpiste – 76,92
Colza – 11,53
Níger – 11,53
“segundo passo” 
Devemos construir o quadro que denominamos de TABELA II e lançar na coluna 1 o percentual de cada semente que compõe a mistura.
“terceiro passo” 
Devemos transferir da TABELA I os valores de PB, G e EM das sementes que compõe a mistura e lança-los nas colunas 2, 4 e 6 respectivamente.
“quarto passo” 
Multiplicar o % de cada semente (col. 1) pelo % col. 2) para se obter a Proteína Bruta na mistura.
“quinto passo”
 
Somar os valores da colunas 3 (% proteína bruta na mistura), 5 (percentagem de gordura na mistura) e 7 (açucares na mistura) para determinar os teores de: proteína=7,67, gordura=14,46 e hidratos de carbono=40,20 da mistura analisada

TABELA II
Sementes % total % PB PB mistura % Gordura % G mistura % EN
Açucares mistura
Alpiste
77,0%
16,6
12,78
6,4
4,92
49,0
37,73
Colza
11,5%
19,6
2,25
45,0
5,17
18,0
2,07
Níger
11,5%
23,0
2,64
38,0
4,37
13,0
1,50
Totais
100%

17,67

14,46

40,30
Embora esta mistura esteja bem balanceada para período de muda com RN=41 (relação nutritiva) o teor de gordura de 14,46 está elevado. (O cálculo da RN será abordado no próximo artigo)
Neste caso devemos aumentar a quantidade de alpiste ou utilizar uma farinhada com baixíssimo teor de gordura.
O último aspecto que devemos levar em consideração é sabermos os limites máximos e mínimos das necessidades nutricionais de nossos canários.
 
 

Limite máximo Limite mínimo
Proteínas
24%
12%
Gorduras
13%
3%
Açucares
60%
30%
Fibras
9%
3%
Estes limites variam de acordo com o estágio de vida dos canários. Temos necessidades diferentes para o crescimento ate 1 mês de vida, de 1 a 3 meses, animais em repouso, reprodução e na época da muda de penas.
Tanto as gorduras como os açucares fornecem a energia necessária ao organismo, sendo a restante armazenada em forma de gordura corporal.
Com 55% de hidratos de carbono (açucares) e + ou – 7% de gordura, se obtém energia suficiente, inclusive para recuperação de animais, débeis, desde que os demais componentes estejam em equilíbrio.
Não devemos esquecer que cada grama de gordura tem 2,5 vezes mais energia que uma grama de açucares.
Para finalizar gostaríamos de alertar que não adiantará absolutamente nada fazer estas contas se o criador não fornece as sementes adequadamente.
Vejamos no nosso exemplo: dos 100% da mistura, a níger e a colza participam com 11,5% x 2=23%. Já o comedouro da gaiola de cria comporta + ou – 50 gr de mistura. Desde que sejam bem misturadas podemos afirmar que no comedouro de 50 g. tem 11,5 gramas de colza níger. Como o passarinho come por dia + ou – 4 gramas de sementes ele pode escolher somente níger e a colza e daí, o balanceamento foi para o espaço!
O que devemos fazer é colocar pouca quantidade de mistura no comedouro, isto é, o necessário para ser consumido num dia e só reabastecer quando o pássaro houver comido tudo.

Causas de Morte de Filhotes !

Quando os filhotes morrem até ao terceiro dia, normalmente é porque os pais não os alimentam suficientemente bem, e vão enfraquecendo acabando por morrer nos três primeiros dias.

 
Daí ser sempre conveniente, no mínimo, observar de manhã, por volta das 8 horas se já têm o papo cheio, se não teremos que lhes dar a comida. Também é conveniente verificar por volta das 12 ou 13 horas, idem, depois pelo menos à noite, antes cerca de uma hora das luzes se apagarem, ou no caso de ser iluminação natural, antes do anoitecer, que é para eles não passarem a noite toda sem nada no papo. 
Quando os pais não os alimentam, deveremos dar papas de 2 a 3 horas de intervalo no máximo, nos primeiros 5 dias. É que normalmente após uns dias de termos colaborado na alimentação dos filhotes, entretanto estes já ganharam força suficiente para pedirem a comida aos pais, passando estes a alimenta-los convenientemente. Também, será oportuno lembrar que nesta altura a iluminação deverá ter a duração pelo menos de 15 horas, das 6:30h da manhã, as 21:30 horas da noite.
Existem no mercado especializado, papas próprias para a cria à mão, por palito ou através de seringa, devendo no entanto escolher-se a mais adequada ao tipo de raças que estamos a criar.
A título de exemplo lembro que o valor proteico das papa terá que variar conforme os tamanhos das raças, assim dou alguns exemplos, raças de pequeno porte, como: os Canários de cor, Glosters, fife-Fancy e Lizards, necessitam até ao trinta dias de papas (quer de cria à mão, quer de comedouro), com um valor proteico bruto de aproximadamente 26%. Para canários de médio porte, como: Border, Norwich e Frizado do Sul, cerca de 29%, para grande porte, como: Crest, Yorkshire, Frizado do Norte e Paduano, cerca de 32%, e para raças gigantes, como o: Lancashire e Frizado Parisiense, 38% de proteína bruta. É claro que não encontrará papas no mercado com todas as características, pois ficam muito mais caras, devo dizer que a papa que eu utilizo para os meus Parisienses, deverá juntar à papa de cria à mão Proteínas vegetal e animal, ou seja, por exemplo de soja e lactoalbumina, que contém todos os aminoácidos necessários ao desenvolvimento, devendo ser equilibrada em 45% de proteína vegetal: 55% de proteína animal, acompanhadas de fosfato bicalcico, para um melhor desenvolvimento ósseo.
Nesta altura a Gordura bruta deverá ter um valor máximo de 8%, os minerais que na vida normal são de 3%, nesta altura terão de triplicar, as fibras e cinzas na ordem dos 3%. É conveniente entre a mistura que se fornece a os papas, os Hidratos de Carbono andarem pelos 58 a 60%, o que quer dizer que não se deve fornecer muita aveia juntamente com o alpiste, pois torna-se muito indigesta.
A ambas as papas deveremos juntar um probiótico à base de lactobacilos, para reposição constante de flora intestinal, e um antibiótico leve, próprio para crias, para prevenção de doenças intestinais. A papa de cria à mão normalmente só é utilizada durante os primeiros 8 a 10 dias, pois a partir dessa altura não a aceitam mais, daí, na papa que se coloca no comedouro para os pais a fornecerem aos filhotes, deverá continuar a possuir as qualidades proteicas e todas as outras acima referidas, pelo menos nos primeiros 30 dias de vida.
Se morrerem após o quinto ou sexto dia, é bem mais grave, pois se passam os 3 primeiros dias, não se trata de falta de alimentação, mas sim de doença, pois, muito embora eles possam morrer em estado de eventual magreza, deve-se ao fato de estarem doentes e os pais ao constatarem isso, na maioria dos casos acabam por lhes deixar de dar comer.
Normalmente a doença que aparecer entre quinto e o décimo segundo dia é a Colibacilose, originada pela bactéria Ech.Coli, que é a que mais mata no ninho, a par eventualmente da Proventiculite.
Se os pais estão aparentemente bem, é Colibacilose. Se os pais estão um pouco abatidos, a ficar gradualmente magros, é bem pior, é Proventriculite, e esta doença praticamente não tem cura.
Vamos começar pela hipótese da Colibacilose; A colibacilose normalmente tem duas vertentes que atacam ao mesmo tempo, que é a de via intestinal e a de via respiratória, daí há necessidade de efectuar um tratamento, 5 dias antes da previsível postura (este tratamento põe-os imunes durante 15 dias a 3 semanas), com um antibiótico que possua a capacidade de prevenir a Colibacilose, Coccidiose, Salmonelose e Micoplasma, que normalmente será necessários associar-se dois antibióticos, que sejam compatíveis, administrar pelos menos 5 dias, sempre com complexo vitamínico-mineral-aminoácido.
Tal como outros grandes criadores nacionais e estrangeiros, eu não aconselho dar legumes na época das criações, pelo menos nos primeiros dias pois embora sejam muito apetecíveis, são a causa da origem da salmoneloses e colibaciloses, já que ou estão mal lavados, ou demasiado indigestos, face à fermentação, para além de nos canários de porte ser um fator de fraco desenvolvimento. Eu próprio não dou legumes aos meus canários há três anos, e tenho casais a criar desde 1995, que nunca estiveram doentes. Claro que, os legumes são ricos em minerais e sódio, que tudo isto é facilmente substituível com um complexo multimineral (eu utilizo um à base de extractos de algas). O sódio resolveremos com uma colher de sopa de sal de cozinha, por cada quilo de papa. O sódio é importante porque evita o picadismo e canibalismo. Quanto à fruta, nesta altura não dar mais que um pouco de maçã e ou cenoura cortada e não ralada, pois a cenoura ralada azeda e fermenta de imediato, uma vez por semana.
Dar menos sementes negras (gordas) e mais papas, devendo 15 dias antes das criações dar dia sim dia não, dar todos os dias durante a época da postura, parar na incubação e recomeçar a dar 2 dias antes do filhotes nascerem, a partir daí dar todos os dias até à sua separação, entretanto os pais no novo ciclo da incubação, continuando os filhotes com papa diária até os 45 dias, retomando depois uma alimentação normal.
Se a papa é de molhar, nunca deve ficar de um dia para o outro, e se a humidade da papa é grande, e a humidade ambiente é mais de 60%, deverá estar disponível para os canários no máximo 2 horas.
À noite convém deixar a chamada papa húmida (de ovo), e para a enriquecer um pouco, deverá juntar-se lhe papa húmida de insectívoros, pois tem mais proteína.

Dicionário da Canicultura

ALELOS

  • Genes em que se designam os caracteres
  • ANILHA
  • Abraçadeira inviolável para controle de criação
  •  
  • AUTOSSOMAL
  • Mutação independente do sexo dos indivíduos do casal
  • CAROTENO
  • Pigmento de cor laranja ou vermelha
  • CATEGORIA
  • Forma pela qual o lipocromo é distribuído na plumagem
  • CLOACA
  • Orifício comum à reprodução e eliminação de fezes, urina e ovos.
  • CONSANGÜINIDADE
  • Parentesco de sangue materno ou paterno
  • CROMOSSOMO
  • Segmento de filamento cromático que se destaca por ocasião definidas na formação do novo ser
  • DILUIÇÃO
  • Efeito do enfraquecimento da cor original
  • DIMORFISMO
  • Diferença no fenótipo entre machos e fêmeas
  • DOMINANTE
  • Pássaro de caracteres dominantes às demais cores de fundo
  • EUMALANINA
  • Coloração negra ou marrom que se deposita na plumagem, formando os desenhos (estrias)
  • FATOR
  • Elemento que concorre para o resultado de uma mutação
  • FENÓTIPO
  • Características externas e visíveis de um indivíduo
  • FEOMALANINA
  • Coloração marrom que se deposita nas bordas das penas
  • GAMETA
  • Célula sexual do macho ou da fêmea
  • GENÉTICA
  • Ramo da biologia que estufa os fenómenos da hereditariedade e o modo como as características são transmitidas de uma geração para outra
  • GENE
  • Partícula do cromossomo em que se encerram os caracteres hereditários
  • GENOTIPO
  • Constituição genética interna do indivíduo
  • HETEROZIGOTO
  • Indivíduo com par de cromossomos diferentes
  • HÍBRIDO
  • Pássaro que provém de espécies diferentes (ex: pintassilgo com canária)
  • HOMOZIGOTO
  • Indivíduo com par de cromossomos idênticos
  • INO
  • Terminologia aos canários albinos, lutinos e rubinos (canários com olhos vermelho)
  • INTENSO
  • Denominação ao canário com lipocromo amarelo ou vermelho, atingindo toda a extensão das penas
  • LINHAGEM
  • Conjunto de pássaros com consanguinidade controlada
  • LIPOCRÔMO
  • São pigmentos de origem lipídica que se manifesta nas cores amarelo, amarelo marfim, vermelho, vermelho marfim e branco dominante (parcialmente)
  • MELANINA
  • Pigmentos de origem proteica, encontrado nos canários negro-marrons
  • MUTAÇÃO
  • Constituição hereditária com aparecimento de carácter inexistente nas gerações anteriores
  • MOSAICO
  • Canário de lipocrômo restrito em áreas específicas da plumagem )máscara facial, ombros, uropígio e peito)
  • OXIDAÇÃO 
  • Pigmentação melânica negra ou marrom combinada com a cor de fundo
  • PAULISTINHA
  • Denominação dada ao ágata mosaico, em função da semelhança de seu desenho dorsal com as listras da bandeira paulista
  • PIGMENTAÇÃO
  • Coloração através de substâncias
  • PENUGEM
  • Primeiras penas que surgem de um pássaro: remiges, retrizes e tetrizes.
  • QUISTOS
  • Pela impossibilidade da pena romper a pele e atingir seu desenvolvimento, fazendo com que ela e algumas vizinhas fiquem abaixo da pele, formação de bolas (caroços)
  • RECESSIVO
  • É o factor responsável pela ausência absoluta de carotenóide com inibição total do depósito de lipocrômo
  • REMIGES
  • Penas grandes das asas
  • RETRIZES
  • Penas do rabo
  • ROLLER
  • Canário de canto melodioso clássico, originário da Alemanha, este canário tem canto mais baixo que os demais, tendo como único item para concurso, o canto
  • SÉRIE
  • Agrupamento de cores quanto as características lipocrómicas e melanicas semelhantes
  • SEXO-LIGADO
  • Denominação à transmissão de uma mutação no cromossomo "X"
  • SCHIMELL
  • Manifestação indesejável de nevadismo em algumas regiões da plumagem dos canários. Característica essa que apresenta desvantagem para efeito de concurso
  • SIRINGE
  • Órgão interno do pássaro responsável pelo canto
  • SUBPLUMAGEM
  • São as penugens constituídas de penas finas, sedosas, raquis mole e barbas soltas
  • TIPO
  • Avaliação da quantidade de melânina no canário. Subdivide-se em Eumelanina e Feomelanina
  • TETRIZES
  • Penas que recobrem todo o corpo do canário
  • UROPÍGIO
  • Região do corpo do pássaro, localizado junto a cauda, onde estão localizados o par de glândulas uropígias
  • VARIEDADE
  • Refere-se à cor de fundo do canário

Canários de cor

SÃO CANÁRIOS QUE TENDO UMA FORMA, TAMANHO E PLUMAGEM SEMELHANTES, DIFERENCIAM-SE UNS DOS OUTROS PELA SUA COR.

CANÁRIOS DE COR:
LIPOCRÓMICOS
MELÂNICOS

LIPOCRÓMICOS-SÃO CANÁRIOS DE COR EM QUE NÃO SE OBSERVA A PRESENÇA DE MELANINAS, E QUE A BASE DAS SUAS PENAS É BRANCA.
MELÂNICOS-SÃO CANÁRIOS DE COR EM QUE SE OBSERVA A PRESENÇA DE MELANINAS, E A BASE DAS SUAS PENAS É MELANISADA.

    Conselhos Práticos sobre Canários

    Eclusão

    No fim do periodo de incubação ao longo do qual o embrião se desenvolveu dentro do ovo o jovem vai bicar a casca com a excrescência córnea do seu bico chamada diamante. A mãe pode assim intervir nesta operação delicada. A casca vai então partir-se ao meio, libertando assim o passarinho. Ela chega a comer completamente a casca vazia mas a maior parte das vezes estas são retiradas para fora do ninho. A eclosão dá-se normalmente ao 13º ou ao 14º dia, mas caso não nasçam todos poderá aguardar-se mais dois dias.



    Alimentação

    Dois a três dias antes do nascimento, colocar `a disposição dos pais, todo o material necessário para uma correcta alimentação. A mãe é atenciosa, pelo menos na primeira semana para alimentar os filhotes, da sua alimentação dependerá o sucesso das jovens aves. A fêmea encarregar-se-á da limpeza do ninho, isso deverá acontecer até ao 12º dia, após esta data as jovens aves deverão ser capazes de expelir as suas necessidades para fora do ninho. Deverá ter-se em conta que alguns casais não alimentam bem, aí o criador terá que ter relativa importância, pois tem que alimentar as jovens aves, com papas próprias que há à venda nas lojas da especialidade, ( ex. Papa baby papex , entre outras) , ou terá que colocar as jovens aves, noutros casais que tenham filhotes com a mesma idade. Por experiência própria, um casal que não alimenta bem na primeira postura , raramente alimenta bem nas seguintes posturas. Terá o criador que ter o redobrado cuidado.

    Anilhamento

    Qual o momento para anilhar a ave?

    Normalmente entre o 5º e o 6º dia, no entanto deverá ter-se em conta, que conta muito a alimentação dos pais. A anilha é o bilhete de identidade da ave, pois nela consta o seguinte: ano de nascimento, numero de ave e nº stam , a sigla do clube a que pertence. A anilha é fechada e não permite a falsificação da identidade do pássaro. O Anilhamento é feito da seguinte forma : Colocam-se os três dedos da frente dentro da anilha, depois fazendo subir a anilha pela pata passará o outro dedo, estando aí a anilha colocada.

    Separação das jovens aves

    Normalmente as jovens aves separam-se por volta do 30º dia após o nascimento. Mas o mais aconselhável é verificar se eles já se alimentam sozinhos, após esta operação, colocar as aves em viveiros não muito grandes. Por á disposição das jovens aves, água , sementes ,papas , papa de criação, vitaminas e sais minerais. Entretanto os pais continuam o seu ciclo de produção.

    Problemas na Crição Canarios

    Problemas na Crição - 23 Causas

    Mais uma época de cria se inicia, e os dissabores vão surgindo na medida em que esperamos os filhotes, sadios dos casais que gostaríamos criar.

    Mas nem sempre o que desejamos acontece, então resolvemos listar uma série de problemas mais corriqueira, lembrando sempre que é melhor prevenir do que remediar; consulte um médico veterinário para orientá-lo melhor sobre as doenças que pode existir, ou melhor, aquelas que não queremos ver.
    Uma boa higienização ajuda na maioria dos problemas existentes durante a criação.
    Durante o período que acontece a criação dos problemas existentes durante a criação desenvolvimento sexual pela mudança da hora-luz do dia, o metabolismo completo das aves é alterado para prover os nutrientes necessários para a formação de óvulos e espermas. Condições de luminosidade insuficiente podem afetar a fertilidade. Temperaturas extremas também afetam a fertilidade, e de forma indireta ao condicionar o consumo alimentar e reproduzir a freqüência de gala.

    FERTILIDADE DAS REPRODUTORAS / NASCIMENTO:

    A preocupação é sempre o número de filhotes viáveis a partir dos ovos que as fêmeas colocam para chocar. Isso pode significar o êxito e o fracasso de nosso trabalho anual. Esse processo biológico da reprodução é complexo que pode ser afetado por uma fertilidade temporária ou por uma alimentação inadequada ocorrida há três meses.

    Essas duvidas fizeram com que elaborássemos um rol de problemas mais comuns durante a criação.

    PROBLEMAS, CAUSAS e ATITUDES A TOMAR

    1) Ovos claros (inférteis)
    Macho não esta pronto - Deixar o macho sozinho até cantar forte e solto.
    Má nutrição do macho - Nutrir os machos separados das fêmeas, e usar uma dose de vitaminas E.
    Problemas de briga com fêmea no acasalamento - Colocar lado a lado para namoro, antes do acasalamento.
    Macho não esta pronto ainda - Revisar o local onde abrigou o macho; deve ser claro por no mínimo 12 horas.
    Macho muito velho - Trocar os mais velhos por novos.
    Macho estéril - Trocar o macho.
    g) Tempo de guarda dos ovos antes de por para chocar
    Não armazenar ovos por mais de 5 dias.
    Observar a umidade e a temperatura relativa de 70%.

    2) Anéis de sangue que indicam morte embrionária.
    Temperatura muito alta ou muito baixa - Verificar a temperatura ambiente, controlando-a.
    Procedimento de má desinfecção - Estar borrifando água para desinfecção sobre fêmea e ovos nos 6 primeiros dias é proibido.

    3) Muitos mortos na casca
    Ovos armazenados por muito tempo - Não guardá-los por mais de 5 dias.
    Temperatura muito alta ou muito baixa - Verificar temperatura ambiente, controlando-a.
    Ovos não virados - Verificar se a fêmea sai e volta ao ninho, fazendo movimento de virar os ovos.
    Nutrição deficiente nas reprodutoras quando a morte ocorre entre 8 a 10 dias de choco.
    Especial atenção no estado nutricional das aves em geral, revisando nutrição e alimentação 15 dias antes do acasalamento, como corretivo usar complexos vitamínicos e aminoácidos.
    Ventilação deficiente - Aumentar a ventilação do local de criação diminuir o número de casais.
    Plurosis ou outras doenças infecciosas - Revisar a forma de higiene e desinfecção dos pássaros e locais de criação.

    4) Nascimento prematuro ou tardio
    Temperatura muito alta
    Evite a mudança brusca de temperatura se necessário, usar termostato para controle de temperatura.

    5) Filhotes mal formados
    Ovos mal chocados, fêmeas deixam esfriar muito os ovos- mantenha alimentação farta e de boa qualidade à disposição das fêmeas em choco, tratar primeiro as que estão chocando.

    6) Filhotes com perna aberta
    Defeito causado por ninho muito liso - Trocar por ninhos mais rústicos.

    7) Filhotes debilitados / pequenos / ofegantes / nascimento demorado
    Muitos filhotes para uma fêmea tratar
    Manter de 3 a 4 filhotes por ninho do mesmo tamanho.
    Umidade baixa no período de encubação
    Manter a umidade ao redor de 70%.
    Problemas tóxicos-Rever toxinas ingeridas ou usadas no ambiente.
    Demasiada umidade no ninho ou enfermidade infecciosa
    Enviar filhotes para laboratório.

    8) Tamanho desigual dos filhotes ao nascer
    Fêmeas mal nutridas - Rever plano de nutrição, usar complexo vitamínico e aminoácidos.

    9) Baixa eclosão e má formação do bico e do esqueleto
    Deficiência de vitaminas e ácido fólico - Revisar o índice de ácido fólico na alimentação.

    10) Nascimento desigual e mau formação do esqueleto embrionário.
    Deficiência de vitamina H e do complexo B - Revisar o conteúdo da vitamina H e do complexo B na dieta.

    11) Nascimento distanciado e morte embrionária na 2 semana
    Deficiência de vitamina D - Revisar o conteúdo da vitamina D na dieta.

    12) Nascimento defeituoso e morte embrionária nos últimos dias
    Deficiência de vitamina B12 - Revisar o conteúdo da vitamina B12 na dieta.

    13) Nascimento deficiente
    Relação de ácido pantatênico - Revisar o conteúdo do ácido Pantatênico da dieta.

    14) Ovos que quebram e cheiram mal
    Contaminação dos ovos, fêmeas doentes.- Ovos de fêmeas limpas prevêem a contaminação.

    15) Nascimento precoce dos filhotes
    Temperatura muito alta no início do choco até sétimo dia e umidade muito alta - Reveja as condições do local.

    16) Nascimento tardio dos filhotes
    a) Baixa umidade e temperatura muito alta, variação de temperatura no local do choco. - Reveja as condições do local.

    17) Mau posição do embrião
    Alimentação inadequada - Revisar dieta dos adultos.

    18) Filhotes demasiadamente pequenos
    Ovos pequenos problemas de nutrição - Revisar dieta dos adultos.

    19) Filhotes demasiadamente grandes

    Ovos grandes, problemas de nutrição - Revisar dieta dos adultos.

    20) Filhotes desidratados
    Baixa umidade do ambiente - Revisar umidade do local.

    21) Filhotes que não pede comida
    Dieta de reprodutores, mudança de temperatura brusca e/ou ventilação - Revisar dieta dos adultos e condições do ambiente.

    22) Filhotes defeituosos
    Deficiência na nutrição dos reprodutores - Revisar dieta dos adultos e melhorar a parte nutricional.

    23) Dedos torcidos

    Deficiência na nutrição dos reprodutores - Revisar dieta dos adultos e melhorar a parte nutricional dos adultos.