15 de jul. de 2011

MELHORAMENTOS GENÉTICOS DO PLANTEL

CONSANGUINIDADE
MELHORAMENTOS GENÉTICOS DO PLANTEL

Hoje irei falar sobre genética e consangüinidade. Esta matéria servirá para o melhoramento de qualquer plantel, seja ele de canários, pintassilgos, periquito, etc...
Tentarei descrever de maneira objetiva e clara para que você possa entender melhor esse critério.
A consangüinidade.
A consangüinidade permite fixar os caracteres e assim criar uma linha estável a partir de dois indivíduos aparentados “in-reeding”. Contudo, esta técnica tanto fixa qualidades como defeitos, por isso é importante começar o processo a partir de um casal o mais perfeito ou de boa qualidade.
Em resumo a consangüinidade permite:
-revelar e eliminar os defeitos genéticos,
-fixar uma série de qualidades pretendidas pelo criador.
O princípio da consangüinidade é simples: consiste no acasalamento de indivíduos aparentados com o objetivo de fixar as suas qualidades no estado homozigótico.
- homozigótico - quando os dois alelos contêm a mesma informação para essa mesma característica;
- heterozigótico - quando os dois alelos contêm informação diferente para essa mesma característica.
Sendo um indivíduo homozigótico, este pode ser dominante, quando os dois alelos informam para a característica que domina; ou recessivo, quando os dois alelos informam para a característica que não domina.
Como saber se tem um passaro homo ou heterozigótico?
É simples.
1- Se o Fenótipo corresponder a um gene recessivo então o pássaro é homozigótico.
2- Se o Fenótipo corresponde a um gene dominante faz se um teste de cruzamento.
O teste do cruzamento realiza-se entre o indivíduo dominante onde se tem a duvida e um indivíduo com o gene recessivo correspondente (pois este é obrigatoriamente homozigótico).
Assim  se nascerem apenas fenótipos dominantes o indivíduo em questão é homozigótico, se nascer uma metade dominante e outra recessiva quer dizer que o indivíduo é heterozigótico.

INTRODUÇÃO

Os cruzamentos consangüíneos ajudam a melhorar a qualidade de suas aves, mas devem ser usadas com critério e por criadores com um pouco mais de experiência para que os resultados obtidos sejam satisfatórios. Não digo com isso que a técnica não possa ser usada por criadores iniciantes, alias deve, mas lembrando a esses criadores que devem estudar ao Maximo antes de usar a mesma. Também lembro que os resultados não são imediatos e levara no mínimo três gerações.

Quando compramos um casal que achamos excelentes e vamos fazer o acasalamento às crias deste casal nos decepciona.
Isso ocorre com qualquer espécie de ave.
Então o que fazer?
Quais medidas devemos adotar?
Vamos descartar essas crias?
Haverá uma forma de melhorar?
Muitas vezes ouvimos falar em melhoramento genético.
Eu poderia usar essa técnica para melhorar minhas aves?
Será que eu preciso ser profundo conhecedor de genética para usá-la?
Diante destas constatações, quais medidas devem tomar?
Desistir?
Não se estamos determinados a melhorar a qualidade do nosso plantel.
Pensando nisso gostaria de apresentar uma alternativa para aqueles que se preocupam com a qualidade e melhoramento do seu plantel.
Trata-se da tabela de felch.
Já ouviu falar? Não? Sim? Achou complicado de entender?
Então vou descrever abaixo o passo a passo para você ficar inteiramente esclarecido sobre o assunto e como usá-la de maneira correta para obter os melhores resultados possíveis.
Veja a tabela:

Se você entendeu todo o funcionamento parabéns, se não passarei a descrevê-lo.
Para seguir todos os acasalamentos que pede na tabela você vai precisar de cinco anos para que se conclua o ciclo total.
Achou muito tempo?
Lembre-se você esta fazendo um melhoramento genético e tornando o seu plantel mais consistente, mas tudo isso leva tempo e perseverança.
Abaixo irei descrever com imagens que ficara mais fácil de entender.

Você ira iniciar a tabela com a fêmea 1 e macho 2 , que Dara origem ao grupo 3.
Escolha um casal de boa genética para iniciar seu trabalho usando a tabela.
Primeiro ano:
Segundo ano:
Cruze a fêmea original 1 com o melhor macho do grupo 3.
Este cruzamento resultara no grupo 4.
Cruze o macho original 2 com a melhor fêmea do grupo 3.
Este cruzamento resultara no grupo 5.

Terceiro ano:
Neste ano você já vai ver bons resultados em relação ao casal original e se quiser poderá parar aqui e começar uma nova linhagem.
Cruze a fêmea original 1 com o melhor macho do grupo 4.
Este cruzamento resultara no grupo 6.
Cruze os machos do grupo 4 com as fêmeas do 5 e vice-versa.
Este cruzamento resultara no grupo 7
Cruze o macho original 2 com a melhor fêmea do grupo 5.
Este cruzamento resultara no grupo 8.
 

Quarto ano:
A partir deste ano não serão mais usados o casal original macho 2 e fêmea 1, podendo assim começar uma nova linhagem com eles.
Seguindo em frente cruze sempre os melhores exemplares.
Cruze o melhor macho grupo 6 com a melhor fêmea do grupo 4.
Este cruzamento resultara no grupo 9.
Cruze a melhor fêmea grupo 6 com o melhor macho do grupo 7.
Este acasalamento resultara no grupo 10.
Cruze os melhores machos do grupo 8 com as melhores fêmeas do grupo 6.
Este acasalamento resultara no grupo 11.
Cruze o melhor macho grupo 8 com a melhor fêmea do grupo7.
Este acasalamento resultara no grupo12.
Cruze o melhor macho grupo 8 com a melhor fêmea do grupo 5.
Este acasalamento resultara no grupo 13.

 


Quinto ano:
Indo ate o fim da tabela.
Cruze o melhor macho do grupo 9 com a melhor fêmea do grupo 11.
Este acasalamento resultara no grupo 14. Neste grupo teremos já um novo “strain” ou linha de sangue completamente pura da fêmea 1 original.
Cruze a melhor fêmea do grupo 9 com o melhor macho do grupo 12.
Este acasalamento resultara no grupo 15.
Cruze a melhor fêmea do grupo 10 com o melhor macho do grupo 12.
Este acasalamento resultara no grupo 16. Neste grupo teremos já um novo “strain” ou linha de sangue completamente pura.
Cruze a melhor fêmea do grupo 10 com o melhor macho do grupo 13.
Este acasalamento resultara no grupo 17.
Cruze a melhor fêmea do grupo 11 com o melhor macho do grupo 13.
Este acasalamento resultara no grupo 18. Neste grupo teremos já um novo “strain” ou linha de sangue completamente pura do macho 2 original.
 

Pronto você concluiu a tabela e a partir de agora é só colocar sangue novo e iniciar um novo ciclo.
Esta é só uma possibilidade usando um casal, mas você poderá fazê-lo e iniciar com mais casais, enfim as possibilidades são diversas e cito um exemplo:
No segundo ano quando ira se formar os grupos 4 e 5 você poderá fazer bigamia entre o macho 2 original e duas fêmeas do grupo 3 aumentando assim as possibilidade do grupo 5.
Mais uma coisa a titulo de curiosidade. Ao final do ciclo você terá criado uma media de 136 aves, já levando em consideração que a consangüinidade baixa um pouco a fertilidade das aves.
Espero que tenham gostado do artigo.

Fonte: Bento Formigari – SICO 153

Intensificar a Cor dos Canarios Vermelhos

A complexidade da arte de intensificar a cor dos canários de factor vermelho por intermédio da alimentação (na qual são administrados diversos caratenoides) gerou e ainda continua ao longo dos anos a provocar grandes polémicas, continuando a ser um tema de discussões entre os criadores.

A utilização dos pigmentos nem sempre dá os resultados que esperamos, tema que mesmo ao nível internacional provoca entre os aficionados grandes paixões e entusiasmo.

Para começar passo a indicar os caratenoides mais utilizados e comercializados:
1) Carofil Pink
(astaxantina) -Cor de Rosa
2) Beta Caroteno 10% -Cor de Laranja
3) Cantaxantina 10% (1 gr. contém 100 mg. do produto -Cor Vermelho)
4) Carfil Red (1 gr. contém 100 mg. de Cantanxatina pura -Cor Vermelha)

Em relação aos produtos acima referenciados, uns são solúveis na água (os indicados nos pontos 1 - 2 - 3) ou solúveis na água e na gordura (ponto 4), podendo ser diluído em água fervida, daí a importância da sua utilização em papas húmidas (gordurosas) -exemplo: Biancofior da Chemivit.

Uma boa e eficiente coloração dos nossos jovens canários, feita com rigor e técnica aumenta a sua beleza e tem grande influência nas pontuações a atribuir às aves em exposição, tornando-as mais belas e vistosas, contribuindo para o aumento dos apaixonados pelos canários com factor vermelho; é pois esta a grande razão que escolhi para este fórum este tema, dando a conhecer aos criadores os meus sistemas e a sua aplicação, podendo assim ajudar a melhorar o aspecto exterior dos canários.

1º Método
Os canários são divididos em três grandes grupos:
1º Grupo- Todos os canários de Factor Marfim Vermelho (exemplo: Marfim Vermelho - Topazio Marfim Vermelho Mosaico, etc)
Dosagem: 2 a 3,5 grs. de Xantofil New por cada 1 Kg de papa húmida; 2 a 2,5 grs. de Carofil Red. 4 ou 7 grs. desta mistura por cada 1 Kg. de papa húmida.
A mesma dosagem por cada litro de água depois de fervida à temperatura de 60 graus, que depois é retirada empregando o líquido obtido na proporção de 100 ml/1 litro de água simples.

2º Grupo- Todos os canários com Factor Vermelho Mosaico (exemplo: Ágata Vermelho Mosaico, Vermelho Mosaico, Satiné Vermelho Mosaico).
Dosagem: 3,5 grs. de Xantofil New por cada 1 Kg. de papa húmida; 3,5 grs. de Carofil Red por cada 1 Kg. de papa húmida. 7 grs. total desta mistura por cada 1 Kg. de papa húmida.
A mesma dosagem por cada 1 litro de água fervida à temperatura de 60 graus, que depois é retirada empregando o líquido obtido na proporção de 100 ml por cada litro de água normal ou simples.

3º Grupo- Todos os canários com Factor Vermelho sejam eles intensos ou nevados (exemplo: Vermelho intenso ou Nevado, Negro Vermelho Intenso ou Nevado).
Dosagem: 5 grs. de Xantofil New por cada 1 Kg. de papa húmida; 5 grs. de Carofil Red por cada 1 Kg. de papa húmida. 10 grs. total desta mistura por cada 1 Kg. de papa húmida.
A mesma dosagem por cada litro de água, depois de fervida à temperatura de 60 graus, que posteriormente é retirada utilizando o líquido obtido na proporção de 200 ml por cada 1 litro de água simples ou normal.

Para não restarem dúvidas e para melhor esclarecimento, temos que usar duas garrafas:
-a 1ª contém o líquido que foi fervido nas proporções indicadas (concentrado) que depois é guardado no frigorífico.
-a 2ª garrafa (1 litro de água simples) retiramos da 1ª garrafa a dosagem referida nos grupos 1 - 2 -3 para administrarmos após fazermos a mistura com água normal nos canários consoante as variedades.
Esta mistura é também guardada no frigorífico até esgotarmos a mistura do líquido obtido (exemplo: para colorir um canário Vermelho Mosaico retiramos da 1ª garrafa -líquido mais concentrado- 100 ml para adicionarmos a 1 litro de água normal.
Desta segunda mistura colocamos o líquido nos bebedouros das gaiolas de preferência a ser consumido no próprio dia, tendo o cuidado de o recipiente não estar em contacto directo com os raios solares (excesso de claridade) razão pela qual aconselhamos os criadores, sempre que possível, a manterem as aves de Factor Vermelho na penumbra para conseguirem uma coloração mais forte, brilhante e homogénea.

Como notas finais, não devemos usar águas muito alcalinas ou que contenham muito cloro, pois estas duas situações prejudicam a diluição e conservação dos corantes utilizados.

Quanto à razão da minha preferência pelo Carofil Red em detrimento da Cantanxatina, prende-se por um motivo muito simples:
-o Carofil Red tem o mesmo poder de coloração e eficácia que a Cantaxantina e não provoca tantos efeitos nocivos (a saber: sobrecarrega mais o fígado das aves, provoca a coloração arroxeada -sujeita a penalização nos julgamentos).

2º Método
- os canários são agrupados em um único grupo.
Dosagem: 100 grs. de Carofil Red + 50 grs. de Xantofil New; 150 grs. total desta mistura à qual retiramos entre 7,5 grs. a 10 grs. por cada 1 Kg de papa húmida (Biancofiori).
Quanto aos cuidados a ter são idênticos aos anteriormente citados (canários sempre na penumbra) devendo a papa administrada ser de preferência consumida no próprio dia (o corante vai perdendo a sua eficácia em contacto com a claridade).
O método nº1 é para mim o mais eficaz, pois o líquido colocado nos bebedouros obriga a que todos os canários o bebam, enquanto que na papa, por norma, algumas aves rejeitam a comida ou por estarem adoentadas ou pela agressividade das aves mais velhas, como tal não produzindo os efeitos desejados pelo criador (obter aves com um vermelho uniforme e brilhante).

Boas criações e mudas excelentes.

Carlos Almeida Lima
Juíz Internacional Cor e Porte CNJ/OMJ

Calendário do Criador

PROGRAME-SE

Calendário do Criador

Janeiro

Se efetuam as últimas crias. O que năo se conseguiu até este męs, năo adianta continuar a tentar, pois as fęmeas estăo praticamente esgotadas pelo calor e pelo esforço da criaçăo. Convém ir preparando-se para a próxima muda, administrando para as fęmeas alimentos ricos em vitaminas, aveia, etc..., terá que cuidar que a água seja abundante e fresca e que os alimentos brandos năo cheguem a fermentar o pelo calor.

Fevereiro

Todos os utensílios que se usaram durante a época da cria e que năo serăo mais utilizados, serăo desinfectados corretamente e guardados para a próxima cria. Os exemplares estarăo em voadeiras, e devemos observar, seu vigor e estado de saúde. Alimentaçăo variada e rica em cálcio para que possam enfrentar o desgaste originado.

Março

Os canários estarăo em plena muda, năo deveremos perder de vista sobretudo os últimos filhotes que săo os mais débeis, assim como também os exemplares adultos, tratando de ajudá-los no transtornos da troca de penas, preservando-os de correntes de ar e mantendo uma abundante e variada alimentaçăo.

Abril

Męs de pouca atividade, os exemplares continuam nas voadeiras. Estarăo em sua maioria com suas novas plumas, e com a muda terminando.

Maio

Começa o frio, devemos agregar na comida alguns grăos dleginosos (níger, cânhamo, etc). Se iniciará seleçăo dos pássaros que poderăo ser candidatos a concurso, colocando-os em gaiolas individuais.

Junho

Chega o rigoroso inverno, a alimentaçăo será mais forte, pois o organismo consome grande quantidade de calorias. Observaremos com mais detalhe os que selecionamos para exposiçăo, mantendo-se em perfeita higiene.

Julho

Męs de exposiçăo. O canaricultor obterá o fruto de tudo que sonhou, năo deverá deixar-se levar por algum desengano, pois, em canaricultura sempre haverá algo de novo a se aprender, e a melhor forma de fazę-lo é corrigindo os fracassos realizados. E quanto ao cuidado com os exemplares, seguiremos com as indicaçőes dos meses anteriores, boa alimentaçăo e preservaçăo contra os rigores do inverno.

Agosto

Pode começar-se as tarefas de reproduçăo, se selecionarăo os casais tratando minuciosamente de que ambos componentes se completem de acordo com o que desejamos criar.

Setembro

Se o tempo ajudar, teremos fęmeas chocando e para os meados do męs, os primeiros filhotes, e dispensaremos cuidados especiais, alimentaçăo sempre fresca e variada, abundante e nutritiva. Se tratará no possível de năo molestá-los, apesar de vigiar constantemente em momentos oportunos, se os pais tratam os filhotes.

Outubro

A criaçăo estará em pleno apogeu, teremos filhotes emplunados e outros a sair dos ninhos; devemos estar atentos ao comportamento dos pais; pois alguns machos mais fogosos molestam as fęmeas, se isto ocorrer, deveremos entăo separá-los; por outro lado, pode dar-se caso de fęmeas que no afă de fazer uma nova cria, arranquem as penas dos filhotes, para confeccionar um novo ninho, deveremos entăo separar os filhotes com uma grade com espaço para a fęmea continuar a alimentá-los, até que passem a comer sozinhos.

Novembro

Neste męs tendo em conta as indicaçőes feitas para outubro, e quando a criaçăo segue em pleno apogeu, se cuidará que as águas sejam frescas e que os alimentos năo cheguem a fermentar-se, principalmente os brandos (păo com leite, etc). Năo devemos nos descuidar do fator higiene que é de suma impoprtância a esta altura do ano, pois poderá aparecer piolho e outros parasitas; teremos de nos assegurar também que ŕ noite os mosquitos năo molestem os canários, pois estes visitantes noturnos trazem sempre grandes transtornos.

Dezembro
Estaremos na terceira postura ou ninhada, alguns na Quarta. Observaremos como nos meses anteriores o estado dos alimentos e dos bebedouros. Se protegerá todos os pássaros do rigor do calor. Estaremos com os filhotes da primeira e Segunda ninhada nas voadeiras. Poremos atençăo especial no combate a prevençăo contra os piolhos para que năo ataquem as fęmeas, que deverăo estar extenuadas pelo esforço realizado.

Fernando Monteiro - HM 023 AOC

calendario os meses em que devem ser ministrados os medicamentos preventivos, como remedio de vermes... complexo de ferro, vitamina E, com verteza agregará muito ao artigo..
por exemplo...

janeiro

minitrar vermifugo

Março

ministrar complexo de ferro

julho

ministrar vermifugo

Agosto

ministrar vitamina E

Fernando Gazolla