27 de jul. de 2011

FOTOS PERIQUITO ONDULADO













MORTE DE FILHOTES POR ATAQUE DOS PAIS (PIRIQUITOS)


MORTE DE FILHOTES POR ATAQUE DOS PAIS!   (Também me aconteceu)    
Ao longo dos anos fui experimentando várias técnicas para evitar estes ataques (normalmente dos machos, embora também por vezes as próprias mães o pratiquem) procurei informações e troquei ideias com alguns criadores sobre esta situação. A maioria, coloca uma espécie de caixa no fundo da gaiola, de forma que os filhotes se possam esconder e assim evitar os ataques. Durante anos, também utilizei este sistema, embora por vezes não fosse o suficiente, pois sempre contabilizei algumas mortes (ainda este ano). Após mais algumas pesquisas, acabei por experimentar uma nova técnica que alguns criadores (Brasileiros) praticam, e garantem, com bons resultados.

Por volta dos trinta a trinta e cinco dias após o nascimento dos filhotes, os pais começam a preparar-se para nova postura, por norma, iniciando nessa altura os ataques. Nesse momento, transfere-se a fêmea para uma gaiola individual, deixando o pai com os pequenos até por volta dos quarenta a quarenta e cinco dias. Entretanto, a fêmea vai descansando e após dez, doze dias (altura em que os filhotes já comem sozinhos, e prontos para abandonar a gaiola de reprodução) ela regressa, para voltar acasalar. Esta técnica, poderá atrasar a nova postura em dez ou doze dias, mas garanto, que em termos de produtividade trará melhores resultado. Normalmente, quando a fêmea começa a dar inicio a nova postura, ainda com os filhotes no ninho, aparecem muitas vezes, ovos partidos, sujos e por norma os primeiros nem sequer estão galados. A partir do momento em que passei a utilizar este método, nunca mais voltei a perder filhotes por ataque.

COMIDA DOS FILHOTES

COMIDA DOS FILHOTES

A alimentação dos filhotes se baseia, quase toda, na farinhada (duas colheres de sopa para cada ovo cozido (de 15 a 20 minutos) e amassado no garfo, ou então, na papa de pão com leite e água em iguais proporções, ou ainda em ambos, em dias alternados. É importante que se observe qual das duas opções os pais parecem preferirem na alimentação dos pequenos.

Caso o criador opte pela papa de pão com leite e água, esta não deve permanecer o dia todo, pois azeda com facilidade em climas quentes. No máximo deve permanecer até seis horas antes de ser trocada.

Chicória, almeirão, couve e agrião somente podem ser administrado aos pais após o terceiro dia de vida dos filhotes pois podem causar diarréia. jiló é um ótimo regulador do intestino e aconselhamos juntá-lo às verduras colocadas à disposição dos pais.

Após os filhotes saírem do ninho, a alimentação deverá ser a mesma indicada acima. Entre 25 e 30 dias os filhotes começarão a comer sozinhos, beliscando as folhas de almeirão, sementes, etc.

Depois de separar os filhotes dos pais continue a dar a farinhada por mais alguns semanas até que comecem a quebrar e a descascar as sementes.

CONHECIMENTO BÁSICO DOS MINERAIS

CONHECIMENTO BÁSICO DOS MINERAIS

No que diz respeito à necessidade, os minerais são tão importantes e necessários quanto as vitaminas e os aminoácidos essenciais ao organismo e representam em papel como componentes das enzimas responsáveis por todas as transformações químicas que se processam no organismo. Nesta função atua semelhantemente às vitaminas, pois as proteínas de que fazem parte funcionam como catalisadores de reaçòes químicas específicas. Existem mais de 60 enzimas no organismo e nem todas tem seu mecanismo conhecido.



A carência de um único elemento mineral pode determinar a morte em prazo curto, isto é, logo que acabem as reservas desse mineral. Praticamente todos os minerais são eliminados pela urina continuamente ou pelas fezes, mesmo necessitados na produção ou no crescimento, por isso deve-se fazer a reposição constante.



Todos ingredientes utilizados em misturas tem uma quantidade variável de elementos minerais, essenciais ou não, e quando se determina a composição mineral de uma mistura seja ela ração ou farinhada, pode-se notar talvez uma deficiência até acentuada de algum mineral.



Deve-se, porém, sempre calcular o teor dos minerais essencais dessas misturas, levando em conta que há um teor "ótimo" para se obter a melhor conversão do alimento, e assim, dá-se a capacidade de cobrir todas as deficiências e estabelecer um nível de satisfação em que cada mineral funcione melhor.



Deve-se precaver contra o uso excessivo do composto mineral nas misturas, e sobretudo, o uso indiscriminado, pois pode-se tomar essas misturas menos palatáveis, mais laxativas, menos assimiláveis, diminuir seu valor energético, ocupar o lugar de outro nutriente mais valioso, inativar a ação de certas vitaminas e até mesmo de outros minerais, etc. Enfim, seu caso deve ser criterioso e em quantidade suficientes. Nunca usar minerais de bovinos, suínos, etc. em aves. O balanceamento dos minerais são diferentes. Não adianta colocar na ração, execessos de ferro, cobalto, manganês, ou até mesmo de cálcio, sabendo-se que o excesso não será aproveitado e atrapalhará na dieta, não resolvendo nada.



Não há um dado fixo para o teor de minerais ou cinzas em uma mistura balanceada para cada categoria de ave, porém pode-se e deve-se administrar como suplemento junto com a Grita que é necessária para a trituração dos alimentos. No caso da falta imediata detectada usa-se misturar o suplemento na ração ou farinhada na dose de 2% até 20 dias para suprir as necessidades imediatas, depois usar 20% na mistura de Grita, ou até dar à vontade pois elas saberão dosar se não forem obrigadas a ingerir junto com a ração.



Fósforo e Cálcio (P e Ca)

Entram em maior proporção na composição do corpo e do ovo. O Fósforo entra ainda no metabolismo e nos compostos orgânicos, presente em todos os tecidos.

O estudo cálcio/fósforo é feito juntamente com a vitamina D, que é responsável pela assimilação e fixação deste.

Raquitismo - Deficiência de fósforo (ou vitamina D)

Osteoporose - Deficiência de cálcio ocasionando filhotes defeituosos, fêmeas nas posturas descadeiradas, etc.

Durante a postura, as necessidades de fósforo são pequenas, mas as de cálcio são muito altas. Para formar a casca de ovo, as aves retiram o cálcio dos ossos, nos intervalos entre a formação de uma casca e outra. Estudos realizados com galinhas mostram que a casca de um ovo médio tem 1,5 a 2g de cálcio depositada em 15 horas que antecedem a postura e, durante a calcificação da casca, o cálcio retirado dos ossos via sangue tem a proporção de 100 mh por hora. A fonte de fósforo mais utilizada em nosso meio é o fosfato bicálcio que contém 18,5 e 21% de fósforo.



Sal (NaCL)

O sal comum não é apenas um condimento que estimula o apetite e as secreções, mas um nutriente presente e necessário para os tecidos. Regula a pressão osmótica, controla a passagem dos alimentos de uma célula para a outra, mantém o equilíbrio ácido-base e o metabolismo da água.

Sua falta diminui o apetite e o aproveitamento da proteína e da energia. Afeta diretamente a produção dos ovos, peso corporal e favorece o canibalismo.

As aves suportam até no máximo 3% de sal nas misturas em curto prazo.



Iodo

Necessidade muito pequena para o funcionamento da tireóide, que atua diretamente no crescimento, postura e viabilidade de embriões por influência materna.

As rações que leva o,o4% a 0,5% de sal iodado comum pode dispensar a adi'ção do iodo.



Potássio (K)

Constituinte normal da célula animal, particularmente nos músculos. Sua falta acarreta lesões no coração e rins.

É rapidamente absorvido pelo intestino e quando em excesso é imediatamente excretado pelos rins.



Magnésio (Mg)

É reconhecidamente essencial à alimentaçào. Na sua falta observa-se o crescimento retardado, mau empenamento, ataxia, diminuição do tônus muscular descoordenaçào, convulsões e morte.

Mínimo necessário 50g por 100kh de ração. Não esquecer que o excesso provoca raquitismo, casca de ovos finos, diminuição de postura e da fertilidade, ocasionando fezes aquosas. Sua absorção é facilitada pela vitamina D quando há um bom equilíbrio na relação fosfocálcica.



Manganês (Mn)

Sua função está relacionada com o metabolismo cálcio fósforo. Atua como co-fator da fosfatização oxidativa. Sua falta ocasiona perose e casca fina do ovo. É muito controvertido pois a perose pode ser determinada por uma deficiência de colina, niacina, biotina e folacina e a casca fina por cálcio, vitamina E e G.

Ovos não vingados, morte prematura do embrião, e várias deformações (membros encurtados, bico de papagaio, barriga saliente, cabeça globular e emplumação retardada), também são atribuidos à dificiência do mesmo

O teor de manganês dos produtos vegetais é muito variado dependendo da riqueza do solo neste elemento. O farelo de arroz geralmente é muito rico neste mineral.



Zinco (Zn)

Responsável por uma parte de uma enzima respiratória (anidrase carbônica), existente nos glóbulos vermelhos e a eliminação do CO2 que contém 0,3% do mesmo. A tolerância das avez ao Zn é de 200 ppm.

Praticamente recomenda-se a adição de 30 ppm, podendo ser feito, na forma de sulfato, de carbono ou óxido, misturado com outros minerais.



Ferro (Fe)

É absorvido pela mucosa intestinal sobre a forma de uma combinação protéica até formar a ferratina. Quando em equilíbrio deixa de absorver o Fe sendo eliminado pelas fezes. A falta causa anemia por deficiência de Fe e Cu e algumas bitaminas tipo microcrítico e macrocrítico no caso de ácido fálico e da B12.

Durante a postura sabe-se das maiores necessidades, pois cada ovo retira em média 1,1 mg de Fe. A principal fonte é o sulfato ferroso e 10g/100kg de ração é suficiente para atender as suas necessidades.



Cobre (Cu)

Deve ser ministrado sempre junto com o ferro devido à sua necessidade para a sua assimilaçào. Sua necessidade foi determinada em 10% da de Fe.

A falta de cobre, prejudica a absorção do Fe e dificulta sua mobilizaçào no organismo. Apesar de não ser estimulante melhora a conversão alimentar.



Cobalto (Co)

Necessário para a manutenção dos glóbulos vermelhos do sangue, sem o que tem-se a anemia, perda de apetite e de peso.

Deve-se usar sob a forma de cobalamina ou bitamina B12.



Flúor (F)

Necessário em pequenas quantidades pois é muito tóxico e acumulativo.



Enxofre (S)

É constituinte de 2 aminoácidos (cistina e metionina) e também das vitaminas (tiamina e biotina).



Selênio (Se)

Altamente tóxico. Os ovos contém apreciável teor de selênio quando crus. É necessário técnica especial para homogenizar nas rações pelas pequenas dosagens utilizadas, por esta razão costuma-se substituir erroneamente pela vitamina E.



Arsênio (As)

Encontra-se em quantidades infinitamente pequenas nos animais e é retirado dos alimentos naturais.



Molibdênio (Mo)

Sabe-se ele faz parte do sistema enzimático. Ainda desconhecido ou não bem estuado.



Vanádio (V)

Promove um estímulo do crescimento, mas é tóxico e entra como impureza nos outros minerais.



Silídio (Si)

É um componente das penas e responsável pela rigidez das mesmas. Quase toda sua ingestão é eliminado pela fezes, porém, o mínimo necessário é absorvido.



Pedrisco ou Grita

Em tamanho conveniente funciona como dentes para as aves, desfazendo as partículas mais duras e facilitando a penetração dos sucos digestivos e a limpeza das paredes da moela. Causa a dilatação do tubo digestivo, aumentando a sua capacidade, o que é vantajoso.

Recomenda-se usar pedras duras que não se desgastem no processo de "mastigação". Hoje usa-se muito areia de piscina por ser lavada e desinfetada, mas corre-se o risco da utilizaçào de produtos não convenientes tipo ácidos para essa desinfecção.



Outros minerais na água

As aves preferem água ligeiramente ácidas. As águas salubres, com teor mineral superior à 0,9% são prejudiciais. Os cloretos, com exceção do sódio e cálcio, são geralmente mais nocivos que os sulfatos. O cloreto de Mg é indesejável.

Sal, comum na água, diminui a fertilidade e a incubabilidade dos ovos, além de reprimir o crescimento.

As aves mortas, por excesso de sal, revelam enterite e ascite na necrópsia. Um sinal provável de excesso de sais na alimentação ou na água são as fezes aquosas.



Exigência nutritiva para pássaros (% por kg de alimento)

Estimativa mínima sem margem de segurança.

Para uso de proteínas total de 18 a 20%.

CANÁRIOS VERMELHOS

CANÁRIOS VERMELHOS Artigo I

Cuidados Essenciais

1. Os canários de Cor necessitam de alguns cuidados específicos, pois săo aves com uma genética mais apurada do que os canários normais, popularmente chamados de comum ou Belgas, por este fato tęm uma plumagem mais perfeita e um maior desenvolvimento ósseo e muscular. Porém os canários de fator vermelho necessitam de alguns cuidados ainda maiores, tais como a administraçăo em sua farinhada de carophill red ou mais conhecido como cantaxantina 10%, que deve ser administrado na quantidade de 1,2 gramas para cada 100 gramas de farinhada.

2. A muda de pena é o período em que o exemplar necessita de uma maior quantidade de farinhada por se encontrar com grande caręncia de vitaminas, e por conseqüęncia de carophill red, para que sua plumagem fique perfeita, por este fato é que se deve administrar neste período a farinhada com o estimulador de fator vermelho (carophill red) todos os dias, após acabar esta fase o criador poderá fornecer a farinhada com o fator vermelho um dia sim outro năo.

3. Os canários com fator vermelho em especial năo podem ser expostos com freqüęncia ao sol, pois este fator poderá tornar a coloraçăo no animal mais opaca, fato este que é quesito para concursos, porém năo se proíbe a total exposiçăo ao sol deste tipo de pássaro, onde o criador poderá leva-lo para tomar banho de sol uma ou duas vezes por męs, com exceçăo no período de muda de penas onde o banho de sol deverá ser totalmente banido.

4. Deve-se adicionar na farinhada algumas gotas de óleo de girassol, substância facilmente encontrada em supermercados e que tornará a plumagem muito mais brilhosa, porém é preciso se ter muito cuidado na administraçăo desta substância, pois se administrada em excesso poderá vir a causar diarréia nos canários.

5. Um canário com fator vermelho carrega esta característica na sua genética, sendo impossível um canário que năo seja descendente de pais com fator vermelho vir a ficar com coloraçăo vermelha, pois os canários com fator vermelho săo descendentes de um pássaro silvestre chamado de Tarin da Venezuela, e por conseqüęncia um canário de qualquer outra coloraçăo seja amarelo, verde, ou qualquer outra cor nunca ficará com as penas vermelhas, o máximo que poderá acontecer será o canário ficar com uma plumagem cor de cenoura ou como mais comumente ocorre, o pássaro ficara todo manchado de amarelo e cenoura, por exemplo.

6. Sempre adquira canários com procedęncia e principalmente com a anilha, pois este será o pedigree de seu animal.

CANÁRIOS VERMELHOS Artigo II

CANÁRIOS VERMELHOS

Tarcísio Moura
Presidente AVO - Associação Videirense de Ornitologia
Revista AVO 1999


A criação de canários em cativeiro teve início na época em que os navegadores aportaram nas Ilhas Canárias e os levaram para o continente, por volta de 1400. Eram canários verdes, que ainda hoje são encontrados nas ilhas sem muita alteração de suas características originais.

A partir de 1480 e com maior intensidade a partir de 1700, até os dias de hoje, o homem conseguiu fazer um trabalho de fixação das mutações que a natureza levaria séculos para realizar, pois a sobrevivência e procriação de indivíduos mutantes é muito difícil pelo fato deste não ser aceito pelo grupo e acaba não procriando, já que as fêmeas aceitam mais facilmente os machos normais e não os diferentes (mutantes).

Além dessa dificuldade, várias cores e raças que temos hoje nos canários são mutações originárias de outras mutações, o que dificultaria ainda mais o trabalho da natureza.

Hoje são 358 cores e 23 raças diferentes originadas daquele canário verde ancestral.
Nos anos 20, na Europa, os criadores iniciaram experiências para obtenção do canário vermelho. Esses estudos se basearam em transplantar a cor vermelha do patrimônio genético de alguma espécie, através da hibridação para o canário e que tivesse, como resultado, híbridos férteis.

O pássaro escolhido foi o Tarim, um Spinus encontrado na Venezuela e que se assemelha em tudo com o nosso pintassilgo, exceto pela cor, pois onde o nosso apresenta cor amarela nas penas, o da Venezuela apresenta a vermelha.

Desses cruzamentos foram obtidos híbridos férteis F1, que por cruzamentos com canárias resultaram em pássaros com fertilidade maior que os primeiros.

Depois de vários anos e de muito esforço por parte dos criadores, conseguiu-se incorporar ao patrimônio genético do canário, os genes responsáveis pela assimilação da cor vermelha nas penas.

Com uma alimentação rica em Lipocromo vermelho, que é o pigmento encontrado em alguns vegetais, pode-se fazer então com que o canário descendente do Tarim apresente a cor vermelha tão apreciada por todos.

O Lipocromo é encontrado na natureza em alguns vegetais, porém sua quantidade é muito pequena e por esse motivo é oferecido aos canários na forma industrializada, durante a muda de penas. Ele é absorvido durante a digestão e fixa-se nas penas somente nos pontos onde há afinidade por gorduras – é lipossolúvel.

Em resumo, essa é a história do canário vermelho, que muita gente acredita que foi pintado e quando em alguma exposição alguém faz essa afirmação olhando os canários vermelhos, penso:

"Realmente, os canários vermelhos são pintados, mas pelas mãos de abnegados criadores, que com trabalho e muita dedicação conseguem 'pintar' essa obra-prima que, diferente das demais, tem vida".
 

Como montar seu criadouro

Como montar seu criadouro

Jack T. K.

Não amontoar as gaiolas;

Usar uma parede de criadeiras e outra na frente para os filhotes, mantendo o centro do criadouro livre ou dois alojamentos, um para a criação e outro para os filhotes;
Não dar calor artificial, manter corrente de ar natural e central. Nunca corrente de ar direta nos pássaros; Usar luz artificial das 7h até às 20h, pois a luz artificial, além de aprontar os canários, aquecerá o criadouro. No comércio temos os Multi-Timer – Programador de Horários, o que nos facilita em muito nossas tarefas. Particularmente, usamos em nosso criadouro, dois programadores de horários, um que manterá a luz no horário acima citado e outro, com luz penumbra azul, programado para manter iluminado o local no período das 20h ás 21h, com a finalidade de induzir as fêmeas a irem para os ninhos. Um ponto fundamental é evitar o máximo de ruído, não falar alto e evitar batidas dentro do canaril.

Fonte Canaril Valença

Palestra sobre manejo da criação

Palestra sobre manejo da criação

João Francisco Basile da Silva

DESINFECÇÃO GERAL DO CRIADOURO: Utilizar SAIS QUARTENÁRIO DE AMONIA em solução, obedecendo às instruções do fabricante; SOLUÇÃO DE CLORO ou BIOCID.

DESINFECÇÃO PARA AS PARTES EXTERNAS DO CRIADOURO: Misturar: 50 ml de creolina, 2,0 Kg de cal ou cloro, 10 ml de BIOCID para 10 litros de água.

PARA O PISO DO CRIADOURO, GAIOLAS. ÁGUA DE BEBER E VERDURAS: Utilizar solução de BIOCID, seguindo instruções da embalagem. Na higienização do piso e paredes do criadouro, lavar com água e sabão. Após o enxágüe e secagem, aplicar solução de BIOCID e, quando estiver completamente seco, aplicar K-OBIOL ou K-OTHRINE em pó.

PARA OS EQUIPAMENTOS: Tudo o que é usado na criação, como bebedouro, bacias, poleiros, peneiras, etc... deve ser desinfetado periodicamente. Por exemplo, uma peneira usada no preparo da farinhada, por mais limpa que aparentemente esteja, contém resíduos ricos em nutrientes que darão origem ao desenvolvimento das mais diversas bactérias e fungos, devendo, portanto, assim como os demais utensílios e acessórios, ser desinfetada uma vez por semana.

BEBEDOUROS: Além da troca diária da água, devem ser desinfetados uma vez por semana, permanecendo de molho numa solução de água com cloro por 8 horas, na seguinte proporção: cloro líquido 10 ml / 5 lt de água - cloro em pó (granulado) 1 g / 10 l de água. Para tal procedimento, é aconselhável 2 jogos de bebedouros.

POLEIROS: Deverão ser raspados pelo menos uma vez por mês e colocados numa solução, conforme indicação para os bebedouros. Depois da desinfecção, os poleiros deverão ser secados no forno (normal ou microondas) para eliminação da umidade concentrada no centro da madeira, que passará para os pés dos pássaros quando estes permanecerem estáticos durante a noite, podendo ocasionar o aparecimento de fungos. No microondas o tempo poderá ser de 5 minutos aproximadamente (citado apenas como referência). Tal como os bebedouros, é necessário poleiros de reserva.

GRADES: Após lavagem com água e sabão, devem ser imersas em solução de cloro ou BIOCID durante 7/8 horas. O segundo produto é mais eficiente.

NINHOS: A parte plástica é de fácil desinfecção, procedendo-se como o indicado para os bebedouros e poleiros. O forro (de corda, crochê, etc.), entretanto, é a parte que requer maior atenção, devendo, após a lavagem normal e secagem ao sol, ser desinfetado e levado ao forno. Usa-se o BIOCID para a desinfecção. O ideal seria que fossem usados forros descartáveis. A estopa cortada em círculo e presa no fundo da parte plástica por um percevejo de centro para fora é aconselhável.

O saco de estopa, fornecido aos pássaros para a feitura dos ninhos, também deve ser desinfetado. O melhor método é o da fervura. Após a secagem, passar a ferro para facilitar no momento do corte. Lembramos que os forros de corda não são aconselháveis devido à difícil limpeza e desinfecção total. Toda vez que o forro for colocado, deverá ser polvilhado com K-OBIOL ou K-OTHRINE para evitar o aparecimento de piolho. A fêmea ao se acomodar no ninho espalhará o pó. Quando esta coçar o ouvido seguidamente estará tentando expulsar os piolhos, que em desespero se esconderam do veneno.

HIGIÊNE PESSOAL: Para a lavagem das mãos recomenda-se o sabonete de limpeza PROTEX, que é bactericida. A limpeza das mãos, membros, sola do sapato, etc... são fundamentais, principalmente após a manipulação de pássaros doentes ou mortos, visitas a outros criadouros e exposições de animais, etc... Separar ou eliminar imediatamente os pássaros doentes ou irrecuperáveis é inevitável. Embora isto pareça cruel, deve-se ponderar que a saúde do plantel é o mais importante.

Outro inconveniente, notado em alguns criadouros, é a colocação de embalagens de ovos de galinha nas proximidades dos pássaros. Essas embalagens poderão, na maioria das vezes ser veículos de bactérias, pois provém de condições pouco recomendáveis.

OVOS: Deverão ser cozidos por 20 minutos para que se livrem totalmente de possíveis bactérias. As cascas serão de grande valia para o fornecimento de cálcio para os pássaros. Devem ser administrados após trituração e mistura com areia esterilizada.

VAZIO SANITÁRIO: Consiste na desinfecção do criadouro uma vez por ano, retirando tudo do local (inclusive os pássaros) durante um mês, para quebrar o ciclo bacteriológico. Este é um procedimento de difícil execução, uma vez que a maioria dos criadores não dispõe de 2 compartimentos para separar os pássaros.

PREPARAÇÃO PARA A CRIAÇÃO: Tratamento válido para adultos e filhotes.

Vermifugação: 30 dias antes do acasalamento e depois a cada 60 dias, pois os pássaros ficam em contato com as fezes da gaiola e microorganismos das verduras. Recomenda-se o seguinte:

-Proverme - na água durante 3 dias; parar por uma semana e repetir a dose. Verificar dosagem na bula do produto.

-Mebendazole - na farinhada durante 5 dias (1 g por kg).

MICOPLASMA: Organismo intermediário entre a bactéria e o fungo, é um dos maiores problemas na criação, porque vai minando o pássaro, enfraquecendo-0. O tratamento indicado é com TYLAN pó, na proporção de 2 g por kg de farinhada durante 3 dias seguidos. Este medicamento não erradica o micoplasma, mas baixa o nível de concentração. Pode ser usado também o LINCO SPECTRIN 100, na base de 1 g por kg de farinhada.

CLAVULIN 250: Antibiótico de largo espectro que gera um aumento de postura e sobrevivência dos filhotes, ministrado na proporção de 3 g por kg de farinhada, durante 5 dias antes do acasalamento. Deve ser usado com parcimônia.

IVOMEC:

Arrancar algumas penas da coxa do pássaro, para absorção através do folículo, e aplicar 1 gota antes do início do acasalamento. para combater os efeitos colaterais dos antibióticos, é necessária a utilização de um recuperador da flora intestinal específico para aves. Indica-se o uso constante de LACTO PLUS, no mercado existe atualmente o ENTRODEX (laboratório RAVASI) para a mesma finalidade, na proporção de três g por kg de ração. Um protetor hepático, à base de complexo B, também é recomendável.

DECIS 250 ou K-OTHRINE LIQUIDO:

Contra piolhos, aplicação 15 dias antes do início do acasalamento na proporção de 20 gotas por litro d’água.

Esta aplicação é para ser feita sob "jato aberto". Retiram-se os recipientes com água e alimentação e pulveriza-se tudo (inclusive os pássaros). No dia seguinte fornecer banho normal. Seria importante repetir esta aplicação uma vez por mês nas paredes do criadouro antre as gaiolas.

OCERAL POMADA:

Pomada utilizada na cura de fungos das patas dos pássaros, os quais devem ser mantidos isolados dos demais.

VITAMINAS:

Melhor aquelas que são adicionadas na farinhada. As misturadas à água podem servir como meio de cultura de fungos.

Antes do início da temporada de criação, durante o vazio sanitário, todos os equipamentos a serem utilizados e o quarto do criadouro deverão ser desinfetados com FORMOL - colocado em alguns recipientes, em diversos pontos do criadouro, devendo o mesmo ficar totalmente vedado e fechado por pelo menos 15 dias, após o qual ficará aberto sem qualquer pássaro dentro, pelo mesmo período. Usar também clinafarm, contra fungos.

SUPERPOPULAÇÃO: É um dos maiores problemas dos nossos criadouros, pois acarreta a proliferação de doenças. O número ideal de casais é de, no máximo 40 por 30 metros cúbicos construído (sem contar os filhotes).

Fonte: Canaril Valença

CANARIOS standart

GLOSTER

Raça Espanhola

Planilla de Qualificação- Raça Espanhola

Planilla de Qualificação
Tamanho 25
Dorso e Peito 25
Cabeça e Pescoço 10
Asas e Cauda 10
Pernas e Pés 10
Plumagem 10
Posição e Agilidade 05
Condição Geral 05


















TOPETE ALEMÃO












Fife Fancy 

Origem e critérios de avaliação da raça Fife Fancy



Standard

Padrão oficial da raça Fife Fancy












 
Pontuações:

- Tamanho: 25
- Cabeça e bico: 10
- Corpo: 10
- Asas: 10
- Plumagem: 10
- Posição 60º: 10
- Cor: 10
- Patas: 5
- Cauda: 5
- Saúde: 5

 O Fife Fancy tem 10 rúbricas no julgamento do seu standard que são por ordem da sua importãncia.

1- TAMANHO-25 pontos
- 11 cm no máximo

2- CABEÇA-10 pontos
- cabeça pequena e esférica
- bico curto e cónico
- olhos bem centrados

3- CORPO E DORSO-10 pontos
-corpo em forma de ovo
-peito arredondado sem proeminência,
em forma de coração,visto de frente.
-dorso redondo e ligeiramente abaulado.

4- ASAS-10 pontos
- de comprimento adequado ao corpo,
juntando-se sobre o uropígio sem se
cruzarem.

5- PLUMAGEM-10 pontos
- lisa,bem aderente e de boa qualidade.

6- COR- 10 pontos
- cor rica e quente.
- são admitidas todas as cores, menos a coloração
artificial.

7- POSIÇÃO E MOVIMENTO- 10 pontos
- Altiva. Semi-erguida a 60º.
- Cabeça bem levantada. Alegre, com movimentos graciosos.

8- PATAS- 5 pontos
-As coxas curtas são parcialmente visiveis.

- Patas de comprimento médio.

9- CAUDA- 5 pontos

- curta e cerrada redonda na base.


10- SAÚDE E CONDIÇÃO- 5 pontos
- Em boas condições de saúde,sem deformações ou outros defeitos.

Classes da raça Fife Fancy

Equipa de 4 Fife Fancy Individual
E-37.01 branco e fundo branco E-38.02
E-37.03 amarelo intenso E-38.04
E-37.05 amarelo nevado E-38.06
E-37.07 melânico intenso E-38.08
E-37.09 melânico nevado E-38.10
E-37.11 variegado intenso E-38.12
E-37.13 variegado nevado E-38.14

IMPORTÂNCIA DA BIOTINA

Também conhecida como vitamina H, este nutriente essencial para canários e agapornis consiste em um pó branco, cristalino, de difícil solubilidade em água e insolúvel em gordura, bastante estável ao calor, luz e ar, presente em verduras, frutas, derivados de arroz, certas sementes vegetais e leveduras.
 As exigências nutricionais para esta vitamina são extremamente baixas (variam de 0,1 mg a 0,25 mg por quilo de farinhada ou ração completa), porém sua presença nos alimentos, via de regra, é extremamente baixa e em alguns casos, esta sob forma não biodisponível, isto é,   a ave não consegue utilizar a Biotina do alimento (por exemplo, a Biotina do trigo).

Funções Biológicas
 A função da Biotina no metabolismo das aves está ligada às reações chamadas carboxilação, importante para desintegração de aminoácidos como leucina cisoleucina. Assim como a Biotina também está envolvida no metabolismo de ácidos graxos de cadeia longa (ácidos palmítico e esteárico).
 Desta maneira, sabe-se que a Biotina interfere, por exemplo, na síntese de uma importante proteína para as aves: albumina sérica - proteína de transporte de grande parte das vitaminas do Complexo B e formadora da clara de ovo. Enzimas, como a amilase, que ajudam a degradar, por exemplo, o amido do milho, também depende da Biotina para a sua formação.

Sintomas gerais da carência
 Geralmente se manifesta de maneira muito branda, promovendo dermatites, aumento do número de cistos de penas, rachaduras nas patas.
 O aparecimento da carência de Biotina se vê estimulado por fatores como:
- Ingestão de clara de ovo crua - Existe a presença de uma antivitamina H na clara do ovo, denominada "avidina". Para a nossa sorte, apenas a clara crua possui avidina  e não é pratica comum fornecer ovos crus a canários e agapornis.
- Ingestão de dejetos de aves - Existe a presença de outra antivitamina H em dejetos de aves, denominada "straptavidina", mais uma razão para procedermos  a limpeza nas nossas gaiolas com freqüência.
- Substâncias antibacterianas que alterem a flora intestinal e/ ou impeçam a absorção da vitamina H.
- Substâncias antidiarréias, como caolim, pectato, carvão, utilizados por períodos muito longos, "impermeabilizando" zonas intestinais de absorção de Biotina.
- Falhas genéticas ligadas à absorção intestinal, como acontece com certas cores de canários (mosaico) que parecem estar ligadas à diminuição do intestino delgado, principal sítio de absorção  da vitamina H.
- Sintomas de carências:
Dermatites, rachaduras nas patas, queda na eclosão dos ovos e aumento dos cistos de penas (bolas).
A administração da vitamina H deve ser sempre preventiva, através de suplementação das farinhadas ou rações completas. Por ser a única no mercado a conter a vitamina H na sua formulação, indica-se o uso de 1 gr de BIOTINA (preparado em farmácia de homeopáticas) por quilo de farinhada. 

Fonte: Dr. Regis Cristiano Ribeiro

Intensificar a Cor dos Canarios Vermelhos

A complexidade da arte de intensificar a cor dos canários de factor vermelho por intermédio da alimentação (na qual são administrados diversos caratenoides) gerou e ainda continua ao longo dos anos a provocar grandes polémicas, continuando a ser um tema de discussões entre os criadores.

A utilização dos pigmentos nem sempre dá os resultados que esperamos, tema que mesmo ao nível internacional provoca entre os aficionados grandes paixões e entusiasmo.

Para começar passo a indicar os caratenoides mais utilizados e comercializados:
1) Carofil Pink
(astaxantina) -Cor de Rosa
2) Beta Caroteno 10% -Cor de Laranja
3) Cantaxantina 10% (1 gr. contém 100 mg. do produto -Cor Vermelho)
4) Carfil Red (1 gr. contém 100 mg. de Cantanxatina pura -Cor Vermelha)

Em relação aos produtos acima referenciados, uns são solúveis na água (os indicados nos pontos 1 - 2 - 3) ou solúveis na água e na gordura (ponto 4), podendo ser diluído em água fervida, daí a importância da sua utilização em papas húmidas (gordurosas) -exemplo: Biancofior da Chemivit.

Uma boa e eficiente coloração dos nossos jovens canários, feita com rigor e técnica aumenta a sua beleza e tem grande influência nas pontuações a atribuir às aves em exposição, tornando-as mais belas e vistosas, contribuindo para o aumento dos apaixonados pelos canários com factor vermelho; é pois esta a grande razão que escolhi para este fórum este tema, dando a conhecer aos criadores os meus sistemas e a sua aplicação, podendo assim ajudar a melhorar o aspecto exterior dos canários.

1º Método
Os canários são divididos em três grandes grupos:
1º Grupo- Todos os canários de Factor Marfim Vermelho (exemplo: Marfim Vermelho - Topazio Marfim Vermelho Mosaico, etc)
Dosagem: 2 a 3,5 grs. de Xantofil New por cada 1 Kg de papa húmida; 2 a 2,5 grs. de Carofil Red. 4 ou 7 grs. desta mistura por cada 1 Kg. de papa húmida.
A mesma dosagem por cada litro de água depois de fervida à temperatura de 60 graus, que depois é retirada empregando o líquido obtido na proporção de 100 ml/1 litro de água simples.

2º Grupo- Todos os canários com Factor Vermelho Mosaico (exemplo: Ágata Vermelho Mosaico, Vermelho Mosaico, Satiné Vermelho Mosaico).
Dosagem: 3,5 grs. de Xantofil New por cada 1 Kg. de papa húmida; 3,5 grs. de Carofil Red por cada 1 Kg. de papa húmida. 7 grs. total desta mistura por cada 1 Kg. de papa húmida.
A mesma dosagem por cada 1 litro de água fervida à temperatura de 60 graus, que depois é retirada empregando o líquido obtido na proporção de 100 ml por cada litro de água normal ou simples.

3º Grupo- Todos os canários com Factor Vermelho sejam eles intensos ou nevados (exemplo: Vermelho intenso ou Nevado, Negro Vermelho Intenso ou Nevado).
Dosagem: 5 grs. de Xantofil New por cada 1 Kg. de papa húmida; 5 grs. de Carofil Red por cada 1 Kg. de papa húmida. 10 grs. total desta mistura por cada 1 Kg. de papa húmida.
A mesma dosagem por cada litro de água, depois de fervida à temperatura de 60 graus, que posteriormente é retirada utilizando o líquido obtido na proporção de 200 ml por cada 1 litro de água simples ou normal.

Para não restarem dúvidas e para melhor esclarecimento, temos que usar duas garrafas:
-a 1ª contém o líquido que foi fervido nas proporções indicadas (concentrado) que depois é guardado no frigorífico.
-a 2ª garrafa (1 litro de água simples) retiramos da 1ª garrafa a dosagem referida nos grupos 1 - 2 -3 para administrarmos após fazermos a mistura com água normal nos canários consoante as variedades.
Esta mistura é também guardada no frigorífico até esgotarmos a mistura do líquido obtido (exemplo: para colorir um canário Vermelho Mosaico retiramos da 1ª garrafa -líquido mais concentrado- 100 ml para adicionarmos a 1 litro de água normal.
Desta segunda mistura colocamos o líquido nos bebedouros das gaiolas de preferência a ser consumido no próprio dia, tendo o cuidado de o recipiente não estar em contacto directo com os raios solares (excesso de claridade) razão pela qual aconselhamos os criadores, sempre que possível, a manterem as aves de Factor Vermelho na penumbra para conseguirem uma coloração mais forte, brilhante e homogénea.

Como notas finais, não devemos usar águas muito alcalinas ou que contenham muito cloro, pois estas duas situações prejudicam a diluição e conservação dos corantes utilizados.

Quanto à razão da minha preferência pelo Carofil Red em detrimento da Cantanxatina, prende-se por um motivo muito simples:
-o Carofil Red tem o mesmo poder de coloração e eficácia que a Cantaxantina e não provoca tantos efeitos nocivos (a saber: sobrecarrega mais o fígado das aves, provoca a coloração arroxeada -sujeita a penalização nos julgamentos).

2º Método
- os canários são agrupados em um único grupo.
Dosagem: 100 grs. de Carofil Red + 50 grs. de Xantofil New; 150 grs. total desta mistura à qual retiramos entre 7,5 grs. a 10 grs. por cada 1 Kg de papa húmida (Biancofiori).
Quanto aos cuidados a ter são idênticos aos anteriormente citados (canários sempre na penumbra) devendo a papa administrada ser de preferência consumida no próprio dia (o corante vai perdendo a sua eficácia em contacto com a claridade).
O método nº1 é para mim o mais eficaz, pois o líquido colocado nos bebedouros obriga a que todos os canários o bebam, enquanto que na papa, por norma, algumas aves rejeitam a comida ou por estarem adoentadas ou pela agressividade das aves mais velhas, como tal não produzindo os efeitos desejados pelo criador (obter aves com um vermelho uniforme e brilhante).

Boas criações e mudas excelentes.

Carlos Almeida Lima
Juíz Internacional Cor e Porte CNJ/OMJ

COMO COLORIR CANÁRIOS MOSAICOS

COMO COLORIR CANÁRIOS MOSAICOS

Quase todos os dias tenho alguns mail de criadores com duvidas sobre como dar, quando dar e que corante dar aos seus canários.Eu sou apenas mais um criador que também tem duvidas como todos vocês.
E se não as tivesse não tinha conseguido obter alguns bons resultados, como já consegui, e que espero ainda poder melhorar.Porque quem pensar que sabe tudo, e não tem duvidas, nunca vai conseguir alcançar os seus objetivos.(sonhos que todos temos, mas que só alguns contam)
O que este hobbie tem de maravilhoso é a incerteza, o que hoje é ótimo, amanhã já é bom, depois de amanhã é razoável e para a semana já esta ultrapassado.

Como tal todos nós criadores temos de nos convencer que ganhar, até pode não ser assim tão difícil como parece, mas voltar a ganhar, vai ser bastante mais difícil, como tal temos de nos atualizar constantemente, porque todos os dias nos vão aparecer diferentes situações no nosso dia a dia, que teremos de ultrapassar.
Embora não haja campeões eternos, são quase sempre os mesmos criadores a ganhar, como tal não é fácil conseguir lá chegar, mas também não é impossível.

É com este pensamento que todos devemos de trabalhar, com vontade e empenho para o conseguir, e não desistir logo á primeira ou á segunda tentativa, antes pelo contrário, devemos tentar melhorar ainda mais para que os resultados apareçam, e acima de tudo temos de ter humildade para aceitar com desportivismo algum resultado menos conseguido.Sempre na esperança que no próximo ano iremos conseguir melhorar os nossos resultados!!!

Cada criador tem os seus métodos de coloração, e eu como qualquer outro criador tenho a minha maneira de corar os meus canários castanhos mosaico.Há criadores que preferem dar o corante na água, economizando algum corante, este método dá um pouco de trabalho para dissolver o corante na água, e a lavar depois os bebedouros.
Eu tentei uma vez, há alguns anos atrás, a dar o corante na água, mas como não gostei, nunca mais tentei, como tal dou misturado na papa.

Não é por dar mais corante(excesso),que vamos obter uma melhor coloração.
Mas se tivermos uns bons reprodutores no nosso plantel, principalmente saudáveis, porque qualquer doença interfere na coloração, se lhes dermos uma boa alimentação e uma dose correta de corante, iremos com certeza conseguir obter bons resultados.

Eu já tenho dito que utilizo uma medida para ter a noção do que preciso dar em todas as vezes que dou corante, a melhor forma de ver se estamos a dar uma doze correta de corante aos nossos canários, é de vez em quando verificarmos a cor das fezes, e consoante o seu tom assim aumentamos ou diminuímos a quantidade de corante.
Se as fezes estiverem muito vermelhas,com tons arroxeadas,temos de reduzir um pouco a quantidade,se pelo contrario não notarmos um tom avermelhado,então neste caso temos de aumentar um pouco a quantidade.

Para quem não quer proceder desta maneira, aconselho a adicionar á papa uma média de 8gr por kilo, embora esta seja uma maneira mais fácil de resolver o problema da coloração, é importante que a mantenham para que o tom da cor venha uniforme em todo o plantel, não é a mais acertada, porque os canários não necessitam sempre da mesma quantidade de corante durante todo o ano, mas é uma grande ajuda principalmente aos menos experientes.

Eu no meu caso como só tenho canários de fator mosaico, começo por dar o corante aos 45 dias de vida.Mas isto dos 45 dias de vida é muito relativo, porque pode ser aos 35 ou aos 50 dias.Normalmente deve-se começar a dar corante aos nossos canários mosaicos quando os separarmos dos pais, e os passamos para as voadeiras. É assim que eu faço,não temos necessidade de dar antes,e também não convém deixarmos passar muito tempo depois.Dou corante aos meus canários, ate os levar ás exposições.Embora dê em menor quantidade depois da muda terminada, sendo apenas necessário dar para manter e no caso de se partir alguma pena.

Há mais fatores essenciais para obter uma melhor coloração dos nossos canários, e o fator luz é também bastante importante, como tal recomendo a terem os vossos canários com pouca luz durante a muda, se possível quase na penumbra, para alem de evitar picagens, mantendo-os mais calmos.
Os canários lipocromos não tem tanta necessidade de apanhar sol, não sendo recomendado uma prolongada exposição ao sol durante longos períodos.
Nos melânicos, principalmente os ágatas e os negros, se apanharem um pouco de sol, podem melhorar um pouco as suas melaninas, sem interferir na pigmentação, desde que dado com moderação.
Evidente que se o canário em questão não tiver qualidade não é o sol que a vai dar, apenas pode melhorar um pouco o brilho da plumagem, fazendo a tal diferença na mesa do juiz.Eu não dou sol aos meus castanhos, e não me posso queixar.
A verdura em excesso também pode influenciar a pigmentação dos nossos canários.
Eu deixei de dar verdura desde que dou o germinado, já lá vão alguns anos, e pelos vistos não me tenho saído muito mal.

A qualidade do corante também é importante, eu tenho-me dado bem com o corante da marca ROCHE, mas não quer dizer que não se encontre no mercado outras boas marcas.
Este ano comprei da Roche no Internacional de Reggio Emilia, 700 gr.em frascos de 100gr.Optei por comprar 100 gr de betacaroteno, 300gr de cartaxantina, e 300 gr de carophyl red.
Como o ano passado sobrou-me quase 50 gr, espero que dê até ao fim da muda.
Brevemente coloco fotos do corante que adquiri este ano, assim como a mistura que devem fazer.

Há quem opte por adicionar o corante ao cous-cous, e só depois de bem mexido é que adicionam a papa, e as sementes de germinar.
Eu como tenho canários c/,e s/factor vermelho, para não haver enganos, misturo a papa ao germinado, ao bio-plus, ao cálcio, e ao essencial 3.
Primeiro aos canários s/factor vermelho, e só depois adiciono o corante á restante papa, mexendo muito bem até ele se misturar convenientemente, para dar aos c/factor.Normalmente dou corante de manhã, e a seguir ao almoço, mas se derem apenas uma vez por dia não tem importância na pigmentação.Há quem dê apenas de dois em dois dias e consiga obter uma boa coloração. É uma questão de opção,e principalmente de tempo.

OS POLEIROS

Nossos canários, comem, pousam, dormem, acasalam, brincam ou seja "vivem" sobre os poleiros, seria então de bom tom oferecermos produtos da mais alta qualidade aos nossos bichinhos.
Eu particularmente gosto de colocar poleiros de variados tamanhos na gaiola dos canários, assim eles poderão escolher em qual irão dormir ou passar a maior parte do tempo.
Os poleiros devem ser higienizados com freqüência pois podem acumular bactérias causadoras de doenças nos pés. A utilização de poleiros de vários diâmetros é problemática no sentido da manutenção dos mesmos, visto que teremos que ter poleiros sobressalentes de vários tipos.
Acredito serem os poleiros frizados e redondos são os mais indicados à criação de canários, visto que os frizos "meio que" massageiam as patas dos canários.
Os poleiros de plástico são também uma solução viável, mas há de se ter cuidado redobrado na higiene, visto que são ocos e podem esconder piolhos e outros parasitas.

Como limpá-los

Poleiro de madeira:
Pegue todos os seus poleiros e raspe com uma faca ou lixa, tendo o cuidado para não gasta-lo ou tirar farpas, lave-os muito bem com água, sabão e um pouco de água sanitária ou cloro.
Deixe secar muito bem, pois a água penetra na madeira e isso pode trazer problemas de friagem aos canários.

Poleiro de plástico:
Lave-os muito bem com água, sabão e um pouco de água sanitária ou cloro.
Deixe secar e coloque um pouco de Piolhaves ou Kill_Red no seu interior.
Nunca utilize poleiros quadrados, não são os mais recomendados, afinal de contas, você já viu uma árvore com galhos quadrados?
Como na natureza os pássaros vivem sobre os galhos, esses são redondos e de diferentes diâmetros, creio eu ser essa a melhor aproximação da natureza que podemos oferecer aos nossos pássaros.

A PLUMAGEM DOS CANÁRIOS

A PLUMAGEM DOS CANÁRIOS 
Comprimento, pigmentação e colocação

A plumagem tem fundamental importância no Fenótipo dos canários!
Uma plumagem sedosa e aderente ao corpo, além de proporcionar maior beleza,
facilitará o visual do desenho dorsal e de flancos nos CANÁRIOS MELÂNICOS, assim
como permitirá melhora da colocação amarela ou vermelha nos exemplares
LIPROCRÔMICOS assim como nos MELÂNICOS. Dentre as características
complementares, este é o item de maior importância na Tabela de Pontuação da
OBJO/FOB, valendo 15% do total de pontos do exemplar em julgamento.

O COMPRIMENTO DAS PENAS
Existem três tamanhos básicos de pena: curtas, médias e longas.
As PENAS CURTAS são aquelas que ficam bem aderente ao corpo e podem ser
facilmente observadas nas espécies silvestres. Isto ocorre devido a necessidade de
rapidez no vôo e pela facilidade da cópula durante o acasalamento.
As PENAS MÉDIAS são aquelas que deixam o exemplar volumoso e, às vezes,
com facho lateral prejudicando sua estética.
Em nossos criadouros, quando acasalamos um canário que possua penas longas,
para facilitarmos a fecundação, cortamos o excesso de penas próximas à região da
cloaca, tomando cuidado para não cortarmos as plumas que saem diretamente da borda
desta.
Os silvestres em seu “habitat” natural, normalmente não têm este tipo de
plumagem, pois a própria natureza se incumbe de dificultar a multiplicação destas aves.
Existem várias evidências práticas que nos permite caracterizar o canário como
sendo de plumagem CURTA:
a) a plumagem é aderente ao corpo, sem fazer fachos laterais, assim como não
se sobrepõe exageradamente aos ombros.
b) Ao assoprarmos a barriga do pássaro, não teremos dificuldades em observar
sua pele e ou plumagem; e
c) O pássaro, após tomar banho, seca-se rapidamente.

TRANSMISSÃO GENÉTICA DO TAMANHO DA PENA
O comprimento da plumagem é transmitido geneticamente com comportamento
AUTOSSOMAL. Existindo uma relação de DOMINÂNCIA PARCIAL, entre seus alelos.
Como se sabe, cada elemento do casal colabora com 50% das informações
genéticas aos descendentes. Em se tratando de Dominância Parcial, o entrelaçamento
destas informações traduzirá CARACTERÍSTICAS INTERMEDIÁRIAS NO FENÓTIPO da
prole.
Assim sendo, devemos acasalar exemplares que possuam penas curtas x penas
médias, ou penas médias x penas médias, pois assim conseguiremos maior número de
filhotes com características de plumagem intermediária, de acordo com a curva de Gauss.
Não devemos acasalar penas longas, pois poderemos promover maior incidência
de quisto.
Por outro lado, o acasalamento consecutivo entre exemplares de plumagem curta
também deve ser visto com certa cerimônia, pois o resultado poderá apresentar alguns
filhotes muito finos, perdendo ponto na forma e, as vezes, com falta de pena em algumas
regiões do corpo.

A PIGMENTAÇÃO
As penas são formadas por dois tecidos: a EPIDERME e a MESADERME.
A mesaderme é responsável pela produção de células querantinizadas que
formam a estrutura das penas, sendo a mesaderme responsável pela pigmentação e
nutrição da plumagem durante seu crescimento.
Os pigmentos são fornecidos às penas através de células especiais chamadas
MELANÓCITOS.
Estes melanócitos produzem as melaninas e as depositam em forma granular nas
penas. Após realizarem sua função, os melanócitos se auto-extinguem.
Veja que a produção das melaninas é feita pelo próprio organismo do pássaro. As
Melaninas são divididas em EUMELANINA NEGRA, EUMELANINA MARRON e em
FEOMELANINA.
Qualquer das Eumelaninas se deposita nas penas de dois distintos:
CONCENTRADA na região central das penas formando as ESTRIAS e “PULVERIZADA”
SOBRE a plumagem formando a Envoltura.
A Eumelanina espalhada por todas as regiões da plumagem do pássaro
(envoltura), ao se misturar com o lipocromo e também afetados pelo fator Azul, modificam
a sensação visual provocada pelo lipocromo puro. Assim, os canários MELÂNICOS DE
FUNDO AMARELO, passaram a ter visual VERDE (por exemplo: nos verdes e nos ágatas
amarelos), assim com nos de FUNDO VERMELHO, esta mistura visual cor de COBRE
(por exemplo: nos canários Cobres e, em menos escala nos Ágatas Vermelhos).
Por outro lado, a FEOMELANINA se localiza, principalmente, nas bordas das
penas. Esta e indispensável em praticamente todas as cores em exceção dos FEOS e
dos CANELAS PASTÉIS, onde desempenham função decisiva na obtenção de
exemplares de alto nível. Como o hormônio feminino (progesterona) é estimulante da
presença de feomelanina, as fêmeas normalmente apresentam maior quantidade deste
pigmento que os machos (pelo menos numa mesma ninhada).

A COLOCAÇÃO
Durante seu crescimento, as penas são coloridas pelos Carotenóides amarelos ou
vermelhos, dependendo das exigências genéticas do pássaro.
Os Carotenóides são pigmentos vegetais que, normalmente, fazem parte da
alimentação do canário e que, para colorirem as penas associam-se a substâncias
gordurosas.
OBS: como já vimos, os pigmentos melânicos são produzidos pelo próprio
organismo do pássaro, porém os Carotenóides são adquiridos através dos alimentos.
Geneticamente, os canário possui a propriedade de colorir sua plumagem, sendo
esta ação de três pares de genes diferentes:
FASE a) o carotenóide é absorvido pelo intestino;
FASE b) este é transformado no fígado em pigmentos lipossolúveis (lipocromo);
FASE c) o lipocromo é depositado na pela e posteriormente colore a plumagem.
De posse destas três informações podemos concluir que:
- quando estas três etapas forem completadas estaremos diante de um canário
de cor de fundo amarelo ou vermelha;
- se a fase “a” (ver acima) não ocorrer, ou seja, não houve absorção de
carotenóides pelo intestino, não haverá lipocromo a ser depositado na
plumagem. Logo, o exemplar será de fundo branco.
OBS: este exemplar acima citado pode ingerir até mesmo caroteno vermelho, que
mesmo assim, não apresentará nenhuma mudança na tonalidade do seu branco.
Entendeu porquê?

OS CAROTENÓIDES
Os carotenóides podem ser classificados em carotenos e xantofilas.
O caroteno mais conhecido é o Betacaroteno. Ele não consegue transpor as
paredes intestinais do canário, portanto não influi na colocação das penas, sendo
entretanto, muito importante, já que é formador da vitamina “A” necessária ao
desenvolvimento orgânico do pássaro.
As xantofilas são carotenódes que conseguem transpor a parede intestinal dos
canários, porém necessitam de substâncias gordurosas para conseguirem ser absorvidos
pelo organismo. As xantofilas mais conhecidas são: a luteína e a zeaxantina que dão
colocação amarela, além da cantaxantina e a rodoxantina que dão colocação vermelha à
plumagem.
A luteína e a zeaxantina são pigmentos naturais ingeridos normalmente na
alimentação diária do canário. A luteína provém principalmente da sementes, sendo este
o pigmento responsável pela coloração limão da plumagem.
A zeaxantina provém, principalmente, da gema do ovo e do milho amarelo. Esta é
transformada pelo fígado em corantes alaranjados, influenciando negativamente na
tonalidade ideal para concursos.
A cantaxantina e a rodoxantina são pigmentos que dão colocação vermelha,
porém não fazem parte da dieta dos canários, necessitando portanto, serem adicionados
diariamente à ração na forma industrializada para que se tenha a cor vermelha
uniformemente distribuída em toda a plumagem, pois o organismo não possui a
capacidade de armazená-las.
A cantaxantina é o pigmento que dará cor mais intensa e maior brilho à
plumagem, sendo o pigmento ideal para ser administrado. É encontrado em diversos
produtos.
A rodoxantina dará uma tonalidade mais fosca à plumagem, devendo ser evitada
na dieta dos canários com fator vermelho.
Uma boa carotenização vermelha depende além do tipo e da qualidade do
caroteno a ser ingerido, da qualificação genética que o pássaro possua, pois esta
absorção é feita pelo organismo, e controlada por genes que deverão ser capazes de
imprimir vermelho forte, permitindo seu melhor aproveitamento.
Logo, não adianta oferecer caroteno vermelho em excesso, pois a plumagem não
se tornará mais vermelha já que o organismo do pássaro devolverá todo o excesso
através das fezes. Verifique em seu criadouro, quando o pássaro estiver com fezes muito
vermelhas, significa que a oferta está grande, o ideal é que estas estejam com a
coloração rosada.
OBS: estes produtos são sensíveis ao ar, calor, luz e umidade. Portanto,
mantenha a embalagem que o armazena protegida do sol e bem fechada.


A INTENSIDADE DO LIPOCROMO
A intensidade do lipocromo é ligada ao comprimento da pena.
Procure observar que é muito difícil conseguirmos um exemplar de plumagem
volumosa que tenha coloração otimizada.
Pense neste exemplo:
Um pintor possui dois baldes de tinta de mesmo volume para pintar duas paredes
de tamanhos diferentes: uma medindo 3m x 4m e outra 5m x 7m.
PERGUNTA-SE em qual parede ele conseguirá cor mais concentrada utilizando o
mesmo volume de tinta?
RESPOSTA é claro que na de área menor!
Assim ocorre com a plumagem. Se a pena for curta, a tendência será termos
pena com maior intensidade de cor, porque a mesma qualificação genética do pássaro,
será mais fácil para ele imprimir mais caroteno numa área menor.

CONCLUSÃO
Como observamos neste artigo, a plumagem é realmente fundamental para uma
boa apresentação do canário nos concursos.
Se este possuir penas curtas ou médias, levará boa vantagem na colocação
destas, conseguindo maior intensidade de lipocromo, maior depósito de melaninas, assim
como, melhor forma do exemplar.
Outro item importante é a alimentação, principalmente enquanto a pena estiver
em crescimento, já que é através de alimentação adequada que obteremos melhor
qualidade e uniformidade do lipocromo, seja este amarelo ou vermelho.
A partir da total formação da pena, a coloração e a pigmentação só poderão ser
influenciadas pelo meio ambiente (sol, por exemplo) ou pelo uso de algum produto
químico.
Mas isto é assunto para outro artigo...

Fonte: Eliane Seixas e Gilberto Seixas   -  Revista da UPCC - 2001

FATORES DE MUTAÇÃO DO CANÁRIO NO PINTASSILGO

FATORES DE MUTAÇÃO DO CANÁRIO NO PINTASSILGO  

Aqui fica um artigo do Sr. ANGEL MARTIN MINANO- ESPANHA.

Se nos concentrarmos apenas sobre os "olhos vermelhos", temos que levar em conta que no canário existem duas mutações com esta característica: o ACETINADO, que é ligado ao sexo, com o que as formulações são idênticas a todas mutações que tenham este mecanismo de transmissão hereditária (PASTEL, MARFIM, AGATA, CANELA e ISABELINO), e o INO, que é "recessivo", pelo que o que digamos sobre ele é aplicável às mutações que tenham este mecanismo hereditário (OPALINO e INO).

O problema básico está em que tenhamos que contar com a fertilidade dos F-1 (Pintagol) e seus sucessivos F-1. F-3 ETC., TANTOS os MACHOS como as FÊMEAS, e nos quais os "PORTADORES" não sejam fenotipicamente reconhecíveis o que, em especial, vá agonizar o problema na transmissão de caracteres recessivos, a não ser que montássemos, às cegas, todos os exemplares obtidos. Contando com este "handicap", passamos a expor as possibilidades teóricas.
1- Método de SUBCRUZAMENTO (acasalamento de híbridos entre si)
a) Para os “olhos vermelhos” “ligados ao sexo" (Acetinado) e as demais mutações "olhos negros” assim transmitidos. Montar 2 casais (para evitar o cruzamento posterior entre irmãos), com MACHO CANÁRIO ACETINADO e FÊMEA PINTASSILGO. Os F-1 Machos obtidos serão TODOS portadores de acetinado, e as Fêmeas serão TODAS acetinadas. Acasalando-se na seguinte geração um MACHO F-1 portador, com uma fêmea F-1 acetinado, obteremos o R-1, que nos dará 25% de machos acetinados, 25% de fêmeas acetinado e 25% de fêmeas normais. Agora então, se o híbrido se comporta como MENDELIANO, da sua totalidade dos R-1 obtidos, FENOTIPICA e GENETICAMENTE, 25% serão canários, 50% serão "Pintagóis" e 25% PINTASSILGOS, dos quais, utilizando os machos acetinados ou portadores com as fêmeas acetinado, ou então os machos acetinados ou portadores com fêmea silvestre (embora neste cruzamento só conseguiríamos fêmeas, a totalidade se empregarmos o acetinado e 50% se utilizarmos o portador), com o que, teoricamente, conseguiríamos a fixação.
Para o "olhos vermelhos" "recessivos", o mecanismo seria o similar. A diferença está em que acasalando dois casais de macho ou fêmea canário INO- ou OPALINO- com fêmea ou macho pintassilgo, os F-1 obtidos serão PORTADORES DE INO. Acasalando os F-1 macho e fêmea entre si, obteríamos os R-1 (também 25% de canários,50% idênticos a F-1 e 25% de pintassilgos), Porém destes pintassilgos, 25% seriam INO, 50% portadores e 25% normais, entre o portador e o normal não haveria diferença fenotipica, para o que no seguinte passo teríamos que cruzar os exemplares INOS- machos e fêmeas- com os exemplares não inos, para buscar a coincidência de que a fêmea ou o macho seja portador. Agora então, devido às dificuldades expostas no inicio, referentes a dificuldades de fertilidade da fêmea F-1 e, inclusive á possibilidade de que o "mendelianismo" não se produza pureza, penso que, dentro da dificuldade, tenha mais possibilidade, embora sendo a prazo mais longo, o seguinte método:
Método de "CADEI DE Fs" (cruzamento de um híbrido com uma das espécies que o produziu). Aqui se trata não só de fixar a característica de mutação desejada, como de ir eliminando em sucessivos cruzamentos sobre a espécie que se deseja fixar- neste caso, o pintassilgo- as características fenotipicas e genotipicas da outra espécie que deu lugar ao F-1- neste caso, o canário- que no F-1 constituem 50% e que nos sucessivos F, feitos sobre pintassilgo vão diminuindo progressivamente, até ficar reduzidos a um mínimo percentual em F-5, que já seria praticamente um pintassilgo (recorde-se o método de introdução no canário do "fator vermelho" a partir do F-1 de carduelis cucullata). É preferível partir, pela sua maior facilidade, de um casal constituído por macho pintassilgo e fêmea canária acetinado que como no primeiro método, se pretendemos obter o "pintassilgo acetinado", creio deve ser de lipocrômo amarelo para evitar o aparecimento do lipocrômo branco dominante não utilizando os prateados, enquanto que seria totalmente improcedente o lipocrômo vermelho- e com melaninas negro-marrons- JÁ que se utilizarmos um "melanina isabelino" nos aparecerá este fator- se bem que isto quer dizer que não seria interessante em outro terreno já que, à parte o pintassilgo acetinado, poderíamos chegar ao branco dominante ou ao isbelino.
O F-1 "pintagol" assim obtido será verde (negro-marrom com lipocrômo amarelo) PORTADOR DE ACETINADO. Cruzando este pintagol com fêmea pintassilgo teremos F-2; destes, 25% serão machos normais, 25% machos portadores de acetinado- embora não distinguíveis fenotipicamente, a não ser cruzamentos de prova - 25% de fêmeas normais e 25% de fêmeas F-2 ACETINADO. Cruzando uma destas fêmeas F-2 acetinado- com as possibilidades de fertilidade superiores a F-1- com um macho pintassilgo silvestre, obteremos o F-3 onde todas as fêmeas serão normais, porém TODOS OS MACHOS serão, novamente, portadores de acetinado. Repetimos o cruzamento desta F-3 com fêmea pintassilgo silvestre e obteremos o F-4, no que teremos novamente o resultado obtido no F-2. isto é, 25% de machos portadores, 25% de machos normais (não distinguíveis fenotipicamente), 25% de fêmeas normais e 25% de fêmeas acetinado. A partir daqui ainda bem caberia a possibilidade dos "cruzamentos a cegas", tentando localizar os portadores, ou inclusive cruzar uma destas fêmeas com um macho F-1, portador seguro de acetinado, porém que teria o inconveniente de aumentar a participação genética do canário que já temos reduzido a proporções mínimas, creio ser preferível fazer outro cruzamento mas de uma destas fêmeas acetinado F-4 com um pintassilgo Sivestre, com o que já teremos o F-5 macho portador de acetinado, quase pintassilgo puro, que já pode fixar-se com a fêmea acetinado F-4. Ou então pode-se continuar com as sucessivas gerações alternativas (como vemos, em uma conseguimos o macho portador e na seguinte a fêmea acetinado(, para maior depuração, dos restos de canário.
Por outro lado penso que uma outra possibilidade seria a criação de quantidade de pintassilgos silvestres, inclusive aproveitando exemplares mutados em liberdade que alguma vez, como em todos os pássaros silvestres, podem encontrar-se, inclusive em alguns casos, utilizando a consangüinidade. Penso que mais cedo ou mais tarde apareceriam as mutações, tal como em alguns criadouros europeus tem ocorrido, com o carduelis cucullata. O que acontece é que com os pássaros abundantes, tanto da Fauna americana( no Brasil), como os de Fauna européia, ao ser muito fácil conseguir-se exemplares de captura, é difícil o interesse pela reprodução em cativeiro a parte do fator que poderíamos denominar de "rentabilidade econômica", do qual já fez parte, por exemplo, o nosso "verderon" ( Chloris); praticamente ninguém se dedicava a criá-lo em cativeiro, até o aparecimento e fixação de uma série de mutações de elevado preço, desencadeando sua proliferação em nossos criadouros.

CRIAÇÃO DE HÍBRIDOS DO TARIN

CRIAÇÃO DE HÍBRIDOS DO TARIN

Hibridação tarin x canária – histórico
            A idéia da cor vermelha nos canários começou por volta 1920. Um alemão, Dr. Duncker foi quem desenvolveu o primeiro trabalho direcionado à obtenção de um canário de cor de fundo vermelha, a partir da hibridação Canário x Tarim. Segundo esse estudioso, os híbridos receberiam um fator vermelho do Tarim e um amarelo do Canário, o que produziria uma cor acobreada.
            E que o acasalamento de dois híbridos poderia produzir pássaros com características do Canário com a cor do Tarim, As fêmeas F1 mostraram-se estéreis e o processo teve que ser modificado, utilizando-se os machos F1 férteis com Canárias. Houve um retrocesso, com perda de cor. Ai sugeriu-se o uso Canárias Brancas Dominantes, com a intenção de que o lipocromo amarelo fosse mascarado e o vermelho não fosse afetado. Foram obtidos híbridos cobres e cinzentos de ambos os sexos e o fator branco dominante mascarou tanto o fator vermelho, como o amarelo. Numa terceira tentativa, usaram-se fêmeas Brancas com a intenção de aparecerem apenas vermelhos portadores de recessivo.
            Os machos F1 desse acasalamento eram cobres e as fêmeas cinzentas como as do Tarim.
As fêmeas F3 mostraram-se finalmente férteis e foram retocruzadas com machos F1. E repetindo-se os cruzamentos utilizando-se sempre os exemplares mais vermelhos e às vezes novamente com o Tarim, obtiveram-se aves de cor vermelho-laranja aceitáveis.
Essas aves tinham a estrutura do canário e o vermelho do Tarim e também, o amarelo do Canário. E após anos de seleções, por volta de 1930, o Sr. Henninger da Alemanha conseguiu finalmente um canário capaz de extrair da alimentação uma substância corante vermelha para as penas. O fator vermelho está sobre um autossoma e tem hereditariedade dominante incompleta, ou seja, se cruzamos um amarelo com um vermelho, teremos um tom alaranjado.
Outros cruzamentos
            A hibridação é o cruzamento de duas espécies, como canário com pintassilgo, dando normalmente aves excelentes cantoras. É possível fazer a hibridação de canário com:
            -LUGRE (Carduelis spinus)
            -PINTARROXO (Carduelis cannabina)
            -PINTASSILGO (Português) (carduelis carduelis)
            -“BIGODES”
            -VERDELHÃO (Carduelis chloris)
            -TENTILHÃO (Fringilla coelebs)
            -Cardinalito da Venezuela
            -Outras aves da família dos fringilídeos.

Fonte: Bernardino,Revista SANO 2006

NOVAS TECNOLOGIAS PARA ALIMENTAR SEU CANÁRIO.

Este artigo foi feito para aguçar a sua curiosidade e também levantar alguns pontos sobre a alimentação de nossos canários.
Atualmente estamos em um mundo rodeado de tecnologias que sempre estão em desenvolvimento, temos televisões de ultima geração com tecnologia 3 D, temos carros de ultima geração, temos alimento para cães de ultima geração e os nossos canários ainda estão comendo feijão e arroz!
Porque será?
Alguns pontos na criação de canários tiveram uma enorme evolução, entre eles os remédios, as gaiolas, os utensílios, as farinhadas, etc...
Mas a alimentação com base em sementes continua a mesma. Será que esta será a nossa realidade em termos de alimentação para o futuro ou não?
Vou relatar alguns fatos:
Antigamente se caçava aves silvestres e hoje não temos mais essa probabilidade, antigamente se uma ave caçada viesse a morrer, se pegava outra e pronto, essa era a realidade.
Quando comecei a me entender por gente e ter pássaros eles eram tratados quando filhotes com pão umedecido em leite e quando adultos o principal alimento era o painço e o alpiste, não tínhamos acesso a outras sementes. O mais importante deste breve relato é que antigamente também era mais difícil de criar pássaros em cativeiro e quem tinha silvestres há anos atrás sabe bem do que estou relatando. Este fato dava-se principalmente por falta de conhecimento em criação de cativeiro e também pelo fato relatado acima, se morresse um passaro se caçava outro e pronto. Hoje em dia a coisa é bem diferente. Um pintassilgo diluído criado em cativeiro chega a mais de R$ 1.000,00, um canário de boa linhagem e genética alcança este cifrão facilmente, um curió, bicudo, trinca ferro tem preços elevadíssimos.
A grande diferença entre antigamente e hoje é que passamos a criar em cativeiro. Também posso afirmar que nunca iremos conseguir recriar em cativeiro as mesmas condições da natureza, nem em espaço e nem em alimentação, ou seja, um pintassilgo, canário, curió, bicudo não encontram as sementes que lhes são dadas em cativeiro na natureza.
Quando se fala em cativeiro na criação de pássaros queremos que eles vivam por mais tempo possível, pois não podemos simplesmente se dar ao luxo de perder uma ave e estar repondo sempre que uma morte ocorre, temos que saber a origem da morte, ou ainda se temos um plantel que não produz bem, temos que analisar o que há de errado com a forma de manejo e talvez uma das causas seja a alimentação.
Hoje também temos um numero cada vez maior de aves em nossas casas e criadouros, um casal, dois casais, cinco casais,  já não são mais suficientes para suprir as nossas necessidades de “Hobby”.
É sabido que um grande número de doenças chegam a nossos canários através da alimentação, seja por má qualidade ou por manejo inadequado.

Manejo com sementes:
Grande parte dos criadores faz uso das famosas e cobiçadas maquinas de limpar e soprar sementes ou usam a tradicional peneira para soprar e limpar.
Será que este manejo favorece ou atrapalha?
Alguns irão dizer; “eu só passo as sementes pela maquina quando compro”.
Correto! É para isso mesmo que maquina deve lhe ajudar. Mas será mesmo essa a realidade?
E aquele resto que fica nos comedouros, você joga fora? Remonta?
Amigos a grande realidade não é essa. Muitos criadores pegam estes restos dos comedouros, juntam e passam tudo nesta maquina dando a falsa impressão de limpeza e depois voltam a colocar estas sementes nos comedouros. Imaginem se um ou mais canários do seu plantel estiverem desenvolvendo alguma doença!
O que vai acontecer?
Fatalmente você estará disseminando a doença no plantel inteiro.
Para quem faz esse tipo de manejo e nunca aconteceu nada. Parabéns! Você é uma pessoa de sorte! Ou utiliza muitos medicamentos. 

O tema é novas tecnologias.
Existem maquinas que esterilizam as sementes por ionização ou por exposição à luz. No interior desta maquina existem lâmpadas UV que tem poder germicida, deixando as sementes livres de fungos e bactérias.
Que ótimo! Vamos eliminar então aqueles problemas citados acima.
Mas será que vale a pena esterilizar sementes de baixa qualidade?
Vamos ver.

Qualidade das sementes:

Há muitas leis e burocracias falando sobre a importação, testes de qualidade e rotulagem de sementes, posso citar algumas:
§ INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 50, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006.
§ PORTARIA Nº 65 DE 16 DE FEVEREIRO DE 1993.
§ DECRETO Nº 42.916, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1957.
Este último mais precisamente no capitulo 2 – artigo 18 – 3º.
A portaria Nº 65 é muito interessante, para quem tem acesso a Internet, vale a pena pesquisar sobre ela.
O importante é que todas sementes têm um prazo de validade, mas infelizmente para nós que somos consumidores finais elas nem sempre chegam em perfeito estado de conservação. Desde a sua colheita até nós o caminho é longo e quase sempre os processos de estocagem e conservação deixam a desejar. Chegando a nós um produto final que muitas vezes contem sujeira, pó, insetos, mofo, etc...
Muitos criadores lendo isso vão pensar; eu compro do fornecedor X ou Y e elas são excelentes, nunca tive problemas! Ou então; eu só compro importada e são excelentes.
Mas já pararam e pensaram em fazer um teste com elas para realmente verificar e atestar essa qualidade que tanto defendem?
A verdade é que para se fazer uma analise em laboratório custa caro e também não há como realizar este teste em cada lote que compramos, pois seria fora de nossa realidade financeira.
Então o que podemos fazer?
Podemos fazer testes simples sem nenhum gasto, mas que trarão grande esclarecimento para nós.
*Primeiro teste – Mofo
Pegue umas 100 gramas da semente e coloque em uma caixa fechada ao abrigo da luz por 24 horas, após esse período, pelo cheiro você poderá constatar se estão mofadas. Algumas já têm o cheiro antes de fazer o teste, então preste atenção no ato da compra.
*Segundo teste – Germinação.
Este teste é o mais importante e ira determinar realmente a qualidade do lote analisado. Para facilitar o seu cálculo, pegue 100 sementes de alpiste,
Coloque de molho em água limpa durante quatro horas. Prepare um prato ou tigela e forre com algodão bem umedecido com água limpa, em seguida coloque as sementes ali depois de retirar a água em que ficaram de molho. Cubra a tigela ou prato com um pano ou uma tampa semi aberta. Em três dias elas devem germinar, agora veja o percentual alcançado no lote testado. Alguns criadores que tive conversas a esse respeito dizem que se tiver em media de 80% de germinação já se pode considerar de boa qualidade, mas o ideal é um índice acima disso. Eu considero 80% de germinação muito pouco.
Vejam, as sementes que não germinam, nada podem oferecer em termos de nutrientes as suas aves e podem até fazer mal a elas.
Se você compra um quilo de alpiste e perde 20% por má qualidade, mais 5% por conta de desperdícios e cascas, ao final você perdeu 250 gramas em um quilo.
Se você gasta em media 10 quilos de alpiste por mês, estará perdendo no mínimo dois quilos.
E se o alpiste chegar a um nível muito bom, 95% de germinação!
Ótimo! O alpiste esta bom.
E as outras sementes da mistura?
E se o passaro gostar mais de uma semente que de outra, como fica o balanceamento?
Vejam que a realidade não permite conciliar uma elevada porcentagem de qualidade em todas as sementes da mistura, nem tão pouco fazer a mistura e querer que a ave coma de forma igual. Pensem nisso...
Façam os testes citados acima, comprovem vocês mesmos, não acreditem somente porque leram este artigo, tirem suas próprias
conclusões, façam o teste constantemente e crie hábito em fazê-lo, pois só assim você terá certeza da qualidade que esta oferecendo as suas aves.
Não adianta você pagar caro em matrizes, gaiolas, utensílios, cuidar com a limpeza, etc... E descuidar no mais importante que é alimentação.
 
(acima o teste feito para germinação. O resultado mostra que a qualidade é péssima.)

Mas então no que a tecnologia pode nos auxiliar?
Vamos ver abaixo.

A RAÇÃO EXTRUSADA.

Muitos iram dizer; “mas os canários são granívoros!”.

Claro que são, mas também não podemos afirmar que a alimentação tradicional com sementes seja a correta ou a mais eficaz, pelo menos não hoje em dia. Depois de tantos anos a alimentação que nos orientam a fornecer para um canário é a mistura de sementes.
Será que não esta na hora de orientar para uma segunda alternativa?

Creio que sim! A Extrusada!
Salgar e secar foram os dois primeiros métodos de tratamento dos alimentos a serem utilizados para preservar a frescura e melhorar o sabor destes. Ao longo dos anos, as técnicas de processamento dos alimentos têm melhorado, o que resultou numa expansão do abastecimento de alimentos pelo prolongamento do tempo de armazenamento destes, evitando o refugo e aumentando a variedade de alimentos disponíveis. Uma destas técnicas é a extrusão.
Mas o que é extrusão?
Extrusão basicamente é um processo de cozimento baseado em alta pressão, umidade controlada e temperaturas elevadas, gerando um incremento de digestibilidade em relação à mistura crua, além de resultar em um produto com aspecto final desejado. Um dos principais benefícios deste procedimento no processamento alimentar está relacionado com a preservação dos alimentos. A extrusão pode se usada para controlar a quantidade de água dos ingredientes, que determina a atividade microbiana nestes e a sua putrefação.

Mas quais são os principais benefícios em oferecer ração extrusada para meus canários?
São eles:
  1. Nutrição ótima.
  2. Alimentação uniforme.
  3. Correto Balanceamento.
  4. Maior digestibilidade.
  5. Sem intoxicação.
  6. Economia.
  7. Facilidade de manejo.
Estas são algumas entre outras e podemos comentar um pouco sobre elas.
Nutrição ótima.
A formulação das rações permite a apresentação dos níveis de garantia ideais e de acordo com as exigências nutricionais dos pássaros. Sendo assim a extrusada ser usada tanto como única fonte de alimentação ou como a fonte principal, podendo ser usada em conformidade  com outra alimentação extra, como frutas, verduras e farinhada.
Alimentação uniforme.
Muitas aves são seletivas em relação à alimentação com sementes. A composição da extrusada é exatamente igual em cada grânulo, proporcionando uma alimentação completa e uniforme.
Correto Balanceamento.
 Por ser balanceados corretamente, o uso da extrusada evita problemas decorrentes de má nutrição, como excesso de gordura e deficiência de vitaminas, minerais e aminoácidos, provenientes das dietas à base de sementes. A maioria dos fabricantes já se adequou à realidade dos criadores que alimentam seus canários em duas épocas distintas; manutenção e reprodução.
Maior digestibilidade.
O processo de fabricação e extrusão promove o aumento da digestibilidade dos nutrientes pelas aves, tornando mais fácil à absorção dos nutrientes. A extrusão faz com que as rações sofram um processo de um pré-cozimento, tornando mais fácil sua digestibilidade.
Sem intoxicação.
Por causa da alta temperatura no processo de extrusão, são eliminados possíveis patógenos que possam contaminar os ingredientes. Isso garante maior qualidade e elimina riscos de intoxicação alimentar. Há ausência de agrotóxicos nas extrusadas, por outro lado eles podem estar presentes nas sementes, verduras e frutas. Vários agrotóxicos podem não apresentar sintomas aparentes de intoxicação, porém podem matar os pássaros.
Economia.
O uso da extrusada proporciona uma economia considerável. Por causa do balanceamento ideal, as aves necessitam de um volume menor de alimento para satisfazer suas necessidades nutricionais. O consumo é em media 30 a 40 % menor que o volume de sementes que seriam fornecidas. Além disso, uma grande porcentagem das sementes é desperdiçada em função das cascas e sementes jogadas fora pelas próprias aves.
Facilidade de manejo.
São muito mais práticas e higiênicas. Não fazem sujeira como as cascas de sementes e restos de frutas e legumes. Por isso, não há a necessidade de se fazer diariamente à limpeza para soprar as cascas, como ocorre com as sementes, bastando apenas repor a ração consumida.

O uso da extrusada na alimentação traz muitos benefícios que não temos com as sementes e isso é fato.
A extrusada também tem alguns pontos negativos que aos poucos devem ser sanados pelos fabricantes.
Entre eles esta a compra diretamente com o fabricante. Neste ponto alguns fabricantes já saíram na frente e vendem diretamente para o criador, mas em algumas marcas isso ainda não é possível. A compra direta com o fabricante reduz o custo final da ração.
Outro fato negativo é a pigmentação. Alguns criadores que usaram a extrusada em anos passados relataram que seus canários amarelos ficaram com a coloração um pouco apagada.
Mas neste ponto os fabricantes também já estão evoluindo para rações próprias para canários amarelos e também os vermelhos. Isso também seria facilmente resolvido com uma suplementação maior de folhas verdes ou então a adição de luteína na farinhada.
Estes pontos negativos creio que logo serão resolvidos por todos fabricantes.

AS GRANDES PERGUNTAS.

Ninguém pode negar que o uso exclusivo da extrusada no manejo diário facilita e muito a vida do criador, não há sujeira, o desperdício é mínimo, agiliza o tempo de manejo e a conversão alimentar é excelente, minimiza as doenças, etc...
Porque então ela não cai nas graças dos criadores?
Porque há tão poucos criadores utilizando a extrusada, já que as vantagens são muitas e excelentes?
Porque quase ninguém aconselha o uso dela?
Será o preço? Ceticismo? Ou é mais simples que isso; o que falta é informação?
Eu não poderia responder a essas perguntas, só posso falar por mim mesmo.
Quando iniciei o artigo eu disse que foi feito para aguçar a sua curiosidade, pois bem, então pergunte a outros criadores que utilizam a extrusada. Pergunte também a quem não utiliza o motivo pelo qual não adotou este manejo.
Depois de ler o que relatei até agora e obter essas respostas dos outros criadores tire suas próprias conclusões.

Meu comentário.
Eu era cético em achar que a alimentação dos canários teria que ser única e exclusiva com sementes, mas estou tendo que me render a essa tecnologia que é a extrusada.
Não quero que ninguém mude a forma de seu manejo pelo que falei ate aqui. Creio que vocês são inteligentes e saberão discernir os fatos até aqui relatados. Eu aprecio a forma de manejo e alimentação tradicional com sementes, mas também não posso mais defendê-lo.
A minha mudança de alimentação se deu a um principal fato; a qualidade das sementes. O fato é que as sementes que chegam em nosso país são de péssima qualidade.
Este fato me fez ir atrás e pesquisar sobre as extrusadas.
Quanto mais eu me aprofundava no assunto, mais a realidade me saltava aos olhos. Um dia fui convidado a ir numa palestra sobre a extrusada que um fabricante estava dando para criadores. Tudo que eu havia aprendido sobre a extrusada ficou ainda mais claro com esta palestra.
Vocês podem pensar: claro! Querem vender o peixe deles!
Bem; só posso dizer que o peixe é bom!
Posso também relatar as mudanças que vi em meu criadouro até agora.
*As gaiolas estão mais limpas, sem contar o resto do criadouro.
*Os utensílios diminuirão, principalmente os comedouros.
*Realmente meu tempo dispensado para criação caiu quase pela metade.
*Sobra mais tempo para observar os canários.
*Não preciso mais gastar tempo limpando sementes.
*Economia de energia elétrica, pois não ligo mais a sopradeira de sementes.
*Economia de produtos para combater as micotoxinas nas sementes.
*O espaço de armazenamento é menor.
*As fezes são consistentes e iguais e com menos quantidade.
*As aves parecem estar mais ativas mesmo em muda de penas.
Não sei ainda o resultado futuro e só o tempo me dirá, mas por enquanto estou satisfeito com a opção que fiz.
O uso da extrusada na alimentação traz muitos benefícios que não temos com as sementes e isso ninguém pode negar.
Será a extrusada o alimento do futuro na criação de canários?
Eu já respondi, agora cabe a você buscar a sua resposta.

Artigo Publicado na Revista SICO 4ª edição