Por Nelson Daniele
Dentro do nosso meio, a descoberta do Carophill Red como intensificador da cor dos canários vermelhos, certamente deve ter causado uma revolução, um espanto, reuniões, comentários e muitas críticas. De todas formas, como toda grande descoberta e inovação, ali está até hoje, embelezando nosso canários. Até hoje se diz que ele faz mal ao fígado, que afeta isto ou aquilo, mas a verdade é que nada disso foi cientificamente comprovado, os canários vermelhos estão à cada vez mais bonitos e criam tão bem quanto os sem fator.
Recentemente tivemos o caso dos amarelos marfins chamados de "turbinados". Uma cor verdadeiramente extraordinária, e cada um com o seu "segredo" sobre qual verdura fornecer, à que hora do dia, complementada com inúmeros protetores hepáticos, etc. etc
Nos últimos anos, a "bola da vez" são os canários brancos. Até 4 ou 5 anos atrás, os produtos usados para limpar e embelezar esse pássaros eram Shampoos conhecidos, comuns e acessíveis para todo mundo, de forma que as qualidades genéticas eram as que mais pesavam pois todos preparavam de forma mais ou menos igual e com os mesmos produtos ou mesma "química" como alguns gostam de chamar.
Foi então, que surgiram alguns canários esplendorosamente brancos, (alguns visivelmente azulados), que chamavam a atenção por se diferenciarem e muito dos outros da mesa. Todo mundo queria saber qual era o "segredo" de tanta brancura, pois ficava evidente que aquela pureza, não era fruto apenas de trabalho genético. Ninguém abria o jogo. Nenhum resultado se conseguiu no intuito de descobrir a "fórmula mágica". Se dizia que uns traziam um Shampoo fabricado na França. Outros que era um produto para clarear dentes; outros que era mistura de Anil com não sei mais o que, etc. etc.
Não conseguindo informações claras sobre o produto que efetivamente conseguia limpar os canários brancos com total eficácia, pessoalmente me dei ao trabalho de pesquisar com a ajuda de técnicos capacitados, e qual não foi a minha surpresa, quando chegamos à um resultado surpreendente. Os canários brancos ficavam incrivelmente limpos e brilhantes. Vários criadores no Campeonato Brasileiro usaram o produto com excelentes resultados. Permiti que vários testes fossem realizados, e depois do julgamento, ofereci o mesmo para vários criadores. O Sr. Alberto Puig do Uruguai foi um deles, e depois de ter usado, foi Campeão Mundial com branco na Argentina.
Achei muito mais honesto divulgar aos amigos a minha descoberta, do que ficar com o meu segredo de forma egoísta, com evidente vantagem nos concursos futuros.
Tudo isto, gerou, como é natural, uma polémica sobre o que estão chamando de "química". A final, quem é o criador competitivo que nunca uso qualquer produto para lavar os seus brancos e tentar exaltar a sua brancura? Centenas de produtos e "químicas" são usados e testados todos os anos pêlos criadores, buscando bons resultados. Por que tanta preocupação ao encontrar um caminho verdadeiramente efetivo e que está disponibilizado para todo o mundo?
O Carophill, está hoje disponível para todos os criadores, todos o usam, e ganha então o canário com melhor genética. Todos os criadores de amarelos marfins, sabem que a verdura é um aliado fundamental, assim como os protetores hepáticos, e hoje em dia, ganha o marfim com melhor qualidade genética.
Parece-me, que, sem ter escondido minhas descobertas à ninguém, agora, e como era até pouco tempo atrás, a tendência seja de que novamente tornem a vencer os brancos com melhores qualidades genéticas, e não os poucos daqueles que conhecendo um método eficaz de preparar os brancos, o guardam para si, levando uma enorme vantagem pessoal.
A final de contas, sempre é bom lembrar que o branco não é um lipocromo e sim a ausência do mesmo. Usando um produto que ajude na sua limpeza, restará o sucesso à aqueles que geneticamente tem mais brilho e fator de refração, forma elegância, etc.
Por Rafael Cuevas Martínez, Juiz de Canários de Cor. Sócio das C.R.O. / C.O.M. 1.997
Tradução de José Luiz Amzalak
Os canários de fator vermelho são incapazes de sintetizar estes pigmentos lipocromos que colorem as penas, por isso devem estar presentes na dieta, o mesmo que as vitaminas, sais minerais, ácidos gordurosos essenciais, etc., para evitar assim as penas com tons amarelos ou vermelhos muito pálidos, igual ao que ocorre, por exemplo, com os flamingos, que devem alimentar-se com crustáceos que contêm esses pigmentos, e que são incorporarados às algas vermelhas de que se alimentam. Quer dizer, sem esta contribuição extrema de carotenóides é impossível que os canários de fator vermelho e o próprio pintassilgo alcancem a coloração, de acordo com o limite de assimilação que suas características genéticas e sanitárias permitem.
Depois de serem ingeridos, os pigmentos vermelhos atravessam as paredes intestinais, armazenando-se no fígado onde sofrem algumas transformações, posteriormente passam à corrente circulatória e, por meio de vaso capilar, chegam à epiderme, donde passam às penas, onde são depositados nas barbas e barbulas, pigmentando-as. Também há depósitos de carotenóides no ovário, onde pigmentam a gema do ovo.
Os pigmentos usados são a cantaxantina, o carophyll rede e o betacaroteno (C40H36). Estes são empregados em quantidades distintas e proporções entre eles, segundo a experiência de cada canaricultor, tipo de variedade para pigmentar, etc. A cantaxantina e o carophyll-red são dois pigmentos praticamente idênticos, com algumas transformações em sua molécula, e dão os mesmos resultados. O carophylí-red é preparado a partir do cantaxantina. O betacaroteno (caroteno de b) apresenta uma cor vermelha mais apagada, mas confere mais brilho à plumagem. O cantaxantina presente na plumagem do pintassilgo produz uma cor vermelha mais intensa, menos sua superdosagem produz tons amarronzados ou violetas, que serão penalizadas em concursos. Estas substâncias podem ser Incorporadas às farinhadas de cria, biscoito, bolo, soluções oleosas, água, etc., para assim poder colorir os pássaros de fator vermelho.
Existem produtos naturais que contêm tais pigmentos em dose considerável, tais como a cenoura, pigmento vermelho, o tomate, as laranjas, diversas pétalas de flores, cogumelos, etc., mas o uso exclusivo destes produtos, como no passado se fazia e ainda hoje alguns canaricultores fazem, não é por si só suficiente para dará intensidade de coloração que vemos em outros exemplares tratados com colorantes artificiais.
A quantidade de carotenóides assimilada, a sua distribuição nas penas do canário, assim como o brilho com que se expressam esses pigmentos, são hereditárias, mas pode ser melhorada pelo criador com uma seleção adequada. Quanto mais próximo é o parentesco com o pintassilgo da Venezuela, a facilidade do canário para assimilar os pigmentos de carotenóides será maior, quer dizer, à medida que as gerações filiais (F1, F2, F3) se afastam do primitivo cruzamento com o pintassilgo, sua cor vermelha aparecerá com menos intensidade. Daqui também a conveniência de recorrer a híbridos com o pintassilgo para melhorar o lipocromo vermelho, a mesma coisa com a plumagem e a categoria mosaico.
O pássaro deveria terá sua disposição a quantidade necessária de colorante para que sua capacidade de assimilação veja-se saturada e em consequência pode expressar fenotipicamente todo o potencial genético que leva. Também existem outros fatores hereditários que influem negativamente sobre a capacidade de fixação do corante, tais como o estado de saúde do exemplar, especialmente as infecções intestinais, a presença de micotoxinas nas sementes que os pássaros consomem, idade, intensidade luminosa do criadouro, temperatura, tratamentos com antibióticos ou sulfamidas.
O excesso de vitamina A, além de outros transtornos patológicos (cegueira, por exemplo), reduz a fixação destes pigmentos nas penas, podendo produzir superdosagem, pois o betacaroteno é uma fonte de vitamina A.
As gorduras favorecem a fixação destas substâncias, dal a importância de administrar sementes oleaginosas como níger, cânhamo, linhaça, durante a muda, embora sempre, isso sim, com moderação, devido aos riscos de diarreia ou hepatite; porém é conveniente neste período administrar cloreto de colina, por ser um corretor hepático que melhora a digestão das gorduras e coopera no bom funcionamento do fígado. Também é conveniente administrar vitamina E, pois impede a oxidação das gorduras, já que não podemos esquecer que os colorantes são lipídios. Não é conveniente administrar carvão vegetal nem verduras em excesso, já que diminuem a fixação de pigmento, quando há uma ação laxante.
Para os pássaros adultos o momento da pigmentação é antes e durante a muda. Também é conveniente administrar uma coloração de manutenção, administrando os colorantes 1 ou 2 vezes por semana, ou reduzindo aos 15 ou 20% a dose habitual.Durante a muda não deve haver muita luz, deve haver um ambiente de semiescuridão ou penumbra, deste modo diminui-se o desgaste ao estarem os pássaros mais calmos, encurta-se a muda e facilita-se a pigmentação dos canários de fator vermelho. É muito importante não superdosar estas substâncias, pois estas podem ser tóxicas ao serem utilizadas em grandes dosagens, produzindo a mortalidade nos canários, a infecundidade e transtornos digestivos, especialmente nas crias, além da despesa desnecessária para quem cria. A superdosagem é observada pela cor avermelhada das fezes nas bandejas e pela aparição de uma cor vermelha escura, amarronzada (violáceo) na plumagem, devido a um excesso de colorante que o pássaro não pôde assimilar. Para diminuir estes reflexos violetas, ao término da muda, estes pássaros podem ser expostos ao sol, melhorando assim seu lipocromo para o concurso.
Nos pássaros intensos e nevados já colorir no ninho e nos mosaicos a partir dos 45 dias, tendo a precaução de, ao separá-los de seus pais, observar o estado das remiges e retrizes, para ver se alguma das penas está quebrada ou arrancada, dar tempo a sua reposição antes de administrar o colorante (no caso dos concursos no hemisfério sul, a regra é diferente, já que as penas de asa devem estar coloridas). Se durante as fases de preparação e postura administrarmos colorantes, melhorará a pigmentação das crias, mas isto não será feito com os canários mosaicos. Nas competições, as intensas e nevadas cópias podem ser admitidas com todos o remiges e retrizes sem colorir e os mosaicos podem os apresentar colorido, quer dizer, ao contrário, mas esteticamente isto é menos recomendável.
Os colorantes, como antes já dissemos, também podem ser incorporados à água, quando eles são hidrossolúveis, logicamente, mas podem produzir facilmente superdosagem, já que no verão os pássaros bebem mais, pelo que é conveniente reduzir a dose; também os bebedores e todo o material estarão coloridos de vermelho, o que é pouco apresentável, e o colorantes na água conservam-se pior, pois serão mais expostos à luz. É melhor a incorporação em pó dos colorantes na farinhada que nós oferecemos nesses momentos, mas ó necessário que estes estejam bem misturados com a comida; o que nós podemos fazer misturando primeiro o colorante para 10% com sêmola de trigo fina e logo adicionando as colheres de farinhada necessárias. Alguns criadores também usam ao mesmo tempo ambas as apresentações. A apresentação com excipientes oleaginosos tampouco é conveniente, já que prejudica mais o estado do fígado e intestino, e até mesmo as patas dos canários por causa dos contatos repetidos com este veículo oleaginoso (mal das patas).
É conveniente completar este colorante artificial com produtos naturais 2 ou 3 vezes por semana, como cenouras raladas e laranjas, que também contribuirão com outras vitaminas e minerais necessários além de reforçara pigmentação e prevenira diarreia.
Com respeito às doses de utilização destes colorantes, uma proporção utilizada por muitos criadores é de 2 partes de caroteno e 1 de cantaxantina (ou carophyll-red), outros usam cantaxantina e betacaroteno em partes iguais, outros só utilizam cantaxantina ou carophyll red, etc., já que aqui, como em muitas coisas, "cada mestre tem seu livro". A quantidade a ser utilizada destes produtos é algo que varia segundo os criadores e as variedades de canários vermelhos a serem pigmentados ou de pássaros cativos que apresentam a cor vermelha em sua plumagem em estado selvagem, assim como a pureza do produto empregado, o emprego de produtos naturais complementares, etc. Estas quantidades, em geral, estão em volume a 3-5 gramas de colorante para 10% por quilograma de farinhada, embora também possa chegar aos 10-15 gramas, segundo os criadores. Também é conveniente não variar a dose no processo de muda inteiro, para evitar o aparecimento de manchas avermelhadas com diferentes tonalidades, embora no final da muda possamos ir reduzindo a dose gradualmente, para evitar os reflexos violáceos na cabeça, assim como também não devemos interromper durante vários dias esta oferta de colorantes, um ou dois dias não importa, pois no fígado sempre existem reservas de colorante para vários dias (fim de semana), mas um intervalo maior pode dar lugar a penas mal pigmentadas. A dose também pode ser aumentada no caso da farinhada ser pouco apetecível para os canários e eles consumirem em pequena quantidade. É conveniente renovar diariamente a farinhada colorante para evitar a sua perda de eficiência.
Alguns criadores, para assegurarem um bom consumo do colorante, retiram durante algumas horas as sementes, obrigando os pássaros a ingerirem todo o produto em pouco tempo, evitando com isso que este se altere.
Maurice Pomaréde, notável professor de biologia francês, aconselha 150 gramas de betacaroteno misturado em um quilograma de sêmola de trigo. É diariamente usado esta mistura para colorir a farinhada. Uma colher de café (aproximadamente 8 gramas.) é bastante para a farinhada dedicada a 50 canários, quer dizer, 200-300 gramas. Também outra mistura recomenda é 50 gramas de cantaxantina e mais 100 grs. de betacaroteno, dispersos em 1 quilograma de sêmola; misturar isto com a farinhada habitual, o que equivale a uma proporção entre 34-52 gramas de colorante para quilograma de farinhada.
Como influencia a pigmentação em canários que não são de fator vermelho? Nos canários de fundo branco recessivo, não influencia em nada na sua cor, já que estes são incapazes de depositar na sua plumagem os carotenóides que ingere. Não ocorre assim com os canários de fundo amarelo, marfim e branco dominante, porque eles acusaram o fator vermelho e serão desqualificados durante o julgamento. É muito perigoso colorir durante vários dias a estas variedades, pois apresentarão uma tonalidade alaranjada. As colheres de sopa e recipientes para as farinhada de exemplares com fator vermelho devem estar bem separadas para evitar possíveis confusões, assim como também as gaiolas para que não possam cair restos de comida de umas e outras.
Por João F. Basile da Silva
Quando se trata dos lipocromos dos canários, a alimentação bem como os aditivos alimentares tem enorme influencia na sua qualidade e manifestação.A alimentação e os aditivos alimentares tem pouca influencia em relação à qualidade das melaninas , sendo os fatores genéticos os mais importantes em relação à sua expressão.
O maior exemplo disso ocorre nos canários chamados de "com fator vermelho", através do uso da cantaxantina, o que é do conhecimento da grande maioria dos canaricultores. Para esse aditivo alimentar, existe já uma pratiea definida com relação à dosagens, época de uso, e outros cuidados que possibilitam aos criadores a obtenção dos exemplares desejados.
Os canários chamados de "sem fator vermelho", com exceção dos brancos(que não possuem lipocromo), tem sua expressão lipocromica definida pela alimentação e regida pêlos fatores genéticos envolvidos.
O que define a cor de um lipocromo é a combinação de pigmentos corantes chamados de carotenóides e que estão presentes em maior ou menor quantidade em uma grande variedade de alimentos. Uma prova disso, é o próprio canário branco, que só é branco porque possui um "defeito" genético que o impede justamente de fazer com que esses pigmentos se depositem nas células de suas penas.
Sabe-se também que se colocarmos um canário amarelo sob um regime alimentar isento de carotenóides, após o término de todas as reservas do tecido gorduroso (esse pigmento é depositado inicialmente nesse tipo de tecido), na muda seguinte esse canário se tornará branco.
Uma vez que os fatores genéticos determinaram primordialmente a capacidade de depósito dos pigmentos na plumagem dos canários, influenciando-o tanto de maneira quantitativa como qualitativa, , nos resta então, por meio da alimentação tentar otimizar esse processo e obter as tonalidades desejadas e exigidas pêlos manuais de julgamento.
Em outras palavras, partindo-se de um plantei com qualidade genética superior, podemos por meio da alimentação influenciar para melhor(ou para pior) o resultado desejado.
Com os campeonatos se tornando cada vez mais competitivos, com a melhoria dos planteis, aliados a criadores mais técnicos e bem informados, os desempates tem ocorrido em faixas de detalhes cada vez mais estreitas.Com isso, o manejo da alimentação dos canários sem fator com o objetivo de se obter um lipocromo ótimo, se torna obrigatório.
Nos canários com fator, a receita é relativamente simples : quanto menos carotenóides e mais cantaxantina(até a dose ótima), melhor deve ser o resultado.
Nos canários sem fator, a coisa se complica bem mais, pois para começar temos três "tipos" de lipocromos envolvidos(amarelo, amarelo marfim e branco dominante) e vários tipos de carotenóides envolvidos em concentração desconhecidas. Um criador que possui essas três variantes de lipocromo em seu plantei, não deve submete-las ao mesmo regime alimentar, pois se sabe que um amarelo marfim precisa de um aporte maior de carotenóides na sua alimentação para melhor expressar suas qualidades. Um branco dominante não deve, com certeza receber esse mesmo tipo de alimentação (deve receber menos carotenóides), e o amarelo normal, por sua vez deve ser trabalhado com um teor intermediário entre os dias.
Outro complicador em relação aos canários sem fator, é que não existe para eles nenhum aditivo alimentar que tenha sua tecnologia de aplicação dominada em termos de uso e dosagem como a que existe para a cantaxantina.
Com isso, nos resta conhecer melhor os alimentos usados nas nossas criações, e dentro do possível as quantidades de carotenóides que eles aportam, pois o resultado em termos de lipocromo(seja ele bom ou ruim - suficiente ou insuficiente) é o produto direto das "coisas" que damos para eles comerem.
Os carotenóides são uma classe de compostos amplamente distribuídos no reino vegetal e em algumas espécies animais. São responsáveis pêlos pigmentos de cor de inúmeras espécies como tomate, laranja, .verduras, milho, gema de ovo, plumagem dos flamingos, etc.
Nessa família dos carotenóides, existem mais de 500 compostos e incluem dois tipos diferentes de moléculas: os carotenos (licopeno, beta caroteno *, alfa caroteno, etc) e as xantofilas. As xantofilas são as responsáveis pela coloração da plumagem de nossos canários. Como exemplos desse tipo de carotenóide temos a zeaxantina, a cantaxantina, a luteina, a criptoxantina, etc.
As análises químicas dos diversos tipos de alimentos, dificilmente discriminam quais são os tipos de carotenóides presentes nos alimentos. Normalmente os resultados indicam apenas os teores de beta caroteno(o mais estudado dos carotenóides) ou mesmo sua atividade em termos de Vitamina A(da qual alguns carotenóides são precursores).
Sabe-se também que a zeaxantina(carotenóide presente no milho amarelo, planta pertencente ao género Zea, daí o nome zeaxantina),é responsável por pigmentações de amarelo mais forte, tendendo a laranja. Esse pigmento é encontrado também na gema do ovo, uma vez que as rações de galinhas são compostas em sua grande parte por milho amarelo.
Existem indicações que os vegetais de folhas verdes possuem, proporcionalmente mais luteinas, e portanto seriam mais indicados para se obter pigmentações mais desejáveis nos canários.
A tabela abaixo, nos dá uma indicação dos teores de carotenóides presentes nos alimentos mais usados na Canaricultura e pode servir como auxiliar no manejo da alimentação.
SEMENTES | COMPONENTES DA RAÇÃO (FARINHADA) | VEGETAIS E FRUTAS | OUTROS | |
---|---|---|---|---|
ALTO | - | Milho amarelo | Cenoura, Folhas de Brócolis e Espinafre | Gema de ovo |
MÉDIO | Colza, Nabão e Linhaça | Farelo de soja | Almeirão, Chicória, Acelga e Couve | - |
BAIXO | Alpiste, Aveia e Niger | Milho Branco, Farelo de Trigo, Germe de Trigo, Farelo de Arroz e Leite Desnatado | Maça e Pepino sem casca | Clara de Ovo e Arroz |
l) A literatura mostra que nas sementes, o principal carotenóide é a luteina.
2) O ovo, milho amarelo e seus derivados são ricos em zeaxantína.
3) Quanto mais verde, são as folhas das verduras, maior seu teor de carotenóides(sabemos que o teor de beta caroteno é alto, mas não sabemos o teor das xantofilas envolvidas).
4) Canários com cor de fundo amarelo, amarelo marfim e branco dominante devem preferencialmente ser submetidos á regimes alimentares distintos em termos de carotenóides.
5) Os carotenóides "amarelos", são acumulados no tecido gorduroso dos canários, e são liberados para efeito de coloração das penas à medida da necessidade, seja na muda de penas ou na substituição de penas caídas. Isso quer dizer que a cor daquelas penas que nascerem num determinado momento, reflete a alimentação ingerida pelo pássaro nos meses anteriores. Portanto, se o canário ingeriu carotenóides ' inadequados anteriormente, mesmo não estando na muda, isso pode se refletir na emplumação posterior. Isso quer dizer que a alimentação adequada, deve ser fornecida com bastante antecedência em relação à muda - no mínimo à partir da separação dos pais.
6) O fator ótico para o azul é fundamental nesse manejo e é presença obrigatória no património genético de nossos canários, pois se encarrega de imprimir a tonalidade "esverdeada" nos lipocromos amarelos, quando se obtêm o desejado amarelo limão.
* Segundo Frans Kop o beta caroteno, e por analogia os outros carotenos, não são responsáveis pela coloração das penas.
Por João F. Basile da Silva
A criação desses canários no Brasil já vem de longa data, e nos perguntamos porque essa diferença ainda persiste.
Notamos também que essa distancia é maior nas cores em que a presença de feomelanina não é desejável como e o caso dos melânicos clássicos e os melânicos pastéis (com exceção do canela pastel). Nessas cores, a eliminação da feomelanina indesejável tem que ser feita a custa de seleção.
Nas cores em que a presença de feomelanina é necessária e desejável como os feos e canelas pastel, percebemos que a excelência de qualidade é mais facilmente atingida.
Nas cores em que a feomelanina, por força da mutação correspondente tem a sua presença inibida ou atenuada, observamos também uma aproximação em termos de qualidade entre os vários criadores (é o caso dos opalinos). Temos ágata opalinos por exemplo com excelente nível de qualidade.
Com isso chegamos à conclusão que o nosso maior problema tem sido a presença da feomelanina nas cores em que ela não e desejável.
O objetivo do presente artigo é debater alguns pontos que ao nosso ver orientam os criadores mais técnicos e que vêm possibilitando essa evolução tão grande no que respeita a qualidade de melaninas.
Ao nosso ver, o objetivo dos criadores que desejam aprimorar a qualidade melânica dos seus pássaros deve se centralizar em dois pontos:
• eliminação da feomelanina
• concentração das eumelaninas
Para melhor entender como chegar a esses objetivos devemos recordar a posição que cada uma das melaninas ocupa nas penas dos canários.
Sabemos que a feomelanina ocupa principalmente a borda das penas enquanto que as eumelaninas ocupam sua parte central.
Podemos tentar representar muito esquematicamente a distribuição dos pigmentos corantes fazendo um corte transversal num canário e observar que a feomelanina ocupa a parte mais superficial do manto do canário.
Dessa maneira, a feomelanina provoca um embaçamento no desenho das eumelaninas que estão num extrato inferior, tal como se fosse colocada uma cobertura semitransparente amarronzada sobre o manto do canário. Isso provoca uma confusão no desenho e impede a máxima manifestação das eumelaninas.
Isso posto, como um primeiro passo para a eliminação da feomelanina indesejável devemos eleger para reprodução pássaros com plumagem curta. O pássaro com plumagem curta tem uma tendência menor a manifestar a feomelanina, não necessariamente porque não a possua, mas sim porque a sua aparição é impedida , pelo simples fato de que a pena tem uma borda menor e no momento em que a feomelanina seria depositada a pena já não apresentar mais local para isso.
Um segundo ponto também de grande importância na obtenção de canários com mínima feomelanina é a seleção de exemplares que apresentem "fator azul" ou "fator óptico para o azul". Tal fator elimina os resíduos de feomelanina das bordas das penas permitindo uma maior manifestação tanto do lipocromo como das eumelaninas.
O fator azul se manifesta nas células das penas cuja estrutura possibilita a reflexão de raios luminosos azuis e o resultado disso são aqueles pássaros que impressionam pelo seu brilho. A modificação que ocorre na estrutura das penas com fator óptico é que determina a diminuição da presença de feomelanina nas bordas das penas.
Portanto selecionar-se no sentido de máximo fator azul, resulta sempre em mínima quantidade de feomelanina.
O criador deve ter em mente também que por ocasião do depósito dos pigmentos corantes nas penas dos canários, existe uma concorrência por espaço entre o lipocromo e as melaninas. (na realidade o melhor termo seria intersecção).
Isso quer dizer que nas regiões onde não existe depósito de lipocromo a presença de melaninas se faz mais acentuada, o que explica a melhor qualidade melânica dos mosaicos e dos canários com lipocromo ausente (prateados e azuis), como comportamento geral.
Os mosaicos devem ter o manto com menor presença de lipocromo possível e com isso pode-se trabalhar e obter pássaros com melhor qualidade de melaninas. O que se vê nos concursos hoje em dia são mosaicos e prateados com qualidade melânica superior aos intensos e nevados (mais uma vez generalizando e não se considerando a distribuição do desenho em si).
Além de conhecer o mecanismo de depósito das melaninas, o criador deve ter em mente também que só se consegue bons resultados à custa de uma seleção muito bem feita. Para conseguir isso, o criador deve se especializar nas cores de sua preferência e procurar fazer vários casais dessa cor. Com isso pode obter grande número de filhotes e realizar uma seleção rigorosa nos mesmos tendo os objetivos já citados em mente. Essa especialização também é uma característica dos criadores mais técnicos e ajuda a explicar seu grande progresso.
Artigo extraído e adaptado da revista Itália Ornitológica ano XXIX, n 1, janiero 2003
Texto de Adriano Bizzari, Cario Bullano, Paolo Corbelletto
Tradução: Rafael I. Estrada Mejía Rogéria Rocha Gosçalves
A primeira providência é pedir desculpas por ter escrito erroneamente no artigo precedente (Itália Ornitológica. 8-9 ano 2002, pág. 14 e 15) que a mutação Eumo é alélica à mutação Féo; nossa intenção no contexto da matéria , era defini-la como "semelhante".
Voltando às observações de campo:
Olho Vermelho
Tipo base negra - confirmamos quanto ao já dito, a tonalidade do vermelho no olho parece estar ligada à quantidade de eumelanina preta e marrom presente no pássaro, e não devida puramente ao acasalamento. Segundo as nossas observações, poderíamos afirmar que a procura de uma plumagem sempre mais desenhada e com tonalidade cinza escura implicaria no progressivo escurecimento do olho; a cor vermelha escura definida nos critérios de julgamento é já hoje, nos indivíduos mais típicos,perceptível só em condições de luz ótima (visualmente poderia se comparar com olho do tipo base Isabelino).
Tipo base marrom - neste caso, nossas observações atuais nos levam a afirmar que o olho vermelho escuro é sempre visível também em indivíduos com desenho típico.
Acasalamento em pureza
** - Até hoje um número limitado de acasalamentos tem sido efetuado; portanto não consideramos os achados ainda completamente definitivos: tem se assistido sempre a um reforço da ação de redução das eumelaninas pretas e marrons, portanto o desenho menos marcado, tendendo a quebrar se com bordas mais evidentes sobre desenhos das rêmiges e retrizes.
Marrom Eumo
Encontramos, atualmente, nos sujeitos por nós manipulados, que a tipicidade do Eumo Marrom é mais evidente que nos outros tipos reconhecidos: Preto Eumo e Ágata Eumo; a diferenciação do tipo Isabelino clássico é clara pela presença de uma tonalidade mais marcada, contínua, como no tipo base marrom, maior redução da feomelanina, sobre a plumagem de fundo, evidentemente relevante.
Em geral sobre os tipos Preto e Marrom
Podemos afirmar que as falhas reveladas nos indivíduos das estações passadas, como a carência de estrias sobre a cabeça, tem sido eliminadas, e pensamos que com a seleção e o aporte do tipo base hoje presente nas nossas crias seguramente deveremos:
* melhorar ainda em termos qualitativos e quantitativos as estrias, a envoltura, as marcações;
* escurecer a tonalidade das eumelanina;
* reduzir a extensão das bordas sobre os desenhos (rêmiges e retrizes) e/ ou pesquisar uma borda cinza clara por evidentes reduções das feomelanina.
Estamos percorrendo uma estrada seletiva que no passado já foi em parte percorrida e depois abandonada, e que nos levará em pouco tempo a alcançar uma tipicidade e diferenciação sempre mais marcada pêlos outros tipos hoje reconhecidos. Para completar falaremos também dos Eumos Ágata, mesmo que as nossas observações se limitem a uma amostra limitada de indivíduos:
Uma alta variabilidade tem sido revelada, quase seguramente relacionada ao tipo base e não ao efeito da mutação, nas tonalidades do desenho que dá um cinza e que pode, em alguns indivíduos (só femininos???), aparecer cinza marrom.
Em geral nos parece que, no estado atual, os indivíduos do sexo feminino sejam inferiores de tipicidade pelo efeito do dimorfismo sexual. Tem se revelado, em alguns indivíduos, a característica do desenho claro como na mutação Topázio, menos perceptível nas retrizes; em outras palavras um puro Ágata Eumo poderia ser confundido com um Ágata Topázio se não fosse pela maior redução da feomelanina na plumagem. Também no Ágata Eumo a qualidade e quantidade de eumelanina parece incidir na tonalidade vermelha da íris. Quanto ao afirmado antes deve ser considerado válido para indivíduos que não tenham interferências aportadas de outros tipos (por exemplo, Ágata Eumo portador de Isabel ou de Féo).
Como das outras vezes, ficamos a espera de eventuais observações de quem gentilmente nos está lendo, confirmando ou contestando o que aqui foi escrito.
Por Álvaro Blasina
1. Canários de linha clara (ausência total de melaninas)
2. Canários de linha escura (presença de melaninas)
Chamamos tecnicamente de "tipo", o conjunto de manifestações melânicas visíveis na plumagem, pés e bico de todos os canários chamados de linha escura.
Dentro dos canários da linha escura, existe o grupo dos chamados clássicos, que são: os azuis, verdes, cobres, ágatas, canelas e isabéis, e as respectivas mutações, que são: pastéis, opalinos, feos, acetinados,asas cinza, topázios, onix e eumo.
Os pigmentos melânicos tem origem proteica e basicamente se dividem em 3 grupos:
* Eu melanina negra
* Eu melanina marrom
* Feo-melanina
Embora o tipo seja avaliado num único item na planilha de julgamento, a sua análise envolve um conjunto de características que os pássaros da linha escura apresentam, e a sua compreensão é fundamental para o sucesso na seleção, julgamento e acasalamento.
Para analizar o tipo dos canários, devemos subdividir os diferentes tópicos que irão compor o conjunto de pontos à serem atribuídos à cada exemplar.
Assim sendo, temos os seguintes elementos:
* Desenho
* Envoltura
* Teor melânico em pés e bicos (unicamente para exemplares negro-marrom oxidados)
* Presença de feo-melanina
DESENHO
Chamamos tecnicamente de desenho, à duas manifestações diferentes:
1. desenho originário das eu-melaninas (negra ou marrom)
2. desenho originário das feo-melaninas periféricas
3. desenho originário das feo-melaninas centrais (topázios)
Uma das características das eu-melaninas (negra ou marrom) é o seu depósito no centro das penas do dorso, cabeça e flancos, aferindo aos canários desenhos característicos, que variam de acordo com cada cor.
Basicamente, nos canários chamados de "oxidados" (azuis, verdes, cobres e canelas) ele deve se apresentar o mais largo e contínuo possível, e nos canários diluídos (ágatas e isabéis) deve ser fino e entrecortado.
Quanto mais expressivo o desenho se apresentar em todas as regiões de eleição (dorso, cabeça e flancos) mais valorizado será o exemplar.
O desenho tem uma tendência à variar de largura em todos os pássaros dependendo deles serem intensos, nevados ou mosaicos. A estrutura das penas de cada um deles é diferente, o que redundará num desenho mais ou menos largo entre um exemplar e outro.
Assim sendo, os canários intensos tem em média desenho mais fino do que os nevados, e estes por sua vez, mais fino do que nos mosaicos.
A cor e tonalidade do desenho dos canários, varia muito de acordo com cada cor ou mutação.
Sugerimos consultar o Manual de Julgamento de Canários de Cor da OBJO, onde essa tonalidade é descrita para cada cor clássica e suas mutações (azuis, verdes, cobres, canelas isabéis e as mutações pastel,opalino, acetinado onix, eumo, etc.).
A única exceção de desenho eu-melânico é a dos canários "asas cinza", onde por efeitos de seleção, e partindo de canários pastéis negro-marrons oxidados, a melanina negra se deposita prioritariamente na borda das penas, conferindo à plumagem uma característica própria de pigmentação, ficando o centro das penas claro e a borda mais escura.
Com referência às feo-melaninas, existem 2 manifestações diferentes no que refere ao desenho:
1. canários feo
2. canários topázio
Originalmente, as feo-melaninas (de cor marrom ferrugem) se apresentam na borda das penas.
Considerando que os canários feo inibem a manifestação de eu-melanina e somente possuem na sua plumagem feo-melanina, o desenho dos mesmos coresponde à características de "escamação" na cor da plumagem.
À través de seleção genética, foram obtidos exemplares que depositam feo-melanina no centro das penas chamados de "topázio" cujas caracterísitas de desenho obedecem as descrições dos canários com eu-melanina, respeitando a tonalidade própria referente à esta mutação.
ENVOLTURA
Embora muito se associe a presença de eu-melanina como sendo a responsável pelo desenho dos canários, ela também se manifesta na característica chamada de envoltura.
Podemos chamar de envolutra.a presença eu-melâica dispersa na plumagem, que não seja o desenho.
Se observamos um canário cobre intenso ou canela vermelho intenso, veremos no seu peito, uma coloração muito mais escura do que o lipocromo vermelho. Embora não exista nessa região nenhuma manifestação de desenho, vemos que existe uma tonalidade escura misturada com a cor vermelha. Essa manifestação, está presente em toda a plumagem desses exemplares.
Nos canários chamados oxidados (azuis, verdes, cobres e canelas), quanto mais oxidada seja a envolutra, maior a valorização no item "tipo" na planilha de julgamento.
Já nos canários chamados de "diluídos" (ágatas e isabéis), quanto menor ou menos oxidada a envolutra, maior será a sua valorização.
Por ser a envoltura uma característica das eu-melaninas, não se deve avaliar envoltura nos canários feos, uma vez que eles não apresentam qualquer vestígio de eu-melanina.
TEOR MEIANICO EM PÉS E BICOS
A presença de melanina nos pés e bicos dos canários somente fica nitidamente visível nos canários negro-marrons oxidados (azuis, verdes e cobres) com exceção dos feos e topázios.
Assim sendo, em todos os outros casos, tanto nos clássicos como nos mutados, se valoriza a maior presença de melanina (pés e bicos o mais escuros possível).
PRESENÇA DE FEO-MELANINA
A presença de feo-melanina periférica é penalizada na maioria dos canários da linha escura com a exceção dos canários canela pastel, e feo.
Nos canários canela, deve se prestar bastante atenção na avaliação, pois a tonalidade da envoltura e a presença de feo-melanina podem ser confundidas já que ambas são de cor marrom e a diferença de tonalidade entre ambas é muito sutil.
OS CANÁRIOS ONIX Brasil Ornitológico Nº 42 - Março 2001
A mutação ONIX caracteriza-se por uma forte redução da feomelanina e um aumento da eumelanina, influenciada pelo fator mutante. Essa característica expressa-se melhor nos pássaros com forte desenho dorsal e nos flancos, e que apresentem o máximo de eumelanina.
Dado que a feomelanina é substituída pela eumelanina, uma forte envoltura forma-se, notadamente entre as estrias, e em virtude da estrutura da plumagem, será muito mais escura na cabeça, nuca e dorso.
Por causa da forte redução da feomelanina, a cor das estrias não se aproxima da cor apresentada pêlos canários do tipo clássico equivalente, notadamente nos negro-marrons oxidados.
Os pássaros para concurso, nas séries negro-marrons oxidados, ágatas e canelas deverão apresentar as melaninas modificadas apenas pelo fator ONIX, isto é, sem a adição de outros fatores mutantes, especialmente o OPALINO (do qual o ONIX é um alelo co-dominante).
A cor de fundo, não sofrendo a influência da feomelanina dispersa na plumagem, será mais clara e luminosa, especialmente nos canários intensos.
NEGRO-MARRONS OXIDADOS ONIX
Nas séries negro-marrons oxidados, as rêmiges e as retrizes devem ser escuras (cor de chumbo) e de coloração uniforme. Busca-se a ausência da feomelanina no pássaro ideal. As estrias dorsais e os flancos devem ser bem marcados.
Em função da forte redução da feomelanina, patas, bico e unhas não são tão escuros como nas séries clássicas. No entanto, devem ser tão escuras quanto possível e unicolores.
A classificação dos exemplares julgados obedecerá aos seguintes padrões:
MUITO BOM
Por analogia com as séries clássicas, o NEGRO-MARRON OXIDADO ONIX apresentar um máximo de oxidação, o que nessas séries traduz-se por um escurecimento forte na cor dos exemplares, especialmente no dorso, pescoço e cabeça. Ausência de feomelanina.
Total de pontos...........24
BOM
Oxidação e impressão de escurecimento inferiores ao desejado nos exemplares MUITO BOM, mantendo todavia as estrias bem marcadas. Ligeira presença de feomelanina.
Total de pontos.............23
REGULAR
Oxidação e impressão de escurecimento medianos estrias ainda visíveis porém pouco marcadas. Presença de feomelanina.
Total de pontos.............20 a 22
FRACO
Oxidação e escurecimento gerais fracos, tendendo o exemplar ao tipo ÁGATA. Forte presença de feomelanina.
Total de pontos.............18 a 19
As séries seriam as seguintes:
- NEGRO-MARRONS OXIDADOS ONIX SEM FATOR:
- AZUL ONIX - AZ OX
- AZUL ONIX DOMINANTE - AZ OX DO
- VERDE ONIX INTENSO - VD OX IN
- VERDE ONIX NEVADO - VD OX NV
- VERDE ONIX MOSAICO MACHO - VD OX MS MC
- VERDE ONIX MOSAICO FÊMEA - VD OX MS FM
- VERDE ONIX MARFIM INTENSO - VD OX M F IN
- VERDE ONIX MARFIM NEVADO - VD OX MF NV
- VERDE ONIX MARFIM MOSAICO MACHO - VD OX MF MS MC
- VERDE ONIX MARFIM MOSAICO FÊMEA - VD OX MF MS FM
- NEGRO-MARRONS OXIDADOS ONIX COM FATOR:
- COBRE ONIX INTENSO - CB OX IN
- COBRE ONIX NEVADO - CB OX NV
- COBRE ONIX MOSAICO MACHO - CB OX MS MC
- COBRE ONIX MOSAICO FÊMEA - CB OX MS FM
- COBRE ONIX MARFIM INTENSO - CB OX MF IN
- COBRE ONIX MARFIM NEVADO - CB OX MF NV
- COBRE ONIX MARFIM MOSAICO MACHO - CB OX MF MS MC
- COBRE ONIX MARFIM MOSAICO FÊMEA - CB OX MF MS FM
ÁGATAS ONIX
Nas séries ágatas, as estrias devem ser de cor cinza-escuro, fortemente marcadas e de coloração compacta e uniforme.
A cor das rêmiges e retrizes deve ser a mais uniforme possível.
Busca-se a ausência da feomelanina.
As estrias dorsais e dos flancos devem ser bem marcadas, sobre uma cor de fundo luminosa.
Patas, bico e unhas devem ser unicolores, porém claras.
A classificação dos exemplares julgados obedecerá aos seguintes padrões: MUITO BOM
Nas séries ágatas os exemplares MUITO BONS apresentam desenho muito bem marcado, estrias de cor compacta e ausência de feomelanina. A transformação da feomelanina em eumelanina, efeito do fator ONIX, reduz o contraste entre o desenho e a cor de fundo, mas devem ser muito evidentes as características do tipo melânico ÁGATA.
Total de pontos.............24
BOM
Desenho menos nítido, mas com características melânicas evidentes do tipo ÁGATA. Ligeira presença de feomelanina.
Total de pontos.............23
REGULAR
Desenho pouco marcado, com características suficientes do tipo ÁGATA. Presença de feomelanina.
Total de pontos.............20 a 22
FRACO
Desenho muito pouco marcado, significativa presença de feomelanina, com características melânicas tendendo ao tipo NEGRO-MARROM OXIDADO.
Total de pontos.............18 a 19
As séries seriam as seguintes:
- ÁGATAS ONIX SEM FATOR:
- ÁGATA ONIX PRATEADO - AG OX PR
- ÁGATA ONIX PRATEADO DOMINANTE - AG OX PR DO
- ÁGATA ONIX AMARELO INTENSO - AG OX AM IN
- ÁGATA ONIX AMARELO NEVADO - AG OX AM NV
- ÁGATA ONIX AMARELO MOSAICO MACHO - AG OX AM MS MC
- ÁGATA ONIX AMARELO MOSAICO FÊMEA - AG OX AM MS FM
- ÁGATA ONIX AMARELO MARFIM INTENSO - AG OX AM MF IN
- ÁGATA ONIX AMARELO MARFIM NEVADO - AG OX AM MF NV
- ÁGATA ONIX AMARELO MARFIM MOSAICO MACHO - AG OX AM MF MS MC
- ÁGATA ONIX AMARELO MARFIM MOSAICO FÊMEA - AG OX AM MF MS FM
- ÁGATAS ONIX COM FATOR:
- ÁGATA ONIX VERMELHO INTENSO - AG OX VM IN
- ÁGATA ONIX VERMELHO NEVADO - AG OX VM NV
- ÁGATA ONIX VERMELHO MOSAICO MACHO - AG OX VM MS MC
- ÁGATA ONIX VERMELHO MOSAICO FÊMEA - AG OX VM MS FM
- ÁGATA ONIX VERMELHO MARFIM INTENSO - AG OX VM MF IN
- ÁGATA ONIX VERMELHO MARFIM NEVADO - AG OX VM MF NV
- ÁGATA ONIX VERMELHO MARFIM MOSAICO MACHO - AG OX VM MF MS MC
- ÁGATA ONIX VERMELHO MARFIM MOSAICO FÊMEA - AG OX VM MF MS FM
CANELAS ONIX
Nas séries canelas, as rêmiges e as retrizes devem apresentar cor tendendo ao canela-bege escuro, de coloração tão uniforme quanto possível.
Busca-se a ausência da feomelanina.
As estrias dorsais e dos flancos devem ser bem marcadas, sobre uma cor de fundo luminosa.
Patas, bico e unhas são de cor clara.
A classificação dos exemplares julgados obedecerão aos seguintes padrões:
MUITO BOM
Desenho dorsal e dos flancos muito bem marcado e simétrico, com estrias largas e contínuas, de tonalidade marron-begç escura. Cor uniforme e ausência de feomelanina.
Total de pontos.............24
BOM
Desenho dorsal e dos flancos nítido e simétrico, porém não tão marcado quando o ideal descrito para os exemplares MUITO BONS. Admite-se pequena variação da tonalidade de cor. Ligeira presença de feomelanina.
Total de pontos.............23
REGULAR
Desenho dorsal e dos flancos menos nítido, mas ainda suficiente para caracterizar o tipo melânico. Presença de feomelanina.
Total de pontos.............20 a 22
FRACO
Desenho dorsal e dos flancos pouco oxidado, com estrias pouco nítidas, apenas suficiente para caraterizar o tipo melânico. Sensível diluição nas rêmiges e retrizes. Forte presença de feomelanina.
Total de pontos.............18 a 19
As séries seriam as seguintes:
- CANELAS ONIX SEM FATOR:
- CANELA ONIX PRATEADO - CN OX PR
- CANELA ONIX PRATEADO DOMINANTE - CN OX PR DO
- CANELA ONIX AMARELO INTENSO - CN OX AM IN
- CANELA ONIX AMARELO NEVADO - CN OX AM NV
- CANELA ONIX AMARELO MOSAICO MACHO - CN OX AM MS MC
- CANELA ONIX AMARELO MOSAICO FÊMEA - CN OX AM MS FM
- CANELA ONIX AMARELO MARFIM INTENSO - CN OX AM MF IN
- CANELA ONIX AMARELO MARFIM NEVADO - CN OX AM MF NV
- CANELA ONIX AMARELO MARFIM MOSAICO MACHO - CN OX AM MF MS MC
- CANELA ONIX AMARELO MARFIM MOSAICO FÊMEA - CN OX AM MF MS FM
- CANELAS ONIX COM FATOR:
- CANELA ONIX VERMELHO INTENSO - CN OX VM IN
- CANELA ONIX VERMELHO NEVADO - CN OX VM NV
- CANELA ONIX VERMELHO MOSAICO MACHO - CN OX VM MS MC
- CANELA ONIX VERMELHO MOSAICO FÊMEA - CN OX VM MS FM
- CANELA ONIX VERMELHO MARFIM INTENSO - CN OX VM MF IN
- CANELA ONIX VERMELHO MARFIM NEVADO - CN OX VM MF NV
- CANELA ONIX VERMELHO MARFIM MOSAICO MACHO - CN OX VM MF MS MC
- CANELA ONIX VERMELHO MARFIM MOSAICO FÊMEA - CN OX VM MF MS FM
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