Vermelho Mosaico Lipocromo
Uma opinião para uma base prática de criação
Carlos Lima
Juiz Internacional / O.M.J.
Revista SPCO 2002
Como criador e Juiz de canários de cor, desde muito jovem dedico a minha atenção a
este maravilhoso canário, que tantas paixões suscita.
Muitos criadores do factor mosaico, são constantemente confrontados com diversas
situações, não conseguindo obter respostas.
Muitos juizes (nacionais ou internacionais) têm um critério diferente de avaliação nas
exposições que participam.
Como exemplo os criadores belgas e holandeses, apreciam um canário mosaico, que
apresente um manto muito branco, luminoso, não dando tanta importância à
intensidade do vermelho nas zonas de eleição (máscara grande e cheia - ombros e
rabadilha, com um vermelho intenso e remiges completamente brancas).
Em contrapartida os criadores italianos especialistas no factor mosaico e muito mais
avançados apreciam uma ave com uma cor mais profunda o que permite um maior
contraste (combinação do vermelho intenso, luminoso nas referidas zonas de eleição
com um branco imaculado).
Considerando que o gene mosaico (m) está influenciado pelo sexo e não ligado ao sexo.
O gene mosaico alelo (gene que determina o mesmo carácter) a saber dos genes
intensos e nevados ao qual o gene mosaico determina a distribuição do pigmento
amarelo ou vermelho, em determinadas zonas do corpo (zonas de eleição).
- Cabeça
- Ombros (com intensidade máxima)
- Rabadilha
Os genes intenso e nevado (são alelos entre si) pois determinam a distribuição do
lipocromo nas penas do canário.
Dito isto, facilmente compreendemos como alguns canários mosaicos, apresentam
nevadura nas zonas de eleição, outros o inverso são mais intensos, pelo que são mais
valorizados nas exposições.
Quando um canário apresenta uma simples dose do gene
nevado (uniformidade lipocromica) ou do gene mosaico (distribuição localizada) o
fenótipo que apresenta é intermédio, já que os
genes são codominantes (pois têm igual força genética) produzem no entanto um
fenótipo mesclado entre ambos os caracteres.
As fêmeas apresentam um fenótipo de machos mosaicos
(máscara na cabeça) e os machos em fenótipo de fêmeas (máscara partida).
MODELO MOSAICO
Na criação de canário mosaico, é difícil estabelecer prioridades.
Como exigência do criador, torna-se necessário estabelecer um modelo de mosaico
completo (máscara cheia - intensa, peito muito marcado) para os machos, ao contrário
a fêmea deve apresentar, lipocromos intensos e uma bela linha ocular (fêmea de
exposição).
Uma cabeça bem redonda, para fazer realçar a máscara.
A presença dum factor "óptico" que determina a intensidade do lipocromo e o factor
"craie" que determina um manto branco opaco, luminoso e sedoso.
Presentemente os especialistas deste factor, possuem conhecimentos profundos
exigindo do criador uma orientação certa para a linha que pretendem criar, a saber:
- Linha Macho
- Linha Fêmea
- Linha intermediária
Significa que teremos 3 linhas distintas
CRUZAMENTOS
Linha Macho tipo 2
Macho máscara cheia e lipocromos intensos X Fêmea com máscara e lipocromos
intensos
Deste cruzamento apenas resultam machos para as exposições, pois apresentam as
características referenciadas.
As Fêmeas apresentam lipocromo intenso na cabeça (máscaras umas maiores outras
menores) não servem para exposições mas são de grande utilidade para produzirem
bons machos.
Linha Fêmea tipo 1
Macho com máscaras reduzidas ao mínimo sem lipocromo sob o bico idênticos as
fêmeas, que são utilizadas no cruzamento n° 1.
X
Fêmea apenas com uma bela linha ocular (exposição) mas sempre com um lipocromo
intenso.
Deste cruzamento resultam belas fêmeas, para serem expostas em concurso.
Quanto aos machos, apresentam as características idênticas às fêmeas referenciadas no
cruzamento n° 1 não servindo para as
exposições.
Linha Intermediária
Macho com máscara intensa, mas com menos intensidade de lipocromos (zona de
eleição da cabeça delimitada na sua extensão)
X
Fêmea apenas com uma bela linha ocular, ou com máscara.
Deste cruzamento resultam:
Machos intermédios
Fêmeas de exposição
Fêmeas com máscara mais ou menos intensa
Nota importante:
O mosaico é um verdadeiro canário de desenho, sendo o contraste de cores, de grande
importância na sua seleção.
- Ao contrário do que muitos criadores de idéias tradicionais pensavam e diziam, que
era benéfica a introdução do factor marfim
em possíveis acasalamentos, este conceito é totalmente errado.
- O factor marfim introduzido nos canários com factor mosaico (vermelho ou amarelo)
diminui a qualidade da cor de fundo,
conduzindo-nos automaticamente a um modelo de canário, menos colorido (intensidade
diminuída) e como conseqüência uma perda
enorme do contraste do vermelho ou amarelo intenso com a cor branca.
- No entanto o factor marfim, têm outra característica importante, conduzindo-nos ao
melhoramento da plumagem o que é bem
positivo neste acasalamento.
- Quanto à coloração destas belas aves, é idêntica aos demais canários de cor (factor
vermelho), iniciando-se a partir do 45° dia:
70 gr de Carofil Red
30 gr de Bogena intensif.
Total -100 gr
Desta mistura por cada Kg de papa húmida adiciona-se 5 a 8 gr de colorante.
Uma opinião para uma base prática de criação
Carlos Lima
Juiz Internacional / O.M.J.
Revista SPCO 2002
Como criador e Juiz de canários de cor, desde muito jovem dedico a minha atenção a
este maravilhoso canário, que tantas paixões suscita.
Muitos criadores do factor mosaico, são constantemente confrontados com diversas
situações, não conseguindo obter respostas.
Muitos juizes (nacionais ou internacionais) têm um critério diferente de avaliação nas
exposições que participam.
Como exemplo os criadores belgas e holandeses, apreciam um canário mosaico, que
apresente um manto muito branco, luminoso, não dando tanta importância à
intensidade do vermelho nas zonas de eleição (máscara grande e cheia - ombros e
rabadilha, com um vermelho intenso e remiges completamente brancas).
Em contrapartida os criadores italianos especialistas no factor mosaico e muito mais
avançados apreciam uma ave com uma cor mais profunda o que permite um maior
contraste (combinação do vermelho intenso, luminoso nas referidas zonas de eleição
com um branco imaculado).
Considerando que o gene mosaico (m) está influenciado pelo sexo e não ligado ao sexo.
O gene mosaico alelo (gene que determina o mesmo carácter) a saber dos genes
intensos e nevados ao qual o gene mosaico determina a distribuição do pigmento
amarelo ou vermelho, em determinadas zonas do corpo (zonas de eleição).
- Cabeça
- Ombros (com intensidade máxima)
- Rabadilha
Os genes intenso e nevado (são alelos entre si) pois determinam a distribuição do
lipocromo nas penas do canário.
Dito isto, facilmente compreendemos como alguns canários mosaicos, apresentam
nevadura nas zonas de eleição, outros o inverso são mais intensos, pelo que são mais
valorizados nas exposições.
Quando um canário apresenta uma simples dose do gene
nevado (uniformidade lipocromica) ou do gene mosaico (distribuição localizada) o
fenótipo que apresenta é intermédio, já que os
genes são codominantes (pois têm igual força genética) produzem no entanto um
fenótipo mesclado entre ambos os caracteres.
As fêmeas apresentam um fenótipo de machos mosaicos
(máscara na cabeça) e os machos em fenótipo de fêmeas (máscara partida).
MODELO MOSAICO
Na criação de canário mosaico, é difícil estabelecer prioridades.
Como exigência do criador, torna-se necessário estabelecer um modelo de mosaico
completo (máscara cheia - intensa, peito muito marcado) para os machos, ao contrário
a fêmea deve apresentar, lipocromos intensos e uma bela linha ocular (fêmea de
exposição).
Uma cabeça bem redonda, para fazer realçar a máscara.
A presença dum factor "óptico" que determina a intensidade do lipocromo e o factor
"craie" que determina um manto branco opaco, luminoso e sedoso.
Presentemente os especialistas deste factor, possuem conhecimentos profundos
exigindo do criador uma orientação certa para a linha que pretendem criar, a saber:
- Linha Macho
- Linha Fêmea
- Linha intermediária
Significa que teremos 3 linhas distintas
CRUZAMENTOS
Linha Macho tipo 2
Macho máscara cheia e lipocromos intensos X Fêmea com máscara e lipocromos
intensos
Deste cruzamento apenas resultam machos para as exposições, pois apresentam as
características referenciadas.
As Fêmeas apresentam lipocromo intenso na cabeça (máscaras umas maiores outras
menores) não servem para exposições mas são de grande utilidade para produzirem
bons machos.
Linha Fêmea tipo 1
Macho com máscaras reduzidas ao mínimo sem lipocromo sob o bico idênticos as
fêmeas, que são utilizadas no cruzamento n° 1.
X
Fêmea apenas com uma bela linha ocular (exposição) mas sempre com um lipocromo
intenso.
Deste cruzamento resultam belas fêmeas, para serem expostas em concurso.
Quanto aos machos, apresentam as características idênticas às fêmeas referenciadas no
cruzamento n° 1 não servindo para as
exposições.
Linha Intermediária
Macho com máscara intensa, mas com menos intensidade de lipocromos (zona de
eleição da cabeça delimitada na sua extensão)
X
Fêmea apenas com uma bela linha ocular, ou com máscara.
Deste cruzamento resultam:
Machos intermédios
Fêmeas de exposição
Fêmeas com máscara mais ou menos intensa
Nota importante:
O mosaico é um verdadeiro canário de desenho, sendo o contraste de cores, de grande
importância na sua seleção.
- Ao contrário do que muitos criadores de idéias tradicionais pensavam e diziam, que
era benéfica a introdução do factor marfim
em possíveis acasalamentos, este conceito é totalmente errado.
- O factor marfim introduzido nos canários com factor mosaico (vermelho ou amarelo)
diminui a qualidade da cor de fundo,
conduzindo-nos automaticamente a um modelo de canário, menos colorido (intensidade
diminuída) e como conseqüência uma perda
enorme do contraste do vermelho ou amarelo intenso com a cor branca.
- No entanto o factor marfim, têm outra característica importante, conduzindo-nos ao
melhoramento da plumagem o que é bem
positivo neste acasalamento.
- Quanto à coloração destas belas aves, é idêntica aos demais canários de cor (factor
vermelho), iniciando-se a partir do 45° dia:
70 gr de Carofil Red
30 gr de Bogena intensif.
Total -100 gr
Desta mistura por cada Kg de papa húmida adiciona-se 5 a 8 gr de colorante.
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