30 de nov. de 2010

Transferir e Manusear Ovos


Transferir e Manusear Ovos
Transferir ovos de um casal para outro pode ser uma ferramenta de gestão eficaz para aumentar a produtividade, mas requer "timing" e a compreensão dos factores que afectam a eclosão.
A tranferência de ovos deve ser efectuada o mais cedo possível, mas pode também ser efectuada desde quando os primeiros sinais dos vasos sanguíneos começam a aparecer até quando todo o interior do ovo parecer todo rosado/avermelhado. No entanto, nunca se deve perder a esperança, e é possível ter sucesso em todas as etapas de desenvolvimento do embrião, mesmo quando este estiver completamente formado e pronto a nascer num ou dois dias.
Quando se tranferir ovos, deve usar-se uma lanterna para colocar o ovo sobre a luz e estimar assim o estado de senvolvimento do mesmo, de forma a que o ovo a transferir tenha uma idade que se situe entre um e 2 dias de diferença dos ovos do ninho para onde o vamos transferir. O ovo deverá ser colocado virado aproximadamente sobre o mesma lado em que se encontrava no ninho de origem. Se uma postura tiver ovos férteis e inférteis, os inferteis devem ser deixados no ninho, sendo apenas retirados após o nascimento das crias. Se a postura for particularmente grande (mais de 6 ovos) e apenas 2 ou 3 deles forem férteis, retire apenas 1 ou 2 dos inférteis, de forma a facilitar a gestão dos ovos por parte da fêmea. Deve-se sempre ter en atenção que os ovos mais antigos são colocados do lado de fora do circulo, enquanto que os mais recentes se encontram situados no centro. Remover ovos inférteis pode fazer com que os ovos férteis mais antigos se desloquem para o meio, fazendo com que tenham uma temperatura de incubação e uma rotação diferente, o que pode fazer com que se estraguem.
Outra coisa a ter em conta quando se transfere ou manuseia ovos é que, devido à sua composição, permitem a passagem de liquitos e gases para dentro e para fora do ovo. Isto é um fenómeno natural, que é importante para o crescimento saudável do embrião. Um problema, no entanto, é o facto de também permitir que os germes penetrem no interior. A grande maioria dos ovos golos de periquitos (66%) devem-se a infecções. Destes, a maior causa de infecção é a bactéria staphylococci que é de variante humana! Devem utilizar-se luvas descartáveis ou colheres de plástico quando se manuseiam os ovos, ou pelo menos lavar bem as mãos com um desinfectante. Deve ter-se também em conta a temperatura das mãos e da ponta dos dedos que toca nos ovos, que devem estar mais quantes que os ovos, pois o toque das mãos frias pode fazer com que a membrana interior do ovo se contraia ligeiramente, provoando uma acção de sucsão que, apesar de muito ligeira, é suficiente para permitir a passagem de bactérias pelos poros da casca do ovo.

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