7 de ago. de 2011

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Ninhos

PIRIQUITO ONDULADO
 As medidas são, 24 altura, 18 largura e 21 comprimento.






As medidas dos meus ninhos são: 22 cm x 20 cm x 16 cm






















Homozigoto

Homozigoto ou homozigótico é um termo da genética para indicar que os alelos presentes em um locus genético são idênticos. Gene é uma fração de Ácido Desoxirribonuclêico (DNA) que está codificando um determinado peptídeo, como uma proteína.
Um indivíduo é chamado de homozigoto, quando os alelos que codificam uma determinada característica são iguais. Ou seja, os alelos são iguais e ele vai produzir apenas um tipo de gameta. Por exemplo, em ervilhas, a característica sementes verdes é recessiva, portanto, homozigota, pois possui o genótipo vv, e produzirá apenas gametas v. O mesmo ocorre para sementes amarelas homozigotas, VV, que produzirão gametas V.
Por exemplo, numa proteína com 1000 aminoácidos, pode ser que o aminoácido na posição 379 possa variar, sem que se descaracterize a proteína. O gene que indica na posição 379 o aminoácido glicina é um possível. O gene que indica na mesma posição o aminoácido alanina é outro possível. O gene é o mesmo, mas tem dois alelos diferentes. Se um indivíduo herda dos pais genes idênticos, ele é chamado de homozigoto. Neste caso, dois genes indicando glicina na posição 379 daquela proteína. Se herda o gene da mãe diferente do gene do pai, ele é chamado de heterozigoto. Neste caso, um gene indicando alanina e o outro glicina, na posição 379 da mesma proteína.
Resumindo, podemos dizer que um ser é homozigoto quando o mesmo possui os alelos iguais, tanto o alelo materno como paterno que juntos representam um lócus. E assim, ele produzirá todos os gametas recessivos, isto é, possuindo somente uma identificação genética. Ex: BB. Vale salientar, que cada identificação "B" é proveniente de um determinado alelo, que se encontra no par de cromossomos oriundo do cruzamento genético de seus respectivos genitores.

Melhoramento Genético e a Consangüinidade na Formação de Linhagens

        O Brasil é referencia mundial em melhoramento genético de gado de corte. Um pequeno produtor poderá adquirir, a preço acessível, sêmem de touros melhoradores com grande destaque para as características que deseja desenvolver em seu rebanho. Basta incluir sêmem de novos touros com as qualidades desejadas nas gerações seguintes que, pelo princípio dos cruzamentos absorventes, seu rebanho acabará por fixar as qualidades buscadas em seu processo de melhoramento genético.
        E com os nossos pássaros? Como melhorar nosso plantel sem a facilidade da inseminação artificial. Os pássaros com desempenho confirmado em torneios atingem valores muito elevados e não estão disponíveis para a maioria dos criadores. Adquirir a cada geração novos reprodutores plenos das qualidades que desejamos desenvolver em nossos planteis, para promovermos o melhoramento por cruzamentos absorventes é economicamente inviável. E ainda mais; quantos criadores adquirem reprodutores de alto valor e não obtém o resultado esperado com sua progênie?


        Nossos pássaros possuem vários pares de cromossomos. Cada um destes possui genes que são os responsáveis pela expressão das características dos indivíduos. Determinarão se terá fibra, se terá boa voz, se terá aptidão para a repetição do canto, se terá cabeça grande e tantas outras características. Enquanto a genética molecular não identifica e mapeia os genes dos nossos bicudos, recorremos à genética quantitativa e aos processos de seleção e melhoramento genéticos para elevar os níveis de nossos planteis.

        Na divisão celular que antecede a formação dos gametas masculinos (espermatozóides) e feminino (óvulo) os pares de cromossomos se separam e assim cada um reúne a metade do número de cromossomos da célula original. Cada novo indivíduo recebe ao se formar um conjunto de cromossomos do pai e outro da mãe sendo restabelecido o número de cromossomos da espécie. Na reconstituição dos cromossomos, a predominância ou não dos genes para uma mesma característica determinará se ela será expressada ou não. A homozigose (alelos idênticos de um par de genes de determinado lócus, por exemplo, olho preto/olho preto, sendo cada alelo transmitido por um dos pais). É pouco provável a existência de um bicudo homozigoto (genes idênticos) para todas as características, sendo que nada impede que um pássaro excelente detenha em seu patrimônio genético características indesejáveis recessivas que poderão manifestar-se em sua progênie. A observação de muitas gerações nos permite ainda identificar características de alta herdabilidade, como a fibra, ou de baixa herdabilidade como a voz. Na medida em que se promove o melhoramento genético por um programa de seleção eficaz, e que este se perpetua por muitas gerações mantendo-se o mesmo critério de seleção, há redução da variabilidade genética como resultado do incremento de homozigose.

        O acasalamento é um elemento complementar fundamental no processo de seleção. Se acasalarmos um macho de qualidades superiores com uma fêmea sua filha, aumentaremos muito as chances de produzir um filho com as qualidades do pai. Seleção é a decisão de permitir que os melhores indivíduos de uma geração sejam pais da geração subseqüente. É importante ressaltar que a seleção, apesar de possibilitar a mudança da freqüência gênica da população, aumentando a freqüência de alelos favoráveis, não cria novos genes. Somente poderemos iniciar um processo de seleção para características presentes em nosso plantel.

        Embora largamente empregado em outros centros ornitológicos, no Brasil vários preconceitos inibem a utilização de acasalamentos consangüíneos. É, porem, essa a única forma de promovermos a melhoria genética do plantel pelo emprego de um reprodutor melhorador.
        Mesclando-se as técnicas de INBREEDING, onde os acasalamentos são feitos entre parentes próximos, por exemplo, pai x filha, mãe x filho, meio-irmão x meio-irmão (nunca entre irmãos próprios), avô x neta etc com LINE-BREEDING, onde os acasalamentos são feitos entre parentescos mais afastados, é possível formar famílias com evidência para as características de um único reprodutor adquirido. Com a formação das linhagens, teremos um plantel mais homogêneo e relacionado, aumentando a previsibilidade genética.

        Todo o programa de melhoramento genético implica em planejamento, método, paciência e perseverança. Os ganhos serão obtidos após várias gerações. Devemos lembrar que sem um rumo bem definido, somente por acaso chegaremos a algum lugar.
        No caso dos bicudos, as coisas ainda se revestem de uma complexidade maior. Enquanto criadores de canários ou periquitos selecionam em busca de um fenótipo facilmente avaliável, os criadores de bicudos buscam características muito difíceis de serem medidas e extremamente dependentes do manejo adotado. Um filhote de canário aos seis meses já mostrará seu potencial e com um ano já estará apto a participar da reprodução da próxima geração. Um bicudo poderá levar 3 ou 4 anos para ter seu potencial avaliado. A avaliação das fêmeas é ainda mais complexa, pois depende, fundamentalmente, da avaliação da sua progênie.

        Partiremos da introdução de um reprodutor de alto padrão para a formação de uma linhagem homogênea:
        1ª Geração:Acasalamento do reprodutor com 3 ou 4 fêmeas selecionadas no plantel.
        2ª Geração:Acasalamento do reprodutor com as 3 ou 4 melhores fêmeas, suas filhas (da primeira geração).Acasalamento dos meio-irmãos com meio-irmãos (tantos acasalamentos quanto possível). Não acasalar irmãos próprios.Obs: Como resultado da 2ª geração já poderemos esperar 30 % de produtos com as mesmas características do reprodutor.
        3ª Geração:O reprodutor será acasalado com suas netas. Os melhores filhotes diretos do reprodutor, da geração anterior serão acasalados com os melhores filhotes dos acasalamentos entre meio-irmãos.Como resultado dessa geração teremos 50% dos produtos com as mesmas qualidades do reprodutor, ou mesmo superiores. Sempre que um pássaro excepcional venha a ser obtido, deve-se iniciar uma família a partir dele, pelo mesmo método.
        Durante todo o processo de melhoramento devem ser estabelecidos e criteriosamente respeitados os critérios de seleção. A cada criador caberá estabelecer seus critérios de seleção. Ex: fêmeas que não criarem um mínimo de 2 filhotes por temporada serão eliminadas da reprodução. Machos que não encartarem um mínimo de X notas do canto vetorizado ou que não repetirem um mínimo de X cantos por vez, não serão empregados como reprodutores.        Esse método de formação de linhagens encontra referência no livro INBREEDING BUDGERIGARDS, de autoria do Dr M.D.S. Armour e é largamente empregado por criadores de canários da Europa. Foi publicado no Cage and Aviary Birds, por Brian Biles, um excelente artigo sobre o sucesso obtido pelo Dr A.R.Robertson, de Durban, África do Sul, empregando esse método de formação de linhagens na criação de periquitos ondulados.