31 de out. de 2010

PEITO SECO – CAUSA OU CONSEQUÊNCIA


NOVIDADES A RESPEITO DA SÍNDROME DO PEITO SECO
Profa. Dra Karin Werther
Departamento de Patologia Veterinária
Revista ACCJ 2001

É muito freqüente ouvir falar entre os criadores de canários, bicudos, curiós, periquitos australianos e gapornis do “Mal do Peito Seco” ou “Doença do Facão”. Os criadores observam que as aves apesar de se alimentarem bem, vão emagrecendo progressivamente. Ao pagar a ave observa-se um “peito seco”, com pouca usculatura e a quilha do esterno bem saliente. As fezes podem mudar de cor e de consistência. Dentro de pouco tempo o animal não fica mais no poleiro, se mantém “encorujado” no canto da gaiola e chega a morrer.
As causas do “peito seco” ainda estão sendo estudadas pois várias doenças apresentam uma sintomatologia semelhante, como por exemplo coccidiose, verminose, infecções ou megabactérias. O tratamento deverá ser específico e ser realizado somente após um diagnóstico correto.
Muitos criadores tem o hábito de usar vários medicamentos nacionais ou importados de forma indiscriminada sem conhecer a função do medicamento nem a doença existente no plantel. Este hábito além de mascarar a doença, pode induzir a resistência dos microorganismos a diversos medicamentos, que não serão mais eficientes, dificultando o trabalho do médico veterinário. Vários remédios são contra-indicados em algumas espécies de aves e devem sempre serem utilizados em dosagens adequadas. Uma dose superior poderá intoxicar o animal e até levar a morte. Por outro lado uma dose inferior a recomendada poderá não fazer efeito desejado, ou até piorar o quadro do animal.
No mercado atualmente existem alguns remédios que são vendidos com a finalidade de combater o “Mal do Peito Seco”, porém nem sempre funcionam, pois inicialmente precisa-se descobrir a etiologia que está afetando esta ave. Só deve utilizar medicamentos sob orientação de um médico veterinário especializado.
Há aproximadamente 12 anos a Profa Karin (docente do Departamento de Patologia Veterinária da UNESP) tem dedicado mais tempo ao estudo desta importante doença. Para poder realizar esta pesquisa tem contato com a indispensável ajuda e apoio de vários criadores de Jaboticabal e também da região, que gentilmente doaram e encaminharam aves doentes ou que vieram a óbito com os sintomas da “doença do peito seco”. Só com estas colaborações foi possível estudar as alterações que a doença causa no animal vivo, testar técnicas de diagnósticos e estudar remédios para tratar os animais. Já nos animais mortos pode-se estudar as lesões e diagnosticar os agentes envolvidos e responsáveis pelas lesões.
Um total de 31 aves com sintomatologia de “peito seco” foram doadas para estudo. Nas necropsias verificou-se a causa da morte. Em alguns casos observou-se apenas uma doença, em outros casos diagnosticou-se duas ou mais doenças atuando concomitantemente.

DIAGNÓSTICO DA CAUSA MORTIS NÚMERO DE AVES ACOMETIDAS
PORCENTAGEM(%)
Megabactérias 7 22,6
Nematóides gástricos 3 9,7
Coccidiose 5 16,1
Megabactérias associadas a leveduras 1 3,2
Megabactérias associadas a coccidiose 1 3,2
Coccidiose associado a nematóides gástricos 2 6,4
Fungos 1 3,2
Outros (pneumonia, hepatite, etc.) 11 35,5
TOTAL 31 100

Tabela 1: Resultado das necropsias realizadas

As aves doadas para estudo num total de 13 mostravam várias patologias associadas ao sintoma do “peito seco”, como mostra a tabela 2.

DIAGNÓSTICO IN VIVO QUANTIDADE DE AVES ACOMETIDAS PORCENTAGEM (%)
Megabactérias 3 23,1
Coccidiose 3 23,1
Megabactérias associadas a coccidiose 5 38,5
Coccidiose associado a nematóides gástricos 1 15,4
TOTAL 13 100

Tabela 2: Achados diagnósticos das aves encaminhadas vivas com sintomas de “peito seco”

A partir dos dados apresentados acima é possível concluir que nem sempre o animal que apresenta um sintoma de “peito seco”, sofre de uma única patologia, sendo indispensável o diagnóstico correto para optar pelo tratamento mais adequado. Tanto nas aves vivas como nas mortas foi diagnosticado parasitismo por nematóides gástricos (Acuaria sp.) adultos (figura 1) e os respectivos ovos (figura 2), coccidiose (figura 3) e megabacteriose (figura 4). As vezes trata-se de diagnóstico isolado, as vezes são duas patologias simultâneas, que estão afetando a saúde do animal. NOVIDADES A RESPEITO DA SÍNDROME DO PEITO SECO
Profa. Dra Karin Werther
Departamento de Patologia Veterinária
Revista ACCJ 2001


É muito freqüente ouvir falar entre os criadores de canários, bicudos, curiós, periquitos australianos e gapornis do “Mal do Peito Seco” ou “Doença do Facão”. Os criadores observam que as aves apesar de se alimentarem bem, vão emagrecendo progressivamente. Ao pagar a ave observa-se um “peito seco”, com pouca usculatura e a quilha do esterno bem saliente. As fezes podem mudar de cor e de consistência. Dentro de pouco tempo o animal não fica mais no poleiro, se mantém “encorujado” no canto da gaiola e chega a morrer.
As causas do “peito seco” ainda estão sendo estudadas pois várias doenças apresentam uma sintomatologia semelhante, como por exemplo coccidiose, verminose, infecções ou megabactérias. O tratamento deverá ser específico e ser realizado somente após um diagnóstico correto.
Muitos criadores tem o hábito de usar vários medicamentos nacionais ou importados de forma indiscriminada sem conhecer a função do medicamento nem a doença existente no plantel. Este hábito além de mascarar a doença, pode induzir a resistência dos microorganismos a diversos medicamentos, que não serão mais eficientes, dificultando o trabalho do médico veterinário. Vários remédios são contra-indicados em algumas espécies de aves e devem sempre serem utilizados em dosagens adequadas. Uma dose superior poderá intoxicar o animal e até levar a morte. Por outro lado uma dose inferior a recomendada poderá não fazer efeito desejado, ou até piorar o quadro do animal.
No mercado atualmente existem alguns remédios que são vendidos com a finalidade de combater o “Mal do Peito Seco”, porém nem sempre funcionam, pois inicialmente precisa-se descobrir a etiologia que está afetando esta ave. Só deve utilizar medicamentos sob orientação de um médico veterinário especializado.
Há aproximadamente 12 anos a Profa Karin (docente do Departamento de Patologia Veterinária da UNESP) tem dedicado mais tempo ao estudo desta importante doença. Para poder realizar esta pesquisa tem contato com a indispensável ajuda e apoio de vários criadores de Jaboticabal e também da região, que gentilmente doaram e encaminharam aves doentes ou que vieram a óbito com os sintomas da “doença do peito seco”. Só com estas colaborações foi possível estudar as alterações que a doença causa no animal vivo, testar técnicas de diagnósticos e estudar remédios para tratar os animais. Já nos animais mortos pode-se estudar as lesões e diagnosticar os agentes envolvidos e responsáveis pelas lesões.
Um total de 31 aves com sintomatologia de “peito seco” foram doadas para estudo. Nas necropsias verificou-se a causa da morte. Em alguns casos observou-se apenas uma doença, em outros casos diagnosticou-se duas ou mais doenças atuando concomitantemente.

DIAGNÓSTICO DA CAUSA MORTIS NÚMERO DE AVES ACOMETIDAS PROCENTAGEM(%)
Megabactérias 7 22,6
Nematóides gástricos 3 9,7
Coccidiose 5 16,1
Megabactérias associadas a leveduras 1 3,2
Megabactérias associadas a coccidiose 1 3,2
Coccidiose associado a nematóides gástricos 2 6,4
Fungos 1 3,2
Outros (pneumonia, hepatite, etc.) 11 35,5
TOTAL 31 100

Tabela 1: Resultado das necropsias realizadas

As aves doadas para estudo num total de 13 mostravam várias patologias associadas ao sintoma do “peito seco”, como mostra a tabela 2.

DIAGNÓSTICO IN VIVO QUANTIDADE DE AVES ACOMETIDAS PORCENTAGEM (%)
Megabactérias 3 23,1
Coccidiose 3 23,1
Megabactérias associadas a coccidiose 5 38,5
Coccidiose associado a nematóides gástricos 1 15,4
TOTAL 13 100

Tabela 2: Achados diagnósticos das aves encaminhadas vivas com sintomas de “peito seco”

A partir dos dados apresentados acima é possível concluir que nem sempre o animal que apresenta um sintoma de “peito seco”, sofre de uma única patologia, sendo indispensável o diagnóstico correto para optar pelo tratamento mais adequado. Tanto nas aves vivas como nas mortas foi diagnosticado parasitismo por nematóides gástricos (Acuaria sp.) adultos (figura 1) e os respectivos ovos (figura 2), coccidiose (figura 3) e megabacteriose (figura 4). As vezes trata-se de diagnóstico isolado, as vezes são duas patologias simultâneas, que estão afetando a saúde do animal.

Figura 1: Visualização da moela de canário (aspecto macroscópico) contendo inúmeros exemplares de nematóides adultos (Acuaria sp.)
Figura 2: Fotomicrografia de ovos de nematóides (Acuaria sp.) observados no exame de fezes de canários. Microscópio.


Figura 3: Fotomicrografia de oocistos esporulados de coccídeos encontrados nas fezes e no raspado da mucosa intestinal.

Figura 4: Fotomicrografia de esfregaço de fezes contendo megabactérias (aspecto de bastonetes)
Para poder pesquisar diversas doenças, suas lesões e os tratamentos mais adequados e eficazes é indispensável ter o apoio dos criadores, que doam/disponibilizam animais doentes, tanto vivos como mortos.

*TRATAMENTO PREVENTIVO PARA PEITO SECO .

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30 de out. de 2010

A MUTAÇÃO ARCO-ÍRIS


 nome "Arco-Íris" foi usado pela primeira vez pela Quinta/Aviários Keston, em Kent no Reino Unido. Este termo foi usado, simplesmente para descrever uma ave possuidora de muita cores vivas. Estas aves pertenciam à linhagem dos faces amarelas/douradas opalinos asas claras/cinzentas, das espécies azuis ou cobalto. Foi a esta ave, particularmente colorida que se designou chamar o Periquito Arco-Íris.
Sendo assim, será legitimo designar o Arco-Íris como uma mutação? De facto, não se trata de uma mutação mas, uma variante particular dos periquitos de face amarela/dourada da linha azul.
Logo, para que seja designado por Arco-Íris, o periquito terá que satisfazer 4 requisitos: 1 - Face amarela, 2 - Opalino, 3 - Asas claras/cinzentas e 4 - Pertencer à linha Azul. Falhando uma destas características, a ave não poderá ser designada por Arco-Íris.
Mesmo assim, muito espaço fica para se encontrarem aves igualmente bonitas. Realmente, o pormenor mais importante nestas aves são as suas cores variadas e a tonalidade azul esmeralda brilhante da plumagem do seu corpo. Por exemplo, neste momento, tenho um casal cujo macho apresenta umas cores vivas e lindíssimas mas, não é opalino. Logo, tecnicamente, não poderá ser considerado um Arco-Íris. Mas, a beleza da plumagem está lá e talvez seja esse o factor mais importante. Quanto à fêmea, ela igualmente uma azul face amarela de asas claras, apresenta umas cores algo mais desmaiadas mas igualmente bonita. Para os puristas, estes dois exemplares podem ser uma excelente base de partida para a obtenção de crias Arco-Íris como explico, no parágrafo seguinte.
Como se pode obter um Arco-Íris
Existem vários processos de combinação de mutações para se obter um casal de aves, capazes de produzir crias Arco-Íris. Uma das formas será começar com um macho azul opalino acasalado com uma fêmea azul de asas claras. Depois, outro casal formado por um macho azul de asas claras com uma fêmea azul de face amarela. Algumas das crias provenientes destes dois casais, quando acasaladas no ano seguinte, poderão produzir crias Arco-Íris.
De seguida, alguns casais que poderão gerar crias Arco-Íris:

MACHO FÊMEA
1.Azul Face Amarela de Asas claras / Opalino *x Azul de Asas Claras
2.Azul Opalino de Asas ClarasxAzul Face Amarela de Asas Claras
3.Azul Face Amarela / Opalino *xAzul de Asas Claras
4.Azul de Asas claras / Opalino *xAzul Face Amarela / Asas Claras **
Notas:* Ave portadora de Opalino   ** Ave portadora de Asas Claras
O mais importante será sempre tirar o maior prazer da criação de uma ave. Deixemos as classificações puristas para as pessoas que já não conseguem tirar prazer de uma simples eclosão, seja qual for a ave dali advirá. Em baixo, publico as fotos dos meus "Arco-Íris", quero dizer, dos meus Azuis de Face amarela e Asas Claras.



Fêmea à esquerda e Macho à direitaFêmea à esquerda e Macho à direita
A técnica está explicada. Mãos à obra. Vamos criar Arco-Íris. De caminho criem outras aves e desenvolvam a paixão que já têm pelas mesmas. Já agora, juntem-se à Irmandade


Piriquito = Herança Ligado ao Sexo

Herança Ligado ao Sexo

O conhecimento da Herança Ligada ao Sexo é fundamental para o criador de periquitos, uma vez que hoje se sabe a importância que ela exerce no tamanho e qualidade das penas. Fatores como opalino e asa canela são usados com o intuito de correção e melhoria das penas. No periquito australiano a Herança Ligada ao Sexo rege o acasalamento para os fatores: opalino, asa canela, lutino, albino, e lacewing (asa rendada). Assim, neste artigo, quando dermos um exemplo de qualquer dos fatores acima, ele é igualmente válido para os outros fatores. Na Herança Ligada ao Sexo, o Gen que determina um fator, se encontra no cromossomo que vai determinar o sexo do descendente, daí o nome. A representação usada na Herança Ligada ao Sexo é:

XX - representa o cromossomo do sexo masculino;

XY - representa o cromossomo do sexo feminino;

Assim, todo cruzamento ligado ao sexo será representado da seguinte forma:

XX (macho) x XY (fêmea)

Obs; O símbolo Y na fêmea, significa ausência de gens determinantes da característica. Assim sendo, ele determinará o sexo feminino do descendente, porém não vai determinar os fatores opalino, canela, inos e rendados. Como já visto no artigo anterior, aqui também temos que ter em mente que o gameta (óvulo ou espermatozóide) quando for formado terá apenas a metade dos cromossomos, assim sendo:

periquito macho XX produzirá dois tipos de gametas XX (teremos espermatozóides com símbolo X)

periquito fêmea XY produzirá dois tipos de gametas XY (teremos óvulos com símbolo X e símbolo Y)

Como já dito anteriormente, os fatores ligados ao sexo vão ter os gens apenas nos cromossomos X e não vão existir no cromossomo Y. Assim, as possíveis representações nos cromossomos, vamos convencionar da seguinte forma:

X'op (cromossomos X portando o gen determinante do fator opalino)

X'can (cromossomos X portando o gen determinante do fator asa canela)

X'ino (cromossomos X portando o gen determinante do fator INO)

X'lw (cromossomos X portando o gen determinante do fator Lacewing/rendado)

Neste ponto podemos chegar à conclusão fundamental e que deve ser guardada por todos; na Herança Ligada ao Sexo em periquitos australianos, para que o macho mostre o fator, é necessário que ele esteja presente em ambos os cromossomos. Já para a fêmea ele necessita estar presente em apenas um dos cromossomos (no caso o X). Assim, os machos poderão ser portadores (split) para um fator ligado ao sexo, ao passo que as fêmeas jamais serão portadoras (split). Exemplificando:

XX - macho normal

X'X (op) - macho portador de opalino

X'X' (op) - macho opalino

XY - fêmea normal

X'Y (op) - fêmea opalina

Obs; os gens determinantes dos Fatores Ligados ao Sexo podem estar presentes nos cromossomos em números variados, por exemplo:

X'' (op, can) cromossomos com genes para opalino e canela;

X'' (op, ino) cromossomos com genes para opalino e INO;

X''' (op, can, lw) cromossomos com genes para opalino, canela e lacewing;

Também quando pensamos no genótipo dos indivíduos, poderemos ter uma variação enorme:

X''X' (op, can) (ino) - macho portador de opalino canela e Ino;

X'''X (op, can, Ino) - macho portador de opalino, canela e Ino;

X''Y (op,can) - fêmea opalino canela

X''Y (op, Ino) - fêmea opalino Ino (Lutino ou Albino), etc...

Para finalizar, resta-nos saber, como devemos proceder com os acasalamentos, e até devemos apenas aplicar o que vimos anteriormente. REPRESENTAÇÃO DE UM ACASALAMENTO USANDO A HERANÇA LIGADA AO SEXO:

Macho XX x Fêmea XY = (50% de indivíduos machos, e 50% fêmeas)

Exemplificando um acasalamento com vários Fatores Ligados ao Sexo:

Macho opalino lutino e split de canela X Fêmea canela

X'''X'' (op, lut) split (can) XY' (can)

Filhotes:

X''' X' Macho canela, split de opalino e lutino;

X'''Y Fêmea opalino, canela e lutino;

X''X' Macho split de opalino, canela e lutino;

X''Y Fêmea opalino e lutino.

Regras para exposições com Periquitos Ondulados

Nas exposições as aves são julgadas de acordo com o standard, ou seja a ave ideal. No caso dos Periquitos existe um standard geral onde se destaca a forma geral da ave e existem standards de cor, definidos para cada variedade. As aves são julgadas por diversos grupos numa escala de 0 a 100, atribuindo-se medalhas de ouro, prata ou bronze para os primeiros, segundos e terceiros lugares, respectivamente, dentro de cada classe, podendo ser também atribuídos prémios para as melhores aves da secção, neste caso de Periquitos Ondulados.
Existem dois métodos de julgamento para Periquitos Ondulados. Um é feito através de atribuição de pontos segundo normas estabelecidas para cada variedade. É usado em exposições organizadas pela C.O.M.. Outro método utilizado, é o método de comparação em que as aves são comparadas por classe e atribuídas classificações. Os primeiros classificados de cada classe são comparados entre sí e escolhidas as melhores aves da exposição.
Em Portugal e na grande maioria das exposições, expõem-se os Periquitos Ondulados em gaiolas de madeira segundo as normas estipuladas pela W.B.O.. Neste sítio existe um artigo onde se mostram estas gaiolas de exposição.
As classificações de acordo com a WBO
Nas exposições em Portugal seguem os critérios da COM. Dada a falta de informação disponível desses critérios, indico os mais importantes da WBO que é a entidade internacional mais competente no caso dos Periquitos Ondulados, não devendo as diferenças ser muito significativas relativamente ao standard. No entanto, em termos de classificação das aves, as coisas são muito diferentes, já que às aves não são atribuídos pontos, sendo a sua classificação feita apenas por comparação, havendo o 1º, 2º, 3º, 4º lugares, até ao ultimo, em cada secção. Existem outros prémios escolhidos a partir dos primeiros lugares das respectivas secções, como por exemplo, o melhor Spangle, e outros como o melhor pássaro da exposição o melhor pássaro do sexo oposto ao do melhor pássaro, o melhor pássaro do ano, etc..
Atribuição de pontos
Nas exposições onde se julgam os Periquitos de acordo normas da COM, as pontuações atribuídas aos Periquitos são feitas através 5 grupos principais, sendo no primeiro incluídos a condição, tamanho e posição, no segundo a forma e tamanho da cabeça, no terceiro a máscara e spots, no quarto a cor e no quinto as marcas especificas de cada variedade.
Para o primeiro grupo reservam-se 35 pontos, para o segundo 15, para o terceiro e quarto 10 pontos e para o quinto 30 pontos, perfazendo 100 pontos.
Existem algumas excepções de acordo com algumas variedades.
Na primeira excepção estão incluídas as variedades sem spots, como o caso dos albinos e lutinos, spangles de duplo factor ou brancos e amarelos de olhos pretos. Nestes casos as pontuações dos últimos dois grupos são trocadas ficando a cor a valer 30 pontos e 10 as marcas da variedade. Nas variedade Malhada Recessiva, o grupo marcas da variedade inclui o contraste das cores e a percentagem das marcas nas asas e nas variedades de poupa, o mesmo grupo incluem os pontos pela forma e qualidade da poupa.
Factores penalizantes
Indicam-se aqui alguns factores penalizantes.
Condição: ave sem plumagem completa e uniforme, muito magra ou muito gorda, ou embolada.
Fleck: a fronte da ave com pintas ou manchas, sem ser totalmente amarela ou branca.
Spots: Nas variedades com spots, o seu tamanho reduzido, a sua má disposição na máscara ou falta ou excesso.
Rémiges: a não existência das 7 penas.
Faltas inerentes: cauda caída, pescoço estreito, mau porte, asas cruzadas, etc..
Faltas temporárias: falta de spots, manchas de sangue, etc..
Cor: diluição da cor abaixo do definido nos standards ou outra diluição não permitida nos standards.
Factores desqualificantes
Indicam-se aqui alguns factores que podem levar à desqualificação de uma ave.
Doenças: as aves que apresentarem sintomas de doenças ou existência piolhos deverão ser isoladas e removidas da exposição.
Penas compridas: as aves com as rémiges ou penas da cauda desproporcionalmente compridas em relação ao corpo.
Deformidades: as aves que apresentem deformidades deverão ser desqualificadas para que os criadores sejam desencorajados de as criar.
Faltas ou defeitos confinados a certas variedades
Existem faltas que são especificas da variedade ou cor de cada ave, levando a penalizações nos julgamentos.
Opalinos: ausência da cor do corpo nas asas, a cor das costas diferente da do corpo e marcas escuras dentro da area «V», bem como riscas escuras na cabeça ou na nuca, ou ainda a variação na cor sólida das penas da cauda.
Canelas e Asas Cinzentas: aves cuja diluição da cor do corpo seja superior a 50% das aves normais.
Rémiges Claras: a ausência da mancha da nuca, diversas malhas no corpo ou a existência de penas pretas nas rémiges.
Arlequins Recessivos: Marcas nas asas inferiores a 10% ou superiores a 20%.
Amarelos e Brancos de olhos pretos: qualquer marca que apresentem.
Face Amarela: A mistura de amarelo com a cor do corpo.
Lacewing: Marcas incompletas de canela ou algum tom de verde ou azul no corpo.
Fallow: completa ausência de cor do corpo.
Atribuição de prémios
Segundo as regras da COM para exposições internacionais, a pontuação mínima para atribuição de um 1º, 2º ou 3º numa exposição é de 90 pontos, podendo-se fixar para o 3º prémio um mínimo até 92 pontos, para o 2º um mínimo de 93 pontos e para o 1º prémio um mínimo de 94 pontos. Para equipas a pontuação mínima para atribuição de prémios é de 360.
Assim, se numa classe a pontuação máxima das aves a concurso for de 89 pontos, essa ave não terá direito a qualquer prémio.
Os campeonatos nacionais regem-se pelas regras da COM, enquanto que para as exposições locais e regionais as Federações Nacionais estipulam as pontuações mínimas para atribuição de prémios de 88, 89 e 90 pontos respectivamente para os 3º, 2º e 1º lugares.
Secções e Classes
A lista de classes de exposições usada em Portugal é a lista oficial da C.O.M.. Nela, os Periquitos Ondulados têm uma secção própria, a «I». Em 2007 foi decidido incluir nas exposições os Periquitos Ondulados Ancestrais. Nestas secções só são admitidas aves com as características iguais às dos Periquitos selvagens, com excepção da variedade. Assim qualquer ave que se suspeite que tem tamanho superior a esses Periquitos será desclassificada, pretendendo-se que não seja usada por Periquitos «Ingleses» de má qualidade. Assim, a secção tem duas grandes divisões, a «I1» para os «Periquitos Ondulados de Porte e Posição» e a «I2» para os «Periquitos Ondulados de Cor». Esta secções estão dividida em diversas classes que compreendem todas as variedades reconhecidas individualmente e em equipas de 4 aves. As aves de que se fala neste sitio são as englobados na secção «I1», onde estão efectivamente os Periquitos de qualidade e a qual se tenta melhorar. A secção I2 não existe nem faz sentido nas melhores exposições que se fazem na Europa.
Nesta secção podem ser inscritas aves, do próprio criador, do ano e do ano anterior, uma vez que estas aves atingem o seu tamanho máximo após os 12 meses. Nestas classes, as aves são expostas em gaiolas, individualmente ou em equipas de 4 indivíduos. As equipas são constituídas por 4 aves idênticas, sendo premiadas pela harmonia do conjunto. Assim, tomando como exemplo a classe I1-11, onde são permitidas aves verdes ou azuis apenas com factor escuro, numa equipa só poderão ser apresentadas 4 aves Verde Escuro ou 4 aves Verde Azeitona ou 4 aves Azul Cobalto ou 4 aves Azul Malva e não uma mistura destas cores.
Por outro lado, na filosofia das classes está implícito que as classes iniciais apresentam poucas variedades, enquanto que nas ultimas estão incluídas aves com um conjunto grande de variedades, mas apenas as que são indicadas em cada classe.
Classes de Periquitos Ondulados
Secção I1—Periquitos Ondulados de Porte e Posição
ClasseDescrição
I1-1Equipa de 4 Normais Verde Claro
I1-2Individual Normais Verde Claro
I1-3Equipa de 4 Normais Azul Celeste
I1-4Individual Normais Azul Celeste
I1-5Equipa de 4 Normais Verde Cinzento (Incluem apenas os Verde Cinzento com ou sem factor escuro)
I1-6Individual Normais Verde Cinzento
I1-7Equipa de 4 Normais Cinzento (Incluem as aves apenas com as variedades azul e cinzento, com ou sem factor escuro)
I1-8Individual Normais Cinzento
I1-9Equipa de 4 Normais Ardósia (Incluem as aves apenas com a variedade Ardósia (Slate) que podem ter o factor azul)
I1-10Individual Normais Ardósia
I1-11Equipa de 4 Normais série Verde ou Azul com factor escuro, simples ou duplo (Incluem aves apenas com o factor escuro, podendo ter o factor azul)
I1-12Individual Normais série Verde ou Azul com factor escuro, simples ou duplo
I1-13Equipa de 4 Opalinos série Verde (incluindo factor escuro)
I1-14Individual Opalinos série Verde (incluindo factor escuro)
I1-15Equipa de 4 Opalinos série Azul (incluindo factor escuro)
I1-16Individual Opalinos série Azul (incluindo factor escuro)
I1-17Equipa de 4 Normais Canela série Verde (incluindo factor escuro)
I1-18Individual Normais Canela série Verde (incluindo factor escuro)
I1-19Equipa de 4 Normais Canela série Azul (incluindo factor escuro)
I1-20Individual Normais Canela série Azul (incluindo factor escuro)
I1-21Equipa de 4 Opalinos Canela série Verde (incluindo factor escuro)
I1-22Individual Opalinos Canela série Verde (incluindo factor escuro)
I1-23Equipa de 4 Opalinos Canela série Azul (incluindo factor escuro)
I1-24Individual Opalinos Canela série Azul (incluindo factor escuro)
I1-25Equipa de 4 Face Amarela das classes 1 a 23
I1-26Individual Face Amarela das classes 1 a 23
I1-27Equipa de 4 Asas Claras (incluindo Opalinos) ou Arco-íris (incluindo Face Amarela de Asas Claras)
I1-28Individual Asas Claras (incluindo Opalinos) ou Arco-íris (incluindo Face Amarela de Asas Claras)
I1-29Equipa de 4 Diluídos (Amarelos ou Brancos) e Asas Cinzentas (Normais ou Opalinos) (incluindo Face Amarela Diluídos ou Asas Cinzentas série Azul)
I1-30Individual Diluídos (Amarelos ou Brancos) e Asas Cinzentas (Normais ou Opalinos) (incluindo Face Amarela Diluídos ou Asas Cinzentas série Azul)
I1-31Equipa de 4 Fulvos (Normais ou Opalinos, incluindo Fulvos Face Amarela da série Azul)
I1-32Individual Fulvos (Normais ou Opalinos, incluindo Fulvos Face Amarela da série Azul)
I1-33Equipa de 4 Corpos Claros (Easley ou Texas, Normais ou Opalinos) ou Selados (incluindo Face Amarela série Azul)
I1-34Individual Corpos Claros (Easley ou Texas, Normais ou Opalinos) ou Selados (incluindo Face Amarela série Azul)
I1-35Equipa de 4 Inos (incluindo Face Amarela da série Azul)
I1-36Individual Inos (incluindo Face Amarela da série Azul)
I1-37Equipa de 4 Perolados de duplo factor nas séries Verde ou Azul (incluindo Face Amarela da série Azul)
I1-38Individual Perolados de duplo factor nas séries Verde ou Azul (incluindo Face Amarela da série Azul)
I1-39Equipa de 4 Asas de Renda (Normais ou Opalinos, incluindo Face Amarela da série Azul)
I1-40Individual Asas de Renda (Normais ou Opalinos, incluindo Face Amarela da série Azul)
I1-41Equipa de 4 Arlequins Recessivos ou Amarelos ou Brancos de olhos escuros (Normais Canela ou Opalinos, incluindo Face Amarela da série Azul)
I1-42Individual Arlequins Recessivos ou Amarelos ou Brancos de olhos escuros (Normais Canela ou Opalinos, incluindo Face Amarela da série Azul)
I1-43Equipa de 4 Arlequins Dominantes ou Continentais (Normais, Canela ou Opalinos, incluindo Face Amarela série Azul)
I1-44Individual Arlequins Dominantes ou Continentais (Normais, Canela ou Opalinos, incluindo Face Amarela série Azul)
I1-45Equipa de 4 Perolados de simples factor das classes 1 a 25 (incluindo Face Amarela da série Azul)
I1-46Individual Perolados de simples factor das classes 1 a 25 (incluindo Face Amarela da série Azul)
I1-47Equipa de 4 com Poupa das séries Verde ou Azul das Classes 1 a 45 (incluindo Face Amarela da série Azul)
I1-48Individual com Poupa das séries Verde ou Azul das Classes 1 a 45 (incluindo Face Amarela da série Azul)
I1-49Equipa de 4 novas mutações em estudo (sem prémios)
I1-50Individual novas mutações em estudo (sem prémios)
Secção I1—Periquitos Ondulados de Cor
ClasseDescrição
I1-1Equipa de 4 Normais Série Verde
I1-2Individual Normais Série Verde
I1-3Equipa de 4 Normais Série Azul
I1-4Individual Normais Série Azul
I1-5Equipa de 4 Opalinos Série Verde
I1-6Individual Opalinos Série Verde
I1-7Equipa de 4 Canelas Série Verde
I1-8Individual Canelas Série Verde
I1-9Equipa de 4 Canelas Série Azul
I1-10Individual Canelas Série Azul
I1-11Equipa de 4 Face Amarela das classes de 1 a 12
I1-12Individual Face Amarela das classes de 1 a 12
I1-13Equipa de 4 Inos, Perolados de Duplo Factor e Amarelos e Brancos de olhos negros
I1-14Individual Inos, Perolados de Duplo Factor e Amarelos e Brancos de olhos negros
I1-15Equipa de 4 Inos, Perolados de Factor Simples Série Verde e Azul
I1-16Individual Inos, Perolados de Factor Simples Série Verde e Azul
I1-17Equipa de 4 Inos, Perolados de Factor Simples Série Verde e Azul
I1-18Individual Inos, Perolados de Factor Simples Série Verde e Azul
I1-19Equipa de 4 Arlequins Recessivos Série Verde e Azul
I1-20Individual Arlequins Recessivos Série Verde e Azul
I1-21Equipa de 4 Arlequins Dominantes ou Continentais Série Verde e Azul
I1-22Individual Arlequins Dominantes ou Continentais Série Verde e Azul
I1-23Equipa de 4 Outras mutações e combinações de mutações
I1-24Individual Outras mutações e combinações de mutações

28 de out. de 2010

Genética

Genética
Introdução
A palavra genética nasceu da mente de William Batson em 1907. Mas não é com ele que o estudo da genética nasceu.
Oficialmente o pai da genética é Gregor Johann Mendel (1822-84).
Curiosamente o Homem sempre trabalhou com a genética, desde o nascer da humanidade que o ser humano manipula as características dos animais que o rodeiam, mas isto de uma forma muito rudimentar.
Os primordiais agricultores sabiam que se cruzassem os seus melhores exemplares ou melhores produtores iriam obter também excelentes exemplares na seguinte geração. Mas muitas vezes o esperado não acontecia. (e é aqui que o nosso amigo Mendel entra)
Mendel era um abade Agostinho que habitava num mosteiro em Brunn, na antiga Morávia.
Mendel (1865) retirou inicialmente 3 regras no seu cruzamento de ervilhas de cheiro:
  1. Quando os progenitores diferem numa característica, os seus descendentes serão híbridos para essa característica particular. No entanto a descendência possuirá as características de um dos progenitores em vez de apresentar uma mistura das características de ambos os progenitores. Isto significa que a característica de um dos progenitores tem de ser de algum modo dominante sobre a característica do outro progenitor. Ele chamou a este fenómeno oprincipio da dominância.
  2. Quando um híbrido se reproduz, os seus gâmetas (ovulo ou espermatozóide) serão de dois tipos. Metade será portadora da característica (caracter) dominante fornecida por um dos progenitores, i outra metade será portadora do caracter recessivo fornecido pelo outro progenitor. Ele chamou a isto o principio da segregação.
  3. Quando os progenitores diferem em duas ou mais características, a ocorrência de quaisquer uma destas características na geração seguinte será independente da ocorrência de qualquer outra característica. As duas são herdadas independentemente. Assim qualquer combinação das características dos progenitores pode aparecer na descendência. Isto é chamado oprincipio da segregação independente.
O principio de dominância de Mendel

NB:
Os cromossomas são constituídos por pares de genes. Cada par de genes gere uma coisa no organismo.
Homozigótico: animal que transporta dois alelos iguais referentes a uma determinada característica.
Heterozigótico: animal que transporta dois alelos diferentes referentes a uma mesma característica.
Genótipo: genes que um ser transporta.
Fenotipo: características externas.
Não se pode definir o genótipo através do Fenotipo.
Usa se letras maiúsculas para representar um gene dominante e letras minúsculas para representar a sua ausência, para representar um gene recessivo usa se letras minúsculas e para a sua ausência um traço (-).
Um periquito possui 26 cromossomas. Mais precisamente 24 autosomas e 2 cromossomas sexuais.
O estudo da hereditariedade é normalmente usado para dois fins: a produção quantitativa ou qualitativa.
O correcto nos criadores de periquitos (e não só) será a criação qualitativa.
Geralmente quando nos referimos a mutações recessivas ou dominantes estamos a descrever o seu comportamento perante o gene selvagem (gene original, neste caso o verde).
Bem como estamos mais preocupados em perceber a genética vamos então explicar isto através de um cruzamento com dois periquitos.
Vamos pegar em duas linhagens puras (animais homozigóticos): um verde normal e um azul normal.
Assim sabemos que cada pássaro transporta duas copias iguais de cada gene.(um indivíduo transporta dois e apenas duas copias de um gene ou dos seus alelos, um herdado do pai e outro da mãe). Sabe se também que o gene azul é uma mutação do gene verde, as duas ou mais formas alternativas do gene são chamadas de alelos.
Usamos agora o símbolo "A" para representar o alelo verde i o símbolo "a" para o alelo azul.
Assim o genótipo do pássaro verde é AA i o genótipo do pássaro azul é aa.
Como os pássaros são homozigóticos então todos os gâmetas sexuais produzidos serão portadores do mesmo alelo.
Podemos mostrar o resultado do cruzamento num quadro de Punnet. Em cima temos os gâmetas do periquito azul e do lado esquerdo os gâmetas do periquito verde.
F1aa
AAaAa
AAaAa
Podemos ver que o resultado deste cruzamento são híbridos ou animais heterozigóticos para esta característica.
Agora como o gene verde é dominante sobre o gene azul então o resultado são periquitos verdes que transportam o gene azul. Diz se que o alelo azul está escondido ou que é transportado, representa se assim: verde/ azul, o símbolo / significa dividido.
Agora se esta geração fosse cruzada entre si daria:
F2Aa
AAAAa
aaAaa
Aqui está, nascem desse cruzamento periquitos verdes homozigóticos, verdes heterozigóticos (ou portadores do gene azul) e periquitos azuis, na proporção de 1:2:1.
A este ponto já deu para perceber que para uma ave apresentar um Fenótipo recessivo tem de Ter um genótipo homozigótico para esse gene recessivo.
genótipoDescrição genéticaFenótipo
AAVerdeVerde
AaVerde/azulVerde
aaAzulAzul

A estes cruzamento chamam se cruzamentos mono-hibrídos pois só temos em consideração uma característica em particular.
Vamos tentar agora um cruzamento di-hibrído .
Agora com periquitos também homozigóticos mas para duas características: um verde com o padrão nas asas normal, e um azul com o padrão nas asas cinzento. Assim o periquito verde é AACC ( sendo C referente ao alelo selvagem e dominante do padrão das asas) e o periquito azul é aacc (sendo c referente ao alelo mutante das asas cinzentas).
Então os gâmetas produzidos são:
Periquito verde: AC; AC
Periquito azul: ac; ac
F1ACAC
AcAaCcAaCc
acAaCcAaCc
Assim toda a descendência será verde com o padrão nas asas normal pois tanto a característica azul como a de asas cinzentas são características recessivas.
Agora se cruzarmos a descendência obtemos:
F2ACAcaCac
ACAACCAACcAaCCAaCc
AcAAcCAaccAacCAacc
aCaACCAACcaaCCAaCc
acaAcCAaccaacCaacc
Aki já nascem verde homozigotico de asas normais, verdes homozigoticos de asas cinzentas, azuis homozigoticos normais, azuis homozigoticos de asas cinzentas, etc...




É simples.
  1. se o Fenótipo corresponder a um gene recessivo então o pássaro é homozigotico.
  2. se o Fenótipo corresponde a um gene dominante faz se um teste de cruzamento.
teste do cruzamento realiza se entre o indivíduo dominante onde se tem a duvida e um indivíduo com o gene recessivo correspondente (pois este é obrigatoriamente homozigotico).
Assim se nascerem só fenótipos dominantes o indivíduo em questão é homozigotico, se nascer uma metade dominante e outra recessiva quer dizer que o indivíduo é heterozigótico.
Alelos múltiplos
Dá se um caso de múltiplos alelos com diferentes graus de dominância quando um gene selvagens possui mais que 1 correspondente mutante.
Abaixo mostro uma tabela com casos de alelos múltiplos por ordem decrescente de dominância:
Gene selvagemVerdeOndulação normal
Genes mutantesGoldenface
Face amarela tipo II
Face amarela tipo I
Azul
Asas cinzentas
Asas claras
Ondulação diluída
Em baixo apresento uma tabela com algumas das possíveis combinações de genes múltiplos.
genótipoDescrição genéticaFenotipo
AAVerdeVerde
AaIIVerde/ face amarelaVerde
AaVerde/ azulVerde
aIIaIIFace amarelaFace amarela
aIIaFace amarela/ azulAzul marinho
aaAzulAzul
Sabe se que o gene verde é dominante sobre todos os seus alelos.
Agora os alelos face amarela e o alelo azul são co-dominantes, ou seja, têm uma dominância incompleta.
Diz se isto pois o homozigotico face amarela tem um aspecto diferente de um heterozigótico para o mesmo gene.
Dominância incompleta
Este tipo de dominância dá se quando nenhum dos alelos consegue exercer controlo sobre o outro. Assim existe apenas dois genes, o selvagem i o mutante, mas em vez de produzirem apenas dois tipos visuais produzem três tipos visuais.
Passo a explicar com um exemplo:
O gene de escurecimento no estado selvagem n existe, produzindo assim o periquito verde claro ou o azul celeste. Mas em cativeiro foi possível activar esse gene, assim existe o periquito claro i o escuro. Ambos homozigoticos.
Mas agora se cruzarmos esses dois homozigoticos ficamos com periquitos heterozigótico. Agora seria de esperar que um desses genes fosse dominante perante o outro, aparecendo assim ou só periquitos escuros ou só periquitos claros, mas não. Aparecem periquitos com uma coloração intermédia.
Os chamados verdes escuros e os azuis cobalto.
Agora se cruzarmos esses heterozigóticos a sua descendência terá as 3 tonalidades, claros intermédios e escuros.
As mutações onde existe uma dominância incompleta são:
  • spangle ( reluzente ou perolado)
  • violeta
  • factor de escurecimento
EscurecimentoVioletaSpangle
Homo ausênciaClaro (claro, celeste)normalNormal
HeteroIntermédio (escuro, cobalto)pode ser violeta ou apresentar uma tonalidade mais escura dependendo do factor de escurecimentoSpangle
Homo presençaEscuro (azeitona, malva)violeta ou parece se com um cobalto dependendo do factor de escurecimentoClaros ( amarelos ou brancos)
No caso da dominância incompleta do gene violeta existe pouca informação e demasiada confusão.
Posteriormente será emitido um artigo sobre este caso inquietante dos violetas.
Tabela estatística de cruzamento:
DD x DD100% DD
DD x Dd50% DD
50% Dd
DD x dd100% Dd
Dd x Dd25% DD
50% Dd
25% dd
Dd x dd50% Dd
50% dd
dd x dd100% dd
Mutações:
VariedadeModo de hereditariedadeGene selvagemGene mutante
Goldenface
Face amarela II
Face amarela I
azul
Múltiplos alelos com co-dominanciaA
A
A
A
ag
aII
aI
a
Asas cinzentas
Asas claras
Asas diluídas
Múltiplos alelosC
C
C
cz
cl
cd
CinzentoDominantezZ
Malhado continental*DominantepP
Clearflight*DominantepP
Malhado dominanteDominantemM
Fallow inglêsRecessivoFf
Fallow alemãoRecessivoFAfa
Fallow japonêsRecessivoFJfj
Malhado recessivoRecessivoRr
SaddlebackRecessivoSs
BlackfaceRecessivoBFbf
EscurecimentoCo-dominantedD
VioletaCo-dominantevV
SpangleCo-dominanteglGL
Crest (cristado)DominantetT
Ino não ligado ao sexoRecessivoNn
Cinzento australianoRecessivoZRZr
Asas castanhaRecessivoBB
NB: os claros de olhos escuros são resultado do cruzamento de clearflights ou malhados recessivos continentais com malhados recessivos. É considerada uma mutação recessiva devido á presença dos malhados recessivos.
Os claros relativos á mutação spangle também são considerados recessivos pois para aparecerem têm que ser homozigóticos.
* julga se que os malhados continentais têm uma relação alelica muito próxima com os clearflights por isso são representados com alelos iguais.


Caso recessivo ligado aos cromossomas sexuais
Neste caso os genes mutantes são transportados nos cromossomas sexuais. O Z e o Y.
Ao contrario do homem e de todos os mamíferos nas aves a fêmea é representada por XY, e o macho por ZZ.
Agora apenas o gene X é capaz de transportar os genes mutantes, assim logicamente estas mutações relacionadas com os cromossomas sexuais transmitem se de uma forma recessiva nos machos mas de uma forma dominante nas fêmeas, pois estas possuem uma copia do gene mutante no cromossoma Z e como não existe informação no cromossoma Y que contrarie esse gene mutante ele surte efeito.
Exemplo:
Casais
Ninhada
MachoFêmeaMachosFêmeas
AlbinoAlbinoAlbinoAlbino
AlbinoNormalNormal/ albinoAlbino
Normal/ albinoAlbinoAlbino
Normal/ albino
Albino
Normal
NormalAlbinoNormal/ albinoNormal
Normal/ albinoNormalNormal
Normal/ albino
Albino
Normal
Mutações:
VariedadeModo de hereditariedadeGene selvagemGene mutante
Asas de canelaRecessivo ligado ao cromossoma sexualC*c*
OpalinoRecessivo ligado ao cromossoma sexualOo
Clearbody
Ino
Múltiplos alelosI*
I
i*
i
NB: a mutação lacewing é o cruzamento da mutação ino com a mutação asas de canela.
Curiosidade: as células sexuais produzem se através de um processo chamado meiose, onde células com 26 cromossomas (no caso dos periquitos) originam células com 13 cromossomas. No processo de meiose as características genéticas são rebaralhadas para produzir cromossomas com uma organização diferente, este processo ajuda na continuidade da espécie sem correrem o risco de consanguinidade.

Um estudo

Imaginemos um criador de periquitos australianos.
Este criador tem uma fêmea albina que cruzou com um macho azul malhado recessivo.
Na primeira ninhada nasceu:
1 albino de olhos sem Íris
1 albino de olhos com Íris
2 malhados recessivos de asas claras
1 fêmea azul de asas claras
ao observar a descendência dos pássaros esse criador percebeu que a fêmea tinha de ser homozigotico para asas claras (pois nascem periquitos de asa clara), e que tinha de transportar um gene malhado recessivo (para nascer os malhados recessivos), percebeu também que só isto não era suficiente para explicar os resultados, então caracterizou o macho como um malhado recessivo que transporta i gene ino e um gene asas claras.
Assim geneticamente os pássaros são:
Macho: aa -cl rr -i
Fêmea: aa clcl -r iY
Assim os gâmetas sexuais são:
Macho: a – r i
a – r –
a cl r i
a cl r –
fêmea: a cl r i
a cl - i
a cl r Y
a cl – Y
F1a – r ia – r -a cl r ia cl r -
a cl r iaa cl- rr iiaa cl- rr i-aa clcl rr iiaa clcl rr i-
a cl – iaa cl- -r iiaa cl- -r i-aa clcl –r iiaa clcl –r i-
a cl r Yaa cl- rr iYaa cl- rr –Yaa clcl rr iYaa clcl rr -Y
a cl – Yaa cl.- -r iYaa cl- -r -Yaa clcl –r iYaa clcl –r –Y
Como podem verificar os resultados são: albinos, malhados recessivos, malhados recessivos com asas claras, azuis normais e azuis de asas claras.
Identificador
Cores principais:
Verde:                             Claro;
                   Escuro;
                     Azeitona.
Azul:                               Celeste;
                    Cobalto;
                  Malva.
Cores secundarias (que afectam as principais):
CinzentoDominante
VioletaDominância incompleta
Mutações:
Mutações:Forma de hereditariedade:
  • Albinismo
  • Clearbody
Recessivo ligado ao sexo (Co dominante)
Malhado recessivoRecessivo
Malhado dominante:
  • Australiano;
  • Clearflight holandês;
  • Holandês
Dominante
Asas:
  • Asas cinzentas;
  • Asas claras;
  • Diluídos
Recessivo (Co dominante entre si)
ReluzenteDominância incompleta
Face amarela:
  • tipo I;
  • tipo II;
  • Goldenface.
Co dominante
CanelaRecessivo ligado ao sexo
OpalinoRecessivo ligado ao sexo
SaddlebackRecessivo
Fallow:
  • Inglês;
  • alemão;
  • japonês
Recessivo
BlackfaceRecessivo
Crest:
  • circular;
  • semicircular;
  • tufo;
  • japonês
Dominante
Combinações:
Arco ÍrisRecessiva
Claros de olhos escurosRecessiva
LacewingRecessiva ligada ao sexo



  • Verde:
cauda: azul escuro
Barbas: de lilás escuro a azul escuro
Peito verde (3 tonalidades- claro, escuro, azeitona), fundo das asas e cabeça amarelo, ondulações pretas.

  • Azul:
cauda: azul escuro
Barbas: de lilás escuro a azul escuro
Peito azul (3 tonalidades- celeste, cobalto, malva), fundo das asas e cabeça branco, ondulações pretas

  • Violeta:
barbas
de lilás escuro a azul escuro nas duas series
serie verde
sem efeito
serie azul
Celeste
hetero
peito ciano (entre celeste e cobalto)
cauda turquesa a escurecer para azul no fim
directrizes em turquesa florescente
Celeste
homo
peito violeta visual
cauda azul escuro a clarear para azul pálido no fim
directrizes em turquesa florescente
Cobalto
hetero
peito violeta visual
cauda violeta azulado a clarear para violeta no fim
directrizes em turquesa florescente
Cobalto
homo
peito um pouco mais escuro que violeta visual
cauda violeta azulado a clarear para violeta no fim
directrizes em turquesa florescente
Malva
Homo hetero
Intensidade violeta mais forte ambos violetas visuais

  • Cinzento:
cauda: preta
Barbas: cinzentas
Serie verde: peito verde acinzentado (verde-acinzentado), fundo das asas e cabeça amarelos, ondulações pretas.
Serie azul: peito cinzento (cinzento), fundo das asas e cabeça brancos, ondulações pretas.

  • Canela:
cauda: azul claro
Barbas: lilás escuro a azul escuro
Cor do corpo 50% mais clara, ondulações castanhas.

  • Opalino:
cauda: azul escura
Barbas: normais
A cor do corpo espalha se sobre as asas, cabeça e dorso sem manchas (formando um V), ondulações pretas.

  • Ino:
cauda: amarelo claro( serie verde), Branca (serie azul)
Barbas: cinzentas ou brancas
Olhos vermelhos, cera dos machos lilás.
Periquitos totalmente amarelos ou brancos

  • Asas cinzento (homozigotico):
cauda: cinzenta
Barbas: lilás claro a azul claro
Cor do peito mais clara que habitual, ondulações cinzentas

  • Asas cinzentas split para asas claras:
cauda: azul escura
Barbas: normais
Cor do peito normal, ondulações cinzentas

  • Asas claras:
cauda: normal
Barbas: normal
Cor do peito normal, ondulações amarelas ou brancas.

  • Diluído:
cauda: verde pastel (serie verde), azul pastel (serie azul)
Barbas azul claro pastel
Corpo claro e ondulações verdes ou azuis pastel

  • Malhado recessivo:
cauda verde ou azul pastel
Barbas: normais raiadas de branco
Malhas na base do peito, ondulações a 10 ou 20%, directrizes limpas, cera lilás no macho, olhos sem Íris.

  • Malhado dominante australiano:
cauda: azul ou branca (serie azul), azul ou amarela (serie verde), amarela, branca ou preta (serie cinzenta)
Barbas normais raiadas de branco, malhas no peito perto de externo e na base, divisão nítida

  • Malhado dominante holandês:
cauda: amarela ou branca
Barbas: normais
Clearflight: aparência de um periquito normal á excepção da ausência de ondulações nas penas primarias
Continental: semelhante ao recessivo mas olhos com Íris e cera azul nos machos

  • Reluzente ou Cintilante:
cauda amarela ou branca
Barbas: azuis, cinzentas ou azuis raiadas de cinzento
As ondulações em vez de se encontrarem no interior das penas das asas encontram-se na pontadestas
Forma homozigótica: semelhante aos inos e aos claros de olhos escuros á excepção dos olhos com Íris e da cera azul

  • Face amarela: (os heterozigóticos são split para azul)
FA tipo I:
Cauda: azul escura
Hetero: azul normal de face amarela clara
Homo: azul normal

FA tipo II:
Cauda: azul escura
Hetero: azul esverdeado com face amarela
Homo: azul normal de face amarela (aparenta um face amarela tipo I)

Goldenface:
Hetero: verde normal (cauda azul clara)
Homo: azul de face amarela escura (cauda azul escura).

  • Claros de olhos escuros:
Semelhantes a inos e a reluzentes homozigoticos, á excepção dos olhos sem Íris das barbas serem cinzentas claras ou lilás claro e da cera lilás nos machos.

  • Lacewing:
Corpo de uma só cor (amarelo ou branco), semelhantes aos ino mas com ondulações castanhas (do genero canela).

  • Fallow:
Alemão: coloração muito mais clara que nos normais (parecendo quase ausente), olhos vermelhos com Íris, cera lilás nos machos e ondulações acastanhadas
Inglês: coloração muito mais clara que nos normais (parecendo quase ausente), olhos vermelhos sem Íris, cera lilás nos machos e ondulações acastanhadas

  • Saddleback:
Cabeça e dorso com ondulações cinzentas e asas com ondulaçoes pretas, todo o resto é igual ao normal.

  • Clearbody:
Em tudo igual aos normais menos na coloração do peito,
Peito claro quase branco ou amarelo, ondulaçoes pretas.

  • Arco Íris:
Esta suposta mutação é a mistura de varias outras mutações tais como as asas claras (ou cinzentas ou diluido, mas o mais usual são as asas claras), o opalino e a face amarela tipo II (heterozigótico).




Nesta tabela pode-se ver todos os cruzamentos possíveis no que toca a malhados dominantes e a malhados recessivos.
Mostro aqui como estas mutações são transmitidas e como se relacionam entre si.
O clearflighted da tabela pode muito bem ser encarado como uma outra variante de malhado dominante, apenas o coloquei na tabela para poder fazer uma analogia com o seguinte artigo.

DEC: claro de olhos escuros (dark-eyed clear).
(fu): referente ao gene dominante, significa neste caso a existencia de um gene clearflight (ou malhado dominante doutro género) numa ave (heterozigótica).
(fd): referente ao gene dominante, significa neste caso a existencia de dois genes clearflight (ou malhado dominante doutro género) numa ave (homozigótica).
Pares
Crias
Normal x Normal
normal
Normal x clearflight (fu)
normal
clearflight (fu)
Normal x clearflight (fd)
clearflight (fu)
Normal x Normal / M recessivo
normal
normal / M recessivo
Normal x M recessivo
normal / M recessivo
Normal x clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fu)
Normal / M recessivo
Normal
Normal x clearflight (fd) / M recessivo
clearflight (fu)
clearflight (fu) / M recessivo
Normal x DEC (fu)
clearflight (fu) / M recessivo
normal / M recessivo
Normal x DEC (fd)
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fu) x Clearflight (fu)
normal
clearflight (fu)
clearflight (fd)
Clearflight (fu) x clearflight (fd)
clearflight (fu)
clearflight (fd)
clearflight (fu) x Normal / M recessivo
normal
clearflight (fu)
clearflight (fu) / M recessivo
normal / M recessivo
clearflight (fu) x M recessivo
clearflight (fu) / M recessivo
Normal / M recessivo
clearflight (fu) x clearflight (fu) / M recessivo
normal
normal / M recessivo
clearflight (fu)
clearflight (fd)
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fd) / M recessivo
clearflight (fu) x clearflight (fd) / M recessivo
clearflight (fu)
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fd)
clearflight (fd) / M recessivo
clearflight (fu) x DEC (fu)
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fd) / M recessivo
normal / M recessivo
clearflight (fu) x DEC (fd)
clearflight (fd) / M recessivo
clearflight (fu) / M recessivo
normal / M recessivo
clearflight (fd) x clearflight (fd)
clearflight (fd)
clearflight (fd) x Normal / M recessivo
clearflight (fu)
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fd) x M recessivo
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fd) x clearflight (fu) / M recessivo
normal
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fd)
clearflight (fd) / M recessivo
clearflight (fd) x clearflight (fd) / M recessivo
clearflight (fd)
clearflight (fd) / M recessivo
clearflight (fd) x DEC (fu)
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fd) / M recessivo
clearflight (fd) x DEC (fd)
clearflight (fd) / M recessivo
Normal / M recessivo x Normal / M recessivo
normal
normal / M recessivo
M recessivo
Normal / M recessivo x M recessivo
normal / M recessivo
M recessivo
Normal / M recessivo x clearflight (fu) / M recessivo
normal
normal / M recessivo
M recessivo
DEC (fu)
clearflight (fu)
clearflight (fu) / M recessivo
Normal / M recessivo x clearflight (fd) / M recessivo
DEC (fu)
clearflight (fu)
clearflight (fu) / M recessivo
Normal / M recessivo x DEC (fu)
DEC (fu)
clearflight (fu) / M recessivo
Normal / M recessivo
M recessivo
Normal / M recessivo x DEC (fd)
DEC (fu)
clearflight (fu) / M recessivo
M recessivo x M recessivo
M recessivo
M recessivo x clearflight (fu) / M recessivo
DEC (fu)
M recessivo
Normal / M recessivo
clearflight (fu) / M recessivo
M recessivo x clearflight (fd) / M recessivo
DEC (fu)
clearflight (fu) / M recessivo
M recessivo x DEC (fu)
DEC (fu)
M recessivo
M recessivo x DEC (fd)
DEC (fu)
clearflight (fu) / M recessivo x clearflight (fu) / M recessivo
DEC (fd)
DEC (fu)
clearflight (fu)
clearflight (fd)
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fd) / M recessivo
M recessivo
Normal
Normal / M recessivo
clearflight (fu) / M recessivo x clearflight (fd) / M recessivo
clearflight (fu)
clearflight (fd)
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fd) / M recessivo
DEC (fu)
DEC (fd)
clearflight (fu) / M recessivo x DEC (fu)
DEC (fu)
DEC (fd)
M recessivo
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fd) / M recessivo
Normal / M recessivo
clearflight (fu) / M recessivo x DEC (fd)
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fd) / M recessivo
DEC (fu)
DEC (fd)
clearflight (fd) / M recessivo x clearflight (fd) / M recessivo
clearflight (fd)
clearflight (fd) / M recessivo
DEC (fd)
clearflight (fd) / M recessivo x DEC (fu)
DEC (fu)
DEC (fd)
clearflight (fu) / M recessivo
clearflight (fd) / M recessivo
clearflight (fd) / M recessivo x DEC (fd)
clearflight (fd) / M recessivo
DEC (fu) x DEC (fu)
DEC (fu)
DEC (fd)
M recessivo
DEC (fu) x DEC (fd)
DEC (fu)
DEC (fd)
DEC (fd) x DEC (fd)
DEC (fd)
<><>
Malhado recessivo