31 de out. de 2010

PEITO SECO – CAUSA OU CONSEQUÊNCIA


NOVIDADES A RESPEITO DA SÍNDROME DO PEITO SECO
Profa. Dra Karin Werther
Departamento de Patologia Veterinária
Revista ACCJ 2001

É muito freqüente ouvir falar entre os criadores de canários, bicudos, curiós, periquitos australianos e gapornis do “Mal do Peito Seco” ou “Doença do Facão”. Os criadores observam que as aves apesar de se alimentarem bem, vão emagrecendo progressivamente. Ao pagar a ave observa-se um “peito seco”, com pouca usculatura e a quilha do esterno bem saliente. As fezes podem mudar de cor e de consistência. Dentro de pouco tempo o animal não fica mais no poleiro, se mantém “encorujado” no canto da gaiola e chega a morrer.
As causas do “peito seco” ainda estão sendo estudadas pois várias doenças apresentam uma sintomatologia semelhante, como por exemplo coccidiose, verminose, infecções ou megabactérias. O tratamento deverá ser específico e ser realizado somente após um diagnóstico correto.
Muitos criadores tem o hábito de usar vários medicamentos nacionais ou importados de forma indiscriminada sem conhecer a função do medicamento nem a doença existente no plantel. Este hábito além de mascarar a doença, pode induzir a resistência dos microorganismos a diversos medicamentos, que não serão mais eficientes, dificultando o trabalho do médico veterinário. Vários remédios são contra-indicados em algumas espécies de aves e devem sempre serem utilizados em dosagens adequadas. Uma dose superior poderá intoxicar o animal e até levar a morte. Por outro lado uma dose inferior a recomendada poderá não fazer efeito desejado, ou até piorar o quadro do animal.
No mercado atualmente existem alguns remédios que são vendidos com a finalidade de combater o “Mal do Peito Seco”, porém nem sempre funcionam, pois inicialmente precisa-se descobrir a etiologia que está afetando esta ave. Só deve utilizar medicamentos sob orientação de um médico veterinário especializado.
Há aproximadamente 12 anos a Profa Karin (docente do Departamento de Patologia Veterinária da UNESP) tem dedicado mais tempo ao estudo desta importante doença. Para poder realizar esta pesquisa tem contato com a indispensável ajuda e apoio de vários criadores de Jaboticabal e também da região, que gentilmente doaram e encaminharam aves doentes ou que vieram a óbito com os sintomas da “doença do peito seco”. Só com estas colaborações foi possível estudar as alterações que a doença causa no animal vivo, testar técnicas de diagnósticos e estudar remédios para tratar os animais. Já nos animais mortos pode-se estudar as lesões e diagnosticar os agentes envolvidos e responsáveis pelas lesões.
Um total de 31 aves com sintomatologia de “peito seco” foram doadas para estudo. Nas necropsias verificou-se a causa da morte. Em alguns casos observou-se apenas uma doença, em outros casos diagnosticou-se duas ou mais doenças atuando concomitantemente.

DIAGNÓSTICO DA CAUSA MORTIS NÚMERO DE AVES ACOMETIDAS
PORCENTAGEM(%)
Megabactérias 7 22,6
Nematóides gástricos 3 9,7
Coccidiose 5 16,1
Megabactérias associadas a leveduras 1 3,2
Megabactérias associadas a coccidiose 1 3,2
Coccidiose associado a nematóides gástricos 2 6,4
Fungos 1 3,2
Outros (pneumonia, hepatite, etc.) 11 35,5
TOTAL 31 100

Tabela 1: Resultado das necropsias realizadas

As aves doadas para estudo num total de 13 mostravam várias patologias associadas ao sintoma do “peito seco”, como mostra a tabela 2.

DIAGNÓSTICO IN VIVO QUANTIDADE DE AVES ACOMETIDAS PORCENTAGEM (%)
Megabactérias 3 23,1
Coccidiose 3 23,1
Megabactérias associadas a coccidiose 5 38,5
Coccidiose associado a nematóides gástricos 1 15,4
TOTAL 13 100

Tabela 2: Achados diagnósticos das aves encaminhadas vivas com sintomas de “peito seco”

A partir dos dados apresentados acima é possível concluir que nem sempre o animal que apresenta um sintoma de “peito seco”, sofre de uma única patologia, sendo indispensável o diagnóstico correto para optar pelo tratamento mais adequado. Tanto nas aves vivas como nas mortas foi diagnosticado parasitismo por nematóides gástricos (Acuaria sp.) adultos (figura 1) e os respectivos ovos (figura 2), coccidiose (figura 3) e megabacteriose (figura 4). As vezes trata-se de diagnóstico isolado, as vezes são duas patologias simultâneas, que estão afetando a saúde do animal. NOVIDADES A RESPEITO DA SÍNDROME DO PEITO SECO
Profa. Dra Karin Werther
Departamento de Patologia Veterinária
Revista ACCJ 2001


É muito freqüente ouvir falar entre os criadores de canários, bicudos, curiós, periquitos australianos e gapornis do “Mal do Peito Seco” ou “Doença do Facão”. Os criadores observam que as aves apesar de se alimentarem bem, vão emagrecendo progressivamente. Ao pagar a ave observa-se um “peito seco”, com pouca usculatura e a quilha do esterno bem saliente. As fezes podem mudar de cor e de consistência. Dentro de pouco tempo o animal não fica mais no poleiro, se mantém “encorujado” no canto da gaiola e chega a morrer.
As causas do “peito seco” ainda estão sendo estudadas pois várias doenças apresentam uma sintomatologia semelhante, como por exemplo coccidiose, verminose, infecções ou megabactérias. O tratamento deverá ser específico e ser realizado somente após um diagnóstico correto.
Muitos criadores tem o hábito de usar vários medicamentos nacionais ou importados de forma indiscriminada sem conhecer a função do medicamento nem a doença existente no plantel. Este hábito além de mascarar a doença, pode induzir a resistência dos microorganismos a diversos medicamentos, que não serão mais eficientes, dificultando o trabalho do médico veterinário. Vários remédios são contra-indicados em algumas espécies de aves e devem sempre serem utilizados em dosagens adequadas. Uma dose superior poderá intoxicar o animal e até levar a morte. Por outro lado uma dose inferior a recomendada poderá não fazer efeito desejado, ou até piorar o quadro do animal.
No mercado atualmente existem alguns remédios que são vendidos com a finalidade de combater o “Mal do Peito Seco”, porém nem sempre funcionam, pois inicialmente precisa-se descobrir a etiologia que está afetando esta ave. Só deve utilizar medicamentos sob orientação de um médico veterinário especializado.
Há aproximadamente 12 anos a Profa Karin (docente do Departamento de Patologia Veterinária da UNESP) tem dedicado mais tempo ao estudo desta importante doença. Para poder realizar esta pesquisa tem contato com a indispensável ajuda e apoio de vários criadores de Jaboticabal e também da região, que gentilmente doaram e encaminharam aves doentes ou que vieram a óbito com os sintomas da “doença do peito seco”. Só com estas colaborações foi possível estudar as alterações que a doença causa no animal vivo, testar técnicas de diagnósticos e estudar remédios para tratar os animais. Já nos animais mortos pode-se estudar as lesões e diagnosticar os agentes envolvidos e responsáveis pelas lesões.
Um total de 31 aves com sintomatologia de “peito seco” foram doadas para estudo. Nas necropsias verificou-se a causa da morte. Em alguns casos observou-se apenas uma doença, em outros casos diagnosticou-se duas ou mais doenças atuando concomitantemente.

DIAGNÓSTICO DA CAUSA MORTIS NÚMERO DE AVES ACOMETIDAS PROCENTAGEM(%)
Megabactérias 7 22,6
Nematóides gástricos 3 9,7
Coccidiose 5 16,1
Megabactérias associadas a leveduras 1 3,2
Megabactérias associadas a coccidiose 1 3,2
Coccidiose associado a nematóides gástricos 2 6,4
Fungos 1 3,2
Outros (pneumonia, hepatite, etc.) 11 35,5
TOTAL 31 100

Tabela 1: Resultado das necropsias realizadas

As aves doadas para estudo num total de 13 mostravam várias patologias associadas ao sintoma do “peito seco”, como mostra a tabela 2.

DIAGNÓSTICO IN VIVO QUANTIDADE DE AVES ACOMETIDAS PORCENTAGEM (%)
Megabactérias 3 23,1
Coccidiose 3 23,1
Megabactérias associadas a coccidiose 5 38,5
Coccidiose associado a nematóides gástricos 1 15,4
TOTAL 13 100

Tabela 2: Achados diagnósticos das aves encaminhadas vivas com sintomas de “peito seco”

A partir dos dados apresentados acima é possível concluir que nem sempre o animal que apresenta um sintoma de “peito seco”, sofre de uma única patologia, sendo indispensável o diagnóstico correto para optar pelo tratamento mais adequado. Tanto nas aves vivas como nas mortas foi diagnosticado parasitismo por nematóides gástricos (Acuaria sp.) adultos (figura 1) e os respectivos ovos (figura 2), coccidiose (figura 3) e megabacteriose (figura 4). As vezes trata-se de diagnóstico isolado, as vezes são duas patologias simultâneas, que estão afetando a saúde do animal.

Figura 1: Visualização da moela de canário (aspecto macroscópico) contendo inúmeros exemplares de nematóides adultos (Acuaria sp.)
Figura 2: Fotomicrografia de ovos de nematóides (Acuaria sp.) observados no exame de fezes de canários. Microscópio.


Figura 3: Fotomicrografia de oocistos esporulados de coccídeos encontrados nas fezes e no raspado da mucosa intestinal.

Figura 4: Fotomicrografia de esfregaço de fezes contendo megabactérias (aspecto de bastonetes)
Para poder pesquisar diversas doenças, suas lesões e os tratamentos mais adequados e eficazes é indispensável ter o apoio dos criadores, que doam/disponibilizam animais doentes, tanto vivos como mortos.

*TRATAMENTO PREVENTIVO PARA PEITO SECO .

                               *Este tratamento funciona para todos os Pássaros


NEO SULMETINA SM - Para todos os tipos de BACTÉRIAS e PROTOZOÁRIOS use como preventivo do PEITO SECO . Já uso este produto a muitos anos e não falha.


 
Modo de Usar- Para cada 50 ml de água 10 gotas por  3 dias  DESCANSAR  2 dias ,repetir mais 3 dias, neste caso com o PEITO SECO .


PREVENTIVO - Usar Metade da dose ou seja para cada 50 ml de água 05 gotas de Neo Sulmetina a cada 06 meses , durante a postura não administrar.


IMPORTANTE - Trocar a água todo o dia.


NEO SULMETINA = NEOMICINA + SULFAQUINOXALINA.