29 de abr. de 2011

TAREFAS DOS CANARICULTORES AO LONGO DO ANO


Dezembro / Janeiro

Efetuam-se as últimas crias. O que não se conseguiu até este mês, não adianta continuar a tentar, pois as fêmeas estão praticamente esgotadas pelo calor, pelo cansaço e pelo esforço da criação. Convém ir se preparando para a próxima muda, administrando para as fêmeas alimentação rica em vitaminas, aveia, etc. Terá que cuidar que a água seja abundante e fresca e que os alimentos brandos não cheguem a fermentar pelo calor. Cuidado com as mudanças bruscas do clima de verão.

Janeiro / Fevereiro

Todos os utensílios que foram usados durante a época de cria, serão desinfetados corretamente e guardados para a próxima cria. Os exemplares deverão estar nas voadeiras ou gaiolões de emenda. Devemos observar o seu vigor e estado geral de saúde. A alimentação deve ser variada e rica em cálcio para que possam enfrentar o desgaste originado pela muda.

Fevereiro / Março

Os canários estão em plena muda, não deveremos perder de vista, sobretudo, os últimos filhotes que são os mais débeis, assim como também os exemplares adultos, tratando de ajudá-los no transtorno da troca de penas, preservando-os das correntes de ar e mantendo uma abundante e variada alimentação.

Março / Abril

Mês de pouca atividade. Os exemplares continuam nas voadeiras. Estarão em sua maioria com suas novas plumas, e com a muda terminando. Devemos começar a escolher os melhores filhotes.

Abril / Maio

Começa o frio e deveremos aumentar na comida a porcentagem de alguns grãos oleaginosos (níger, cânhamo, etc.). Se iniciará a seleção dos pássaros que poderão ser candidatos a Concursos, colocando-os em gaiolas individuais.

Maio / Junho

Chega o rigoroso inverno. A alimentação será mais forte, pois o organismo consome grande quantidade de calorias. Observaremos com mais detalhes os pássaros que selecionamos para exposição, mantendo-os em perfeita higiene.

Junho / Julho

Mês de exposição. O canaricultor obterá o fruto de tudo o que sonhou, não devendo deixar-se levar por algum desengano, pois, em canaricultura sempre haverá o que aprender, e a melhor forma de fazê-lo é corrigindo os fracassos ocorridos. E quanto ao cuidado com os exemplares, seguiremos com a indicação dos meses anteriores, boa alimentação e preservação contra os rigores do inverno

Julho / Agosto

Começaremos as tarefas da reprodução, serão selecionados, minuciosamente, os casais, observando que ambos os componentes se completem, de acordo com o que desejamos criar.

Agosto / Setembro

Se o tempo ajudar, teremos fêmeas chocando e para meados do mês, os primeiros filhotes, a quem dispensaremos cuidados especiais, alimentação fresca e variada, abundante e nutritiva. Se tratará no possível, de não molestá-los, apesar de vigiar se constantemente, em momentos oportunos, se os pais tratam dos filhotes.

Setembro / Outubro

A criação estará em pleno apogeu, e teremos filhotes emplumados e outros a sair dos ninhos, deveremos estar atentos ao comportamento dos pais, pois alguns machos mais fogosos molestam as fêmeas. Se isso ocorrer, deveremos então separá-los . Por outro lado, pode ocorrer que fêmeas arranquem penas dos filhotes, no seu afã de fazer novo ninho. Deveremos então separar os filhotes com uma grade, possibilitando a fêmea a continuar tratando dos filhotes, até que possam comer sozinhos.

Outubro / Novembro

Neste mês, tendo em conta as indicações feitas para outubro, e quando a criação segue em pleno apogeu, se cuidará que as águas sejam frescas e que os alimentos não cheguem a fermentar, principalmente os brancos (pão com leite, etc.). Não devemos nos descuidar do fator higiene que é de suma importância a esta altura do ano, pois poderão aparecer piolhos e outros parasitos. Teremos que nos assegurar, também, que a noite os mosquitos não molestem os canários, pois estes visitantes noturnos trazem grandes transtornos.

Novembro / Dezembro

Estaremos na terceira postura ou ninhada, alguns na quarta. Observaremos, como nos meses anteriores o estado dos alimentos e dos bebedouros. Todos os pássaros devem estar protegidos do rigor do calor. Estaremos com os filhotes da primeira e segunda ninhadas nas voadeiras. Poremos atenção especial na prevenção contra piolhos para que não ataquem as fêmeas, que deverão estar extenuadas pelo esforço realizado.

De um modo sintetizado, analisamos as tarefas mais elementares de acordo com o mês calendário, os pormenores sobre acasalamentos, alimentação, preparação para exposições etc. etc. Boa sorte!!!



Obs.: Artigo retirado da internet.

27 de abr. de 2011

DOENÇAS

DOENÇAS

Em caso de doença, não deixe nunca de consultar um médico veterinário. Só ele poderá efectuar um diagnóstico correcto e prescrever o tratamento mais adequado. Ainda que tenha um diagnóstico correcto das doenças das suas aves, lembre-se que as bactérias desenvolvem resistências e como tal só as conseguirá combater com uma análise de sensibilidade solicitada pelo seu médico veterinário.

Toda a informação constante neste capítulo, foi efectuada com base em pesquisas, pelo que qualquer incorrecção detectada deverá ser comunicada para se proceder á sua correcção.

Além do quadro resumo abaixo apresentado, deverá consultar a páginas aqui mencionadas, onde encontrará uma informação mais pormenorizada sobre as diversas doenças.

Sempre que forneça antibióticos ás suas aves, deve fornecer conjuntamente Vitaminas, Aminoácidos e Próbioticos reconstituinte da flora intestinal da sua ave.
Nos casos em que os antibióticos tenham tetraciclinas, deve retirar o GRIT das gaiolas, dado que os sais de cálcio desactivam o antibiótico.

Leia atentamente as contra-indicações pois existem antibióticos que nunca se podem misturar e procure sempre aconselhar-se com um médico veterinário.

Lembre-se que a melhor medida de controlo e prevenção de doenças é a limpeza e desinfecção das gaiolas (evitando a propagação de doença), assim como a criação de uma quarentena, separada fisicamente do local onde tem o seu plantel de aves (evitando o contágio do seu plantel por aves que provavelmente possam estar infectadas).


1 . Doenças Infecciosas

1.1 BACTERIANAS (bactérias)
Enterites bacterianas: (E.coli, Salmonella, Shigella) provocam alteração do estado geral das aves, fezes pouco consistentes, hemorrágicas, escurecidas, ou muito claras, além de alta mortalidade de filhotes na primeira semana de vida. Os agentes podem ser primários ou manifestarem-se secundariamente a outras afecções, sendo o diagnóstico laboratorial (exame de fezes) e o tratamento altamente específico (grande resistência a antibióticos).
- CÓLERA OU PASTEURELOSIS
- CORIZA
- MICOPLASMOSIS
- ORNITOSIS
- COLIBACILOSE

1.2 VIRÓTICAS
Enterites Virais: acontecem mais raramente nas criações, mas podem se tornar altamente letais quando entram em secundariamente a outras afecções que podem fragilizar o sistema imune da ave (Newcastle, Varíola, etc). Os sistemas podem ser os mais variados e o melhor remédio é a prevenção com uma boa nutrição e uma desinfecção correcta.
- NEW CASTLE OU PARAMIXOVIRUS
- ADENOVIRUS
- DIFTERO VIRUELA
- HERPER / SARNA
- TUBERCULOSE

1.3 MICÓTICAS (fungos)
Enterites Tóxicas: provocada por alimentos contaminados por toxinas (fungos, bolores e agro tóxicos). Provocam mortalidade em massa e mesmo após identificação e eliminação do problema, os sintomas persistem por algum tempo. Cuidado na compra de sementes e também no seu armazenamento!
- ASPERGILOSIS
- MUGUET OU CANDIDIASIS
- PROVENTRICULE

2. Doenças Parasitárias

Enterites por protozoários: são as famosas coccídioses que atormentam criadores, principalmente de pintassilgos. As aves desenvolvem uma diarreia que pode ser mucosa, catarral ou hemorrágica, dependendo do agente, seguida de perda de apetite, anemia profunda e morte. São de difícil tratamento sendo necessário, as vezes associação de medicamentos.

2.1 Parasitas Internos
- Coccidiosis
- Ascaradiosis— Ascaradiose
- Capilariosis  (Capilariose e Heteraquiose)
- Teniasis

2.2 PROTOZOÁRIOS
- Plasmodiosis ou Malária
- Haemoproteosis
- Trichomoniasis

2.3 PARASITAS EXTERNOS
- Piolhos
- Ácaros
- Ácaros das penas
- Ácaros vermelhos

3. Doenças Diversas
- Raquitismo
- Conjuntivite
- Ácaro da Traqueia
- Asma
- Almofada nos pés
- Crescimento Retardado
- Doença Óssea Metabólica
- Descoloração das Penas
- Síndrome da Desnutrição Crónica
- Hipo vitaminose A
- Obesidade
- Fígado Gordo
- Aterosclerose
- Deficiência de vitamina K
- Imunodeficiência
- Alimentos Tóxicos
- Medicamentos
- Vírus Polioma (APV)
- Doença de Pacheco (PVD)
- Bico Psitaciforme e Doença de Pelagem (PBFD - Psittacine Beak and Feather Disease)
- Suor das Fêmeas

Ácaros de Traquéia;
Agente causador: Sternostoma sp.

Sintomas:
. Chiado, tosse, rouquidão, abrindo e fechando o bico...
· Foram encontrados ácaros de traquéia em aves necropsiadas e que morreram com sintomas respiratórios de dispnéia inspiratória (inspiração difícil).
· Apenas indico que cuidem para que eles não entrem nas criações, pois o trabalho que oferecem para seu controle é muito desgastante.


Tratamentos:

Allax (p/cada 100ml à 2mg de ivermectina) – Tratamento de ácaro de traquéia.

Informações: O ácaro penetra nas vias respiratórias do canário. Resulta em crise asmática.

Sintomas: (chiado, tosse, rouquidão, abrindo e fechando o bico...). Periodicamente o canário faz atos com o bico como se fossem espirros, tosse, mas na verdade é uma crise asmática; Ele pode ficar rouco, sem voz (canto sem som), abrindo e fechando o bico constantemente, se cansando facilmente ou, em alguns casos, somente fazendo chiados (semelhante a gemidos) principalmente aos fins de tarde e, em certos casos, até durante às noites. Se você pegá-lo na mão e sentir uma respiração muito ofegante (além do normal) ou abrindo e fechando o bico, muito provavelmente, ele está com ácaro de traquéia.

Conseqüências: O “piado” do pássaro além de ficar rouco, sem voz, ele pode parar de cantar gradativamente caso não se faça o tratamento e a reprodução pode ser comprometida em 50%.

Preventivo: O ácaro se aloja na ração, farinhada ou fundo da gaiola dos canários, por isso deixar tudo sempre muito limpo. O melhor preventivo é a higiene.

Tratamento: 1 gota no bico e 2 a 3 gotas na nuca do pássaro, POR DIA (durante 3dias consecutivos).

Repetir a dose após 10 dias – É necessário se afastar algumas penas com a mão antes de se aplicar, pois deve-se visar a pele do pássaro.

**IMPORTANTE**:
Caso não surja efeito, a doença pode já está num estágio mais avançado (neste caso sugiro o uso do ivomec – mas usar exatamente conforme as indicações abaixo, pois o mesmo é um remédio muito forte), ou então, a doença não é ácaro de traquéia, mas sim, DRC (difícil pré-diferenciá-las, já que as duas causam os mesmos sintomas).

Sugestão neste caso: variar medicamento (ver outros mais abaixo específicos para Doença Crônica Respiratória - DRC!!!).

CUIDADO: ÁCARO É CONTAGIOSO p/os outros canários!! Observe o resto do plantel, e se necessário, faça o mesmo tratamento em todos. Mesmo como preventivo é importante. Dá trabalho, mas resolve.

**IMPORTANTE**:
Deve-se isolar o canário doente e (se possível) desinfetar a gaiola todos os dias com KILOL-L ou solução Biocid ou Lavifen ou HERBALVET T. (pode ser tbm criolina, cloro ou água sanitária) na proporção 2mL por litro de água.

Ivomec (p/cada 100ml à 1g de ivermectina). É a mesma substância do Allax, no entanto, em maior quantidade, e deve-se ter bastante cautela qto a isso, na hora de usá-lo.

É vendido em solução (ampolas = injetável ou fraco plástico --> líquido azul = pour-on) nas lojas (pet shops) – Quando a doença é descoberta no início, sugiro que o Allax é mais confiável, pois vem na dose controlada = menos risco p/ o canário, no entanto, se a doença já estiver num estado mais avançado, só o ivomec irá resolver;

Modos de uso de alguns criadores:

Para Ivomec ingetável (este eh bem barato =R$1 a R$2 a ampola):

Dica: assim que vc quebrar a ampola e puxar o medicamento para uma pequena seringa com agulha, conserve-o na própria seringa (sempre a tampando após o uso) até que se termine o medicamento ou encerre sua validade;

Criador 1) Comprar uma seringa de 1 mL e pingar (com a agulha) 1 gota (minúscula) no bico durante 3 dias (logo em seguida fazer com que o canário beba um pouco de água – ligar a torneira e por o bico dele la rapidamente – para diluir o medicamento).

Criador 2) Com esta mesma seringa e agulha, aplicar uma gota minúscula em cada narina e arrancar uma ou duas penas da parte mais alta da coxa e aplicar uma gota neste local tbm.

Criador 3) Duas gotas sobre a coxa do canário (uma gota em cada coxa de preferência), depois de arrancar uma ou duas penas, pois deve-se visar a pele.

Criador 4) 2 GOTAS NA NUCA DOS CANARIOS.


Para o ivomec pour-on ="puron":

criador 1) Aplicar uma gota na coxa do canário;
criador 2) duas gotas sobre a coxa do canário (uma em cada coxa), depois de arrancar algumas penas.

**Para o ivomec injetável. Eu, Marcelo, utilizo da seguinte forma:

2 gotículas (com a seringa) na nuca e 1 gotícula no bico do canário.

Eu, ainda não ministrei o ivomec pour-on.



Em todas os modos de usar, repetir a dosagem com 15dias, que é o tempo de curar a ave, geralmente uma dose já é suficiente.

CUIDADO:
O Ivomec é muito forte (medicamento elaborado para bois). Para principiantes é fundamental fazer apenas o uso do Allax (pois já vem na dose certa), menos risco para o canário. Caso não souber usar o Ivomec na medida certa, pode levar a morte do pássaro. Mas se utiliza-lo com cautela recomendo o ivomec sem sombra de dúvidas!!!

Se a dose for maior, pode ocasionar tontura e dilatamento da pupila do canário. A primeira vez que apliquei o ivomec errei a dose e passei uma noite em claro julgando ter cegado meus canários, mas foi só um susto que me ensinou a não brincar com o ivomec, de eficiente pode se transformar em resultado desastroso.

“Depoimentos de criadores”

Criador1 -“comigo confesso que o Allax não serviu, sempre usei o ivomec injetável e pela comodidade experimentei o ivomec puron também com bons resultados, mas com toda a dificuldade ainda prefiro o injetável, por costume”.

Criador2- “EM MEU CRIADOURO JÁ TIVE CANÁRIOS COM ÁCAROS, TRATEI COM O ALLAX E HÁ VÁRIOS MESES NÃO TENHO MAIS NENHUM CASO NOVO OU REPETIDO”.

Criador3: “depois de meses tratando o meu canário com ALAX e sem melhoras, a não ser por curtos períodos (já tinha desistido do coitado, pois ele ficou parecendo uma bola triste, perdeu muito peso e só restava pra mim esperar sua morte), Mas vi um comentário aqui a respeito do IVOMEC, e resolvi tentar pois ver o meu canário morrer aos poucos era muito triste, pensei: Pode ser que ele vá morrer, mais isso ele já está bem perto. Resumindo: administrei o Ivomec e não é que o danadinho se deu bém, faz 34 dias após o uso do IVOMEC e até agora só estou percebendo melhoras, ele já está cantando. É isso ai! Aconselho o IVOMEC mesmo com risco de matar o canário, pois prefiro uma dose única com resultados de que um paliativo que com o tempo só deixava a doença mais forte. OBG e fiquem com DEUS”.

Criador4: Já ouvi falar que doses altas ou freqüentes de Ivomec pode levar a problemas de infertilidade, especialmente nos machos. O que acham disso? Será que vale apenas o risco?; Resposta do

Craidor5: “EU USO A MUITOS ANOS EU APLICO 2 GOTAS NA NUCA DOS CANARIOS, E JA CHEGUEI A PINGAR IVOMEC NAS NARINAS DO CANARIO E NUNCA TIVE PROBLEMA PRINCIPALMENTE EM REPRODUÇÃO...MES PASSADO (ABRIL) JA VACINEI TODOS COM IVOMEC NA NUCA E OLHA QUE OS CANARIOS QUE CRIO SÃO BEM ENJOADOS ( PARISIENSE, LANCASHIRE E GLOSTER)...”

Criador6: “No mes de abril aplico o Ivomec em todo o plantel, repetindo a dose depois de 15 dias. Nunca observei nenhum efeito colateral. Quanto à a aplicação na narina, já tive alguns problemas e somente utilizo em casos extremos.”

Tylotrat SM ou Tylan (tilosina)Tratamento da DRC.

Como preventivo - 20 gotas para bebedouro de 50 mL ou melhor: 10 gotas em metade 25mL (de água) deste mesmo bebedouro (substituir a água todos os dias). DURANTE 6 DIAS.

Sintomas: chiado, rouquidão, artrite, bico aberto constantemente, canário caindo do poleiro à toa, inchado demais ou ficando parado demais no chão da gaiola (canário embolado), movimentos respiratórios associados ao movimento da cauda em pêndulo... = DCR - Doença Crônica Respiratória.

OBS: alguns desses sintomas são os mesmos que ácaro de traquéia, então, geralmente qdo trato o canário com Allax ou Ivomec e não se resolve o problema, daí faço o tratamento com Tylotrat SM, ou vice e visa.

Como curativo: 20 gotas para bebedouro de 50 mL ou melhor: 10 gotas em metade 25mL (de água) deste mesmo bebedouro DURANTE 14 DIAS seguidos. Repetir a dose 30 dias depois. OBS: Intercalar com 7dias de vitamina.

Nalyt 100 Plus tratamento da DRC.
Posologia: 20 g por kilo de alimento ou litro de água, ou melhor: 1 gr em 50 g de farinhada ou ainda 1 g em 50 ml de água. Compensa se comprar 10g e misturar em 500g de farinhada.

Tratamento (curativo): Usar num período de 7 dias consecutivos, dar 5 dias de descanso e repetir por mais 7 dias (ou seja: tratar durante 14 dias com um intervalo intermediário de 5 dias).

Preventivo: deve ser fornecida por 7 dias 4 vezes ao ano.

OBS: A mistura do Nalyt com o Allax faz com que o Nalyt perca suas propriedades. O Nalyt deve ser dado isoladamente como única fonte de bebida (ou na farinhada).

ACARICIDA FULL (vacina à ácaros e DRC)

A fim de se prevenir quanto o ácaros ou a DRC, PRIMEIRO "VACINO" TODO O PLANTEL COM "ACARICIDA FULL

APLICA-SE UMA GOTA NA NUCA DE TODOS OS PASSAROS.
APOS 15 DIAS, MAIS 1 GOTA NA NUCA.

O EFEITO DESSE PRODUTO PERDURA DURANTE 1 ANO.
** Após ter dado a vacina (acaricida full) se ainda surgir os sintomas (chiado, tosse, rouquidão etc), a solução é partir para o tratamento com a ivermectina (Allax ou Ivomec) e a tilosina (tylan ou tylotrat)

AVEMIL SOLÚVEL

Fórmula:
CADA 100 mL CONTÉM:
-Sulfametazina - 4.000mg
-Trimetoprim - 800mg
- Azul de Metileno - 10mg
-Veículo q.s. p. - 100mL

Indicações:
Indicado no tratamento da Coccidiose (peito seco) ou diarréia hemorrágica das aves Eimeria sp e da Cólera Aviária Pasteurella multocida. Auxiliar no tratamento de outras moléstias que acometem o trato digestivo e/ou respiratório como: Coriza infecciosa e contaminações secundárias Haemophilus sp, Staphylococcus sp. Peste aviária, Colibacilose Escherichia coli, Pasteurelose Pasteurella sp.

Dosagem:
Para pássaros em geral: adicionar 20 gotas de Avemil solúvel na água dos bebedouros de 50 mL durante 5 a 7 dias consecutivos.

Classe Terapêutica:
ANTIMICROBIANOS GERAIS; ANTIFÚNGICOS E ANTIPROTOZOÁRIOS (COCCIDIOS, FLAGELADOS)

Princípio(s) Ativo(s):
SULFAMETAZINA
TRIMETOPRIMA

PS: Qdo o canário está "jururu" ou embolado costumo aplicar 1 a 2 gotas de avemil no bico por 2 a 3 dias consecutivos e tem resolvido na grande maioria dos casos, qdo não resolve ou faço o tralamento com a tilosina;


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GARAZONE (colírio)
Modo de usar: uma gota em cada narina por 3 dias (dica de um velho criador de canários com mais de 200 canários no plantel), com ótimos resultados;
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Decadron – solução nasal (vende em farmácias humanas)

Nos canários que estiverem embolados por algum problema respiratório e que provavelmente não se resolverem com o Ivomec, aplique o decadron - solução nasal - nas NARINAS do canario, apenas 1 gotinha.
OBS: Não pode ser no bico, tem que ser nas narinas.
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Gosmil

- Fórmula:
Ácido benzóico ...................................................................... 1,00 g
Benzoato de sódio ................................................................. 2,00 g
Tintura de Cephaellis ipecacuanha ...................................... 67,00 mL
Tintura de capilaria ............................................................ 30,00 mL

Indicações:
Antisséptico, antitussígeno e expectorante no tratamento para pássaros e aves.
Especificamente, para o tratamento do gogo.

Posologia:
Adicionar 12 gotas de GOSMIL para cada 15 mL de água existente no bebedouro. Trocar a água diariamente, repetindo-se a dose de GOSMIL durante 10 dias.
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Avitrin antibiótico (Oxitetraciclina)

Posologia: administrado na água na proporção de 20 gotas a cada 50 mL (melhor: 10 gotas em metade deste bebedouro = 25mL) ou 2 a 3 gotas diretamente no bico, de 12 em 12 horas, neste caso, se o canários já estiver impossibilitado de beber água no bebedouro. Durante 7 dias.
OBS: Este também serve p/ DIARRÉIA. (ver Bula);
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MUITO IMPORTANTE:
Tudo que for mostrado nesse artigo: medicamentos (curativos e preventivos), métodos de higiene, etc, foram colhidos de informações de vários criadores, É ÓBVIO QUE NÃO SE DEVE UTILIZAR TODA A LISTA PARA SOLUCIONAR AS PROVÁVEIS CARENCIAS DOS CANÁRIOS (eu mesmo não utilizei nem 1/3 destes, até pq não é necessário). O IDEAL É QUE ESCOLHAMOS UM DELES E OBSERVEMOS O RESULTADO. CASO O RESULTADO NÃO SEJA SATISFÁTÓRIO, AÍ SIM, CONVÉM OPTARMOS PELA UTILIZAÇÃO DE UM OUTRO PRODUTO QUE SEGUE.

NUNCA ESQUEÇAMOS DE QUE: “SE A FALTA É RUIM, O EXCESSO PODE SER PIOR”.
PREVENTIVOS:

Mais comuns (encontrado em drogarias):

Xarope infantil de iodato de potássio.
Coloque 5gotas p/ 25mL de água (utilize bebedouro 50mL com água até metade). Substituir a água medicada diariamente. Tratar por uma semana consecutiva/uma vez por mês, ou seja, usar por 7 dias seguidos em cada mês.

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Mel de abelha (combate também a rouquidão)
MEL E PRÓPOLIS SÃO DOIS PRODUTOS NATURAIS QUE SÓ BENEFÍCIOS TRAZEM. É SÓ NÃO EXAGERAR E LAVAR BEM QUANDO TROCAR A ÁGUA COM MEL OU PRÓPOLIS, POR EXEMPLO.

Mel não é solúvel facilmente em água, só se mistura após aquecimento...
“Tem 3 anos que forneço mel para meus canários, sempre tive que aquecer a água junto com o mel para dissolvê-lo e depois umedecer a farinhada”.

Faço a diluição com 1 colher de mel para 3 de água e umedeço (com essa mistura) a farinhada todos os dias na época de reprodução, fora da reprodução 2ª, 4ª e 6ª feiras. Ou então, pode-se pingar algumas gotas de mel (+/- 5gotas p/25mL??) no bebedouro e diluir com água;

“ Mel de abelhas é um antibiótico natural: serve para limpar as vias respiratórias dos canários, inclusive ajuda a combater a rouquidão. Dentro de duas semanas de tratamento os canários roucos já estarão completamente curados e cantando firmes”.

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Extrato de própolis comercial (farmácias)
Adiciono 30 gotas por litro na água de beber (ou 1 a 2gotas p/25mL de água). Substituir a água medicada todos os dias. Tratar por 7 dias seguidos em cada mês.

Por ser um produto natural não leva a resistência dos microorganismos e não é prejudicial a saúde dos canários. Alem disso atua na flora intestinal reduzindo as populações de microorganismos patogênicos, favorecendo o desenvolvimento dos benéficos, e aumentando a eficiência alimentar.


“As propriedades terapêuticas da propelis foram descobertas em tempos remotos e foram os egípcios quem utilizaram esta substancia para os cuidados do aparelho respiratório, para os estados gripais, para as infecções da pele, para a cicatrização das feridas, e para outras afecções de natureza variada”.
Composição química da propelis
• 50% resinas e bálsamos: ácidos urânicos, ácidos aromáticos, etc.
• 30% gorduras e vitaminas: ácidos graxos, óleos essenciais, vitaminas do grupo B, vitamina C, vitamina E;
• 10 de Polifenóis: Flavonóides (Galangina);
• 5% Pólen;
• 5% Sais minerais: cálcio cobre, ferro, bário, crômio, etc.
“Parece que são os ácidos orgânicos e os polifenóis, contidos na propelis, que
desenvolvem, principalmente, uma dupla ação antibacteriana — bacteriostática e
bactericida - significando que, respectivamente, tanto impede a multiplicação das bactérias como as mata.
A propelis, além da propriedade antibacteriana, tem uma outra propriedade
que para nos criadores é de extrema importância. É um antimicotico. Age,
sobretudo, contra a Cândida e Microsporo, graças à presença dos polifenóis que bloqueiam o crescimento dos fungos. E são as próprias abelhas que,
segundo um instinto natural, reconhecem na propelis esta função e a utilizam para
revestir as paredes onde a abelha-rainha põe os seus ovos, como defesa dos ataques de fungos e bactérias. Desenvolve uma ação imuno-estimulante. Esta ação faz crescer a resistência do organismo graças ao efeito dos flavonóides (galangina) e da vitamina C que estimulam a síntese dos anticorpos e potencializam o sistema imunológico contra os agentes patogênicos. Segundo as afirmações de renomados fitoterapeutas, a propelis não tem efeitos colaterais e pode ser utilizada também por longos períodos e em doses mais elevadas.
A propelis usadas nas nossas criações Devido às suas múltiplas ações e por
ser um antibiótico natural de amplo espectro, a propelis pode ser usada na
ornitologia, sobretudo, para a prevenção daquelas formas bacterianas intestinais que no período de incubação prejudicam os filhote até o nascimento. Pode ser usada, também, nas doenças das vias respiratórias, nas dermatites das patas que freqüentemente provocam inflamação e rubor devidos, principalmente, aos erros alimentares, picada de insetos e falta de higiene.
A propelis pode ser utilizada, também, junto com outros antibióticos sintéticos.
Para os amigos criadores que, segundo uma convicção própria, não pretendem
renunciar aos antibióticos tradicionais, mencionamos, em resumo, tudo quanto
tem sido relatado pêlos estudiosos qualificados no campo da fitoterapia, isto
é; a ingestão da propelis pode ser feita também simultaneamente ao antibiótico
alopático. Terminada a utilização deste, é conveniente prosseguir 10 dias com a
propelis. Esta precaução tem o objetivo de minimizar a queda das defesas imunológicas provocadas pelo antibiótico sintético, redução esta que origina a
reincidência da doença”.

CONCLUSÃO: OS ÁCAROS INICIAM A INVASÃO E "ABREM PORTAS" PARA OUTROS TIPOS DE INVASORES OPORTUNISTAS QUE SÃO MUITAS VEZES DE DIFÍCIL EXTERMINAÇÃO. ISSO EXPLICA PORQUE O ALLAX OU IVOMEC AS VEZES APARENTEMENTE NÃO FUNCIONAM. ELES ATACAM OS ÁCAROS, MAS EXISTEM OUTROS QUE ESSES PRODUTOS NÃO CHEGAM NEM A MOLESTAR.

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Água de coco diluída em água mineral - Para HIDRATAÇÃO das aves.
P/se prevenir a rouquidão deve-se hidratar a ave em momentos de sobrecarga de canto.
· O canário hidratado revigora-se após as fases de debilidade, doença, susto ou choque térmico; consegue restabelecer as defesas orgânicas durante períodos de mudanças bruscas de temperatura, doenças gastro-intestinais, durante e após o tratamento de doenças infecciosas e após uso de antibióticos.
São indicados para campeonatos, antes e depois dos torneios, evitando o stress e melhorando sensivelmente a capacidade de canto.
Posologia: em bebedouros na proporção de 1:2 (1 de água de coco para 2 de água potável filtrada)
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Menos comuns (encontrado em lojas de passaros):

ROVITAL-C (vitamina) - encontrado na Amgercal -
Modo de usar - dose: 5g em 1 litro de água (1g/200mL ou 0,25g/50mL de água). Durante 5-7 dias. Manutenção: 1 a 2 vezes por semana durante todo ano. Muda de pena ou muda anormal: 2 a 3 vezes por semana durante 40 a 60 dias. Períodos de stress: 3 dias seguidos.

Prevent - (Amgercal- SP)
Prevent controla Salmonella e Colibacilose, sendo usado de forma contínua nas farinhadas e nas sementes (dose de 5 gramas em 1 kilo de alimento).
Modo de usar - 5g em 1 kilo de alimento (ração ou farinhada – obs: no entanto, se utilizarmos a farinatta da Amgercal, esta dispensa o uso do prevent, já que nela já vem contido os constituintes do mesmo. – Neste caso, usar apenas na ração de sementes diária). Uso contínuo em todas as fases da criação.

Propianato de Cálcio e ADSORVENTE DE MICOTOXINAS (LAYINEX)
(dois FUNGICIDAS p/se adicionar às sementes) – Encontram-se estas no site: http://www.qflautas.com.br/

Hidraforte – (Amgercal/ProAve) – Para HIDRATAÇÃO das aves.
São indicados para campeonatos, antes e depois dos torneios, evitando o stress e melhorando sensivelmente a capacidade de canto.
· O canário hidratado revigora-se após as fases de debilidade, doença, susto ou choque térmico; consegue restabelecer as defesas orgânicas durante períodos de mudanças bruscas de temperatura, doenças gastro-intestinais, durante e após o tratamento de doenças infecciosas e após uso de antibióticos. Use o soro antistress e soro de torneio Hidrafort na dose de 1 grama em 50ml de água até 10.

Aflatox – contra ácaros e fungos.
Usar nas sementes desde o ato da compra e armazenamento.
Aluminosilicatos adsorvem micotoxinas das sementes e devem ser aplicados nos alimentos para estoque dos mesmos.

Ivomec® : Mocinho? Vilăo? Ou outra vítima de
mau uso???




Rodrigo Silva Miguel
É médico veterinário e Criador de aves ornamentais - CCCC - 293


I- Introduçăo
0 uso do Ivomec na criaçăo de aves ornamentais começou como o de vários outros medicamentos, como antibióticos, antiinflamatórios, etc.: com adaptaçőes de fármacos produzidos para mamíferos como căes, bovinos e  até mesmo humanos, ou da avicultura de produçăo, onde considerando-se os pesos das aves, as doses săo  altíssimas.
A rigor esta atitude năo é condenável pelo fato de que naquela época e até mesmo hoje haver uma caręncia de medicamentos específicos para passeriformes. Essa prática pode e até deve continuar por facilitar o tratamento de nossas aves, porém, se algumas observaçőes básicas năo forem feitas, isso pode levar ao fracasso, o melhor  plantel do mundo.
A ivermectina (Ivomec está no mercado desde 1981 e até hoje é um dos antiparasitários de maior sucesso no tratamento de endoparasitas (nematóides), ectoparasitas (ácaros e piolhos sugadores). Isto se deve por sua açăo particular no sistema nervoso (GABA) dos parasitas, o que dificulta o aparecimento de resistęncias.
Por essa capacidade de açăo no sistema nervoso, começou-se a estudar uma possível açăo, do fármaco no sistema nervoso dos hospedeiros (aves, bovinos, căes, etc.). detectando-se alguns efeitos colaterais em algumas  raças de căes e também em animais que receberam superdosagem. Esses efeitos colaterais variam de incordenaçăo motora e tremores transitórios, perda de fertilidade por algum tempo em mamíferos até mortes em  alguns casos.
Devido ŕ caręncia de estudos a respeito do uso e efeitos colaterais de ivermectina em aves, decidimos desenvolver um trabalho específico, em conjunto com o departamento de Farmacologia, Toxicologia e Patologia da USP, patrocinado pelo CNPq. Este trabalho ainda está em andamento sob os estudos da Dra. Camila G. Pontes (formanda da USP), e a cada nova fase, mais subsídios săo somados aos resultados demonstrados a seguir:

II - Objetivos
A intençăo de se tratar a açăo e os possíveis efeitos colaterais da ivermectina em aves teve como principais objetivos confirmar a eficácia da dose recomendada no tratamento de endo e ectoparasitas, determinar os efeitos  na reproduçăo (número de ovos, ovos brancos, morte embrionária e viabilidade de filhotes), além de fixar o que seria uma superdosagem prejudicial ŕs aves.
Foram usados 36 casais de manons (Munia demonstica) em gaiolas separadas onde observou-se por 2 ninhadas os parâmetros reprodutivos acima indicados. Os dados foram anotados e logo após essas duas ninhadas. Os casais foram divididos em quatro grupos para a administraçăo da droga.

Grupo 1 - Controle injetado apenas propilenoglicol*(diluente)
Grupo 2 - Machos tratados com Ivomec
Grupo 3 - Fęmeas tratadas com Ivomec
Grupo 4 - Casal tratado com Ivomec

A aplicaçăo foi feita na dose de 0,01 ml por kg de peso vivo (dose recomendada na literatura) por via intramuscular peitoral. Para conseguir um volume significativo para a aplicaçăo houve necessidade de diluiçăo do Ivomec em propilenoglicol. Observou-se a reproduçăo e na análise das ninhadas houve um aumento na produtividade (número de ovos e de filhotes) explicado pela desparasitaçăo das aves.
A partir desta constataçăo começamos a aumentar as doses na ordem de 10 vezes para cada ninhada onde começaram a aparecer alteraçőes reprodutivas como queda do número de ovos e/ou queda de fertilidade (ovos  brancos).
Hoje o experimento continua e já está em uma dose bastante elevada sem apresentar sinais clínicos de efeitos nas aves, a năo ser diminuiçăo da reproduçăo.

III - Conclusőes
1 - Confirmou-se a eficácia do Ivomec no tratamento de endo e ectoparasitas das aves ornamentais.
2 - Confirmou-se a dose recomendada e a ausęncia de efeitos colaterais tanto nas aves quanto na sua reproduçăo nessas condiçőes.
3 - Confirmou-se o efeito prejudicial se usado em dose errada ou de forma continua.
4 - Em dosagens muito elevadas pode provocar convulsőes, tremores, cegueira e até morte.
5 - É o medicamento de maior eficácia para o tratamento de ácaro de traquéia e com os resultados rápidos 6 - Pela dificuldade de diluiçăo a campo, foram feitas algumas adaptaçőes como colocar uma gota de seringa de insulina na musculatura do peito, ou usar a formulaçăo Pour-on (azul) pingando no bico ou na nuca da ave.
7 - Seguindo essas formas de administraçăo, năo se consegue atingir doses prejudiciais podendo ser usado com segurança tanto para a ave quanto para a sua reproduçăo.
8 - O único cuidado deve ser com a época e a freqüęncia de administraçăo do Ivomec, que deve ser determinada pelo veterinário responsável pelo plantel de acordo com a espécie, época de reproduçăo e grau de parasitismo.

IV - Consideraçőes Finais
Esses dados foram extraídos de trabalho científico realizado por nós dentro da faculdade de Medicina Veterinária da USP e confirmados na prática em nossa criaçăo situada no município de Batatais, Săo Paulo, onde tratamos diferenciadamente 3000 matrizes de 28 espécies de aves. 

OBS: TUDO PESQUISADO PELA INTERNET.