29 de ago. de 2011

Pulmosan ou parasita da beaphar/ bogena?


Muitos perguntam qual utilizar?
O producto é exactamente igual, o ingrediente activo é a invermictina a 0,12%.
A diferença é que o parasita contem relativamente para o pulomosan, é o volume do frasco (parasita 50ml, pulmosan10 ml) o parasita é mais barato e no folheto não fala em canarios, mas sim em pombos. De resto é igual, aplica-se 1 gota por canário.
Ora este produto, elimina os ácaros da traqueia e combate os ácaros pulmonares e da pleura em canários, aves tropicais (diamantes) e passaros de gaiola. Inclui activo contra a sarna nos papagaios.

Deve aplicar-se quando as aves manifestam um ou mais dos seguintes sintomas:
- Baixa de forma; perda de canto.
- Plumas emboladas.
- Dificuldades respiratórias com muitos rúidos.
- Intenção de vómitos com movimentos caracteristicos na cabeça.


A aplicação do produto é fácil, uma vez que traz conta-gotas.
( Se comprar o parasita, aconselho a arranjar um conta-gotas mais pequeno, visto que como é uma embalagem destinada a pombos, o conta-gotas é maior, perdendo por vezes gotas desnecessáriamente).


Dosagem: 1 gota por canário.
- Ao detectar àcaros ou piolhos pulmonares deve tratar todas as aves do canaril.
- Aplicar a gota na parte da pele onde não haja penas, na àrea dos ombros.
- Para prevenção de reinfecção, repetir o tratamento passadas 4 semanas.
- Tratar as aves preferencialmente 1-2 meses antes da temporada de criação.


Não abusar da aplicação, pois como a ivermictina entra na corrente sanguinea, percorre toda a ave, limpando-a de acaros e piolhos, consentrando-se no figado. Eu aplico no inicio do verão e em novembro, antes das criações.

Existem outros produtos no mercado, como são os casos do acariasma(pó), o alax ou o ivomec entre outros. Depende da preferência de cada um, eu pessoalmente tenho-me dado bem com estes da beaphar.

Aproveito para deixar um video da aplicação, que encontrei no youtube. Não sei quem é o autor, mas está tudo bem explicado.
 

hoso japones


Esta raça tem 7 rubricas no julgamento do seu standard, que são:
1 – FORMA – 25 PONTOS
Corpo: fino, de forma cilíndrica.
Não são admitidos frisados.
2 – POSIÇÃO E ACÇÃO – 20 PONTOS
Em forma de meia-lua.
Patas ligeiramente flectidas. Coxas visíveis.
Em movimento.
 3 – TAMANHO – 20 PONTOS
Máximo de 11,5cm.
4 – OMBROS E DORSO – 15 PONTOS
Ombros altos, estreitos e bem arredondados, sem concavidades entre eles. Dorso bem redondo. Corpo formando um arco.
5 – CABEÇA E PESCOÇO – 10 PONTOS
Cabeça: pequena, oval, serpentiforme.
Pescoço: longo e estreito.
6 – CAUDA – 5 PONTOS
Estreita, o mais possível encostada ao poleiro.
No prolongamento da linha curva do dorso.
Ligeiramente bifurcada na extremidade.
7 – CONDIÇÃO – 5 PONTOS
Em boas condições de saúde e limpeza.
Plumagem lisa.
São admitidas todas as cores

PART II
Este canário de porte deve a sua origem aos criadores japoneses, desde 1925, a partir dos canários europeus (Bossu Belga e Scotch Fancy) e mais particularmente ao Sr. Nakamura no seu canaril de “Hosel” , donde saiu o nome de HOSO.

Os japoneses esforçaram-se por obter um canário longo e esbelto mas que se assemelhava muito com o canário de raça inglesa Scotch Fancy.

Para os criadores japoneses, os canários de tamanho diminuto não eram atractivos, daí eles desistirem da sua criação e os terem vendido e exportado para a Europa. Foi a sua pequenês e a sua elegante silhueta que atraiu alguns dos mais experientes e endinheirados criadores do velho continente.

Criadores belgas e alemães iniciaram uma criação paralela afim de estabilizar o seu standard e de o poderem finalmente apresentar no Congresso de Antibes em 1974.

O standard foi aceite por unanimidade com a condição de que o HOSO JAPONÊS fosse durante dois anos presente ao Campeonato do Mundo.

Desde o seu aparecimento o  HOSO passou por várias alterações até ao reconhecimento como raça oficial, concedido pela OMJ em 1976.

Hoje em dia o HOSO é um canário de porte com grande implantação em todo o mundo, contudo com mais incidência na Europa. È uma miniatura do Scotch Fancy, variando apenas no tamanho. Enquanto o canário Scotch Fancy tem de comprimento 17 cm , o HOSO não deve ultrapassar os 11.5 cm. O formato do corpo deve ser em arco-forma de meia lua, cilindrico, sendo a cauda um prolongamento do dorso, tocando o poleiro.

A cabeça deve ser pequena, oval e em forma de serpente. Trata-se de uma raça que cria bem, não necessitando de amas. Para se obter bons exemplares, deve evitar-se não só a consanguinidade directa, como usar o sistema de cruzamento comum a todas as variedades de canários: cruzar sempre intenso com nevado.

O cruzamento de duas aves nevadas, origina o excesso de plumagem e consequente falta de aderência da mesma o que implica penalização no julgamento.

No HOSO são permitidas todas as cores: pintos e unicolores, inclusive o vermelho. No Scotch Fancy a cor  vermelha é interdita. A gaiola utilizada para exposição é a do Border com dois poleiros.


Fonte: Francisco Couto, Juiz Internacional

28 de ago. de 2011

Chá de Boldo

Chá de Boldo.

Descrição
Boldo-do-Chile é uma árvore arbustiva, de crescimento lento, nativa da região dos Andes do Chile e Peru, pode atingir mais de 10 metros de altura, possui folhas grossas de sabor amargo que resistem a verões secos e invernos frios e chuvoso. O Boldo-do-Chile também pode ser encontrado como vegetação nativa no Marrocos e é atualmente cultivado em vários países como Itália, Brasil e norte da África. Produz pequenos frutos redondos e esverdeados, comestíveis e sabor agradável.
Indicações
Na medicina popular, o Boldo-do-Chile é indicado para inúmeras situações. Principalmente, age positivamente em problemas na vesícula biliar e fígado, atuando como um desintoxicante. Pode auxiliar nos problemas de pedras na vesícula biliar. Outros usos medicinais incluem: antiparasitário, anti-inflamatório, estimula a digestão, para casos de distúrbios do sono, problemas de flatulência, vermífugo, auxilia na diminuição dos níveis de colesterol, entre outros.


Dou este chá dois dias por semana seguidos aos meus canários.
O corante fornecido aos canários fragiliza o fígado das aves, como aposto fortemente em produtos naturais..Estou em fase de estudo visto ter dado só meia duzia de vezes, mas eles parecem gostar, pelo menos não se queixam hehe.
Ter atenção á cor do chá fornecida, a cor ideal é em tons de laranja.Quando acabo de fazer a agua fica acastanhada, depois diluiu até ficar na cor pretendida.
                                                                        -Folhas de Boldo.
 
fonte:http://canariosvm.blogspot.com/2011/06/cha-de-boldo.html

TOMATE PARA CANARIOS "Criador de Portugal"

Tomate, uma autentica guloseima !

Hoje fui dia de dar tomate aos meus canarios, durante a muda dou sempre uma vez por semana.
É um regalo  vê-los comer, não deixam nada, só mesmo a casca..
Dou tomate não só pelas suas inúmeras propriedades mas também como colorante Natural.
Quando o  forneço não disponho de papa com corante para não subecarregar o fígado dos canarios..
O Pimentão Vermelho também é um vegetal que dou com alguma frequência, não esquecendo o pepino que é excelente  para a muda da pena..
Deixo umas fotos dos canarios a comer tomate.





Como fazer a Ovoscopia e saber se tem filhotes nos ovos

A ovoscopia é um procedimento simples mas muito importante para o processo de reprodução de qualquer pássaro. Através da Ovoscopia podemos verificar se os ovos estão realmente galados e caso não estejam, podemos retirar os ovos e fazer com que o casal inicie uma nova postura, com isso ganhamos tempo evitando que a fêmea fique chocando ovos que não iriam dar nenhum filhote.

A ovoscopia consiste em colocar os ovos contra uma fonte de luz (lanternas, lampadas) de preferência estando em um local escuro, com isso conseguimos ver o interior do ovo e por consequência a presenção ou não do embrião.

A seguir vemos um ovo infértil, ou seja, não irá nascer filhote algum. Dá para ver claramente a gema no interior.(Clique na imagem para ver em um tamanho maior)
 


Aqui vemos um ovo fértil, note a presença de sangue e o começo da formação do embrião. Além disto quando o embrião já está mais formado, o ovo perde o aspecto amarelo e ganha um tom mais escuro. Este ovo está sendo chocado a cerca de 4 a 5 dias, é de um casal de periquitos meus, por isso não está tão nítido.(Clique na imagem para ver em um tamanho maior)



A ovoscopia deve ser feita apartir do 5º dia, antes deste tempo é mais dificil visualizar o embrião. Para fazer a ovoscopia podemos utilizar qualquer fonte de luz, como as lanternas, lampadas e até mesmo a luz de uma vela. Existem algumas lanternas próprias para a ovoscopia, elas são mais finas e cumpridas, contudo elas tem um custo um pouco mais elevado. Eu encontrei esta lanterna em uma loja de R$1,99 e ela me serve perfeitamente, com ela eu posso ver os ovos sem pega-los ou até mesmo abrir a gaiola, basta passar a lampada pelas grades da gaiola e pronto. O cabo é bem flexivel e pode ser dobrado para qualquer posição.(Clique na imagem para ver em um tamanho maior)
 


A seguir vemos o desenvolvimento de um embrião. Na imagem foram necessários 21 dias para o nascimento, mas por exemplo um canario leva de 13 a 14, portanto há diferenças no desenvolvimento de cada espécie. Esta imagem foi retirado do Portal das Calopsitas, aproveito e agradeço a Flávia que gentilmente me autorizou a utiliza-la.(Clique na imagem para ver em um tamanho maior)

Vários motivos podem causar ovos não galados ou com embriões mortos, dentre eles:

  • Causas Ambientais: Local com pouca ventilação ou sujeira e pó em excesso, acaba contaminando o ovo e matando o embrião;
  • Causas de Manejo: Pegar o ovo com a mão suja ou suada, sacudir o ovo, mudanças bruscas de temperatura. Tenha cuidado ao fazer a Ovoscopia, é melhor fazer dentro do ninho, evitando movimentar em excesso o ovo;
  • Causas Nutricionais: Falta ou excesso de vitaminas, busque sempre fornecer uma alimentação balanceada;
  • Causas Infecciosas: Causadas por bacterias que podem levar a infertilidade de machos e fêmeas, ou morte de embriões no ovo, destaca-se a mycosplamose e bactérias secundárias encontradas no meio ambiente e nas nossas mãos.

Como prometido aqui deixo uma foto para identificar melhor um ovo galado, note no sangue do interior deste ovo da foto abaixo. (Clique nela para ver em tamanho maior)




Caso tenha ficado alguma dúvida basta fazer um comentário.

ARTIGO SOBRE CANÁRIOS

ARTIGO SOBRE CANÁRIOS DE PORTE
Por Patrick Barros

GLOSTER
O aparecimento do Gloster foi em 1925, numa exposição no Crystal Palace em Inglaterra, pela mão de Mrs. Rogerson (de Gloucestershire), que ficará para sempre associada à criação e desenvolvimento desta raça. Mrs. Rogerson foi a primeira criadora a expor este pequeno canário, com poupa, numa exposição em 1925, no Crystal Palace em Inglaterra. Desde então, estabeleceu juntamente com um criador Escocês Mr. John McLay , o "standard of excellence" que permitiu o desenvolvimento dos Glosters.
O Gloster é um dos canários mais pequenos com 11,5 cm, e é também um dos mais populares.
Redondo em todas as suas linhas, pescoço curto e cheio, peito agradavelmente arredondado sem proeminências,cauda curta como prolongamento do corpo, costas bem preenchidas, bico pequeno, esta raça divide-se em duas variedades:
Corona – com coroa, de forma arredondada, regular com centro bem definido.
Consort – sem coroa, larga e redonda em todos pontos, com uma ligeira acentuação no cimo do centro da cabeça
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NORWICH

O canário NORWICH é original de Inglaterra, no condado de Norfolk, sendo esta bonita raça reconhecida em 1887, numa reunião de criadores na cidade de Norwich.
As belas linhas arredondadas do canário NORWICH fazem com que seja muito apreciado e ocupando um lugar de destaque.
O NORWICH tem uma configuração maciça e arredondada, uma cabeça bem proporcionada e ligada diretamente ao corpo(Corpo tipo Bola de ténis e cabeça tipo bola de ping-pong), pescoço curto e largo, bico pequeno. As pernas são relativamente curtas, macias e delgadas, as asas estão bem coladas ao corpo e a cauda, que é também curta e fechada devendo parecer um prolongamento do corpo. O tamanho anda à volta de 16 cm.
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CREST

O seu nome é resultado da famosa coroa(crest) de plumagem abundante e longa , que consagrou o Crest.
O crest tem duas variedades:
Crest-bred : sem coroa
Crested : dotado de uma grande coroa, de penas compridas e largas, abundantes a tapar quase completamente o bico e olhos.
A sua origem é confusa, entre Norwich , Lancashire, Topping canary, Turncrest, a verdade é que o CREST, foi separado definitivamente do Norwich em 1890, no Nacional de Londres.
De tamanho a rondar os 16,5cm, de corpo cilíndrico e largo, tem a poupa como principal característica, sendo o diâmetro perfeito de 3,8cm, mas não nos podemos esquecer das “penas de galo” de preferência quatro de cada lado e nunca menos de duas, como outro factor atractivo.
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BORDER E FIFE FANCY
O Border tem origem na Fronteira da Inglaterra. Começou a ser considerado como um raça entre 1850 a 1870. A sua origem remonta ao condado de Cumberland, hoje Cumbria, e era conhecido na época como Cumberland Fancy.
A sua popularidade era tal no norte da Inglaterra e da própria Escócia, que houve um encontro especialde criadores ingleses e escoceses realizado em Carlisle em 1890, visando resolver as polémicas da origem, mudando a denominação da raça para BORDER (fronteira).
O border era originalmente um canário pequeno. Depois da segunda Grande Guerra, face à perda dos plantéis e o número baixo de pássaros de qualidade, os criadores foram obrigados a utilizar outras raças para aumentar o número e também aperfeiçoar os exemplares com poucas caracteríticas. Os pássaros Norwich de pequeno tamanho foram bastante utilizados, o que resultou na produção de pássaros maiores, com cabeça redondas e grandes
Os antigamente denominados WEE GEM(jóia da coroa), hoje apresentam-se com 14,15 cm e com a forma um tanto diferente dos pequenos pássaros cuja figura padrão aparecia em diversos livros editados nas décadas de 60 e 70 com certa de 13 cm.
Cabeça tipo esfera, corpo tipo ovo, com contornos bem definidos, posição das patas em relação ao poleiro constitui um ângulo de 60º.
O fife fancy tem uma diferença em relação ao Border, o tamanho de 11cm.
O Fife Fancy é resultado de um grupo de criadores da Escócia (1951) ,que não aceitaram a disparidade de tamanho que o Border teve, e conservaram e apuraram os exemplares mais pequenos dando origem a esta raça, dando o nome de uma região da Escócia - “Fife”.
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LANCASHIRE

Este passaro esteve presente no desenvolvimento de outras raças (Crested e Yorkshire). Infelizmente, adeteriorização da qualidade do Lancashire, fizeram-no perder a popularidade.
Durante la 2ª Guerra Mundial, esta raça perdeu-se totalmente.
Os ejemplares actuais são reconstruções, fazendo com que o seu aparecimento nas exposições vá aumentando a sua popularidade novamente.
O seu tamanho mínimo é de 20 cm, o maior de todos os canários de porte Ingleses.Este canário é Majestoso e Orgulhoso de porte erguido.
A característica mais importante do Lancashire é a sua coroa em forma de ferradura que cai sobre a ponta do bico sem cobri-la,dando impressão de que a mesma se encontra em metade dianteira da cabeça, sende normalmente de cor clara.
O Lancashire de cabeça lisa é igual ao de coroa a excepção da cabeça que é cheia e larga, de plumagem suave e abundante.
Há que se efectuar uma reprodução selectiva para conservar esta raça.

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LIZARD DOURADO E PRATEADO

É a raça mais antiga que se tem conhecimento. A principal característica é as penas que no seu corpo desenham escamas, simulando um lagarto(lizard). Os Lizard tem origem na Grã-Bretanha ou em França. Apesar de ser considerada como uma raça de canários ingleses, os próprios ingleses admitem que ela tenha sido introduzida na Inglaterra no século XVI pelos huguenotes, que fugiam da Europa onde eram perseguidos. Naquela época, os canários eram bastante difundidos na França e nos então chamados "Países Baixos da Espanha", dos quais fazia parte a Bélgica actual. Os ingleses aperfeiçoaram e consolidaram essa raça, onde os desenhos peculiares da plumagem são as características mais importantes. O LIZARD em sua forma original apresentava-se apenas em dois tipos: GOLD/ DOURADO (intenso) e SILVER/PRATEDADO (nevado). Hoje temos outras cores mas não tão aceites pelos seguidores da raça.
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YORKSHIRE
É conhecido como o “Cavalheiro”( GENTHELMAN), sendo um canário Orgulhoso e impressionante, de 17-18 cms.
A sua origem remonta e 1870, desenvolvido a partir de 3 Bossu belga,l Lancashire e Norwich, no condado de YORK desde 1820.
A sua evolução passou por 3 fases:
1897- Aspecto muito fino, em que se deveria poder passar um Anel-“York Anel” (desenvolvido por Mrs.Norman)
1927-Forma mais robusta,cabeça mais volumosa, , nuca, dorso e cauda alinhados, peito mais proeminente mas com a posição ereta original denominado de tipo continental(Mrs.Vowels)
1961-O novo tipo GOLDING, desenhado por S.A. Golding, que acabou por ser o reconhecido pelos criadores ingleses, . onde o prolongamento do dorso não se alinha com a nuca, a cauda parece pressionar as asas para cima, peito com curvatura acentuada, mantida ainda a posição ereta original.
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ALGUNS CONSELHOS PRÁTICOS SOBRE CANÁRIOS
  
Eclosão – Alimentação – Anilhamento – Separação
   

 

Eclosão


No fim do periodo de incubação ao longo do qual o embrião se desenvolveu dentro do ovo o jovem vai bicar a casca com a excrescência córnea do seu bico chamada diamante. A mãe pode assim intervir nesta operação delicada. A casca vai então partir-se ao meio, libertando assim o passarinho. Ela chega a comer completamente a casca vazia mas a maior parte das vezes estas são retiradas para fora do ninho. A eclosão dá-se normalmente ao 13º ou ao 14º dia, mas caso não nasçam todos poderá aguardar-se mais dois dias.

Alimentação

Dois a três dias antes do nascimento, colocar `a disposição dos pais, todo o material necessário para uma correcta alimentação. A mãe é atenciosa, pelo menos na primeira semana para  alimentar os filhotes, da sua alimentação dependerá o sucesso das jovens aves. A fêmea encarregar-se-á da limpeza do ninho, isso deverá acontecer até ao  12º dia, após esta data as jovens aves deverão ser capazes de expelir as suas necessidades para fora do ninho. Deverá ter-se em conta que alguns casais não alimentam bem, aí o criador terá que ter relativa importância, pois tem que alimentar as jovens aves, com papas próprias que há à venda nas lojas da especialidade, ( ex. Papa baby papex , entre outras) , ou terá que colocar as jovens aves, noutros casais que tenham filhotes com a mesma idade. Por experiência própria, um casal que não alimenta bem na primeira postura , raramente alimenta bem nas seguintes posturas. Terá  o criador que ter o redobrado cuidado.
 
Anilhamento
Qual o momento para anilhar a ave?
Normalmente entre o 5º e o 6º dia, no entanto deverá ter-se em conta, que conta muito a alimentação dos pais. A anilha é o bilhete de identidade da ave, pois nela consta o seguinte: ano de nascimento, numero de ave e nº stam , a sigla do clube a que pertence. A anilha é fechada e não permite a falsificação da identidade do pássaro. O Anilhamento é feito da seguinte forma : Colocam-se os três dedos da frente dentro da anilha, depois fazendo subir a anilha pela pata passará o outro dedo, estando aí a anilha colocada.

Separação das jovens aves

Normalmente as jovens aves separam-se por volta do 30º dia após o nascimento. Mas o mais aconselhável é verificar se eles já se alimentam sozinhos, após esta operação, colocar as aves em viveiros não muito grandes. Por á disposição das jovens aves, água , sementes ,papas , papa de criação, vitaminas e sais minerais.

Entretanto os pais continuam o seu ciclo de produção.


          
RAÇA ESPANHOLA

Canário miniatura
     Por. Victor . M. R. Couto





Breve história


  Como o nome indica, este canário é originário de Espanha, concrectamente das regiões da Catalunha e Andaluzia. Já por volta do ano 1918 criavam-se os primeiros "Raças Espanholas" ou canários miniatura, uma pequena maravilha com penas, logicamente que os seus antepassados, foram os canários silvestres das Ilhas Canárias, Açores e Madeira.
A criação desta raça, teve uma grande difusão, especialmente na região da Catalunha, nos anos 1928 a 1930, mas como consequência da Guerra Civil Espanhola, praticamente desapareceu. Para beneplácito dos amantes da canaricultura em especial de porte e desta raça, ela conseguiu sobreviver.
Desde 1976 tem participado em todos os Mundiais, cada vez com maior número e melhor qualidade, com a participação de vários países, incluindo Portugal, sendo que o domínio pertence a Espanha e Itália.

Descrição Técnica

 Não se deve entender por canário miniatura, uma ave raquítica  ou degenerada, mas ao contrário, devemos ter presente uma ave em perfeito estado de saúde, cheia de vitalidade, agilidade, harmonia proporcionada, que são algumas das suas características, onde sobressai a principal que é o seu tamanho pequeno.
  
Tamanho
 
A longitude, medida desde o vértice do bico, até à porte extrema da cauda, deve ter como tamanho máximo 11,5cm, dimensões realmente difíceis de obter.
Alguns canaricultores, já fizeram hibridações com os serezinos ou chamarizes "serinus serinus", com o objectivo de obter uma ave mais pequena. Com esta hibridação, dotam-se as aves com uma porção de genética, que proporciona a fixação de um tamanho menor, mas também, deixando dados negativos, que os isola completamente das características do "Raça Espanhola".
 
 
Dorso e Peito
 
Os ombros devem ser estreito, devendo para tal constituir um prolongamento suave do pescoço, no encontro com o dorso.
O peito, deve ser estreito, fino e sem proeminências, sendo esta uma das características mais importantes, na hora de julgar uma boa ave.
 
    
Cabeça e Pescoço
 
A cabeça deve ser pequena e em forma de avelã, separada do corpo por um pescoço estreito, o qual facilitará o início de um dorso e peito lisos, sem redondezas.
A cauda, deve ser curta, proporcional ao corpo, fechada e acabando ligeiramente bifurcada semelhante ao rabo dos peixes.
 
 
Patas, Coxas e Bico
 
Um dos defeitos mais vulgares, é a existência de patas excessivamente longas, com dedos grandes e grossos, e bicos desproporcionados. Talvez os motivos sejam, a dificuldade em reduzir as zonas córneas em relação à plumagem.
As coxas devem ser praticamente invisíveis, característica difícil de obter em aves de plumagem intensa. Os tarsos, devem ser curtos (14mm) e os dedos pequenos.
O bico, deve ser pequeno, curto e cónico.
 
 
Plumagem e Cor
 
A plumagem, deve ser sedosa, densa, lisa, brilhante, sem frisos, bem aderente ao corpo, sem que se notem fraldas de penas nas zonas depenadas.
Na cor, são admitidas todas, excepto a coloração artificial, Tradicionalmente o "Raça Espanhola" era cor verde ou amarelo, existindo agora as cores cinzenta, branca dominante, Isabel, marfim, castanha, ágata e variegados. Existem actualmente, aves com qualidade em qualquer destes factores. Eu em particular, gosto mais de aves com factor melanico.
Para exposições, são preferíveis as aves de plumagem intensiva, pelo menor tamanho que geralmente apresentam devido à plumagem, tendo maior facilidade em obter bons resultados face ao standard da raça.
 
 
Selecção de Reprodutores
 
A melhor selecção, está na escolha das aves mais pequenas, com as proporções adequadas.
É um facto, que as aves com o efectuar da segunda muda, adquirem um ligeiro aumento de tamanho, constituindo por essa razão um meio adequado de selecção dos reprodutores. Elegemos aqueles, que menor crescimento tenham sofrido, para isso, devemos, sistematicamente, efectuar medições às aves. A primeira medição, deve ser feita, após a primeira muda, a segunda na altura do acasalamento e a terceira depois da segunda muda.
Os apontamentos de tais medições, permitirão obtermos claramente, a evolução de cada ave, descartando de uma vez aquelas que têm tendência a crescer desmesuradamente, devemos ter sempre em atenção, que, na descendência é mais fácil reduzir o comprimento do que a estrutura óssea exagerada.
 
    
Reprodução
 
Como já foi referido, o ideal é termos um casal de boa qualidade, mas infelizmente ta coisa, muitas vezes não acontece, para tal temos de nos conformar com aves de menor qualidade e assim irmos seleccionando as melhores, e algumas vezes se for necessário, com recurso à consanguinidade, com o intuito de irmos fixando os caracteres mais importantes, das distintas aves.
Uma vez obtida uma selecção de aves de qualidade idêntica, entramos no sistema dos acasalamentos. A regra básica a ter em consideração, é a da compensação de caracteres dos pais, porque uma inconformidade especifica, numa ave, deve ser compensada com outra ave, devidamente em conformidade.
É pratica comum, considera-se que os acasalamentos do "Raça Espanhola" devem ser feitos com aves de plumagens intensivas, isto não é correcto, porque, é importante termos no nosso canaril alguns nevados de plumagem, e inclusive mosaicos, com o intuito de compensar as inconformidades de aves provenientes de acasalamento entre intensivos.
 
 
Alimentação
 
A alimentação no "Raça Espanhola" é das coisas mais importantes.
Se queremos obter aves de pequeno tamanho, a sua alimentação não pode ter o mesmo valor energético, vitaminado e proteico, dos outros canários de porte, os chamados de grande porte, casos do Yorkshire, Lancashire, Norwich, Border, Crest, Parisiense , Gigante Italiano, etc..
Uma alimentação forte não ajuda em nada o standard da raça, ao nosso canário miniatura logicamente não vamos dar uma dieta rigorosa, mas sim básica e ajustada a esta raça.
Por exemplo, no meu caso, uso uma mistura de sementes nas seguintes proporções: alpista 75%, perilha 20%, nabo 5% em época de criação; durante a muda, alpista 65%, perilha 25%, nabo 5% e linhaça 5% no período de repouso alpista 75% e perilha 25%.
Quanto a papas, uso as que tenham poucas proteínas, este ano a partir de Fevereiro, usei a papa húmida com ovo, por ser uma papa com baixo teor de proteína incluída, 13%, trazendo em separado um saco de 50gr. com as vitaminas, aminoácidos e restantes complementos, podendo o criador dosear conforme as necessidades e as raças que criar.
Durante as criações e muda, dou germinado especial todos os dias. Ponho a demolhar durante 6 horas, com 3 e 4 gotas de SANI_YODO, lavo muito bem lavado e coloco a germinar até 24 horas, isso faço todos os dias, não guardo germinado no frigorífico, Durante a criação administro alface* a todos os meus "Raças espanholas".
 
 
Exposições
 
Para as exposições, pelo seu reduzido tamanho, escolhemos as fêmeas e os intensivos. Os verdes, ou cinzentos melanicos pelo factor óptico, fazendo parecer ser mais pequenos em igualdade de situação com os amarelos ou os brancos lipocromos o que irá beneficiar nos resultados finais.
É fundamental que o "Raça Espanhola", pelo seu estilo livre e ágil, vá para uma exposição devidamente adaptado à gaiola "tipo border", para o juiz poder observar as qualidades desta pequena ave.
 
    
Finalizando e Concluindo
 
O canário de porte "Raça Espanhola", é uma ave já com alguns bons criadores no nosso país. Dia para dia está a criar mais adeptos, pela sau vivacidade e beleza, pelo seu pequeno tamanho, pela variedade de cores, tanto melanicas como lipocromas ou variegadas e talvez pela dificuldade em obtermos aves mais pequenas cativa a paixão por esta ave.
Espero que estas minhas letras vos possam vir a ser úteis na criação deste maravilhoso canário.
 
* A alface
de todas as verduras, esta é a preferida dos canários, refrescante e rica em vitamina C e ácido fólico*, é no entanto algo laxante, pelo que deve utilizar-se com moderação na alimentação das aves. É aconselhável subministrar uma folha por ave duas vezes por semana, durante as criações. Ás crias subministrar sem restrições.
 
*Ácido Fólico
pertence ao grupo das vitaminas do complexo B, quimicamente é um derivado do Ácido Glutamico. É essencial para a regulação do processo de renovação das células sanguíneas, a sua falta produz anemias especiais.
 
 
 
 
           Texto: Victor M.R. Couto - Juiz CNJ - Canários de Porte

 PEQUENO DICIONÁRIO DA CANARICULTURA

 
ALELOS
Genes em que se designam os caracteres
ANILHA
Abraçadeira inviolável para controle de criação
AUTOSSOMAL
Mutação independente do sexo dos indivíduos do casal
CAROTENO
Pigmento de cor laranja ou vermelha
CATEGORIA
Forma pela qual o lipocromo é distribuído na plumagem
CLOACA
Orifício comum à reprodução e eliminação de fezes, urina e ovos.
CONSANGÜINIDADE
Parentesco de sangue materno ou paterno
CROMOSSOMO
Segmento de filamento cromático que se destaca por ocasião definidas na formação do novo ser
DILUIÇÃO
Efeito do enfraquecimento da cor original
DIMORFISMO
Diferença no fenótipo entre machos e fêmeas
DOMINANTE
Pássaro de caracteres dominantes às demais cores de fundo
EUMALANINA
Coloração negra ou marrom que se deposita na plumagem, formando os desenhos (estrias)
FATOR
Elemento que concorre para o resultado de uma mutação
FENÓTIPO
Características externas e visíveis de um indivíduo
FEOMALANINA
Coloração marrom que se deposita nas bordas das penas
GAMETA
Célula sexual do macho ou da fêmea
GENÉTICA
Ramo da biologia que estufa os fenómenos da hereditariedade e o modo como as características são transmitidas de uma geração para outra
GENE
Partícula do cromossomo em que se encerram os caracteres hereditários
GENOTIPO
Constituição genética interna do indivíduo
HETEROZIGOTO
Indivíduo com par de cromossomos diferentes
HÍBRIDO
Pássaro que provém de espécies diferentes (ex: pintassilgo com canária)
HOMOZIGOTO
Indivíduo com par de cromossomos idênticos
INO
Terminologia aos canários albinos, lutinos e rubinos (canários com olhos vermelho)
INTENSO
Denominação ao canário com lipocromo amarelo ou vermelho, atingindo toda a extensão das penas
LINHAGEM
Conjunto de pássaros com consanguinidade controlada
LIPOCRÔMO
São pigmentos de origem lipídica que se manifesta nas cores amarelo, amarelo marfim, vermelho, vermelho marfim e branco dominante (parcialmente)
MELANINA
Pigmentos de origem proteica, encontrado nos canários negro-marrons
MUTAÇÃO
Constituição hereditária com aparecimento de carácter inexistente nas gerações anteriores
MOSAICO
Canário de lipocrômo restrito em áreas específicas da plumagem )máscara facial, ombros, uropígio e peito)
OXIDAÇÃO 
Pigmentação melânica negra ou marrom combinada com a cor de fundo
PAULISTINHA
Denominação dada ao ágata mosaico, em função da semelhança de seu desenho dorsal com as listras da bandeira paulista
PIGMENTAÇÃO
Coloração através de substâncias
PENUGEM
Primeiras penas que surgem de um pássaro: remiges, retrizes e tetrizes.
QUISTOS
Pela impossibilidade da pena romper a pele e atingir seu desenvolvimento, fazendo com que ela e algumas vizinhas fiquem abaixo da pele, formação de bolas (caroços)
RECESSIVO
É o factor responsável pela ausência absoluta de carotenóide com inibição total do depósito de lipocrômo
REMIGES
Penas grandes das asas
RETRIZES
Penas do rabo
ROLLER
Canário de canto melodioso clássico, originário da Alemanha, este canário tem canto mais baixo que os demais, tendo como único item para concurso, o canto
SÉRIE
Agrupamento de cores quanto as características lipocrómicas e melanicas semelhantes
SEXO-LIGADO
Denominação à transmissão de uma mutação no cromossomo "X"
SCHIMELL
Manifestação indesejável de nevadismo em algumas regiões da plumagem dos canários. Característica essa que apresenta desvantagem para efeito de concurso
SIRINGE
Órgão interno do pássaro responsável pelo canto
SUBPLUMAGEM
São as penugens constituídas de penas finas, sedosas, raquis mole e barbas soltas
TIPO
Avaliação da quantidade de melânina no canário. Subdivide-se em Eumelanina e Feomelanina
TETRIZES
Penas que recobrem todo o corpo do canário
UROPÍGIO
Região do corpo do pássaro, localizado junto a cauda, onde estão localizados o par de glândulas uropígias
VARIEDADE
Refere-se à cor de fundo do canário


Dez recomendações gerais para os canaricultores
1.     Não alimente seus canários com sementes, misturas e outras substancias que não estejam garantidas por uma firma especializada em nutrição
2.     Use unicamente os medicamentos e antibióticos quando a enfermidade o  requeira e sempre nas doses mínimas recomendadas.
3.     Não esqueça que a melhor medicação é a higiene e a profilaxia, já que mais vale prevenir do que remediar.
4.     Evite mudanças bruscas de temperatura, correntes de ar e excessos de calor, mudança de locais.
5.     Quando adquirir um canário procure que este seja são, robusto e da melhor qualidade.
6.     Faça-se sócio de um clube , onde lhe fornecerão as anilhas e onde poderá encontrar soluções para algumas dificuldades que tenha.
7.     Use  insecticidas fabricados exclusivamente para pássaros e com garantia de especialistas em animais de estimação.
8.     Periodicamente administre correctores vitaminicos.
9.     Limpe e desinfecte as gaiolas , os comedouros e bebedouros .
10. Quando adquirir um novo exemplar não o misture, sem que antes tenha um período de observação e quarentena. 

CONCEITOS TÉCNICOS E ACASALAMENTOS
Revista CCCJ 2004

Inicialmente convém fazermos um estudo profundo a respeito dos acasalamentos, bem como os conceitos técnicos que muito ajudarão os iniciantes. Comecemos pêlos canários de cor clássica.
Denominaremos esta classificação de "cores bases" para os factores mutuantes, ou seja cores novas porque estes genes surgiram superpostos àquelas cores chamadas de clássicas. Daí a importância de conhecê-las em profundidade.
É conhecido que existem duas linhas de canários roller de cor: a) linha clara; b) linha escura. A linha clara se subdivide em linha clara com factor (vermelho) e linha clara sem factor. Compõem a primeira linha: 1)Vermelhos (intensos e nevados); 2) Mosaicos. A estes superpõem-se as denominadas cores novas, os albinos, acetinados e o marfim.
Compõem a linha clara sem factor:
1 - Brancos  dominantes
2 - Brancos recessivos
3 - Amarelos (intensos e nevados)
4 - Amarelos mosaicos
Subrepondo-se a estes factores, teremos segundo a localização oficial:
1 - Albinos dominantes (branco dominante de olho vermelho).
2 - Albinos recessivos (branco recessivo de olho vermelho)
3 - Lutinos intenso e nevados e, ainda, mosaicos (são os amarelos ditos acima também portadores de olho vermelho nítido). Todos os genes mencionados acima poderão estar geneticamente ligados ou não ao sexo e assim serão INOS ou ACETINADOS, mas sempre sob a nomenclatura exposta.
A subespécie linha escura de cor clássica também vai subdividir-se em duas linhas: 
a) com factor;
b) sem factor.
Alinha escura com factor vermelho, pela ordem de dominância, tem-se:
1 - Cobres
2-  Ágatas
3- Canelas
4 - Isabelinhos (Intensos ou nevados)
Sem factor:
1 - Verdes, intensos e nevados 
2 - Azuis
3 - Ágatas amarelos, intensos, nevados e prateados
4 - Canelas amarelos, intensos, nevados e prateados
5 - Isabelinhos amarelos, intensos, nevados e prateados.
A estas cores é acrescida a nomenclatura de cores novas que irá modificar-lhes os fenótipos, tais como: os inos, lutinos, acetinados,  etc...
Para   a caracterização e o acasalamento é necessário e imprescindível conhecer os seus caracteres básicos e conceitos técnicos e genéticos, para o perfeito entendimento no manejo dos
acasalamentos correios e, por outro lado sabe-se como atuam as cores novas sobre clássicas.
Assim, é preciso saber o que é um carácter dominante, recessivo, livre, ligado ao sexo, lipocromo, pigmento, melânico, eumelanina, feomelanina, melânicos oxidados, melânicos diluídos, fenótipo, genótipo, etc.
O carácter dominante como a própria expressão informa é aquele pelo qual domina a qualquer outro e não deixa influenciar, isto é, o  carácter dominante não permite que apareça prole de carácter diverso. Este prole diverso é chamado de dominado e que fica latente, podendo vir a se exteorizar. Exemplificando, o verde homozigoto é denominado sobre as demais cores, isto é, se for acasalado um verde macho com uma fêmea canela, ágata, Isabel: toda prole será de verdes. Como se vê, não permite que nesta prole apareça outra cor senão o verde; por isso é dominante. E o factor dominado onde está? Estará latente nos filhotes machos desse acasalamento que reacasalados farão surgir a cor diversa.
Este conceito é importantíssimo para os acasalamentos. 
HOMOZIGOTO é o canário que porta em seus dois gametas os mesmos factores pigmentários. Em outras palavras, que seus ascendentes sejam iguais.
Assim usando estes conceitos, sabe-se que o verde domina o ágata, o canela e o Isabel; e o canela é dominante sobre o Isabel. Substituindo-se o verde pelo cobre, tem-se a mesma linha de dominância nos canários com factor vermelho.
RECESSIVO é um gene que para se exteriorizarem sua descendência é preciso que exista em dupla dose e  com relação à carga genética, não é ligada ao sexo. Em outras palavras, para surgir na plumagem dos descendentes é necessário que este gene esteja presente tanto no macho como na fêmea, ainda que, pelo menos, sejam ambos portadores. Como exemplo, os canários recessivos em geral, os opalas, etc...
LIVRE é o gene que surge quando existir outro da natureza diversa, como o factor limão, asa gris e até mesmo o mosaico, no entender de muitos.
LIGADO AO SEXO entende-se que a carga genética contida no cromossomo sexual capaz de determinar o sexo, a pigmentação como ocorre com os factores marfim, pastel, acetinado e alguns canários (cores) de linha escura, com relação aos seus pigmentos melânicos.
Assim, um macho ligado ao sexo dará obrigatoriamente qualquer que seja a cor da fêmea todas as fêmeas de sua descendência iguais ao gene do pai.
Lipocromo é o pigmento amarelo ou vermelho existente na plumagem do canário. É um processo biológico de transformação dos elementos que se opera no organismo desses seres provocando a coloração da plumagem.
Pigmento melânico é a coloração negro-marrom existente no dorso, nas asas e em outras partes do corpo dos canários.
Eumelanina é o pigmento negro.
Feomelanina é o pigmento marrom.
Melânicos oxidados são os pigmentos verde-marrom e marrom, cobre no primeiro caso, e canelados, no segundo.
Melânicos diluídos são os que possuem a eumelanina e a feomelanina diluídas, os ágatas e Isabelinhos.
Fenótipos são os caracteres externos visíveis e que caracterizam o espécime.
Genótipo é a constituição genética de quaisquer seres vivos não perceptível pelo exame visual.
Memorizados os conceitos acima, fácil será a aplicação técnica e correia nos acasalamentos.
Pode-se, assim, fixar algumas regras para acasalamentos técnicos e correctos:
1) Acasalar melânicos oxidados entre si, isto é, cobre com cobre, canela com canela e cobre com canela.
2) Acasalar melânicos diluídos também entre si: ágata com ágata, Isabel com Isabel e Isabel com ágata.
3) NÃO ACASALAR melânicos oxidados com melânicos diluídos que tendem a reproduzir pássaros atípicos, tais como, ágatas que se confundem com cobre e Isabelinhos que se parecem canelas. 
Estes dois casos não pertencem a nenhuma categoria. Daí as desclassificações certa nos concursos, com raríssimas excepções.
4) NÃO ACASALAR pássaros de linhas desiguais.
Com bases nesses conceitos, formulamos a seguir relação de acasalamentos certos e correios, bem como resultados dos mesmos:
LINHA CLARA: 
Branco dominante X Branco dominante, alto índice de prole branca, independentemente do sexo.
Excepcionalmente, sobrevêm amarelos, os quais deverão ser mantidos pois reacasalados com branco darão maior índice de brancos, além de fortificarem a descendência, porque os amarelos
são pássaros mais fortes e resistentes que os brancos.
Branco dominante X Amarelo - teoricamente, à excepção do descrito acima, darão 50% de brancos e 50% de amarelos independentemente de sexo. Este acasalamento é preferível ao anterior porque se evita o enfraquecimento da prole bem como previne em possível factor letal (morte prematura do embrião ou logo após o nascimento).
Amarelo X Branco dominante - idem acima.
O factor amarelo em ambos os casos poderá ser intenso ou nevado;
usando-se o intenso aparecerá na prole amarelos intensos e brancos de empenação melhor (chamados pena dura).
Branco recessivo X Branco recessivo - 100% de Brancos recessivos com raras excepções.
Desaconselha-se este acasalamento porque pode ocorrer o factor letal.
Branco recessivo X Amarelo comum - predominância dos amarelos independente de sexo, mas todos serão portadores de branco recessivo.
Amarelo comum X Branco recessivo - idem acima.
Branco recessivo X Amarelo portador de branco recessivo - 50% de brancos recessivos e 50% de amarelos portadores de branco recessivo, todos independentes de sexo.
Se o amarelo for descendente de branco recessivo X Branco recessivo haverá predominância do branco recessivo.
Amarelo portador de branco recessivo X Branco recessivo - idem acima.
Vermelho intenso X Vermelho nevado, ou vice-versa - 50% de intensos e nevados independentes de sexo.
Mosaico X Mosaico - 100% de mosaicos.
LINHA ESCURA: 
Cobre X Cobre - 100% de cobre.
Cobre X Canela ou Canela X Cobre - 50% de cobres e 50% de canelas independentes de sexo.
Canela X Canela - 100% de canelas.
Macho ágata X Fêmea Isabel - machos ágatas e fêmeas Isabel. Se o macho for homozigoto, isto é, de origem Ágata X Ágata; se for de origem Isabel a prole será de ágatas e Isabelinhos,  independente de sexo.
Macho Isabel X Fêmea ágata - machos ágatas e fêmeas Isabel.
Obs.: O macho Isabel é sempre homozigoto, ainda que seja de origem ágata em face de sua constituição genética.
Macho ágata X Fêmea ágata - 100% de ágatas, caso o macho seja homozigoto, pois do contrário só poderá portar Isabel o qual poderá surgir na descendência.
Isabel X Isabel - 100% de Isabelinhos.
LINHA ESCURA SEM FATOR:
Macho verde X Fêmea verde - 100% de verdes.
Macho verde X Fêmea azul - 50% de cada cor, independentes de sexo.
Com relação aos ágatas, Isabelinhos e canelas proceder-se-á conforme a descrição dos acasalamentos com factor, seguindo-se as mesmas regras. 
Não deve ser esquecidos que, afora os prateados e brancos, só se deve acasalar intenso com nevado; nunca nevado com nevado. E, em  excepcionais condições, intenso com intenso, mas um deles deverá ter pena macia ou mole e shimmel para se evitar uma série de problemas, especialmente de empenação.
Todos os acasalamentos descritos são técnicos e certos e poderão ser seguidos à risca sem quaisquer problemas.
Entretanto em última instância, poderá recorrer-se a acasalamentos atípicos e, por isso, vai-se descrever uma série de acasalamentos que são desaconselháveis. Também seus resultados com relação à linha escura, porque não se deve nem por experiência fugir da técnica descrita nos acasalamentos de linha clara.
Sabemos que, pelo conceito de dominância, os canários melânicos oxidados dominam os de melanina diluída, isto é, o factor de diluição. Aplicando-se esta regra, um verde (homozigoto) acasalado com fêmeas canela, ágata ou Isabel, toda prole será de verdes, portanto os filhotes, os machos, serão portadores de canela, ágata ou Isabel que, reacasalados, farão aqueles factores
dominados.
Este mesmo verde acasalado com fêmeas isabelinas, canela e ágatas prateadas, fundo branco, a descendência será de verdes ou azuis, não havendo contrariedade à regra enunciada, porque o azul é um factor oxidado.
Troquemos o macho verde pelo azul e usemos as fêmeas isabel, ágata ou canelas prateados, o resultado é o mesmo. Observando a mesma regra, toda descendência será de machos e fêmeas verdes ou azuis.
Está se percebendo que todo o segredo está na ciência que aponta o macho como responsável de quase todo o enigma, isto porque é nele que se concentra grande parte da carga genética.
Vejamos outros resultados de acasalamentos:
Macho ágata amarelo X Fêmea verde - machos verdes e fêmeas ágatas.
Todos amarelos.
Macho ágata amarelo X Fêmea azul - machos verdes ou azuis e fêmeas ágatas prateadas.
Macho ágata amarelo X Fêmea canela amarela - machos verdes e fêmeas ágatas amarelas.
Macho canela amarelo X Fêmea verde - machos verdes e fêmeas canelas.
Macho canela amarelo X Fêmea azul - machos azuis e verdes e fêmeas canelas amarelas prateadas.
Macho canela amarelo X Fêmea ágata amarela - machos verdes e fêmeas amarelas.
Macho canela amarelo X Fêmea Isabel amarelo - machos e fêmeas canelas.
Macho Isabel amarelo X Fêmea verde - machos verdes e fêmea Isabel. 
Obs.: Os machos deste acasalamento serão portadores não só do factor dominado (Isabel), como também de ágata e canela.
Macho Isabel amarelo X Fêmea azul - machos verdes ou azuis e fêmeas isabel prateada.
Macho Isabel amarelo X Fêmea canela amarela - machos e fêmeas Isabel todos amarelos.
Com relação aos canários de fundo branco os resultados serão os mesmos. Basta trocar o factor amarelo pelo prateado, serão todos prateados com raras excepções se acasalarmos prateado com prateado.
LINHA ESCURA COM FATOR
Macho cobre X Fêmea Isabel - machos e fêmeas cobres. 
Obs.: Os machos deste acasalamento serão portadores de Isabel.
Macho cobre X Fêmea ágata - machos e fêmeas cobre. 
Obs.: Os machos serão portadores de ágata.
Macho canela X Fêmea Isabel - machos e fêmeas canela. 
Obs.: Os machos serão portadores de Isabel e toda descendência poderá ou melhor, deverá ser atípica.
Macho canela X Fêmea ágata - machos cobre e fêmeas canela ou ágata. 
Obs.: Todos os machos serão portadores, além de ágata, de canela e Isabel e deverão ser atípicos confundindo-se ente si os cobres e ágatas.
Macho Isabel X Fêmea canela - machos canelas e fêmeas Isabel, também serão atípicos. 
Macho Isabel X Fêmea cobre - machos cobres e fêmeas Isabel. Do mesmo modo serão atípicos, entretanto os machos portarão ágata, canela e Isabel.
Macho ágata X Fêmea canela - machos cobres e fêmeas ágatas. Os machos serão portadores de ágatas, canela e Isabel e terão os mesmos problemas já descritos.
Macho ágata X Fêmea cobre - machos cobres e fêmeas ágatas. Os machos serão portadores de ágata com os mesmos problemas já apontados.
Ai estão esgotados as  combinações possíveis e seus resultados, lembrando novamente que esses machos enunciados são homozigotos (hereditários puros) e que não se deve recorrer a esses acasalamentos porque não são técnicos e representam uma regressão.
Convém, finalmente dizer que os produtos dos acasalamento acima realçados não darão o mesmo resultado descrito, pois a sua constituição genética virá modificada.
Entretanto se for usado um desses produtos, deve-se fazê-lo dentro das técnicas enunciadas inicialmente.
TABELA RESUMIDA DE ACASALAMENTO
Branco Dominante x Amarelo Nevado
Amarelo Intenso x Amarelo Nevado
Amarelo Mosaico x Amarelo Mosaico
Vermelho Intenso x Vermelho Nevado
Vermelho Mosaico x Vermelho Mosaico
Cobre Intenso x Cobre Nevado
Canela Prateado x Canela Amarelo
Canela Intenso x Canela Nevado
Ágata Prateado x Ágata Amarelo
Ágata Intenso x Ágata Nevado
Isabelinho Prateado x Isabelinho Amarelo
Isabelinho Intenso x Isabelinho Nevado
Azul Dominante x Verde
Verde Intenso x Verde Nevado
ACASALAMENTO DE CANÁRIOS LIGADOS
PASTEL - MARFIM - ACETINADO
MACHOS X FÊMEAS

Puro  Pura  =  Machos e Fêmeas Puras
Portador  Pura  =  25% Fêmeas Puras
      25% Fêmeas Normais
      25% Machos Puros
      25% Machos Portadores
Normal Pura  =  Machos Portadores
Portador Normal =  Fêmeas Normais
      25% Fêmeas Puras
      25% Fêmeas Normais
      25% Machos Normais
      25% Machos Portadores


 
ACASALAMENTO DE CANÁRIOS RECESSIVOS

BRANCO RECESSIVO - OPAL - INOS
MACHOS X FÊMEAS

Puro  Pura   = Machos e Fêmeas Puras
Portador Pura   =  50% Machos e Fêmeas
      50% Portadores Machos e Fêmeas
Normal Pura   = 100% Portadores Machos e Fêmeas
Puro Portadora   = 50% Puros Machos e Fêmeas
      50% Portadores Machos e Fêmeas
Portador Portadora  = 25% Puros Machos e Fêmeas
      50% Portadores Machos e Fêmeas
      25% Normais Machos e Fêmeas
Normal Portadora  = 50% Portadores Machos e Fêmeas
      50% Normais Machos e Fêmeas
Puro  Normal  = 100% Portadores Machos e Fêmeas
Portador  Normal  = 50% Portadores Machos e Fêmeas
      50% Normais Machos e Fêmeas

ACASALAMENTOS

Acasalamentos de canários ligados ao sexo
 Os canários Satinês  ( olhos vermelhos ),pasteis ( melaminas diluídas) e os marfins ( lipocromos diluídos ) são ligados ao sexo, isto é, apenas o macho dá características à descendência, sendo que as fêmeas são neutras nunca portando o factor ( ou são puras ou normais). O acasalamento com esses exemplares se reflecte na descendência nas seguintes maneiras :

Casal

filhotes
Puro – pura
Machos e fêmeas puros
Puro – normal
Machos portadores e fêmeas puras
Normal – pura
Machos portadores e fêmeas normais
Portador – pura
Machos puros e portadores, fêmeas puras e normais
Portador - normal
Machos normais e portadores, fêmeas puras e normais
Deste quadro se depreende que, se acasalarmos um macho satinê , pastel ou marfim com fêmeas puras ou normais da mesma linha, obteremos filhotes conforme os esquemas acima apresentados .

Canários duplo factor

 Os brancos, opalas e inos são canários de duplo factor, isto é, tanto o macho como a fêmea têm de ser puros ou portadores para gerarem filhotes conforme o seguinte esquema:
Casal
Filhotes
Puro – pura
Machos e fêmeas puros
Puro – normal
Machos e fêmeas portadores
Normal – pura
Machos e fêmeas portadores
Portador – pura
Machos puros e portadores, fêmeas puras e portadoras
Portador – normal
Machos normais e portadores, fêmeas normais e portadoras
Puro – portadora
Machos e fêmeas puros e portadores
Portador – portadora
Machos e fêmeas portadores, normais e puros
Normal -  portadora
Machos e fêmeas portadores e normais

Deste quadro se depreende que, de acasalarmos um macho branco, opala ou ino portadores com fêmeas puras, normais ou portadoras da mesma linha , obteremos filhotes conforme o esquema  acima apresentado.

MOSAICOS DA LINHA CLARA COM E SEM FATOR
Mauro de Q. Garcia
Juiz COM-OBJO
Revista CMCP-Junho-2001


 O padrão mosaico de distribuição lipocrômica é uma herança genética da hibridação do canário com o tarim – pintassilgo da Venezuela que através de selecção rigorosa, durante muitos anos, atingiu o limiar da perfeição se assim o podemos dizer. Há, entretanto controvérsias neste artigo. Os autores italianos Canali e Gasparini defendem que o factor mosaico é na realidade uma mutação e não resultado de transferência genética de hibridação conforme consenso aceito mundialmente.
Cores bastante apreciadas entre os criadores podemos dizer que se os Belgas se gabam de ser os melhores do mundo, a frente dos italianos, nós não ficamos atrás. Temos visto pássaros fantásticos em criadouros nacionais e posso até mesmo dizer que melhores do que os europeus.
Na realidade há um certo equilíbrio entre os mosaicos da Bélgica e os italianos. Para isto basta observar os resultados do último campeonato mundial e comparar.
D-8 Lipocrômicos amarelo mosaicos
 Bélgica: não classificou
 Itália: 1 lugar
D-14 Lipocrômicos vermelho mosaicos
 Bélgica: não classificou
 Itália: 1 lugar
D-22 Lutinos mosaicos
 Bélgica: 1, 2 e 3 lugares
 Itália: não classificou
D-24 Rubinos mosaicos
 Bélgica: 1, 2 e 3 lugares
 Itália: não classificou
Deixando de lado a disputa europeia voltemos ao nosso tema do artigo. Existem dois padrões muito bem definidos de canários mosaicos: um para o macho (Tipo 2) e outro para a fêmea (Tipo 1).
Standard Tipo 1
Principais características
- Linha ou traço ocular
- Marcação do peito
- Marcação dos encontros
- Marcação do uropígio
a) Linha ou traço ocular
Devem ser bem definidas, simétricas e de preferência partindo atrás dos olhos. A falta de simetria deve ser penalizada proporcionalmente. Qualquer imprecisão não é bem vista. Não há porque tolerar pássaros com marcações oculares espalhadas se sabidamente temos exemplares que preenchem os requisitos do padrão. Sua ausência também não é aceita.
b) Marcação dos encontros
Deve ser bem visível, concentrada e precisa. Não deve se estender muito ao dorso e nem muito às rémiges. O lipocromo deve ser o mais intenso possível nesta área.
c) Marcação do peito
Uma pequena mancha colorida (em torno de 1 cm2 de área) ovalada preenche os requisitos do standard. Sua ausência é menos grave do que uma marcação muito ampla, borrada. Aqui, também, o lipocromo deve ser o mais intenso possível.
d) Marcação do uropígio
É a menos importante de todas no julgamento embora deva se ater ao preconizado no padrão. Marcações extensas não são desejáveis. O ideal é que seja mais concentrada e mais precisa. Seu brilho e intensidade também são importantes.
 
 

Mosaico tipo 1 (fêmea) Aspecto lateral, observando-se linha do traço ocular, partindo atrás do olho e ainda apresentando belo contraste entre o manto e o encontro (bem definido, porém de intensidade que deixa a desejar).

Mosaico tipo 1 (fêmea) Visão frontal com destaque para marcação do peito - subtil - observando-se ainda, testa desprovida de lipocromo conforme requerido pelo padrão.
Standard Tipo 2
Principais características:
- Máscara
- Encontros
- Marcação do peito
- Uropígio
a) Máscara
O padrão para o macho é bem diferente daquele para a fêmea. Maior quantidade de lipocromo é observada respeitando naturalmente características do padrão. Deve ser bem evidente e bem definida. Não pode se estender à nuca e nem ao peito. Seus limites devem ser precisos ao máximo. Olhos centrados dentro dela. Um defeito frequente é a falta de contorno bem desenhado embaixo do bico. Quanto mais intensa melhor.
b) Encontros
Devem ser simétricos e bem marcados por lipocromo intenso de preferência. A cor não deve subir ao manto dorsal porem são mais evidentes do que nas fêmeas. Pássaros “intensos” (plumagem muito curta) tendem a apresentar melhor marcação de encontros.
c) Uropígio
Bem definida, intensa de preferência e não se estendendo muito à cauda.
 
 

Mosaico tipo 2 (macho) Máscara bem definida, com bom contorno inclusive em baixo do bico, apresentando lipocromo vermelho intenso de boa qualidade.

Mosaico tipo 2 (macho) Aspecto lateral destacando-se a forma triangular da máscara com o olho bem centrado.
 

Mosaico tipo 2 (macho) Visão frontal, observando-se sufusão lipocrômica adequada no peito, encontros bem delimitados e máscara de bom contorno. (fotos G.Vecchio).

Mosaico tipo 2 (macho) Detalhe do encontro, observando-se boa intensidade de coloração e contraste em relação ao manto. Discreto nevadismo em sua área central.
 

Mosaico tipo 2 (macho) Visão posterior com destaque para a nuca, parte alta do dorso e encontros. Máscara terminando de acordo com o padrão sem estender à nuca.

Mosaico tipo 2 (macho) Detalhe do uropígio. Seria desejado maior intensidade de cor.
CONSELHOS PARA CRIAÇÃO
Embora actualmente se admita o consenso da criação dirigida para obtenção de machos ou de fêmeas é preciso ressaltar que de um determinado casal de bom padrão possa nascer bons machos e boas fêmeas, com certa frequência. Assim é preciso considerar aspectos inerentes aos anseios e limites de cada criador. Aqueles que se dedicam exclusivamente à linha clara com ou sem factor e criando com número elevado de casais devem trabalhar com fêmeas mascaradas para obter melhores machos e machos com máscara pouco evidente para se obter boas fêmeas. No entanto, aos pequenos criadores aconselhamos o acasalamento de dois bons exemplares bem definidos de acordo com o padrão específico. Ressalta-se que machos com características de fêmeas podem não ser prolíficos. Por outro lado machos com máscaras exuberantes, estendendo-se à nuca jamais deverão ser acasalados com fêmeas fora do padrão sob risco de se obter somente machos e fêmeas mal definidos.
O conceito de se introduzir canários brancos e branco dominante para melhorar o manto dos mosaicos (torna-lo mais branco) é equivocado e não conduz a pássaros mais bem marcados.
CONCLUSÃO
Os canários mosaicos representam uma das mais belas categorias sendo apreciados pela maioria dos criadores mas, no entanto, são de difíceis de se trabalhar. Obter vários exemplares com as características desejáveis do padrão requer um bom manejo e selecção rigorosa.
Finalizando sugerimos que os criadores de mosaicos da linha clara com factor somente devam usar substâncias corantes (cantaxantina ou similar) após a oitava semana de vida do filhote, evitando ainda que tenham penas arrancadas para não quebrar a simetria. Não se esqueçam da forma e do tamanho pois são itens fundamentais no conjunto
COLORAÇÃO ARTIFICIAL

          A coloração artificial, é sem dúvida um segredo, pois trata-se de uma arte. Uma boa coloração é o caminho certo para vendas.
Uma dosagem certa, equilibrada, torna as nossas aves mais belas saudáveis e os resultados gratificantes nas exposições.
Existem no mercado, muitos produtos que são utilizados para colorir os nossos canários, mas os mais usados são sem margem para dúvidas: A Catanxatina, o Betacaroteno , o Carofil Red e Bogena Red Intensiv.
Uma boa coloração dos canários feita com método aumenta a sua beleza e tem grande influência nas exposições pois torna-se mais belas e vistosas contribuindo assim para o aumento dos amantes pelos canários de factor vermelho, esta razão que me levou a falar neste assunto para desta forma poder contribuir para melhorar o aspecto das aves dos nossos associados.
Os canários a colorir devem ser divididos em três grupos:
 
1º Grupo: Rubinos com factor vermelho. Opalas marfim rosa, Lipocromos marfim rosa, Bronzes marfim rosa, Pastel marfim rosa, Agata marfim rosa, Pastel asas cinzentas, Isabel marfim rosa, Castanho rosa.
Dosagem: 2 a 3,5 gramas de betacaroteno ou Bogena Intensiv por cada 1 Kg de papa seca
2 a 3,5 gramas de Carofil Red por cada 1 Kg de papa seca
A mesma dosagem por cada litro de água, depois de fervida, à temperatura de 60º que depois se retira empregando o liquido obtido na proporção de 100 ml/litro de água simples.
 
2º Grupo: Todos os canários com factor mosaico.
Dosagem:   3,5 gramas de Betacaroteno ou Bogena Intensiv por cada 1 Kg de papa seca
3,5 gramas de  Carofil Red por cada 1 Kg de papa seca
A mesma dosagem por cada litro de água, depois de fervida, à temperatura de 60º que depois se retira empregando o líquido obtido na proporção de 100 ml/litro de água simples.
 
3º Grupo: Todos os canários com factor vermelho intensivo tais como; Vermelhos, Bronzes, Agatas, Isabeis. etc..
A mesma dosagem por cada litro de água fervida, à temperatura de 60º que depois se retira empregando o líquido obtido na proporção de 200 ml/litro de água simples. 

 

A MUTAÇÃO TOPÁZIO

 



 A mutação Topázio aparece em 1970 em Itália.
 A moda e o número de outras mutações precedentes (novas cores), fizeram com que estas aves não merecessem por parte dos criadores a devida atenção. É, pois, uma das razões que faz com que esta recente mutação seja mal entendida e , também, com que a grande maioria dos criadores não saibam dirigir os respectivos acasalamentos.
 Estes canários estriados confundiam-se com os inos, visto que a sua primeira aparição surgiu de um plantel de canários inos e os seus criadores passaram a denominá-los “inos a melânina central”.
 Os canários Topázio apresentam um desenho dorsal constituído por estrias, como se se tratasse de um canário clássico ( Negro – Castanho – Ágata – Isabel).
 A tipicidade do Topázio poderá estar no contrate existente em relação às estrias e às entre-estrias.O seu aspecto pode induzir a um parentesco com o canário Satiné, mas, no entanto, as suas estrias apresentam-se numa cor cinzento-antracite mais pronunciada e os olhos não são vermelhos.
 Esta mutação caracteriza-se pela modificação e produção da eumelanina e pela concentração desta em redor canal medular das penas (concentração de negro nas rémiges e rectrizes, em formula de pérola).
 A presença do factor óptico favorece mais os canários com factor mosaico, que apresentam um melhor contraste no seu desenho dorsal.
 Constatou-se que a sua hereditariedade está ligada ao mesmo factor ancestral, com predominância  parcial de Topázio sobre os inos.
 Os canários portadores de Topázio são fenotipicamente idênticos a um clássico.
 Os canários Topázio são portadores de ino fenótipico intermédio (atípicos).

Como acasalar:
 Esta mutação é recessiva, pois o seu comportamento é idêntico a outros factores recessivos tais como Opala-Inos, sendo o resultado dos acasalamentos o seguinte:

TOPÁZIO X TOPÁZIO

100% Canários Topázio

TOPÁZIO X NÃO TOPÁZIO

100% Canários portadores de Topázio

PORTADOR DE TOPÁZIO X PORTADOR DE TOPÁZIO

25% Canários Topázio
50% Canários portadores de Topázio
25% Canários clássicos não Topázio

Considerando que os Topázios e Inos possuem genes diferentes, nos acasalamentos entre si podemos obter:

TOPÁZIO X INO

100% Topázios portadores de ino (atipicos)


TOPÁZIO PORTADOR DE INO X TOPAZIO PORTADOR DE INO

25% Topázio
50% Topázios portadores de ino
25% Inos

Standard

 
Negro Topázio Bronze o desenho da eumelanina típica negra do clássico (bronze), nos Topázio aparece na cor negro-chocolate.
 As estrias devem ser nítidas e os flancos bem marcados (estriados).
 A mínima presença de phaelomelanina permite um bom contraste e  coloca em evidência os contornos claros das rémiges, rectrizes e penas de cobertura.
 As asa e cauda devem ser bem marcadas (apresentando cor negra em forma de pérola). Bicos, patas e unhas, são de cor clara. Olhos negros.

ÀGATA TOPÁZIO
 O desenho estriado, de cor cinza-antracite, será menos escuro que no Topázio Negro, fino e curto.
 A phaelomelanina reduzida ao máximo.
 Os flancos bem marcados e estriados.
 Asas e cauda bem marcados, com uma bordadura ampla em forma de pérola.
 Bico, patas e unhas são de cor clara.
 Olhos negros.
 n.r: Os canários Topázio em Castanho e Isabel já existem, no entanto, o seu standard não está oficializado pelo C.O.M. ; Muito embora os criadores continuem a trabalhar para que tal seja possível no mais curto espaço de tempo. Continuam a existir diversas divergências entre os criadores desta bela mutação; no entanto existe uma regra em que todos estão de acordo:
- O Topázio, quanto mais se confundir com o Ágata Pastel menos valor tem.

MUTAÇÃO OPALA


A mutação Opala é uma mutação recessiva, opõe-se ao desenvolvimento da faeomelanina  por
transformação desta e concentra a eumelanina sob o canal medular as penas o, que com o efeito óptico
dá um aspecto azulado à ave.
Esta expressão máxima do tom azulado observa-se principalmente nas rémiges e rectrizes (penas das asas
e cauda), também nesta mutação a parte debaixo das penas da cauda apresentam uma tonalidade mais escura.
Criando sempre com aves puras as marcações tendem a diluir-se e poderão surgir alguns problemas de plumagem, estes factores negativos serão remediados com a utilização de portadores, sendo este de grande importância na criação desta bela ave.
Ágata Opala Vermelho Intenso   
Característica do Opala penas das asas e cauda mais azuladas



NEGRO OPALA
Negro Opala Branco Recessivo
-         Patas unhas e bico o mais negro possível
-         À uma forte redução da paeomelanina e uma modificação qualitativa da eumelanina.
Devido à redução da paomelanina o lipocromo aparece com uma tonalidade mais brilhante.
A oxidação é máxima, as estrias são de um cinzento azulado sobre um fundo azulado.

Puro

Para obter portadores

Negro Opala Branco
Negro Branco
Negro Opala Amarelo Intenso
Negro Amarelo Nevado
Negro Opala Amarelo Nevado
Negro Amarelo Intenso
Negro Opala Amarelo Mosaico
Negro Amarelo Mosaico
Negro Opala Amarelo Marfim Intenso
Negro Amarelo Marfim Nevado
Negro Opala Amarelo Marfim Nevado
Negro Amarelo Marfim Intenso
Negro Opala Amarelo Marfim Mosaico
Negro Amarelo Marfim Mosaico
Negro Opala Vermelho Intenso
Negro Vermelho Nevado
Negro Opala Vermelho Nevado
Negro Vermelho Intenso
Negro Opala Vermelho Mosaico
Negro Vermelho Mosaico
Negro Opala Vermelho Marfim Intenso
Negro Vermelho Marfim Nevado
Negro Opala Vermelho Marfim Nevado
Negro Vermelho Marfim Intenso
Negro Opala Vermelho Marfim Mosaico
Negro Vermelho Marfim Mosaico
  


CASTANHO OPALA



Castanho Opala Vermelho Mosaico
-         Patas unhas e bico de cor clara
Factor Opala provoca uma redução da paeomelanina e modifica e reduz eumelanina castanha, mas deixa evidentes ligeiras estrias cinzento acastanhado, sobre um fundo bege, o que confere á aves uma tonalidade cinzenta acastanhado.

Puro

 

Para obter portadores

Castanho Opala Branco
 Castanho Branco
Castanho Opala Amarelo Intenso
 Castanho Amarelo Nevado
Castanho Opala Amarelo Nevado
 Castanho Amarelo Intenso
Castanho Opala Amarelo Mosaico
 Castanho Amarelo Mosaico
Castanho Opala Amarelo Marfim Intenso
Castanho Amarelo Marfim Nevado
Castanho Opala Amarelo Marfim Nevado
 Castanho Amarelo Marfim Intenso
Castanho Opala Amarelo Marfim Mosaico
 Castanho Amarelo Marfim Mosaico
Castanho Opala Vermelho Intenso
 Castanho Vermelho Nevado
Castanho Opala Vermelho Nevado
 Castanho Vermelho Intenso
Castanho Opala Vermelho Mosaico
 Castanho Vermelho Mosaico
Castanho Opala Vermelho Marfim Intenso
 Castanho Vermelho Marfim Nevado
Castanho Opala Vermelho Marfim Nevado
 Castanho Vermelho Marfim Intenso
Castanho Opala Vermelho Marfim Mosaico
 Castanho Vermelho Marfim Mosaico


 

AGATA OPALA


Ágata Opala Vermelho Mosaico

-         Patas unhas e bico de cor clara
Factor Opala provoca uma redução eumelanina negra assumindo esta uma tonalidade cinzenta azulada sobre um fundo de cor cinzento pérola de uma tonalidade clara.

Puro

 

Para obter portadores

 Ágata Opala Branco
 Ágata Branco
Ágata Opala Amarelo Intenso
Ágata Amarelo Nevado
Ágata Opala Amarelo Nevado
 Ágata Amarelo Intenso
Ágata Opala Amarelo Mosaico
Ágata Amarelo Mosaico
Ágata Opala Amarelo Marfim Intenso
Ágata Amarelo Marfim Nevado
Ágata Opala Amarelo Marfim Nevado
Ágata Amarelo Marfim Intenso
 Ágata Opala Amarelo Marfim Mosaico
 Ágata Amarelo Marfim Mosaico
Ágata Opala Vermelho Intenso
 Ágata Vermelho Nevado
Ágata Opala Vermelho Nevado
 Ágata Vermelho Intenso
 Ágata Opala Vermelho Mosaico
 Ágata Vermelho Mosaico
Ágata Opala Vermelho Marfim Intenso
 Ágata Vermelho Marfim Nevado
Ágata Opala Vermelho Marfim Nevado
 Ágata Vermelho Marfim Intenso
Ágata Opala Vermelho Marfim Mosaico
 Ágata Vermelho Marfim Mosaico
  
CRUZAMENTOS POSSIVEIS


 
 

 Frisado Fiorino
Alvanir Aparecido Rodrigues
Anuário Técnico 4C-1999 Revista Pássaros nro 21 - 2000

O Fiorino foi o último de nossos canários de porte reconhecido pela COM. É uma bela realização dos criadores italianos sob a iniciativa de Livio Susmel e Umberto Zingoni. Seu tipo bem particular não permite que seja confundido com outras raças.
Na Itália, e em toda europa e agora também no Brasil encontramos essa beleza da ave, graças a abnegação e perseverança daqueles italianos de Firenze.
O Fiorino é um canário Frisado que tem um gloster com tamanho em torno de 13 cm, com ombros largos e arredondados e pescoço perfeitamente definido. As frisuras (manto, peito e fachos) dão a forma final do pássaro. A cabeça é de tamanho mediano com pescoço liso robusto, mas perfeitamente definido. Nos exemplares com topete, estes devem seguir o padrão do Gloster Corona já nos sem topete a cabeça deve se aproximar da do Consorte.
O Frisado Fiorino, é de natureza calmo e se sente bem em gaiolas de exposição, que devem possuir dois poleiros na horizontal com 8 cm de distância entre os centros.
Face sua vivacidade e capacidade de proliferação rapidamente vai a todos conquistar e certamente seus criadores terão muitas alegrias.
Há pouco anos atrás consegui doze casais através do amigo Paul de Campinas. No primeiro ano criei alguns exemplares. No ano seguinte fiz permutas com o maior dos Criadores de Canários de Porte do brasil e continuei a aperfeiçoar a raça.
Nesta última criação obtive aproximadamente 50 filhotes. Como posso garantir por experiência própria esta é uma raça que nos dá muito prazer e alegrias. Venha compartilhar connosco essas emoções e colaborar no engrandecimento da canaricultura brasileira.

PROBLEMAS REPRODUTIVOS DOS CANÁRIOS
Fernando Antonio Bretas Viana
Revista CPCCF-Junho/2001


Todo criador tem alguns casais que simplesmente não se reproduzem durante a estação adequada. Por que são estes casais inactivos? As causas são razoavelmente numerosas. Há uma suposição óbvia que um ou ambos os membros deste casal é demasiado jovem ou tem algum problema reprodutivo. O que acontece exactamente quando um pássaro se reproduz em determinada circunstância e não em outra e quais são os estímulos envolvidos nesse processo?
Os hormónios, substâncias químicas produzidas pelas glândulas e liberadas na corrente sanguínea, são responsáveis pelo controle de inúmeras funções do organismo, dentre elas, a reprodução. Uma das principais glândulas envolvidas neste processo é a hipófise, situada no cérebro e que controla o funcionamento das gônadas (ovários e testículos).

PARTICULARIDADES DE CADA SEXO
ALTERAÇÕES DAS FÊMEAS

A infertilidade de uma fêmea geralmente se traduz pela falta de postura, mas há alguns raros casos de ovos inférteis. Neste último caso, o acasalamento sucessivo com três machos diferentes sem fertilização confirma o diagnóstico de esterilidade da fêmea.
Alterações ovarianas ou hormonais, tumores e infecções podem impedir a fertilização e determinar a postura de ovos inférteis. Intoxicações, fraqueza, senilidade e ambiente desfavorável são outros factores que podem determinar infertilidade. Alterações obstrutivas do sistema genital feminino impedem o livre acesso dos espermatozóides aos óvulos, comprometendo a fertilização.
O factor idade é importante e merece maiores discussões. As fêmeas primíparas (que botam pela primeira vez), costumam apresentar uma quantidade considerável de ovos inférteis, às vezes até 50%. Esta infertilidade inicial normalmente cessa rapidamente. Algumas fêmeas adultas frequentemente põem ovos inférteis quando as posturas ficam muito próximas, ou seja, quando a canária bota enquanto os filhotes da ninhada anterior ainda estão muito novos. Aparentemente, este fato se deve a alterações nos níveis de hormônio prolactina, responsável pelo choco e instinto de alimentar os filhotes pela fêmea, razão pela qual estas canárias quase sempre são mães ruins.
Fêmeas afastadas dos machos em idade precoce podem não ter experiência bastante para aceita-los. Embora este fato ocorra com mais frequência entre Psitacídeos, pode também ser visto em algumas canárias. Uma boa opção para despertar a reprodução das fêmeas é coloca-las primeiro na gaiola de reprodução juntamente com o ninho (contrariamente do que a maioria faz), somente introduzindo-se o macho após três dias. Isto geralmente é um estímulo reprodutivo para elas.
Outro problema relativamente comum entre as fêmeas são aquelas que, a despeito de mostrarem sinais de postura (abdómen inchado, fezes amolecidas e até mesmo aninhamento), não botam ovo algum. Estes casos normalmente relacionam-se a problemas funcionais graves, que impedem a produção de óvulos. São pássaros que raramente voltam a ter um ciclo reprodutivo normal e, a menos que tenham altíssimo valor genético, devem ser sumariamente descartados.
Os poleiros redondos, lisos e de diâmetro inadequado podem ser também a causa de infertilidade, sobretudo para canários de porte grande e de posição. A incapacidade de uma correcta apreensão do poleiro por parte da fêmea faz com que a mesma se sinta insegura e evite o acasalamento. Por isto, os poleiros devem ser específicos para cada raça.
ALTERAÇÕES DOS MACHOS

A má nutrição ou baixa luminosidade pode tornar os testículos afuncionais, levando à supressão do instinto sexual e dificuldades durante o acasalamento. Alguns machos podem ser sexualmente indiferentes a certas fêmeas em particular ou a qualquer uma, mostrando-se completamente letárgicos à elas. Normalmente este é um problema difícil de se resolver e, quando não há má iluminação e/ou nutrição, estes machos devem ser descartados do plantel. A idade também é um factor importante, desaconselhando-se o uso de pássaros com mais de 3 anos.

ALTERAÇÕES COMUNS A AMBOS OS SEXOS

Naturalmente todos nós temos aqueles casais que produzem ovos inférteis. A frequência destes ovos na primeira postura é relativamente alta, mas se persiste a partir da segunda há algum problema no acasalamento. As causas deste problema são várias, mas a incompatibilidade entre os membros do casal e a infertilidade do macho parecem ser as mais comuns.
O tipo de pena que a ave apresenta também é um factor importante. Canários de pena longa têm maior dificuldade de um acasalamento correcto e devem ter as penas ao redor da cloaca bem cortadas antes do acasalamento. Este factor parece afectar mais às fêmeas, embora machos com excesso de penas também tenham dificuldades em cruzar. Também é necessário verificar com frequência se estas penas da cloaca não estão com fazes grudadas, pois além do evidente problemas sanitário, a fertilização fica comprometida.

ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DO EMBRIÃO

Há muitas causas para a morte do embrião dentro do ovo e cada criador certamente já teve estes casos em seu plantel. A morte do embrião Põe ocorrer durante todo o estágio de desenvolvimento, entre a fertilização e o final da incubação. Entretanto, há duas fases onde esta mortalidade ocorre com mais frequência, entre o 1o. e o 4o. dias finais de incubação.
As causas principais de morte embrionária precoce incluem factores hereditários (letais), fisiológicos (composição do ovo, retenção dentro da fêmea e alterações no choco), nutricionais (deficiência de vitaminas), infecciosos (contaminação do ovo por certos agentes, principalmente bactérias do género  Salmonella) e danos físicos (quebras de casca). A morte embrionária tardia normalmente decorre de falhas no choco, más condições ambientais (falta de oxigénio ou humidade), mal posicionamento ou deformidade do embrião.
Os problemas de choco são relativamente comuns e podem ser causados por deficiência hormonal (determina perda do instinto de choco), parasitas, unhas muito grandes que danificam o ovo e machos que tentam cruzar com a fêmea em incubação.
Embriões de pais doentes, fracos, velhos ou muito consanguíneos frequentementes não têm força suficiente para quebrar a casca quando esta está um pouco mais dura que o normal. Nestes casos, a humidificação dos ovos com água morna costuma apresentar resultados satisfatórios.

INFERTILIDADE E DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

Os factores nutricionais são importantes não só para a fertilidade, como também para a criação dos filhotes. Qualquer leigo sabe que deficiências nutricionais levam a alterações na reprodução das aves, mas poucos consideram a contrapartida. Aves que recebem excessos de determinados nutrientes geralmente são completamente estéreis. Por isto, recomenda-se uma alimentação balanceada, mas sem excessos.
A infertilidade pode naturalmente ser causada por umas deficiências nutricionais, dentre as quais muito se fala das avitaminoses.
As vitaminas são substâncias orgânicas, sintetizadas principalmente pelos vegetais e ingeridas pelos pássaros junto com sua alimentação. Mesmo as quantidades pequenas, são essenciais para a vida. Doenças específicas causadas pela falta de deficiência de algumas vitaminas, as avitaminoses, podem determinar disfunções nos níveis de hormónios responsáveis pela reprodução. As vitaminas também são essenciais para assegurar um desenvolvimento completo do embrião, para impedir sua morte dentro da casca e para garantir um crescimento normal dos jovens.
As avitaminoses podem ser primárias, quando há níveis insuficientes na alimentação, ou secundárias, quando a ave não consegue absorver os nutrientes ingeridos devido a alguma disfunção, geralmente localizada no trato digestivo (por ex.: as diarreias).
Embora sua participação no processo reprodutivo das aves ainda não tenha sido irrefutavelmente comprovada vitamina E é tida como essencial a um bom desempenho reprodutivo e muitos criadores suplementam com fontes externas, principalmente gérmen de trigo. Esta suplementação perece ser completamente desnecessária, pois a vitamina E está presente em quantidades satisfatórias em todas as sementes oleaginosas, como por exemplo, colza e Níger.
Em periquitos australianos, há uma comprovada degeneração dos túbulos testiculares produzida por deficiência de vitamina B.

A IMPORTÂNCIA DA LUZ

A luz, especificamente o aumento em sua duração e intensidade, tem um grande efeito no ciclo reprodutivo. Ela estimula a hipófise a produzir seus hormónios, dentre os quais aqueles envolvidos no processo de reprodução. Assim, luz e nutrição são os principais factores que determinam o sucesso na reprodução dos pássaros. O ápice da reprodução ocorre sempre naquelas épocas onde há maior luminosidade, ou seja, aproximadamente em outubro, meados da primavera, onde os dias são mais longos.
Pode-se concluir, portanto, que aumentos artificiais na quantidade diária de luz são estimulantes do processo reprodutivo. Qualquer acréscimo (ou decréscimo) de luminosidade, entretanto, deve ser feito de maneira gradual. 

A PRIMEIRA MORADA DO FUTURO CAMPEÃO
Eliane Seixas
Juíza de Canários de Cor OBJO/FOB Diretora Técnica do 3-C
Revista CCC 1996


Actualmente as mulheres já estão conscientizadas de que seus bebés precisam de cuidados desde que foram concebidos (e mesmo antes) até seu nascimento. Com isto o índice de mortalidade infantil tem caído bastante e só não fica próximo do zero, porque a pobreza que ainda impera não permite maiores despesas com estes cuidados.
Do mesmo modo devemos dar atenção aos ovos das nossas canárias, pois ao demonstrarmos maior apreço com estes, certamente estaremos influenciando positivamente na saúde dos futuros filhotes.
Neste artigo gostaríamos de enfocar alguns cuidados que devemos ter durante o período de incubação dos ovos. Afinal, esta é a primeira residência do filhote.
FECUNDAÇÃO
Os canários possuem reprodução sexuada, ou seja, é necessário que haja fecundação da fêmea pelo macho, para dar origem ao filhote.
A fecundação do óvulo pelo espermatozóide, ocorre quando aquele está no oviduto da fêmea.
Deste então, ocorrem várias divisões celulares onde se formam centenas de células. Em seguida ocorre uma breve pausa no seu desenvolvimento até que a fêmea comece o período de chocá-lo.
Com a incubação do ovo, as células se agrupam em tecidos e se especializam, formando os diferentes órgãos. A partir daí, dá-se o início de engorda até completar 13 dias de choco, onde o filhote estará pronto para quebrar a casca e sair para dar continuidade à espécie.
A VIDA DENTRO DO OVO
O ovo é uma célula com grande reserva alimentar (gema) sobre a qual está depositado o disco germinativo, que originará o embrião (futuro filhote).
A gema é sustentada por tendões de proteínas, que se encarregam de mantê-la no centro do ovo quando este é revirado pela fêmea.  Assim, este é aquecido em todo o seu diâmetro, atingindo pleno desenvolvimento com maior eficácia.
A albumina (clara) parte transparente que envolve a gema é responsável pelo suprimento de água para o filhotinho. Tudo isto é envolvido por uma película e pela casca, dando protecção ao embrião.
ALGUNS CUIDADOS
Seria muito interessante que os criadores de canários pudessem visitar uma granja de produção de pintos t ou patos, ou marrecos, etc.) para terem uma ideia do cuidado e do respeito com que os ovos são tratados.
Este cuidado é de extrema importância para que o embrião se desenvolva plenamente, proporcionando o nascimento de um filhote forte e sadio.
É fundamental que se faça uma profilaxia esmerada antes do acasalamento em todos os utensílios que serão utilizados durante a época de cria (gaiolas, ninhos, comedouros, bebedouros e etc.) É necessário, também, que se faça pintura nas paredes e gaiolas, sendo este ato de grande ajuda na eliminação de vários germes maléficos aos filhotes.
Preferencialmente, vá a um Veterinário e faça exame de fezes, colectando o material de acordo com sua orientação e alguns outros exames que possam ajudar na prevenção de possíveis doenças, pois no ato do nascimento o filhote terá tido tempo para produzir anticorpos suficientes para a "batalha" que será a vida com pouca protecção da mãe.
Um cuidado especial que se deve ter, é com o ambiente onde o ovo irá ser chocado, já que o embrião, (embora não pareça), sofrerá importantes influências deste meio.
O ovo possui alimento e água necessários para o bom desenvolvimento do filhote. Porém este, além disto, precisa de boas condições físicas, como: oxigénio, temperatura ideal, humidade relativa do ar adequada, etc. para sua sobrevivência.
Exactamente para receber elementos gasosos do ar, a casca do ovo é porosa, ou seja, é permeável aos gases.
Esta troca gasosa é necessária para absorção do oxigénio, sendo feita pelo filhote com o exterior, por minúsculos poros que não deixam a água sair.
Por isso, o ar do criadouro deverá ser o mais puro possível, para que durante a estada do embrião dentro do ovo, este corresponda favoravelmente.
Dentro do criadouro devemos evitar
- o uso de desinfectantes contendo amónia ou formol
- o uso de insecticidas ligados durante a noite
- superpopulação
- evitar levantar poeira ao varrer o chão.
O ideal é mantermos o criadouro limpo e ventilado.
Muitos criadores preferem retirar os ovos colocados no primeiro, segundo e terceiro dias, guardando-os em uma caixa  com alpiste ou areia.
Este procedimento, deverá ser feito com o ovo na posição vertical, sendo que a parte mais fina deverá ser orientada para baixo.
Com a postura do quarto ovo, o criador retorna com todos os outros ao ninho, evitando assim, que os filhotes nasçam em dias variados.   Este processo é bem eficaz em criadouros onde existam poucos casais.
Outros criadores preferem deixar os ovos no ninho sem retirá-los, pois acham que isto facilita o manejo de sua criação. Este é um processo que dá bons resultados quando se tem grande número de casais, já que serão
necessários muitas trocas de filhotes para outros ninhos, onde este possua o mesmo tamanho do restante da ninhada, para poderem disputar com igualdade de condições a comida trazida pêlos pais.
INCUBAÇÃO
Para uma boa incubação e consequente eclosão, é necessário que tenhamos muito cuidado com o manuseio dos ovos, pois sua casca deverá estar livre de:
- qualquer batida, rachaduras ou deformações.
- qualquer substância estranha (sujeira), pois nelas se depositam milhões de bactérias, que poderão infectar o filhotinho que ainda não possui grandes defesas orgânicas, prejudicando-o.
- poeira que possa dificultar a passagem do oxigénio para seu interior.
Os ovos poderão ser limpos com uma toalha limpa, mas não raspados ou lavados, já que as consequências poderão ser prejudiciais ao bom desenvolvimento embrionário.
Cuide para não tocar os ovos com as mãos sujas, pois este ato poderá ajudar na contaminação do embrião.
Os ovos em processo de desenvolvimento, ou como nós criadores falamos, os ovos "cheios", poderão ser observados através de ovoscópio à partir do sexto dia após o início do choco. Sendo importante a retirada dos que não foram fecundados ou que não estejam sadios, pois estes desprendem gases prejudiciais aos outros embriões que estiverem em desenvolvimento no mesmo ninho.
A HUMIDADE
O ar contém certo grau de humidade, que poderá ser medido por um aparelho chamado higrómetro.
A humidade relativa do ar dentro do criadouro deve variar de 60% a 80%. Abaixo deste índice mínimo poderá haver ressecamento da casca, prejudicando a ruptura desta pelo filhote e acima do limite máximo, poderá
ocorrer um deposito de água na casca além do desejável, prejudicando a troca gasosa do ambiente com seu interior.
Se o ambiente estiver com baixa humidade, inferior a 50% algumas providências poderão ser tomadas para elevá-la como, por exemplo, pulverizar o local com água ou colocar esponjas molhadas próximas ao ninho.
Se esta baixa humidade ocorrer muito próxima ao dia do nascimento do filhote, o criador poderá fazer uma pulverização com água nos ovos, para evitar que a casca fique muito seca e endureça.
O NASCIMENTO
Imediatamente antes de romper a casca, o filhote troca à respiração via arterial que possuía (pouco complexa para tratarmos aqui) pela respiração pulmonar, já que esta lhe permitirá absorver maior quantidade de oxigénio que precisará em virtude do esforço para romper a casca, assim como em virtude da maior movimentação de que necessitará.
Existem muitos episódios em que o filhotinho não conseguirá sair do ovo (casca muito dura), morrendo por falta de oxigénio.
Nas primeiras 24 horas após a eclosão de vida ele consegue se manter vivo mesmo se não for alimentado pela mãe, pois guarda reservas nutritivas no interior de seu organismo (saco de gema).
O ideal é que desde o nascimento, o criador ofereça um cardápio variado ao casal para que, nesta escolha, eles se sintam estimulados a cuidar dês seus filhotes desde as primeiras horas.
A partir daí o criador deverá observar se a fêmea está alimentando o recém nascido com eficiência. Isto não acontecendo, este deverá alimentar o filhote no bico com uma papinha e colocar um pouquinho de açúcar na água do bebedouro para estimular a mãe a sair do ninho mais vezes. Se isto não lograr êxito, o criador deverá trocá-lo para uma outra fêmea que seja melhor tratadora.
CONCLUSÃO
Como podemos observar, é necessário bastante atenção desde a fecundação ao nascimento do filhote para que este possa nascer e crescer sadio.
Aliás, o cuidado deverá ser tomado muito antes, com a escolha de casais saudáveis, de boa linhagem, oriundo de criadores limpos e terem idade média entre 1 e 3 anos.
Antes do acasalamento os reprodutores devem passar por um período de adaptação ao ambiente, ao manejo e a alimentação que serão fornecidos a eles durante o período reprodutivo.
Terminando, gostaria de repetir e alertar os iniciantes que, embora o ovo pareça uma cápsula onde em seu interior um ocupante está isolado do resto do mundo, sua casca é porosa, ocorrendo assim muita comunicação entre o seu interior e o meio ambiente.
Portanto vamos reforçar os cuidados com esta primeira morada do nosso futuro campeão.
 
A falta de higiene é a responsável por grande número de doenças que atingem os canários. Mantenha o canaril limpo e arejado para ter um plantei saudável É mais fácil prevenir doenças que curá-las

AS PERNAS PRETAS DO LIZARD
Roger Smitz
Revista Sano 1998

O padrão dos canários Lizard, exige penas pretas. Fácil dizer, mas como fazer? Nos dois últimos anos, eu estive a procura de conselhos de Universitários sobre o estudo de tubos especiais onde o aspecto luminoso é idêntico a luz do sol.
Os tubos são utilizados dentro de laboratórios para conservar as cores de cobras e largatixas, borboletas e serpentes, etc., e funciona muito bem.
O resultado da plumagem, é perfeita pela tonalidade e desenhos, mas para as pernas e o bico, o resultado é negativo.
Da mesma maneira em 1997, alguns pássaros eram colocados em tubos e outros ao sol dentro de gaiolas e o resultado foi idêntico. Portanto, nós criadores estamos de acordo em reconhecer que a exposição sob o sol é saudável.
Em uma exposição um criador neoirlandês, apresentou-se com seus Lizards de pernas escuras de uma forma extraordinária. O juiz, o mesmo que eu, tinha receio de um julgamento errôneo.
Apenas parecia um erro, pois que no verão eles costumam dar aos Lizards um tipo de alimento que nós não conhecemos, que deixa o bico e as pernas preta.
Um artigo (sem assinatura) apareceu em uma revista francesa, dizendo que a alimentação ria em ácido aminoácido e mais, particularmente em metiônina e em tiyrosini é muito saudável. A metionina devido ao enxofre é útul para a plumagem e a pele e excelente na melanização da plumagem, e a tiyrosini, ela dá origem a melanina. Na Bélgica, quando entra o verão não podemos ignorar a alimentação, dada aos Lizards para se tentar obter pássaros perfeitos. Na Gran-Bretanha a literatura dos livros, não anula a necessidade do sol.
A gente fala sobre a hereditariedade que se procura nos pássaros.
As pernas pretas, a plumagem e a cúpula etc., Os cruzamentos são importantes. Um pássaro de pernas pretas perfeitas, cruzado com outro pássaro perfeito, não é obrigatoriamente ter todos os filhotes perfeitos, mas se um pássaro de pernas perfeitas cruzar com um quase perfeitas, teremos maior porcentagem de pássaros perfeitos.
Este é um artigo para reflexão, para todos os amantes dos Lizards.
Boa sorte
Este artigo foi extraído da revista Lê Club Européen de Forme Et Posture (Lê Bossu Belge). Tradução e adaptação: Aparecida N. Giovinnetti-Wanderley Giovinnetti.

Lizard
Revista Pássaros
nro 20 / 2002

A importância do adorno no canário Lizard
Pontos que se somam para criar o canário Lizard ideal
Por que razão certos criadores de canários Lizard são tão bem sucedidos nas exposições enquanto outros, com aparentemente as mesmas possibilidades, pouco conseguem. Deve haver uma explicação racional para isso.
Temos observado detalhes que talvez conduzam a uma conclusão. Por exemplo, para se obter sucesso com certas linhagens é indispensável que se disponha de um grande número de pássaros. Com relação ao Lizard, no entanto, o número ideal de fêmeas esta provavelmente entre seis e doze reprodutores. Esse aspecto, que é realmente modesto, de fêmeas, haverá tempo e condições suficientes para produzir entre trinta e sessenta Lizards por ano. Mas tenham em mente que nossa preocupação é produzir pássaros que se sobressaiam nas exposições. E para isso é preciso também que o criador saiba como e o que exibir, não se preocupando apenas com a aparência do pássaro.
Uma antiguidade preciosa
Nesse ponto, é conveniente que façamos uma análise de canário Lizard. Pássaro de grande antiguidade, difere das outras linhagens no que diz respeito à troca não só de sua primeira plumagem, mas também um ano mais tarde, por ocasião de sua primeira muda, já adulto. Ao deixar o ninho, é um pássaro indefinido na plumagem escura, exceto pelas penas claras da cabeça. Não há nesse momento nenhum indício da metamorfose que ocorrerá posteriormente.
De um pássaro semelhante a um pardal, ele se transforma num espécime de primorosa beleza, com uma coloração emaranhada e penas que tem por fundo uma grande intensidade de cor. A riqueza de sua policromia é coroada por um capuz de reluzentes penas claras e moldurada pelas asas e cauda de um negro brilhante.
O Lizard já adulto e em perfeita forma trocou, na sua primeira muda, as penas negras remígias das asas e da coada por penas acinzentadas e salpicadas de branco, ficando, a coloração do corpo pouco ou quase nada afetada. A longa permanência dessa plumagem deu origem à asserção muito comum de que o Lizard é um pássaro de exposição o ano todo.
Como muitas outras variedades de canários, o Lizard é uma composição de um certo número de fatores que os seus admiradores levam muito em conta. Em certos países, como por exemplo a Inglaterra, se atribui determinados pontos a cada um desses fatores, tendo certos fatores diferentes dos que se tem em mente na Inglaterra, desde que, é claro, se conserve as características essenciais do pássaro.
Mas qualquer juiz, em qualquer país, jamais deixará de atribuir elevada importância às “escamas” que formam a sucessão de marcas bem distintas nas costas do pássaro. E realmente, embora outros fatores muito possam concorrer para a grande beleza do Lizard, são as escamas que se destacam mais em todo o conjunto formado por sua coloração.
Acontece, porém, que há quem dê importância exagerada a esse ponto, desprezando os demais. E isso, sem dúvida, constitui muitas vezes a razão dos fracassos nas exposições. Ao se criar um pássaro para competição, jamais se deverá subestimar a importância da qualidade da plumagem, da cores, da conformação das asas e da cauda etc. Embora esses fatores, no caso do Lizard, tenham importância menor, são igualmente decisivos pra que se obtenha um exemplar que possa ser considerado ideal. Mesmo porque numa competição, quando dois Lizards apresentam escamas que mais ou menos se equivalem, são os demais fatores que decidirão qual será o vencedor.
Certos detalhes da plumagem do Lizard apresentam tanta beleza que não raro um criador se deixa empolgar por determinada particularidade. Certas pessoas dão a uma bela coloração negra das remígias e da cauda um valor deveras desproporcional e, outros, por sua vez, acham que toda a beleza do pássaro está no capuz. É claro que conceitos dessa natureza só podem conduzir ao insucesso numa exposição. É bem verdade, porém, que se um criador se deixa fascinar por determinada característica de uma variedade, o mesmo pode acontecer também com o juiz. Mas seja como for, jamais as escamas deixarão de influir na decisão de um juiz ao julgar qualidades de Lizard.
Essa incapacidade para avaliar o que realmente pesa numa competição é a primeira razão do insucesso. A segunda, igualmente relevante, é a incapacidade para selecionar o casal que produzirá filhotes de alto padrão. A grande maioria dos Lizards, como a grande maioria de todas as variedades de canários, carecem de certas características valiosas numa competição e isso diminui o seu valor.
É necessário que esse casal reúna traços que sejam valorizados nas competições, mas isso não consiste em apenas se obter os melhores pássaros de uma exposição e acasala-los. Se assim fosse, quem tivesse mais dinheiro para gastar seria mais bem sucedido. O criador deverá desenvolver a capacidade de avaliar o pássaro que será benéfico ao seu plantel e esse pássaro nem sempre se enquadra nos padrões exigidos numa competição.
Acontece muitas vezes que um criador superestima um pássaro que obteve um segundo lugar numa competição em detrimento de outro que obteve quinto ou sexto lugar. Isso trás em si o risco de que se dê maior atenção a um pássaro que apresenta boas e se despreze outro que, tendo falhado numa exposição, é portador de determinadas qualidades excelentes. Tal pássaro, obviamente, deverá ser utilizado para conferir ao plantel essas suas características excelentes, independente do seu fracasso na exposição. A questão se resumirá então em se obter a mistura exata.

 
 LIZARD, QUE DIFICULDADE
Giuliano Passignani
Revista Itália Ornitológica 11/2001
Tradução Arnaldo Silva Araújo
Revista Brasil Ornitológico nro 46/2002

Não existe um único item no padrão da raça Lizard, no que diz respeito ao seu desenho, que possa relaciona-la ao canário doméstico. São tantas as diferenças, seja no fenótipo, seja na anatomia, para não falar da genética, que me fazem chamar esse pássaro misterioso simplesmente de Lizard, e não canário da raça Lizard.
Há muito tempo carrego comigo este preconceito. Há alguns anos, durante um congresso em Modena, junto com o amigo Giovanni Canali, já externava as minhas dúvidas quanto às origens do Lizard. A minha perplexidade foi reforçada após ler na Itália Ornitológica (fevereiro/1996) uma entrevista com o professor Riccardo Stradi. Neste precioso artigo, o professor explicou cientificamente alguns aspectos relativos à raça, entre os quais dizia: “O Lizard é realmente um mistério! Imagine que o pigmento amarelo não contém apenas as xantofilas A e B, mas principalmente luteína e zeaxantina, absorvidas diretamente da alimentação. Essa raça evidentemente não consegue transformar estes dois carotenóides nas xantofilas do canário comum, como fazem a maior parte dos Serinus e dos Carduelis.”
Se avaliarmos atentamente tudo o que foi afirmado pelo professor Stradi e se pensarmos que o Lizard, diferentemente de todas as outras raças de canários criadas em cativeiro, nunca passou por nenhuma evolução, seja do fenótipo, seja do seu patrimônio genético, poderemos pensar que realmente possua bem pouco dentro de si do canário doméstico.
Tendo apresentado esse meu questionamento, que há muito tempo sentia necessidade de externar, quero agora abordar uma importante característica relativa ao desenho do Lizard.
No interessante manual inglês, editado pela Lizard Canary Association e escrito pelo “expert” G. T. Dodwell, se fala, entre outras coisas, da apaixonante história do Lizard, das dificuldades encontradas para manter viva a raça, ao término da Segunda Guerra Mundial.
Detalhadamente, nos diversos itens se fala da qualidade única da sua plumagem, da cor de fundo, das escamas, das asas e da cauda, da calota com todas as suas combinações e relativas avaliações: se fala portanto do tipo da raça. Através de cada um dos itens. Dodwell explica muito claramente como, com cuidados especiais na seleção, poderemos alcançar a máxima tipicidade.
Quando Dodwell, entretanto, fala dops “rowings”, o seu otimismo se enfraquece: “OS rowings, melhor conhecido como escamas peitorais, jamais aparecem claros e nítidos como as escamas do dorso, talvez devido à diferente textura das duas plumagens. É a característica que atualmente é mais deficitária no Lizard, normalmente são estrias contínuas que nada têm de interrupção nítida. Esta característica vem sendo muito trabalhada, sem resultados concretos.”
Como se pode constatar, até o país de origem do Lizard, que elabora seu padrão, é muito cético sobre a possibilidade de conseguirmos ótimos “rowings”. São poucos os Lizard que manifestam tipicamente os “rowings”, e em sua maior parte são as fêmeas, particularmente as nevadas (ou de fundo branco). Isso ocorre devido ao seu desenho mais rico que o dos machos, nos quais é mais claro evidente o lipocromo (cor de fundo).
A maioria dos Lizard apresenta “rowings” apenas nos flancos, e freqüentemente não são bem desenhados, sendo formados por estrias contínuas, relativamente marcadas, formadas inteiramente de eumelanina negra com borda marrom, desenho muito similar ao dos canários de cor negro-marrons oxidados.
Mesmo muitas fêmeas nevadas ou de fundo branco são desenhadas, seja no peito ou nos flancos, com estrias contínuas, que em um primeiro momento podem impressionar favoravelmente a um observador, mas que quando bem analisadas mostram nada ter a ver com os “rowings”. É como se as escamas dorsais fossem formadas de longas estrias contínuas, sem nenhuma interrupção e portanto não são escamas, mas simplesmente estrias que fazem parte do fenótipo de outras raças de canários.
Além das dificuldades na obtenção de bons “rowings”, este defeito faz pressupor que, no passado, foram feitos cruzamentos com outras raças de canários domésticos, e que de vez em quando, devido a fatores genéticos recessivos, o desenho do peito e dos flancos não seja o previsto no padrão do Lizard, apesar de bem marcado e bastante evidente.
É importante não utilizar exemplar com este defeito na criação, para não estragar ou tornar mais trabalhosa a seleção dos “rowings”, que como vimos são muito difíceis de se obter. Mesmo durante os julgamentos, nas exposições, é preciso observar atentamente como são desenhados os “rowings”, quando estão presentes, para não incorrermos em apressadas e erradas avaliações, que além de proporcionar um falso êxito ao expositor, possa induzir os criadores, especialmente os novatos, a fazerem acasalamentos equivocados.
Concluindo, os “rowings” (ou desenho escamado do peito e dos flancos) devem ser claramente destacadas da cor de fundo, nítidos e alinhados, estendendo-se da base do pescoço até a cauda e dos lados do peito em direção ao centro.
Lizard 1,4,5 – Exemplares com desenho peitoral (rowings) de boa qualidade.
Lizard 2e 3 – Exemplares com desenho peitoral (rowings) de pouco qualidade, pois são estrias contínuas.
 

LIZARD
BELOS E DIFÍCEIS DESENHOS
Fernando Antonio Bretãs Viana
Revista Brasil Ornitológico nro 36

O Lizard é um dos mais antigos canários criados pelos ingleses, havendo relatos de sua introdução pelos huguenotes no século XVI. Como a maioria das raças européias, apresentou assustador declínio à época da II Grande Guerra Mundial, mas o trabalho árduo de alguns criadores abnegados fez com que a mesma fosse preservada e chegasse aos dias de hoje.
Embora seja considerado um canário de porte, o Lizard difere das demais raças deste segmento, pois em seu julgamento se observam primeiramente marcação e lipocromo, à semelhança aos canários de cor. Dentre todos os canários, seja de cor ou de porte, pode-se afirmar, sem dúvida alguma, que o Lizard é um dos mais difíceis de criar. Embora os pássaros sejam muito prolíficos, a obtenção de exemplares perfeitos é bastante difícil, nascendo um grande número de canários com despigmentação nas penas, unhas brancas, penas lipocrômicas fora da área da cúpula e outros defeitos menores, como por exemplo cúpulas mal formadas ou manchadas. Outro problema que o criador enfrenta é um certo desconhecimento sobre a hereditariedade das características do Lizard, fazendo com que cruzamentos bem planejados nem sempre terminem em bons filhotes. Assim, são comuns os casos de casais que produzem bons filhotes num ano e péssimos na estação seguinte. Por tudo isto, pode-se resumir a criação do Lizard em uma única palavra: DESAFIO.
CRITÉRIOS DE JULGAMENTO COMENTADOS
Desenho dorsal (25 pontos): O desenho dorsal é o item mais importante do julgamento, valendo 25% do total teórico de pontos. As marcas dorsais tem a forma aproximada de meias-luas e aparecem em linhas longitudinais e paralelas da cabeça ao final do dorso, aumentando de tamanho à medida em que se afastam da nuca. Nos pássaros intensos, o lipocromo entre as marcas aparece uniforme; nos brancos e nevados, as pontas das penas podem apresentar uma franja branca que, entretanto, não deve ser muito exuberante. Marcas desalinhadas, pouco definidas ou de forma diferente da meia lua, excesso de feomelanina e franjas brancas muito pronunciadas são penalizáveis. A presença de penas lipocrômicas em qualquer parte do corpo fora da cúpula implica em desclassificação.
Cúpula (10 pontos): Embora seja a marca registrada da raça, a cúpula vale apenas 10% do total da pontuação. Assim, fica evidente porque um pássaro com bom desenho e cúpula “quebrada” sempre ganha de outro com cúpula perfeita, mas desenho dorsal ruim, normalmente sob protestos do proprietário!!! A cúpula deve ter forma oval e limites bem delimitados, começando na parte superior do bico e indo até a nuca, sem nunca ultrapassa-la. Invasões de áreas lipocrômicas na face ou abaixo da nuca constituem faltas graves. A presença de áreas melânicas na cúpula é penalizada de acordo com sua extensão, recebendo muito bom pássaros com até 10% de marcação, bom entre 10 e 20 %, regular entre 20 e 50% e fraco acima deste limite.
Nos canários sem cúpula, estes 10 pontos são atribuídos à marcação da cabeça, que deve ser similar à do dorso, mas de tamanho pequeno. As eventuais áreas lipocrômicas são penalizadas de maneira similar aos Lizard com cúpula.
Desenho do Peito  e Flancos (10 pontos): O desenho do peito é similar e pequenos triângulos com vértices em direção à cauda, começando no bico e terminando no final do corpo do pássaro. São mais evidentes nos pássaros nevados e nas fêmeas. Em alguns casos, a proximidade entre os triângulos faz com que os mesmos apareçam como linhas, o que é indesejável. Pelas suas características próprias, os pássaros intensos não são muito penalizados neste item.
Plumagem (10 pontos): A plumagem deve ser sedosa e compacta, característica observada na maioria dos exemplares. Pássaros com plumagem frouxa são penalizados com rigor. Plumagem sem brilho e bordas das penas excessivamente branca também determinam perda de pontos neste item.
Cor de Fundo (lipocromo): A cor de fundo deve ser regular e bem distribuída, o que contribui decisivamente para o destaque dos desenhos. A cúpula e todo o lipocromo aparente devem ter a mesma tonalidade. Lipocromo sem uniformidade ou “lavado” são rigorosamente penalizados.
Asas e cauda (10 pontos):  As penas das asas e cauda devem ser a mais escura possível, sempre tendendo ao negro. Pássaros com penas tendendo ao cinza-escuro ou com bordas muito despigmentadas são indesejáveis. Pena lipocrômicas nas asas e cauda desclassificam o exemplar.
Cílios (5 pontos):  Os cílios são duas linhas regular que separam a cúpula da face, situados acima dos olhos da ave. Ausência ou interrupção dos cílios s/ao passíveis de punição.
Bico, Pernas e pés (5 pontos): O Lizard é um canário fortemente oxidado e, como tal, deve possuir bicos, pernas e patas o mais escuros possíveis. Áreas manchadas ou de coloração córnea são penalizáveis. A presença de unha(s) despigmentadas determina a desclassificação do pássaro.
Desenho das espáduas (5 pontos): As coberturas das asas junto às espáduas devem estar harmônicas com o desenho do pássaro. Penas que modifiquem este desenho são penalizadas com rigor. Penas lipocrômicas nesta região são motivo de desclassificação.
Tamanho (5 pontos): O Lizard é um pássaro relativamente pequeno (12,5 a 13,5 cm) e não deve jamais ter seu tamanho comparado aos canários de cor (13 a 15 cm). Este item é pouco importante, pois a maioria dos exemplares está dentro destes limites.
Condição Geral (5 pontos):  Neste item são avaliados a limpeza e  a saúde da ave. Pássaros letárgicos, indóceis, juntos ou com escamas nos pés são penalizados.
ALGUNS SEGREDOS DE CRIAÇÃO
O Lizard é um canário que desafia as leis da genética, pois toda a previsão feita durante o acasalamento com freqüência resulta em nada. Entretanto, alguns pontos importantes devem ser observados para uma melhor criação:
Ø Cruzar sempre fundo intenso com nevado. O cruzamento entre dois pássaros determina o nascimento de filhotes com excesso de marcação branca nas bordas das penas e lipocromo ruim;
Ø Pássaros de fundo branco devem ser preferivelmente cruzados com intensos, resultando em filhotes intensos de fundo branco. Em termos de concurso, estes canários são mais valorizados, por sua melhor marcação e pouca feomelanina;
Ø Evitar o cruzamento de brancos com nevados que sejam filhos de branco. O uso constante de pássaros de fundo branco no plantel na maioria das vezes leva ao aparecimento de aves com excesso de marcação branca nas bordas das penas, nevadismo ruim e marcação deficiente;
Ø Jamais cruzar dois exemplares de cúpula perfeita entre si, pois há a possibilidade do nascimento de filhotes com cúpula excessiva, descendo além da nuca. O ideal é cruzar um pássaro de cúpula pequena com um de cúpula perfeita;
Ø Pássaros sem cúpula devem ser cruzados entre si;
Ø Não usar nunca na reprodução aves de unhas claras ou penas lipocrômicas fora da cúpula, pois embora estas características sejam recessivas, aparecendo futuramente no plantel, arruinando todo um trabalho de seleção;
Ø Todo Lizard de mais de um ano de idade tem um certo grau de despigmentação nas bordas das penas. Entretanto, devem ser descartados aqueles cuja despigmentação seja excessiva;
Ø Como todo canário oxidado, os filhotes devem receber o máximo de sol possível, para aumentar esta oxidação;
Ø Para a obtenção do Lizard de fundo vermelho, usar bons exemplares de cobre. O resultado deste cruzamento será aves com o fenótipo dos canários cobre que, cruzados entre si, produzirão 25% de Lizard com fator.

Acasalamento de Canários de Topete

 
Sabemos que se acasala um consorte com um corona quando acasalamos canários de topete (Gloster/Crest), mas estamos acasalando para produzir topetes premiados ou consorte premiados? Você pensou e disse ambos? É
tempo para repensar nossas teorias.

Baseados nos muitos anos de pesquisas na criação de Crests, numerosos fatos foram averiguados por aplicação, observação e estudo detalhado. Os fatos resultantes estão sendo oferecidos como teorias novas e documentadas. Como elas se relacionam ao acasalamento de Glosters/Crests. Estas teorias são a base na qual nos apoiamos.
O primeiro ponto é a afirmação de que o exemplar de cabeça grande deve ser usado para a produção de campeões com topete.
Estes pares de cabeça grande deveriam ser usados, ao contrário, na tentativa de produzir uma linha premiada de consortes, se essa é a direcção que a pessoa deseja ir.
Esses criadores que ganham principalmente com os consortes tendem, geralmente, a produzir canários ruins de topete.
Aqui fica uma palavra de advertência: Esteja atento ao fato de que há criadores destas raças que, principalmente por causa da falta de conhecimento em genética, experimentam continuamente. São estes mesmos criadores que misturarão canários que vem de algumas linhagens que usam um plantei de Glosters/Crests em várias cores e de vários criadores, na tentativa de desenvolver uma "linhagem" de vencedores. O fato é que eles nunca tiveram uma linhagem sua, de seu próprio desenvolvimento.
Alguns destes mesmos criadores vendem os canários jovens excedentes, considerados  refugos destas experiências mal sucedidas, aos novos criadores, que terão resultados ruins em sua criação. Este criador que desova seu lixo aos novatos, está prestando um desserviço a canaricultura.
Vendendo os refugos destas experiências, asseguram que qualquer descendência que o comprador produza nunca os baterá em concursos no futuro. O "campeão" ou vencedor da raça que vende este tipo de refugo não sabe onde aquele novato aparecerá com qualquer pássaro jovem, produzido do que ele lhe vendeu, e assim restringiu que o dele pontue bem na temporada de concurso. Esta prática só desencoraja o novo criador.
Em lugar de ajudar o criador novato, alguns criadores que ganham regularmente os concursos, se recusam a compartilhar o conhecimento, teorias e métodos alcançados por eles. Muitos morreram até mesmo com estes "segredos" que foram enterrados com eles.
O segundo ponto é aquele sobre o que se deve ter como qualidade top para concurso.
Normalmente, um juiz educado e honesto considera os topetes de canários premiados muito menores em tamanho do que o criador consideraria. Este deveria levar em conta que se o juiz está seleccionando espécimes em relação a tamanho, de acordo com o padrão de perfeição, este nunca deve emparelhar dois canários campeões (pequenos). Esta prática só resultará em exemplares menores. O criador deveria acasalar um médio, ou pássaro de tamanho maior a um pássaro campeão premiado menor para ter ninhada de digamos, quatro ovos, dois pássaros de acção (para criar) e dois pássaros de concurso. Deve-se também usar o método de acasalamento quantitativo para produzir os números necessários para se ter sucesso. Acasalamentos correios devem render a cada estação de cria, campeões de concurso. Devemos ter machos para casais produtores de topete e fêmeas também produtoras de topete. E nós não estamos nem mesmo falando sobre todas as variedades de cores.
Para começar uma criação ou uma linhagem, o criador têm de produzir os pares iniciais ou trios comprados.
O criador de quem a pessoa adquiriu os casais para iniciar, tem a  responsabilidade de ensinar e averiguar o que está sendo produzido por ele. Com os Glosters/Crests, há muitas características que a pessoa está pensando em obter, assim como também muitas falhas que está tentando eliminar dependendo da fonte original (matrizes).
Muitos tentaram esclarecer isto escrevendo sobre suas próprias experiências, mas a terminologia e as ilustrações de exemplos, que acompanham o material publicado, ainda deixam muito a desejar.
Ambos, o criador novato e o já experiente estão se esforçando para melhorar continuamente e assim tem que se esforçar para absorver muita informação correia sobre este assunto para ter êxito.
Uma pergunta que um novato mais interessado me fez, foi se um de seus pares de Gloster com uma sobrancelha grande por cima de olho seria o tipo para usar no programa de criação. Foi sugerido que ele lesse um artigo referente ao assunto. Logicamente dei as explicações ao jovem iniciante. O fato triste é que por causa da falta de exemplos visuais que acompanhem os artigos, a pessoa não pode juntar a terminologia com um visual do pássaro.
Sem ver o pássaro ou o exemplo preciso que ilustre o tipo de pena exacta mencionada, fica difícil O mais estudioso normalmente entenderá um pouco o que é a diferença em textura de pena Muitos criadores não entendem sobre as penas em canários e é pior com os Gloster/Crests porque muitos criadores usaram acasalamentos durante anos sem prestar atenção à combinação, da cor da pena , textura, comprimento ou largura. É muito difícil de descrever estas diferenças para permitir ao leitor entender com precisão sem um visual.
A maioria é forçada a ver de fato pessoalmente cada um dos vários representantes da raça e solicitar explicações por parte um criador experiente e que tem uma compreensão completa do assunto. Deveríamos e isto já ocorre com alguns criadores na Europa e Estados Unidos,
Entregar ao criador que está adquirindo nossos canários, uma ficha completa, com toda informação sobre o canário, seus pais, avos, tipos de pena, etc...
Assim eles podem ver as diferenças em todo pássaro contido na remessa. Isto ajuda o criador mais detalhista a entender o raciocínio atrás do por que eles são  acasalados e o modo que eles são.
É melhor responder perguntas sobre tipos de pena e seus acasalamentos em uma exposição, onde se pode achar exemplares com a maioria das texturas  disponíveis.
Como para aquela pergunta sobre o uso de um dos pares com uma grande sobrancelha, é necessário recorrer à extensão de sobrancelha do outro par. Se for um canário médio emplumado, pode ser correio o acasalamento, porém se for outro com grande sobrancelha, pode ser um desastre. Triste dizer, que por consequência de anos de acasalamento errado por parte dos criadores, muitos dos nossos Glosters/Crests aparecem com cistos ou bolas de pena. Estes cistos são resultantes de acasalamento de canários sem avaliação de suas penas. Não se trata de tamanho do canário, mas da textura das penas.
Sempre emparelhe a pena curta para adquirir um equilíbrio. Dois canários de plumagem curta, acasalados, resultará na maioria dos casos, um canário de corpo estreito com topete pobre e muito curto com entradas comprimidas na cabeça.
Dois canários de plumagem longa acasalados (que é o que a maioria dos criadores de Glosters/Crests faz com resultados desastrosos para aumentar o comprimento do Topete) resultará na maioria dos casos corpo largo, sem forma adequada, muito emplumado, produtor de cistos/bolas enormes. Os filhotes começarão a adquirir divisões na parte de trás do pescoço e costas e meio coletes no tórax, relaxamento nos flancos e alguns outros defeitos menores. Os topetes começarão a adquirir aberturas e divisões na parte de trás.
E nós nem mesmo comentamos sobre as penas longo - largas e penas longo - estreitas ou penas curto - largas e curto- estreitas e em intenso e nevado. A maioria dos criadores não está atenta aos segredos da pena. Acordem! O resultado disso é que você vê tantos comprando por todo lado. Ganhando, então, num ano ou dois e depois, só tristeza.
Azar ou falta de técnica na criação? A maioria dos criadores entende os mesmos fundamentos, como curto e longo, largo e estreito, contudo eles não conseguem identificar todas estas penas em seus próprios pássaros. Um fato que é considerado pêlos maiores e melhores criadores, é que as raças Gloster/ Crests, existem e foram desenvolvidas por causa do topete.
"O topete é que coroa o êxito destas raças". Se for seu objectivo criar Crests e Glosters de topete, então os faça produzir as coroas mais perfeitas que você consiga. Dê uma olhada, pesquise, veja o que o pessoal está fazendo,
pergunte, veja o que há lá fora.

Não seja apenas um criador de canários, seja um campeão!
Com base nos muitos anos de pesquisas na criação de Crests, numerosos fatos foram averiguados por aplicação, observação e estudo detalhado. Os fatos resultantes estão sendo oferecidos como teorias novas e documentadas. Como elas se relacionam ao acasalamento de Glosters/Crests. Estas teorias são a base na qual nos apoiamos.

FRISADO DO SUL

País de origem: FRANÇA (Sul)
HISTÓRICO        Como nas outras raças frisadas mais antigas, a origem é obscura. Mas tais pássaros parecem ser originais do Sul da França, espalhando-se depois para a Itália e Espanha.
       O interesse e o desenvolvimento específico desse tipo em uma certa região, em termos remotos, poderá ser explicado pelo isolamento ocasional de um grupo de criadores de pássaros frisados. Estes criadores, dando uma interpretação toda pessoal a um padrão que possuíam, conduziram a raça, por falta de material de comparação, ao que supunham ser o ideal e posteriormente, ao compará-la com os pássaros de outros centros, verificaram que as diferenças eram marcantes e praricamente uma nova raça foi fixada.
       Se compararmos o FRISADO DO SUL com o desenho do Frisado Parisiense feito pelo Sr. Le Roy, em 1890, a semelhança é grande. É também conhecida por HOLANDÊS DO SUL.
       Sendo um frisado leve, as frisuras não são tão volumosas quanto as das raças pesadas.

O FRISADO DO SUL IDEAL
TAMANHO:  É um pássaro de tamanho que deve variar de 16 a 17 cm, tamanho este de difícil avaliação pela posição curvada que adota, tanto em repouso como em posição de concurso.
Sendo um pássaro de postura, esta é fundamental para o julgamento. Em posição de concurso, o pássaro  gripa o poleiro.

FORMA: As canelas e coxas ficam praticamente na vertical do poleiro, o pescoço distende-se e a linha cabeça-pescoço-dorso e cauda se aproxima da forma do número 7, inclinado em relação à sua posição original.
PLUMAGEM: A plumagem é abundante em relação ao Gibber Italicus e o Giboso, mas bem menos abundante que a das raças pesadas.
Os pássaros nevados, normalmente, têm plumagem mais volumosa.
O manto deve ser dividido por uma linha longitudinal no centro das costas e cair simetricamente sobre elas, cobrindo os encontros das asas.

PEITO: O peito também é duplo, formando na parte superior o "cestinho" característico. O ventre deve ser liso.
Os fachos nascem na região de implante das pernas e se elevam em curva, envolvendo a parte inferior das asas.

CABEÇA:  A cabeça é pequena, serpentiforme, o bico proporcionalmente grande e os olhos centrados.
PESCOÇO: O pescoço é longo e fino, harmônico com o tamanho da cabeça, e se insere no tronco da parte superior em um ângulo arco de cerca de 90º.
PERNAS: As pernas são compridas, as coxas emplumadas e aparentes em todo o seu comprimento, as canelas também longas, dedos e unhas de tamanho compatível. As unhas são normais, sem curvaturas.
CAUDA: A cauda é relativamente longa, fina e posicionada no prolongamento da linha do dorso.
ASAS: As asas são longas, perfeitamente aderentes ao dorso, com as pontas se tocando sem se cruzarem .
O pássaro deve estar limpo e sadio e pode ser apresentado em qualquer cor de fundo, bem como pintado.
COMENTÁRIOS SOBRE AS CARACTERÍSTICAS
       Pássaros que não entram em posição devem ser penalizados com rigor. Os que ficam em posição próxima da ideal devem ser penalizados com brandura.
       A forma do número 7 inclinado só é conseguida quando em posição. Os pássaros que na posição de repouso se agarram às grades laterais não devem ser penalizados.

       O tamanho ideal é entre 16 e 17 cm. Pássaros com tamanho excessivo devem ser penalizados. Pássaros pouco menores que os 16 cm, que entrem na posição, devem ser penalizados com moderação. 
       O volume da plumagem deve ser compatível com a forma. Pássaros com frisuras abundantes tendem a apresentar frisuras em locais onde não devem existir, e devem ser penalizados.
       Pássaros com frisuras escassas, como as do Gibber, devem ser penalizados com rigor.
       Só o manto, peito e fachos são admitidos como frisuras. Outras zonas como cabeça, pescoço e ventre que apresentem frisuras devem sere penalizados proporcionalmente à importância dessas frisuras. 

       Manto curtos em demasia, mesmo que simétricos, devem ser penalizados. Mantos assimétricos devem ser penalizados proporcionalmente à assimetria. 
       Peito onde as penas não convergem para o centro devem ser penalizados com rigor. 
       Fachos curtos, mesmo simétricos, devem ser penalizados. Fachos assimétricos devem ser penalizados proporcionalmente ao grau de assimetria.        Pássaros com fachos para cima, mas implantados em direção errada, por exemplo para a frente sem envolver as asas, devem ser penalizados. 
       Neste item devem ser observados a cabeça e o pescoço. Cabeça grande, pescoço curto e grosso devem ser penalizados com rigor. Bico muito pequeno e olhos posicionados devems ser penalizados.
       Frisuras nessas partes devem ser penalizados no item PLUMAGEM. 

       As pernas são longas e na posição de concurso ficam praticamente na vertical do poleiro. Na posição de repouso ficam ligeiramente fletidas.
       Coxas sem plumas ou pouco aparentes devem ser penalizados com rigor. Canelas curtas devem ser penalizadas com rigor. Pernas em que a articulação coxa-canela se desloque para a frentre quando o pássaro entra em posição devem ser penalizadas com moderação.

       A cauda é relativamente longa e compacta, e deve ficar no prolongamento do dorso. Caudas curtas, levantadas, ou que saiam da linha do dorso quando o pássaro entra em posição, devem ser penalizados com rigor. Os pássaros que entram em posição com freqüência normalmente apresentam a parte interna da cauda, e às vezes os pés, sujos de fezes, mas isto não deve ser levado em consideração. Penas da cauda esgarçadas são também comuns, pois o pássaro utiliza a cauda muitas vezes como apoio, e isto não deve ser penalizado. Caudas com falta exagerada de penas devem ser penalizadas com rigor. 
       Asas curtas devem ser penalizadas com moderação. Asas que cruzam devem ser penalizadas proporcionalmente ao grau de cruzamento. Com as asas arriadas o procedimento é idêntico. 
       O pássaro deve estar limpo e saudável. Pássaros sujos devem ser penalizados. Os pés e a parte interna da cauda podem apresentar traços de fezes após um ou dois dias na gaiola, mas isto não deve ser penalizado.
       São admitidas todas as cores de fundo e também pássaros pintados. 

· A ausência de manto ou os que tenham todas as penas voltadas para um só lado.
· Pássaros cujas penas do peito estejam voltadas para um só lado.
· Pássaros com ausência de facho(s) ou que esteja(m) arriado(s), isto é, para baixo. 

COMO MELHORAR A EMPENAÇÃO DO SEU FRISADO PARISIENSE
Revista CPCCF Junho 2005
 
Um dos principais fatores que embelezam o Frisado Parisiense é sua empenação limpa e perfeita. Entre os criadores, existem diversos conceitos de como conseguir mante-lo em condições de participar de concursos e, conseqüentemente torná-lo um campeão.
Descrevo, abaixo, a minha forma de proceder:
a) ACASALAMENTO: Devemos sempre acasalar pássaros de penas sedosas com outros de penas duras e médias, porém, este tipo de acasalamento não nos livrará totalmente de obter pássaros imperfeitos, pois nem sempre a teoria se expressa na prática.
b) LIMPEZA: Nossos viveiros e gaiolas deverão sempre estar em perfeito estado de limpeza. As grades (pisos) devem ser trocados a cada 3 ou 4 dias e as bandejas devem ter os papéis removidos, pelo menos um dia sim outro não.
c) BANHOS: Alguns criadores não possuem o hábito de colocar recipientes
(banheiras) com água para que os pássaros se banhem. Particularmente,
tenho como procedimento usual, colocar recipientes para que meus pássaros se banhem a partirdes 30 dias de vida, sempre que a temperatura e o sol estejam agradáveis para que haja a rápida secagem dos mesmos. Sempre que constato que os fachos ou alguma parte do pássaro estão sujas, coloco recipiente para o mesmo se banhar.

Observação: Alguns criadores não costumam oferecer banhos aos pássaros,
preferindo lavá-los, manualmente antes de cada competição.

d) SOL: Outro fator muito importante é a exposição dos pássaros ao sol, sempre tendo o cuidado de deixar uma parte da gaiola coberta, para que o mesmo possa escolher quando quer permanecer ao sol ou na sombra. O sol após o banho é muito importante pois seca mais rapidamente as penas, evitando que o pássaro possa resfriar-se ou contrair uma doença mais grave.
Observação: Evitar colocar o pássaro ao sol em locais onde haja corrente de vento. A exposição ao sol também contribui para que as penas fiquem mais soltas, modelando melhor o pássaro.
Além dos cuidados especificados acima, devemos sempre observar o pássaro, verificando se uma ou outra pena da cauda, da asa dos fachos, do manto etc., está destoando do conjunto e retirá-la, contribuindo assim para um visual mais harmônico.
Observação: Este procedimento deve ser feito com muito critério para que não sejam retiradas penas em excesso e, de preferência, feito em etapas, dia após dia de observação, levando em conta também os prazos de entrega para a exposição.após dia de observação, levando em conta também os prazos de
entrega para a exposição.

Outras partes do pássaro devem ser limpas periodicamente, tais como: cauda, ponta sã asa, e as penas, que porventura estejam sujas na região da cloaca. Para lavar a região da cloaca, devemos usar sabão de coco, retirando toda a sujeira existente.
Após esse procedimento devemos enxaguar a região com água, até a retirada
total do sabão. Logo em seguida, de preferência, devemos expor o pássaro ao
sol para que seque mais rapidamente ou se necessário usar o secador de cabelos para não deixar o pássaro molhado.

Observação: Devemos ter muito cuidado quando lavamos esse local, pois ai
encontram-se algumas penas delicadas que devem permanecer, tais como: penas de galo, que não devem ser extraídas pois a existência delas concede ao pássaro alguns pontos na hora do julgamento que, em alguns casos, ajudam na decisão de quem será o campeão.

Espero ter contribuído para que os iniciantes na criação do Frisado Parisiense
tenham elucidado alguma dúvida existente sobre o assunto e coloco-me a disposição para qualquer esclarecimento.

Carlos Alberto Ruiz 

CRITÉRIOS DE JULGAMENTO NOS CANÁRIOS DE COR

LIPOCROMOS
 - Os canários de cor lipocromica ( sub plumagem branca), têm a particularidade de possuírem o factor de inibição das melaninas e são julgados por “ VARIEDADE e CATEGORIA”.
 1 – VARIEDADE (Lipocromo)
 Este termo refere-se à cor lipocrómica possuída pela ave a examinar pelo Juiz. As variedades reconhecidas pela COM,  são distribuídas por seis cores:
 A)    Expressão lipocrómica máxima – Amarelo e Vermelho;
B)     Inibição parcial do lipocromo – Branco Dominante;
C)    Inibição total do lipocromo – Branco Recessivo;
D)    Diluição do pigmento lipocromino (Mutação) – Amarelo Marfim e Vermelho Marfim.

A)    Amarelo e Vermelho – Para julgar estas duas variedades temos de considerar o grau de pureza, teor quantitativo e a uniformidade do lipocrómo que a ave possui. Devemos preferir os canários que apresentem uma pureza perfeita do lipocrómo, acompanhada duma expressão máxima e de uma uniformidade total na cor.
Na variedade Amarelo, devemos sempre de preferir a tonalidade limão.

B)     Branco Dominante – C) Branco Recessivo – Existem três espécies de Branco, o Branco Recessivo, Branco Marfim e Branco Dominante – Para os brancos em geral os critérios de julgamento “Variedade” e “Categoria” são agrupadas estas duas rubricas, considerando a pontuação máxima global de 55 pontos, segundo os critérios da COM.

C)    Amarelo Marfim e Vermelho Marfim – Para julgar estas duas variedades, temos que ter em conta o grau de pureza, a diluição e a uniformidade do lipocromo. Temos que preferir exemplares que apresentem um grau de pureza lipocromico perfeito, uniformidade e diluição máxima.

2 – CATEGORIA
 Este termo refere-se à repartição do lipocromo, determinado pela natureza e à estrutura da pena.
 CATEGORIAS RECONHECIDAS
 A)    Intenso;
B)     Nevado;
C)    Mosaico.

A)    Intenso – Aqui as aves não podem apresentar nenhuma marca de formação de Nevado, o pigmento lipocromo deve estender-se até à extremidade da pena.
 B)     Nevado – Devemos preferir as aves cuja escamação (nevado) seja nítida, curta e uniforme por todo o corpo da ave.

 C)    Mosaicos – Macho (Tipo 2) – Os preferidos são as aves que apresentem uma mascara bem definida, delimitada com localização lipocromica intensa nas zonas de eleição (mascara, encontros, rabadilha e peito, com os olhos situados no interior da máscara, fazendo lembrar o pintassilgo.
As remiges devem ser o mais branco possível, rabadilha bem colorida e delimitada, com o peito a mostrar por transparência uma zona colorida e bem separada da máscara e dos flancos e baixo-ventre branco, cor de giz.

Fêmeas (Tipo 1) – Devemos preferir as aves que apresentem uma localização lipocromica intensa e bem delimitada nas zonas de eleição (linha dos olhos, ombros, rabadilha, sendo o resto do corpo de cor branco giz.
 NB: No que diz respeito aos canários melanicos a categoria mosaico, vai influenciar o desenho:
 - Estrias melanicas na cabeça;
- Lipocromo ausente nas inter-estrias.
  
FACTOR INO OU SATINÉ
 Todos os canários lipocromos INO ou SATINE têm olhos vermelhos. Esses exemplares devem ser julgados com os mesmos critérios dos restantes lipocromos.
 CRITÉRIOS DE JULGAMENTO NAS MELANINAS CLÁSSICAS
 MELANINAS: A melanina é constituída por pigmentos escuros (negros ou castanhos) que se encontram em certas células dos vertebrados, à qual se deve a cor da pele, cabelos e penas nas aves.
 Nos canários podemos encontrar três tipos de melanina: Eumelanina negra, Eumelanina castanha e Fhaeomelanina.
 Os canários de cor melanica (Sub-plumagem pigmentada) serão julgados por “TIPO” – “VARIEDADE” – “CATEGORIA”.
No que diz respeito à VARIEDADE e CATEGORIA os critérios serão proporcionalmente os mesmos que são adoptados para os lipocromos.
 No que diz respeito ao TIPO define a natureza e o grau de pigmentação das melaninas do exemplar.

TIPOS OU SÉRIES RECONHECIDOS PELA COM
 Melaninas oxidadas
1)      Negro;
2)      Castanho.

Melaninas Diluídas
3)      Ágata;
4)      Isabel.

1)      NEGRO – Existem na variedades Branca, Amarela e Vermelha, com a possibilidade do Marfim -  Estes canários apresentam uma máxima oxidação dos pigmentos melanicos.
      A oxidação do Negro manifesta-se nas patas, unhas e bico. As penas dos ombros, asas e cauda devem ser fortemente coloridas de negro, as costas, flancos e cabeça devem apresentar estrias pretas sobre um fundo fortemente oxidado.

2)      CASTANHO – Existem nas variedades Amarelo, Branco e Vermelho, com possibilidade do factor de diluição do Marfim. Estes canários, transformam a eumelanina negra em eumelanina castanha, dando origem ao pigmento melanico castanho completamente oxidado, ou seja nas tonalidades e expressões máximas, característica do facto de desaparecer o pigmento preto.

Desenho idêntico ao tipo Negro, constituído pelas estrias dorsais que partem do cimo das costas e estendem-se até às grandes penas, cobrindo as asas. Ao contrario do Negro, a cor das estrias é castanha, as marcas das remiges são as penas acentuadas, estrias bem marcadas e simétricas nos flancos que deverão ser da mesma cor tonalidade melanica que as costas, cabeça e peito.
Expressão máxima da melanina eumelanina castanha.
    
3)      AGATA – Existem nas variedades de cor Branco, Amarelo e Vermelho, com a possibilidade do Marfim.

As características típicas do Ágata, são a presença simultânea do pigmento melanico negro diluído, devendo apresentar uma margem cinzenta-pérola nas extremidades das retrizes e remiges, estrias nas costas, flancos e bigodes, junto às mandíbulas. Devemos ter em atenção que a diluição no Ágata varia entre largos limites, podendo transformar-se gradualmente para uma oxidação exagerada, com unhas e bicos um pouco oxidados, característica atípica do  ágata, penalizante nos julgamentos.
 Nos Ágatas as marcas de diluição devem ser bem visíveis, essencialmente nos rebordos das penas, estas devem ser claras, cor de cinza, devendo desaparecer a eumelanina castanha, existindo a  concentração máxima do negro.
 As estrias nas costas e flancos devem ser bem marcados e simétricos. O desenho na cabeça é muito importante no Ágata, sendo constituído por uma calota preta nos intensivos, cinza escuro nos nevados e por estrias finas e curtas no mosaico.
 As sobrancelhas devem ser privadas de melanina, apresentando a concentração máxima de pureza do lipocromo, devendo apresentar bigodes com a concentração máxima de melanina bem visíveis, as patas unhas e bico, serão de cor de carne e as inter-estrias, devem apresentar uma boa expressão de lipocromo, excepto nos mosaicos.
  
     4) ISABEL - Este tipo de exemplares não provêm de nenhuma mutação  propriamente  dito, mas sim de uma combinação do Castanho e do Ágata, que, mediante um fenómeno  genético denominado “crossing-over”deu origem a estes exemplares.
 As características típicas da Isabel são o de apresentar apenas a eumelanina castanha fortemente reduzida por um factor de diluição. Esta diluição deve ser uniformemente visível sobre o manto sem manchas claras em determinados pontos, tais como nos flancos ou extremidades das remegis e rectrizes.
 O dorso deve apresentar um desenho (estrias) como do tipo Ágata, curtas e finas, com uma ligeira marcação nos flancos. A inter estria deverá permitir a expressão do lipocromo.
 O Isabel apresenta-se nas cores lipocromicas branco recessivo, branco dominante, amarelo, amarelo marfim, vermelho e vermelho marfim na categoria Intenso, nevado e Mosaico, o bico, patas e unhas são de cor clara e os olhos são pretos.
 O Isabel poderá ser afectado pela mutação satiné, possuindo um desenho melanico perfeitamente marcado. Este desenho é formado por eumelanina castanha com um desenho idêntico ao Isabel e ausência total de feomelanina. Deverá apresentar entre o desenho um lipocromo de fundo completamente limpo e luminoso. O subplumagem é de cor bege claro, o bico, patas e unhas são de cor clara e os olhos são vermelhos.
 NAS SÉRIES NEGRO, CASTANHO, AGATA E ISABEL, FACTORES DE DILUIÇÃO QUE DERAM ORIGEM ÀS SEGUINTES MUTAÇÕES:
 - NEGRO – Negro Pastel, Negro Opala, Negro Topázio, Negro Eumo e Negro Ónix;
 - Castanho – Castanho Pastel, Castanho Opala, Castanho Eumo e Castanho Ónix;
 - Ágata – Ágata Pastel, Ágata Opala, Ágata Topázio, Ágata Eumo, Ágata Ónix;
 - Isabel – Isabel Pastel e Isabel Opala, (A mutação Isabel Opal não é julgada em exposições dado o grau de diluição apresentado fénotipicamente fazer parecer que se trata de uma ave lipocromica).
 NOTA: O factor pastel asa cinzenta só actua sobre as aves da série negra. E o factor satiné só actua sobre as séries diluídas (ágata e Isabel).
 Negro Pastel – Existem nas cores lipocromicas, Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.
A mutação pastel caracteriza-se por uma redução das eumelaninas e a dispersão da phaeomelanina. Esta diluição modifica a totalidade do desenho e transforma o negro em cinzento antracite, não podendo haver descoloração nas remiges e rectrizes. As estrias devem ser diluídas, finas e curtas. O bico, patas e unhas, devem ser uniformes, de uma só cor e o mais escuro possível.
 ASAS CINZENTAS -  O negro pastel “ Asas cinzentas” caracteriza-se por uma super diluição da parte média da pena, com concentrações de eumelanina negra localizado nas extremidades das regiges e retrizes.
As marcas claras de diluição, situam-se em todas as penas, apresentando nas costas um desenho em forma de lunulas de cor cinza pérola e localizações negras em forma de grão nas estremidades. Sobre as remiges e retrizes a diluição da parte central e a concentração da eumelanina negra nas extremidades das penas, deixam aparecer um negro evidente associado a um cinza pérola. A extremidade negra das remiges deve ser bordada com uma orla com o máximo de um centímetro, sendo ligeiramente inferior esta orla nas retrizes.
As patas, unhas e bicos devem ser de cor uniforme e o mais escura possível.
 Castanho Pastel – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.
A acção da mutação pastel exercida sobre o canário castanho clássico, dá origem a uma notável redução na estrutura fhaeomelanica e à dispersão da eumelanina castanha, apresentando nestes canários uma cor castanha escura por todo o corpo, com expressão mínima no desenho, e as remegis e rectrizes a apresentarem um determinado grau de diluição, apenas os intensos apresentam desenho.
O bico, patas e unhas devem ser de cor de pele e a sub plumagem é de cor castanha
 Ágata Pastel – Quando a mutação pastel aparece sobre um canário ágata a débil estrutura fhaeomelanica deste é sensivelmente reduzida, com tendência para desaparecer, dando origem aos exemplares considerados óptimos. Estes canários possuem unicamente uma estrutura melanica negra com uma aurelea de diluição, produzida pela mencionada ausência total da fhaeomelanina, sendo esta diluição bastante acentuada nas remiges e rectrizes, apresentando uma cor com o tom cinza pérola. O bico, patas e unhas devem ser de cor de pele, sendo a sub plumagem cor cinza.
 Isabel Pastel – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.
As características típicas são o de apresentar um pigmento melanico castanho fortemente diluído até completo desaparecimento do desenho, devendo este ser apenas perceptível. A presença do factor óptico associado à diluição favorece o aparecimento de um ligeiro desenho nos intensos e mosaicos. O bico, patas e unhas devem ser cor clara, com a sub plumagem bege muito claro.
 OPALA – Este carácter aparece por mutação genética, modificando a estrutura da pena e tranforma os grânulos de eumelanina negra em cinza azulado, eleminando por completo a eumelanina castanha e a fhaeomelanina. Estes últimos poderão apresentar-se unicamente em alguns exemplares das séries negras e Ágatas.
O factor opala é um factor de refracção por excelência, pelo que na realidade deverá falar-se de ambos os factores (Opala e Refracção) modificarem a estrutura da pena.
 Negro Opala – Existem no Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.
As características típicas são o de apresentarem um factor de redução melanica que só deverá influenciar o manto (penas principais e plumagem), deixando inalterada a característica fundamental dos negros, ou seja a completa oxidação das patas e do bico e manifestação máxima da melanina negra com tonalidade cinza azulada, desaparecendo quase por completo a estrutura fhaeomelanica, aparecendo o lipocromo de fundo extremamente luminoso, sub plumagem cinza pérola.
 Castanho Opala – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.
As características típicas destas aves são o de o factor opala provocar o quase desaparecimento total da estrutura melanina, tanto a fhaeomelanica como a eumelanica, devendo deixar evidentes ligeiras estrias castanhas sobre um fundo oculto.
O bico, patas e unhas são de cor de pele.
 Ágata Opala – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.
A sobreposição do factor opala na diluição do ágata, dá origem a um canário similar ao negro opala, mas mais diluído. As melaninas no dorso, cabeça e flancos permanecem intactos, isto é da mesma forma e tamanho do ágata clássico, mas com uma tonalidade de cinza pérola azulado. O lipocromo de fundo, por ausência da fhaeomelanina, deve ser muito luminoso. O bico, patas e unhas, são cor de pela, com a sub plumagem cor de cinza pérola azulado.
  Isabel Opala – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do factor Marfim.
Nestas aves o factor Opala provoca o desaparecimento quase total das estruturas melanicas ( fhaeomelanina e eumelanina castanha), fazendo parecer uma ave lipocromica, só algumas pessoas mais experientes serão capazes de distinguir alguns vestígios melanicos no manto e sub plumagem, somente nas remiges poderá adivinhar-se alguns vestígios de fhaeomelanina.
 TOPÁZIOS – Esta mutação teve origem em canários INOs, o que explica a fhaemelanina muito importante nestas aves. Esta mutação, contrariamente aos INOs, cuja melanina aparece na periferia das penas, nos castanhos e ágatas esta é praticamente inexistente. Estas aves apresentam uma melanina bem visível nos negros e ágatas, concentrando a eumelanina negra no centro das penas (Axe), foram denominados por canários de melaninas centrais. Os primeiros topázios a aparecerem tinham ainda bastante eumelanina castanha e fhaeomelanina, com o decorrer dos anos esta mutação veio cada vez mais a aperfeiçoar-se e hoje é das mutações mais belas, com contrastes bem definidos.
Esta mutação caracteriza-se pela modificação na produção da eumelanina e por a concentração da mesma em redor do canal medular das penas, deixar aparecer largos contornos nas grandes penas. A presença do factor óptico favorece notavelmente os mosaicos, por terem um melhor contraste no desenho. Apesar destas aves quando nascem terem os olhos vermelhos com o decorrer dos dias estes vão ficando escuros.
 Negro Topázio -  Esta mutação existe nas cores lipocromicas Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.
A eumelanina típica do negro topázio é de cor de negro chocolate (cor pele de castanha) e similar ao negro clássico, com presença mínima de phaeomelanina, permitindo um bom contraste e contornos claros nas remiges e rectrizes.  Os flancos devem ser bem marcados.  Olhos são negros.
Na mutação topázio da série negra, chamo a atenção para a cor do bico, patas e unhas serem de cor de carne.
 Ágata Topázio – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.
O desenho na cor das melaninas é antracite, mais claro que nos negros, com a presença de phaeomelanina o mais reduzida possível.
Os contornos das grandes penas devem ser claros, amplos e largos, com os flancos bem marcados. O bico, patas e unhas são cor clara e os olhos são negros.
 Castanho e Isabel Topázio – Pela experiência que temos e por indicações da COM/OMJ, não nos permite actualmente estabelecer os Standards destas séries.
 EUMOS – A mutação Eumo caracteriza-se por uma redução da eumelanina negra nos negros e ágatas e da eumelanina castanha  nas aves da série castanha, e ausência da fhaeomelanina de forma a permitir uma nítida cor de fundo. O desenho dos Eumos é idêntica à dos clássicos com melanina ligeiramente mais fina.
Negro Eumo – A eumelanina deve ser negra com uma ligeira redução (negro-gris) e ausência da fhaeomelanina. Os flancos devem ter a presença de estrias de cor antrancite e desenho como os clássicos, um pouco menos larga. As remiges serão bem marcadas, o bico, patas e unhas são de cor clara e olhos avermelhados. Existem nas cores lipocromicas Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.
Castanho Eumo – A eumelanina é castanha com ausência da fhaeomelanina. Os flancos devem ser bem marcados com estrias castanhas e o desenho deve ser idêntico ao dos clássicos mas com estrias mais finas. As remiges devem ser bem marcadas, o bico, patas e unhas devem ser de cor clara. Os olhos são de cor avermelhados.
 Ágata Eumo – A eumelanina é negra um pouco reduzida de cor cinza, com ausência da fhaeomelanina, estrias bem marcadas nos flancos e desenho comum dos ágatas clássicos com melanina um pouco mais fina. As remiges bem marcadas, olhos, patas e bico de cor clara e olhos vermelhos.
 Isabel Eumo – Nesta série por falta de experiência não há possibilidades de estabelecer standard.
 ONIXES – A mutação ONIX, caracteriza-se por uma modificação da disposição da eumelanina no interior das penas, dando uma tonalidade as estrias mais marcadas e bem visíveis com o desenho dos clássicos. Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.
 Negro Ónix – Caracteriza-se pela ausência da fhaeomelanina, o desenho é idêntico aos dos clássicos com uma tonalidade ainda mais negra, as remiges e retrizes devem ter uma cor o mais uniforme possível. O bico, patas e unhas devem ser o mais negro possível.
 Castanho Ónix – A ausência da fhaeomelanina deve ser visível, o desenho é idêntico à dos clássicos com uma tonalidade ainda acentuada, as remiges e retrizes devem ter uma cor o mais uniforme possível. O bico, patas e unhas devem ter a cor de pele. Olhos negros.
 Ágata Ónix – A ausência da fhaeomelanina deve ser bem visível, o desenho é idêntico à dos ágatas clássicos com uma tonalidade de cor cinza bem acentuada, as remiges e retrizes devem ter uma cor o mais uniforme possível. O bico, patas e unhas são de cor clara, e olhos negros.
Isabel Ónix - Nesta série por falta de experiência não há possibilidades de estabelecer standard.
  
JULGAMENTO DOS MELANICOS INOS
O factor INO é caracterizado pela inibição das melaninas negras, apresentando apenas as melaninas castanhas (Phaeo Melanina). Como todos os melanicos, os Inos são julgados por Tipo, Variedade e Categoria. O factor Ino afecta os Tipos das séries Negras, Castanha, Ágata e Isabel. Para os Ágatas e Isabeis, sofrem uma inibição quase total das melaninas, o julgamento será efectuado segundo critérios dos lipocromicos.
Para os Negros e Castanhos as características típicas tendem em evoluir no mesmo sentido dos primeiros, subsistindo ainda algumas diferenças ao nível da pigmentação das remiges e das rectrizes. Por isso, os seus desenhos melanicos deverão exprimir um fenotipo cuja principal característica é ser o contraste observado entre as melaninas e a parte lipocromica.
As características típicas dos Negros e Castanhos Inos são o de apresentar a melanina castanha sob a forma de escamação da testa às rectrizes, o peito será pigmentado com os os flancos, o bico e as patas são de cor clara e olhos rubis, aos quais chamamos PHAEOS.
A perfeita escamação será o resultado de um bom equilíbrio entre uma pigmentação máxima e uma estrutura de pena adequada, permitindo a transferência dessa melanina da parte central para a periferia da pena (paheomelanina). O contraste torna-se evidente quando essa parte central é totalmente desguarnecida de melanina, contrariamente ao rebordo da pena, que apresenta a phaeomelanina.

JULGAMENTO DOS MELANICOS SATINES
 O factor Satiné, caracteriza-se pela inibição da melanina negra, deixando aparecer a melanina castanha ao nível do eixo central das penas (raquis) sob a forma de estrias a melanina castanha é ausente ao nível das inter-estrias, como todas as melaninas, os Satinés serão julgados por TIPO, Variedade e Categoria. Para as duas ultimas, reporta-se aos critérios de julgamento dos canários lipocromos mas com uma notação própria das melaninas.
O factor Satiné só se exprime nos Ágatas e Isabeis, nos Ágatas geralmente não apresentam estrias, ao contrário os isabeis que apresentam estrias bem marcadas, existindo assim dois fénotipos de Satinés, sendo apenas os segundos reconhecidos pela COM.

CRITERIOS DE JULGAMENTO, RELATIVO À PLUMAGEM, TAMANHO, FORMA, PORTE E IMPRESSÃO.
 Plumagem – A ave tem que ter a plumagem completa, uniforme, lisa, concisa e sedosa. As penas devem recobrir-se, sobrepondo-se, com as remiges e retrizes completas e intactos.
 Tamanho – O tamanho no canário de cor, pode variar entre os 13 e 14 cm, devendo as aves muito pequenas ou muito grandes ser penalizadas.
 Forma - Uma ave excelente deve apresentar as condições seguintes:
 - Cabeça – Redonda e larga, bico curto e cónico, olhos brilhantes, vivos e dispostos na linha imaginária superior ao fecho do bico, pescoço atarracado e proporcionado em relação ao comprimento do corpo, com reforço da base de implantação no tronco.
 - Costas – Largas e cheias. Devem formar um único e harmonioso bloco com as asas que devem apoiar-se naturalmente e simetricamente sobre a base da cauda.
 - Peito – Arredondado sem ser muito pesado. Visto de frente, o peito aparece-nos largo e potente.
 - Tronco – Não muito gordo, nem magro e débil, deve ser harmonioso com o pescoço e cabeça, dando ao conjunto uma impressão de potência e ao mesmo tempo de elegância e beleza.
 - Cauda – Nem muito comprida, nem muito curta, de harmonizar-se com o comprimento do corpo. Não deve abrir-se demasiado na sua extremidade, devendo imitar o rabo de andorinha. 
 - Membros inferiores – Robustos e sólidos com dedos fortes e bem seguros ao agarrar o poleiro.
 - Porte – Por porte entende-se a forma como a ave se apresenta na sua gaiola. Deve-se notar que muitas vezes a forma e o porte completam-se reciprocamente, influenciando-se um ao outro.
Um canário cuja forma seja má, dificilmente tem um bom porte e vice-versa.
Um excelente porte pode resumir-se em três palavras: Força, Vivacidade e Activo.
Em estado de calma o canário deve apresentar a linha, corpo-cauda direita e continua e definir em relação ao poleiro um ângulo de aproximadamente 45º.
 - Impressão – Em relação a este termo, temos que considerar as condições de saúde e higiene da ave, como a soma de todos as outras rubricas, tendo em consideração no seu conjunto a sua unidade estética.
Teremos com certeza uma excelente impressão duma ave, se para além da sua beleza, também se apresentar limpo e em perfeito estado de saúde. Temos de penalizar a presença de sujidade na cauda ou no corpo, saúde deficiente, lesões nas pernas ou nas patas. No entanto, não se deve prestar demasiada atenção a eventuais marcas de sujidade que podem ser causadas por gaiolas de exposição em mau estado higiénico ou sanitário.
  
Por José Ferreira
Juiz OMJ - Canários de COR

O CANÁRIO PASTEL
 

Esta mutação surgiu em 1957, pelo facto de surgirem neste ano aves com um factor de diluição melanica a que lhe deram o nome de pastel. Esta nova mutação foi reconhecida mais tarde pela COM  em Trevino (Itália).
 De acordo com o standard, esta mutação constitui o segundo factor de diluição melanica (o primeiro é o que propicia o fenotipo ágata) e os seus efeitos são:

a)      Redução de estrutura eumelanica;
b)      Dispersão da feomelanina;


Esta mutação aparece nas seguintes séries:

a)      Negro
b)      Castanho
c)      Ágata
d)      Isabel

Lipocromo:

a)      Branco recessivo
b)      Branco dominante
c)      Amarelo
d)      Amarelo marfim
e)      Vermelho
f)        Vermelho marfim

Categoria:

a)      Intenso
b)      Nevado
c)      Mosaico

Negro pastel: Nesta série o pastel provoca uma diluição que modifica a totalidade do desenho e transforma o negro em cinza antracite. Não pode haver descoloração das remiges nem rectrizes, as estrias devem ser diluídas, finas e curtas, as patas, unhas e bico devem ser uniformes, de uma só cor e o mais escuras possível.
 Castanho pastel: A expressão da melanina castanha oxidada está ligeiramente reduzida em relação ao clássico, aparecendo um véu denso sobre a totalidade da plumagem. Haverá uma distribuição completa do castanho e em todos os casos o lipocromo está sempre visível, unicamente os intensos apresentam desenho. As patas, unhas e bico devem ser de uma só cor e em harmonia, com a cor da melanina.
 Ágata pastel: O ágata pastel apresenta estrias finas, curtas e de cor cinza pérola, observando-se sobre as grandes penas uma zona periférica cinza pérola, conservando as suas características do desenho na cabeça e bigodes. As patas, unhas e bico devem ser de cor uniforme e clara, (cor de carne).
 Isabel pastel: O Isabel pastel apresenta uma pigmentação sobre a plumagem de cor bege muito suave. A presença do factor óptico associado a esta diluição favorecerá um ligeiro desenho nos intensos e mosaicos. As patas, unhas e bico são de cor clara.
 Asas cinzentas: O negro pastel “asa cinzenta” caracteriza-se por uma super diluição da parte média da pena com concentração de eumelanina negra localizado nas extremidades. As marcas claras de diluição situam-se nas remiges e rectrizes. As tectrizes apresentam-se com umas “lunulas”cinza pérola e as localizações negras em forma de grão nas extremidades. Sobre as remiges e rectrizes, a diluição da parte central e a concentração da eumelanina sobre as extremidades das penas, deixam aparecer um negro evidente associado a um cinza pérola. A extremidade negra das remiges (bordada com uma orla de um cm de máximo) será maior que nas rectrizes. As patas, unhas e bico devem ser de cor uniforme e o mais escuro possível.
 Consequentemente a afectação sobre as séries negras clássicas (negro, castanhos e ágatas), implica claramente os seus fenotipos:
a)      Uma considerável diminuição da feomelanina;
b)      Uma evidente redução da eumelanina negra, dispersa por todo o manto, favorecendo uma melhor apreciação do lipocromo de fundo.
 No que respeita ás séries castanhas e isabeis, o fénotipo será afectado por uma considerável redução da feomelanina, uma dispersão da eumelanina castanha, levando notavelmente quase ao desaparecimento das estrias dorsais e flancos no Isabel, e em menor medida no castanho.

 José Ferreira
 Juiz OMJ - Canários de COR

mutação ONIX
Por: Nuno Monteiro ( Juiz de canários de Cor – CJO )

 GENERALIDADES
  
   A mutação ONIX caracteriza-se pela ausência de faeomelanina e um aumento da eumelanina. Esta mutação evidenciar-se-á melhor nas aves que têm estrias muito boas sobre o dorso e nos flancos com um máximo de eumelanina.
   Sendo a faeomelanina substituída pela eumelanina, uma cor muito compacta forma-se entre as estrias, a qual devido à estrutura da plumagem, será o mais escura sobre a cabeça, na nuca e sobre o dorso.
   Devido à ausência da faeomelanina, é difícil aproximar a tonalidade negra à da série negra clássica.
   A eumelanina da série negra, ágata e castanha possuindo o factor ONIX deve ser sempre pura.
   A cor de fundo não estando mais influenciada pela faeomelanina, aparece mais clara e mais luminosa.
  

            NEGRO ONIX

   Na série negra, as rémiges e as rectrizes devem ser o mais escuras e uniformes possível, com uma cor compacta.
   Há ausência de faeomelanina.
   As estrias dorsais e os flancos devem ser marcados.
   Devido à ausência de faeomelanina, as patas, as unhas e o bico não serão tão negros como na série clássica, mas devem ser unicolores e tão escuras quanto o possível.
   Estão homologadas pela COM;

            Negro Onix Amarelo Intenso
            Negro Onix Amarelo Nevado
            Negro Onix Amarelo Mosaico
            Negro Onix Amarelo Marfim Intenso
            Negro Onix Amarelo Marfim Nevado
            Negro Onix Amarelo Marfim Mosaico

            Negro Onix Vermelho Intenso
            Negro Onix Vermelho Nevado
            Negro Onix Vermelho Mosaico
            Negro Onix Vermelho Marfim Intenso
            Negro Onix Vermelho Marfim Nevado
            Negro Onix Vermelho Marfim Mosaico

Negro Onix Branco Recessivo
Negro Onix Branco Dominante
  
            Exemplos: ( Aves pertencentes a Nuno Monteiro )


                                    

    Negro Onix Branco Dominante   Negro Onix  Amarelo Mosaico          Negro Onix Branco Recessivo      Negro Onix Amarelo Intenso

Negro Onix Vermelho Intenso
  
                                        

Negro Onix Vermelho Nevado             Negro ónix Vermelho Mosaico               Negro Onix Vermelho Marfim

  
            CASTANHO ONIX
  
   Na série Castanha, as rémiges e as rectrizes devem ser castanho-bege e tão uniformes quanto possível.
   Há ausência de faeomelanina.
   As estrias dorsais e os flancos devem ser bem marcados sobre uma cor de fundo luminosa.
   As patas, as unhas e o bico devem ser de cor clara.
   Estão homologadas pela COM;

            Castanho Onix Amarelo Intenso
            Castanho Onix Amarelo Nevado
            Castanho Onix Amarelo Mosaico
            Castanho Onix Amarelo Marfim Intenso
            Castanho Onix Amarelo Marfim Nevado
            Castanho Onix Amarelo Marfim Mosaico

            Castanho Onix Vermelho Intenso
            Castanho Onix Vermelho Nevado
            Castanho Onix Vermelho Mosaico
            Castanho Onix Vermelho Marfim Intenso
            Castanho Onix Vermelho Marfim Nevado
            Castanho Onix Vermelho Marfim Mosaico

Castanho Onix Branco Recessivo
Castanho Onix Branco Dominante

            Exemplos: ( Aves pertencentes a Nuno Monteiro )

             

      Castanho Ónix Branco Dominante                           Castanho Ónix Branco Recessivo                     Castanho Ónix Amarelo Mosaico

  
                     

         Castanho Ónix Amarelo Intenso                             Castanho Ónix Amarelo Nevado                    Castanho Ónix Vermelho Mosaico

                                
      Castanho Ónix Vermelho Marfim Intenso           Castanho Ónix Vermelho Intenso                  Castanho Ónix Vermelho Nevado


ÁGATA ONIX
  
   Na série Ágata, as estrias devem ser cinzento-escuro e bem pronunciadas com uma cor compacta.
   A cor das rémiges e das rectrizes devem ser o mais uniforme possível.
   Há ausência de faeomelanina.
   As estrias dorsais e os flancos devem ser bem marcadas sobre uma cor de fundo luminosa.
   As patas, as unhas e o bico devem ser unicolores.
    
Estão homologadas pela COM;

            Ágata Onix Amarelo Intenso
            Ágata Onix Amarelo Nevado
            Ágata Onix Amarelo Mosaico
            Ágata Onix Amarelo Marfim Intenso
            Ágata Onix Amarelo Marfim Nevado
            Ágata Onix Amarelo Marfim Mosaico

            Ágata Onix Vermelho Intenso
            Ágata Onix Vermelho Nevado
            Ágata Onix Vermelho Mosaico
            Ágata Onix Vermelho Marfim Intenso
            Ágata Onix Vermelho Marfim Nevado
            Ágata Onix Vermelho Marfim Mosaico

Ágata Onix Branco Recessivo
Ágata Onix Branco Dominante

             
Exemplos: ( Aves pertencentes a Nuno Monteiro )

  
                     

   Ágata Ónix Branco Dominante                       Ágata Ónix Branco Recessivo                         Ágata Ónix Amarelo Mosaico

  
                  

  Ágata Ónix Vermelho Mosaico                          Ágata Ónix Vermelho Intenso        
  
                                     
         

          Ágata Ónix Amarelo Nevado                                           Ágata Ónix Amarelo Intenso


                 ISABEL ONIX

    Para esta série a falta de experiência não permite estabelecer o standard e não está homologada pela COM.


 Choque Luminoso em Canários
Descrição de um tratamento para esta "Doença"

Dr. Luiz Fernando da Rocha Dib

Introdução:

O denominado "choque luminoso" em canários ocorre, sobretudo, em pássaros alojados em canaris de pouca luminosidade. Portanto uma "doença" que atormenta a grande maioria dos criadores pois, em geral são adaptados locais nas respectivas residências para o desenvolvimento desta apaixonante criação, e não construídos locais próprios aos canários.
Ao longo dos anos, entretanto, embora o choque luminoso seja a causa de numerosas e sentidas perdas no diversos canaris, não existia um tratamento eficiente contra o mesmo. A experiência de vários criadores produziu atitudes paliativas de alguma eficiência apenas nos choques brandos, que serão apresentados a seguir. Este artigo tem por objectivo a descrição de um novo tratamento que deverá vir a ser bastante empregado, pois até o momento apresentou 100% de eficiência nos choques denominados graves, isto é, em choque que seriam fatais aos pássaros caso não fosse administrado o tratamento.

Ocorrência e Formas

O coque luminoso quando acontece, ocorre de forma imediata caso, ao transportar os pássaros, verifique-se uma marcante diferença de luminosidade de um ambiente para outro. Como exemplo, podemos citar casos que aconteceram após o transporte de canários, em geral feito em pequenas caixas do canaril para os locais de exposição dos diversos clubes e vice-versa.
Contudo, a sua maior incidência acontece quando os pássaros são levados para o banho de sol ou na sua volta para o alojamento. Situação que é muito agravada no período de cria, pelo maior tempo de permanência dos canários nos seus alojamentos de baixa luminosidade, portanto tornando-se mais sensíveis às mudanças.
O choque luminoso apresenta-se desde as formas mais brandas, portanto mais comuns, até as formas mais graves, em geral fatais.
As formas brandas apresentam os seguintes sintomas: piar rápido e contínuo, abertura do bico e grande diminuição da mobilidade do pássaro, que se posiciona no fundo da gaiola, demonstrando perda de equilíbrio para permanecer no poleiro.
As formas graves ou fatais, mais raras, representam a progressão das formas brandas de início dos choques, para quadros com os seguintes sintomas: crises convulsivas contínuas, movimentos rápidos e giratórios da cabeça, movimentos contínuos de uma asa e uma pata, perda de controle do controle motor das asas e patas. A intensidade e frequência desses sintomas ou levará o canário a uma invalidez permanente ou ao óbito imediato.
Os casos de invalidez levarão, também, os canários à morte, por falta de apetite e/ou dificuldades para uma alimentação conveniente, em um prazo de alguns dias até superior a um ano, como já verificamos no nosso canaril. Por outro lado, nos casos de óbito imediato, isto é, num período de poucas horas após o início do choque, observa-se a ocorrência de hemorragia, ou seja, a eliminação de sangue pelo bico do pássaro, talvez de origem pulmonar.

Tratamento das Formas Brandas

A experiência de vários grandes criadores indica que quanto mais precoce a ajuda ao canário em choque melhor. Para tanto, procuram evitar a fixação do pássaro no estado de choque, transportando-o para um local com luminosidade menos expressiva, molhando a sua cabeça, mexendo com o mesmo para alterar o centro de atenção do canário.
Ressalta-se que estas atitudes são paliativas e válidas somente para os choques luminosos brandos, nos quais existe uma recuperação rápida do pássaro.

Tratamento das Formas Graves

Considerando uma associação com tratamentos empregados em seres humanos, foi elaborado um tratamento experimental para as formas graves do choque luminoso.
Da mesma forma que as atitudes paliativas mencionadas anteriormente, o tratamento deve ser empregado ao notar-se as primeiras convulsões, sendo que consiste na aplicação de um benzodiasepinico, isto é, um calmante com diazepam, Válim, Lorax, Somalium, Lexotan, Nitrepaz, etc. nas suas formas de comprimidos ou injectáveis.
A nossa experiência indica como recomendável uma solução "caseira" constituída, por exemplo, de 1/4 de comprimido de 5 mg de qualquer dessas marcas, o qual maceramos em aproximadamente 10 ml de água destilada ou filtrada e aspiramos o líquido sobrenadante para uma seringa de insulina, facilmente adquirida em qualquer farmácia.
Esta solução será administrada por via oral, directamente no bico do pássaro, na razão de 3 a 5 unidades da seringa.
O efeito deste tratamento se faz notar após alguns minutos da sua administração, como a parada das convulsões. Como efeito colateral, extremamente benéfico por sinal, ocorre o adormecimento do pássaro.
Após esse período de sonolência, variável em função da dose ministrada do grau de gravidade do choque, bem como da resistência do canário, o mesmo retorna gradativamente a sua actividade normal completamente recuperado.

Conclusões
Verificamos, ao longo do último ano, resultados excelentes com o método descrito, obtendo 100% de sucesso nas ocorrências de formas graves de choque luminoso.
Esperamos que todos os criadores que venham a utilizar-se deste tratamento tenham igual êxito e propiciem um retorno das suas experiências para que possamos avaliar melhor método.

Texto extraído  da revista UCCC - 1998

A Selecção da Plumagem nos Canários de Cor
Álvaro Blasina
O objectivo principal que todos nós canaricultores perseguimos é bem claro: a obtenção de exemplares cada vez mais bonitos e de acordo com os padrões indicados no Manual de Julgamento da OBJO. Embora inicialmente pareça fácil, é verdadeiramente difícil de se obter exemplares de 90 pontos ou mais. Este objectivo, para o qual tanto esforço dedicamos, nos leva a concentrar os nossos estudos e experiências no sentido de aprimorar cada vez mais técnicas de cruzamentos para obtermos os resultados esperados. A genética possui muitos factores, alguns deles difíceis de dominar, que representam as ferramentas de trabalho fundamentais para êxito. Cada um dos elementos a serem seleccionados, tem os segredos e eles são muitos, mas neste artigo gostaria de me referir especificamente à plumagem.
O que há de verdadeiramente certo em tudo aquilo que ouvimos dos colegas canaricultores referente aos cruzamentos para aprimorar a plumagem dos nossos canários? Todos nós já ouvimos falar de muitas teorias (a maioria delas sem base cientifica nem comprovação prática suficiente) referentes à plumagem. Quem já não ouviu falar que para melhorar a qualidade dos
brancos devemos cruzá-los com pássaros intensos ?, ou que o factor marfim melhora a plumagem dos canários ?, etc. Como uma inverdade repetida mil vezes se transforma em verdade, creio que algo disto acontece com uma série de mitos referente à plumagem. Após vários anos de observação tenho notado que aqueles conceitos tidos como verdades irrefutáveis, na realidade não são outra coisa se não o nosso próprio hábito de aceitar esses argumentos só porque outros criadores nos falaram deles, sem fazer as nossas próprias comprovações.
Podemos dividir a qualidade da plumagem em três grandes grupos: plumagem curta e colada ao corpo, plumagem longa e fofa e plumagem com presença de quistos. A transmissão genética destas qualidades se efectua por dominância parcial ou semi- dominância. Podemos dizer então que a qualidade da plumagem dos filhos em sua maioria será um valor intermediário entre os valores individuais do pais; estes valores são matematicamente exactos. É muito comum por exemplo que ao cruzarmos dois pássaros de pena longa, apareçam vários filhos com problemas de quistos. Por outro lado a avaliação genética da plumagem de um exemplar é as vezes muito difícil, já que ela é sem dúvida uma das características do canário cujo fenótipo pode sofrer mais alterações quando afectado por agentes externos (debicagem, alimentação, saúde, etc.). É fundamental deixar bem claro que o factor qualidade da plumagem é do ponto de vista genético absolutamente independente de qualquer outro factor seja ele qual for. A única excepção que poderíamos fazer refere-se aos canários opalinos negro - marrons oxidados que tem uma tendência evidente para problemas de plumagem. Podemos afirmar que os três grupos de qualidade de plumagem acima mencionados, estão presentes em todas as variedades, categorias e tipos de canário. Pode eventualmente haver uma leve tendência de um ou outro caso para problemas de plumagem, mas mesmo assim, a mesma é bem inferior ao que popularmente se fala.
Analisemos algumas afirmações frequentemente colocadas:

A utilização de marfins melhora a plumagem?
Definitivamente não. Após mais de 10 anos criando canários marfins posso afirmar que não existe a menor relação entre o lipocromo marfim e a qualidade da plumagem.
Encontramos entre os canários marfins todas as qualidades de plumagem na mesma proporção que nos canários não marfim.
Se cruzarmos um canário marfim com outro não marfim e os filhotes nascerem com boa plumagem, isto se deverá exclusivamente as qualidades genéticas dos pais para o factor de boa plumagem independentemente do factor marfim.

O uso de intensos melhora a qualidade da plumagem dos brancos?
A resposta é negativa. Nunca conheci nenhuma linhagem de canários brancos, ganhadora nos concursos que utilizasse exemplares intensos em seus cruzamentos. Encontramos entre os pássaros intensos todas as qualidades de plumagens razão pela qual podemos concluir que inclusive utilizando canários intensos (se estes forem de plumagem ruim) podemos é piorar a qualidade da empenação do nosso produto.

Cruzamento de nevado com nevado piora a plumagem?
Não necessariamente. Dependerá da qualidade da empenação dos progenitores, mas não da sua categoria. Voltando ao exemplo anterior, parece-nos interessante ao caso dos brancos, já que as melhores linhagens que conhecemos foram feitas cruzando canários nevados entre si sempre tomando muito cuidado para que os mesmos tivessem empenação bem sedosa.
Como se este argumento não bastasse, se voltarmos ao canário ancestral assim como outros pássaros da sua família, constataremos que eles se cruzam entre si em estado selvagem, nevados com nevados, sem prejudicar absolutamente em nada a qualidade da plumagem.

Os canários mosaicos dão muitos quistos na plumagem?
Esta resposta é mais uma vez a mesma. Tudo dependerá da qualidade da empenação dos pais e não da sua condição de mosaicos. Conhecemos excelentes criadores no Brasil especializados na criação de mosaicos com uma incidência muito baixa de problemas de plumagem e aparecimento de quistos. Também temos notado que na Europa por exemplo, através de cruzamentos criteriosos, este problema está praticamente erradicado obtendo-se canários mosaicos com uma plumagem de causar inveja a qualquer intenso.

Assim como tema da plumagem dos canários (que é inesgotável), existe nas outras múltiplas características dos canários de cor uma infinidade de factores genéticos de alto valor para a melhora da qualidade das nossas queridas aves. Independentemente das verdades transmitidas oralmente, façamos as nossas próprias conclusões e publiquemos as mesmas para o bem de todos


O BERNÊS
 
  
Esta raça tem a sua origem em Berna – Suíça, por volta do séc. XIX, por SELECÇÃO do Yorkshire.
 
A origem desta raça remota há mais de um século (1800). Ao Sr. Wyss, de um subúrbio de Berna, é creditada sua criação. Vem de cruzamentos entre o Yorkshire e um canário denominado “do país”. Este último, pode ser o “velho Holandês”, mas não se tem certeza, apesar da possibilidade de que o fosse.
Pouco se ouviu falar da raça até 1910, quando os primeiros pássaros foram expostos em Berna, cidade que lhe deu o nome. Uma associação foi formada e um padrão estabelecido que persiste ainda, idêntico ao original. Apesar de possuir algumas características comuns aos antigos Yorkshire a raça tem no seu padrão características que a diferenciam bem da raça de origem.
Pouquíssimos destes pássaros chegam a Portugal e praticamente estão ausentes em todas as nossas exposições.

Mesmo na Europa, excluindo o país de origem, aparecem em número reduzido na Bélgica e Holanda e nos Campeonatos Mundiais COM-HN.
 
 
Esta raça tem 7 rubricas no julgamento do seu standard, que são:
1 – POSIÇÃO - APRESENTAÇÃO E TAMANHO – 25 PONTOS
Posição muito erguida. Calmo. 16cm.
 
2 – CABEÇA E PESCOÇO – 20 PONTOS
Cabeça larga e plana, com fronte evidente.
Parte posterior do crânio angular.
Pescoço não demasiado curto.
 
3 – PEITO-OMBROS E CORPO – 20 PONTOS
Peito bem cheio.
Ombros visíveis (inserção da asa).
Corpo longo e em forma de quilha. Dorso longo.
 
4 – ASAS E CAUDA – 10 PONTOS
Asas longas que se tocam sem se cruzar.
Cauda longa e estreita formando uma linha com o dorso.
 
5 – COXAS E PATAS – 10 PONTOS
Coxas metade visíveis, com pernas curtas.
Patas muito longas, ligeiramente flectidas.
 
6 – PLUMAGEM E COR – 10 PONTOS
Plumagem lisa, cerrada e bem aderente ao corpo.
Cor uniforme ou variegada.
Não é admitida a cor de fundo vermelha.
 
7 – CONDIÇÃO – 5 PONTOS
Em boas condições de saúde.
Sem defeitos nem deformações.
  
 
A gaiola de expo é a mod. B com um poleiro em cima.
 
 





 

O BORDER


                                   


Origem: Fronteira Inglaterra - Escócia - Border = Fronteira

O BORDER começou a ser considerado como uma raça entre os anos de 1850 a 1870. Sua origem remonta ao condado de Cumberland, hoje Cumbria, e era conhecido na época como Cumberland Fancy, começando a sua popularidade a crescer para os condados do norte Inglaterra e da própria Escócia.

Um encontro especial realizado em Carlisle em 1980, visando resolver as polémicas, principalmente a origem, disputada por ingleses e escoceses, mudou a denominação da raça para BORDER, sendo fundado, então, o Border Fancy Canary Club.

Os antigamente denominados WEE GEM, hoje apresentam-se em tanto maior e com a forma um tanto diferente dos pequenos pássaros cuja figura padrão aparecia em diversos livros editados nas décadas de 60 e 70.




O BORDER actual é um pássaro pequeno em relação a um Yorkshire ou Norwich, mas de tamanho superior a um canário de cor.

O acréscimo de tamanho é até hoje polémico, mas actualmente os juízes zse concentram mais na forma ou tipo do pássaro.

O padrão em vigor na COM-HS difere um pouco do padrão inglês, como também apresentam pequenas variações, os padrões adoptados nos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, país onde se mantém até hoje o padrão anos 60.

Os ingleses, em 1984, introduziram novas modificações no desenho do padrão que era adoptado, mas os pássaros premiados continuam a ter pequenas diferenças em relação ao novo padrão.

                   
Todas estas fotos são de Borders do Sr. Phil Warner
 
 

O standard ou “estalão” do Border tem 10 rubricas de julgamento que são por ordem de importância para as características da raça:

1 - CORPO - 15 Pontos
Em forma de ovo, com a parte mais larga ao lado da cabeça.
Peito bem arredondado mas não demasiadamente pesado ou obeso. Bastante largo nos ombros, formando um coração visto de frente. Dorso abaulado. Corpo terminando em fuso depois das patas.

2 - COR - 15 Pontos
Rica, regular, quente e profunda nos intensivos. Os nevados terão também muita cor.
Coloração artificial interdita.

3 - POSIÇÃO E MOVIMENTO - 15 Pontos
Posição de trabalho a 60º ou a 4 horas.
A cabeça bem levantada, de modo a realçar a marcação da nuca. A ave deve estar em movimento. Muito altivo, o ventre bem afastado do poleiro.

4 - CABEÇA E PESCOÇO - 10 Pontos
Cabeça: perfeitamente esférica vista de todos os ângulos. Bico curto e cónico.
Pescoço: nuca profunda que separa bem a cabeça do corpo. Olhos centrados sobre a linha que separa a mandíbula superior e a inferior do bico. Cabeça em harmonia com o corpo.

5 - ASAS - 10 Pontos
De comprimento adequado ao corpo, bem aderentes e cobrindo o dorso, juntando-se sobre orupígio sem se cruzarem.
Primarias e secundarias perfeitas.

6 - PLUMAGEM - 10 Pontos
Lisa, bem aderente a corpo, de boa qualidade sem rugosidade.
Aspecto sedoso e brilhante.

7 - SAÚDE E CONDIÇÃO - 10 Pontos
Em boas condições de saúde, sem deformações nem defeitos.

8 - PATAS E COXAS - 5 Pontos
Robustas, as coxas devem ser parcialmente visíveis.
Patas proporcionais aos tarsos, limpas sem sujidades.

9 - CAUDA - 5 Pontos
Conforme o comprimento da ave.
Estreita em forma de tubo de cachimbo.

10 - Tamanho - 5 Pontos
14,6cm da cabeça à extremidade da cauda em posição de trabalho.


                           


A gaiola de exposição é a mod. C também conhecida como gaiola Border.

O BOSSU BELGA
 
 
 
Esta raça de canários tem a sua origem na Bélgica perto da região de Bruxelas, por volta de 1700/175º por MUTAÇÃO do canário comum.
 
Os canários denominados belgas "Grote Vogel" tiveram seu apogeu no século XIX e eram criados em tamanhos maiores ou menores, porém de forma bem semelhante, na região  de Bruxelas.

Eram pássaros tipicamente de posição, com cabeça pequena e longo pescoço, ombros largos e plumagem lisa e cerrada. Ao tomarem a posição de concurso, o pescoço distende-se para a frente, as patas ficam quase na vertical e a linha superior do pescoço faz um ângulo menos que 90° com o dorso e a cauda, que permanecessem alinhados. Esta posição característica e o volume dos ombros conduziram ao nome de BOSSU (ou corcunda)

A raça estava praticamente extinta no início do século 20, pois foi largamente utilizada na formação de outras, com destaque para a raça Yorkshire. Segundo registros belgas os criadores ingleses levaram, a partir de 1850, a quase totalidade dos pássaros belgas a preços astronómicos para a época.
Os criadores belgas, sem suas melhores matrizes, apelaram para as mestiçagens para continuar vendendo os melhores pássaros e praticamente a raça se extinguiu. Segundo M. Dawans, o homem que desde o fim da  1ª  Guerra Mundial tentou reconstituir a raça, em 1920 somente o Sr. Meewes Robbens, de Antuérpia, possuía uma linhagem de pássaros puros;
 
Dawans, com um trabalho maravilhoso, conseguiu em 1958, reconstituir a raça, logicamente após recomeçar praticamente do nada, após cada uma das grandes guerras nas quais todo seu trabalho foi perdido;
 
Os actuais BOSSU descendem dos cruzamentos criteriosos entre Frisados do Sul, Yorhshires "anel" e "Malinois" do tipo antigo e, segundo o citado criador, são menores que os antigos pássaros que conheceu quando criança e que foram a paixão de sua vida.

O standard desta raça tem 7 rubricas de julgamento que são:
 
 1POSIÇÃO – 40 PONTOS
Em posição de trabalho, a ave projecta o pescoço para a frente e eleva os ombros.
A cabeça é invisível vista do dorso. O dorso forma uma linha recta vertical com a cauda. A ave inclina-se ligeiramente para trás sobre as patas.
 
2 – FORMA GERAL DO CORPO – 25 PONTOS
Peito longo e largo, em forma de cunha triangular, visto de dorso ou perfil. Dorso cheio, largo, sem ser muito côncavo nem redondo. Ombros largos e altos. Asas longas e aderentes ao corpo.
 
3 – CABEÇA E PESCOÇO – 12 PONTOS
Cabeça pequena e oval.
Pescoço longo e fino.
 
4 – CONDIÇÃO E PLUMAGEM – 8 PONTOS
Em boas condições de saúde e limpeza.
Plumagem brilhante, o mais lisa possível.
São admitidas todas as cores, excepto o vermelho.
 
5 – TAMANHO – 5 PONTOS
17 – 18cm.
O comprimento mede-se da ponta do bico até à extremidade da cauda, seguido a linha do dorso.
 
6 – PATAS E COXAS – 5 PONTOS
Patas longas, ligeiramente flectidas, e coxas bem emplumadas e coladas ao corpo.
 
7 – CAUDA – 5 PONTOS
Cauda longa, vertical, estreita, bem fechada, em linha recta como dorso.
  
                                                       

A gaiola de expo é a mod. B (abaulada).

O CREST


                    


O Crest tem a sua origem em Inglaterra no séc. XIX, por SELECÇÃO do cruzamento do Lancashire com Norwich.
 
A mutação da poupa surgiu entre 1709 e 1750.
Várias raças passaram a exibir este ornamento e inicialmente a raça Norwich apresentava dois tipos distintos, os CRESTED e os PLAINHEAD (cabeça lisa.).
A partir de 1860, os pássaros de poupa começaram a ser separados dos de cabeça lisa e constituíram uma nova raça, onde os pássaros sem poupa descendentes dos de poupa passaram a se chamar CREST BRED.
A raça atingiu seu apogeu no final do século passado e como todas as raças europeias teve seus percalços com as duas Guerras Mundiais.
Sob o patrocínio da OVCA (Old Varieties Canary Association) a raça voltou a expandir-se após a década de 70 e hoje está bastante difundida pelo resto do mundo.
A raça se compõe, como todas em que há a poupa, de dois tipos de indivíduos: os de poupa denominados CRESTED e os sem poupa, em cujos ascendentes há sempre um pássaro de poupa, denominados CREST-BRED.
Esta raça de canários existe em duas variedades:            

Crested - com poupa    Crest-Bred - sem poupa


O Standard do Crest tem somente 5 rubricas de julgamento que são:



Amas Secas  
Quando, como e porque usar?
   Sensibilidade e tecnologia. Estes são sem duvida os dois grandes ingredientes que levam um criador ao sucesso. 
 Considerando que a nossa actividade é uma arte, resulta extremamente importante aplicarmos todo o nosso conhecimento junto com uma sensibilidade, para na hora de escolhermos os nossos reprodutores e formarmos os casais, conseguirmos o maior proveito possível do material genético disponível, de tal forma que o produto final seja filhotes de excelente qualidade, a tal ponto de se destacarem na hora dos concursos.  
     Devemos aliar a nossa sensibilidade, um máximo de tecnologia, no manejo, instalações, alimentação, etc. de forma a que possamos obter também sucesso na produção e cuidado dos filhotes. 
    No campo tecnológico em todas as áreas da zootécnica ocorre avanços verdadeiramente expressivos no que a reprodução se refere. Uma descoberta por todos conhecida de extremo valor, é a inseminação artificial, que permite multiplicar incrivelmente a prole de certos exemplares machos de alto valor genético. Desta forma consegue-se multiplicar muito velozmente as qualidades de um exemplar excepcional. Nós criadores de pássaros ainda não dispomos de  técnicas que permitam essa pratica, mas em várias espécies podemos utilizar a poligamia com os melhores machos, de forma a obtermos maior quantidade de filhotes dos melhores machos dos nossos planteis.  
  Uma descoberta mais recente mas não menos interessante, é a transferência embrionária, que  consiste resumidamente em estimular a ovulação de fêmeas de alto padrão, fecundar esses ovos e transferir os embriões para "amas-secas" de inferior qualidade que terão como única tarefa de criar esses filhotes de alto padrão. Desta forma, multiplica-se de maneira significativa o número descendentes de fêmeas excepcionais.  
  Esta tecnologia representa uma ovulação impressionante na qualidade de planteis, chegando a resultados surpreendentes num período de tempo muito reduzido.  
    Existe na ornitologia um exemplo típico desta prática, que é a cria do Diamante de Gould, utilizando Manons como "amas-secas". 
  Em canaricultura, o uso de amas secas permite, da mesma forma, que a possamos obter maior número de ninhadas daquelas fêmeas que mais nos interessam, desde que se utilizem uma manejo adequado e cuidadoso. 

COMO FAZER UM PLANTEL DE "AMAS-SECAS" 
        As "amas-secas" devem ser fêmeas de excelente desempenho como criadoras, independentemente da sua beleza. Como isto é recomendável que formemos um verdadeiro plantel com as mesmas, no qual o único critério será o comportamento reprodutivo. Quando avaliamos o comportamento reprodutivo das amas-secas, não nos referimos unicamente ao fato de alimentarem bem os filhotes, mas também a ausência de qualquer desvio de comportamento. 
 Desta forma serão eliminadas as fêmeas que rejeitem o anel, ou arranquem as penas dos filhotes, etc.  

Em nosso canaril, iniciamos a experiência a três anos atrás, com cinco fêmeas sem raças definidas, filhas de um casal de excepcional qualidade reprodutora, que nos foram presenteados por um criador amigo. Logo no primeiro ano eles tiveram um desempenho formidável como criadoras e 
    das duas melhores, obtivemos filhotes para aumentar o número de amas-secas para o ano seguinte. Desta forma, temos sucessivamente aumentado o número de fêmeas sempre tirando filhotes das melhores "tratadoras". Resulta extremamente importante quando tiramos filhotes de amas-secas, que utilizemos machos filhos de fêmeas excepcionais criadoras, para passar para os filhos essas qualidades.  

O MANEJO
 Diferentes de outras espécies ( Diamante de Gould, por exemplo ), no caso específico da cria de canários, temos observado que certos cuidados devem ser tomados, principalmente no que se refere a evitar o desgaste das fêmeas cujos ovos são retirados para provocar uma nova postura. 
 Quando esta prática é aplicada com frequência com a mesma fêmea, ela muitas vezes se mostra desgastada, diminuindo o número de ovos das posturas ou demorando muito para iniciar uma nova postura. Desta forma, quando retiramos os ovos de uma ninhada, deixamos que ela mesmo crie os filhotes da próxima, para retirar os ovos da seguinte e assim sucessivamente. 
  Desta forma, consideramos que um número excessivo de amas secas, seja contraproducente,  diminuindo a produção em termos quantitativos. 
   Considerando um número razoável de amas secas pode oscilar o 10% do total das fêmeas utilizadas. 
 O manejo propriamente dito é muito simples. Controlamos a fertilidade das aves com 10 dias de choco, e transferimos os ovos cheios das fêmeas de maior interesse nesse mesmo dia, retirando o ninho para que ela "perca o choco", e recolhendo o mesmo, em dois dias, para reiniciar a postura.  

OUTRAS VANTAGENS 
  Além da possibilidade de obtermos maior prole mais numerosa de melhores fêmeas do nosso plantel, consideramos que as amas secas, por serem relacionadas pela sua qualidade para tratar os filhotes, nos oferecem garantia de sucesso no desenvolvimento dos filhos das nossas melhores reprodutoras. 
 Por outro lado, também utilizando as "amas-secas" para testar a fertilidade dos machos do plantel que oferecem dúvidas. Assim, quando, um macho de qualidade não "enche ovos" numa ninhada, colocamos o mesmo com uma ama-seca para testar novamente a sua fertilidade, sem riscos. Quando o mesmo começa a fecundar ovos, ele é rientroduzido no plantel. 
  O tema é interessante, alguns aprovam esta pratica e outros não. Nós tentamos, aprovamos e esperamos ter contribuindo para que você tire suas próprias conclusões. Boa Sorte !!! 

Álvaro Blasina 
Juiz da OBJO/COM 

CAUSAS DE MORTE NOS FILHOTES
Luiz Pires - Ovar
 
 
Quando os filhotes morrem até ao terceiro dia, normalmente é porque os pais não os alimentam suficientemente bem, e vão enfraquecendo acabando por morrer nos três primeiros dias.
Daí ser sempre conveniente, no mínimo, observar de manhã, por volta das 8 horas se já têm o papo cheio, se não teremos que lhes dar a comida. Também é conveniente verificar por volta das 12 ou 13 horas, idem, depois pelo menos à noite, antes cerca de uma hora das luzes se apagarem, ou no caso de ser iluminação natural, antes do anoitecer, que é para eles não passarem a noite toda sem nada no papo. Quando os pais não os alimentam, deveremos dar papas de 2 a 3 horas de intervalo no máximo, nos primeiros 5 dias. É que normalmente após uns dias de termos colaborado na alimentação dos filhotes, entretanto estes já ganharam força suficiente para pedirem a comida aos pais, passando estes a alimenta-los convenientemente. Também, será oportuno lembrar que nesta altura a iluminação deverá ter a duração pelo menos de 15 horas, das 6:30h da manhã, as 21:30 horas da noite.
Existem no mercado especializado, papas próprias para a cria à mão, por palito ou através de seringa, devendo no entanto escolher-se a mais adequada ao tipo de raças que estamos a criar.
A título de exemplo lembro que o valor proteico das papa terá que variar conforme os tamanhos das raças, assim dou alguns exemplos, raças de pequeno porte, como: os Canários de cor, Glosters, fife-Fancy e Lizards, necessitam até ao trinta dias de papas (quer de cria à mão, quer de comedouro), com um valor proteico bruto de aproximadamente 26%. Para canários de médio porte, como: Border, Norwich e Frizado do Sul, cerca de 29%, para grande porte, como: Crest, Yorkshire, Frizado do Norte e Paduano, cerca de 32%, e para raças gigantes, como o: Lancashire e Frizado Parisiense, 38% de proteína bruta. É claro que não encontrará papas no mercado com todas as características, pois ficam muito mais caras, devo dizer que a papa que eu utilizo para os meus Parisienses, deverá juntar à papa de cria à mão Proteínas vegetal e animal, ou seja, por exemplo de soja e lactoalbumina, que contém todos os aminoácidos necessários ao desenvolvimento, devendo ser equilibrada em 45% de proteína vegetal: 55% de proteína animal, acompanhadas de fosfato bicalcico, para um melhor desenvolvimento ósseo.
Nesta altura a Gordura bruta deverá ter um valor máximo de 8%, os minerais que na vida normal são de 3%, nesta altura terão de triplicar, as fibras e cinzas na ordem dos 3%. É conveniente entre a mistura que se fornece a os papas, os Hidratos de Carbono andarem pelos 58 a 60%, o que quer dizer que não se deve fornecer muita aveia juntamente com o alpiste, pois torna-se muito indigesta.
A ambas as papas deveremos juntar um probiótico à base de lactobacilos, para reposição constante de flora intestinal, e um antibiótico leve, próprio para crias, para prevenção de doenças intestinais. A papa de cria à mão normalmente só é utilizada durante os primeiros 8 a 10 dias, pois a partir dessa altura não a aceitam mais, daí, na papa que se coloca no comedouro para os pais a fornecerem aos filhotes, deverá continuar a possuir as qualidades proteicas e todas as outras acima referidas, pelo menos nos primeiros 30 dias de vida.
Se morrerem após o quinto ou sexto dia, é bem mais grave, pois se passam os 3 primeiros dias, não se trata de falta de alimentação, mas sim de doença, pois, muito embora eles possam morrer em estado de eventual magreza, deve-se ao fato de estarem doentes e os pais ao constatarem isso, na maioria dos casos acabam por lhes deixar de dar comer.
 Normalmente a doença que aparecer entre quinto e o décimo segundo dia é a Colibacilose, originada pela bactéria Ech.Coli, que é a que mais mata no ninho, a par eventualmente da Proventiculite.
Se os pais estão aparentemente bem, é Colibacilose. Se os pais estão um pouco abatidos, a ficar gradualmente magros, é bem pior, é Proventriculite, e esta doença praticamente não tem cura.
Vamos começar pela hipótese da Colibacilose; A colibacilose normalmente tem duas vertentes que atacam ao mesmo tempo, que é a de via intestinal e a de via respiratória, daí há necessidade de efectuar um tratamento, 5 dias antes da previsível postura (este tratamento põe-os imunes durante 15 dias a 3 semanas), com um antibiótico que possua a capacidade de prevenir a Colibacilose, Coccidiose, Salmonelose e Micoplasma, que normalmente será necessários associar-se dois antibióticos, que sejam compatíveis, administrar pelos menos 5 dias, sempre com complexo vitamínico-mineral-aminoácido.
Tal como outros grandes criadores nacionais e estrangeiros, eu não aconselho dar legumes na época das criações, pelo menos nos primeiros dias pois embora sejam muito apetecíveis, são a causa da origem da salmoneloses e colibaciloses, já que ou estão mal lavados, ou demasiado indigestos, face à fermentação, para além de nos canários de porte ser um fator de fraco desenvolvimento. Eu próprio não dou legumes aos meus canários há três anos, e tenho casais a criar desde 1995, que nunca estiveram doentes. Claro que, os legumes são ricos em minerais e sódio, que tudo isto é facilmente substituível com um complexo multimineral (eu utilizo um à base de extractos de algas). O sódio resolveremos com uma colher de sopa de sal de cozinha, por cada quilo de papa. O sódio é importante porque evita o picadismo e canibalismo. Quanto à fruta, nesta altura não dar mais que um pouco de maçã e ou cenoura cortada e não ralada, pois a cenoura ralada azeda e fermenta de imediato, uma vez por semana.
Dar menos sementes negras (gordas) e mais papas, devendo 15 dias antes das criações dar dia sim dia não, dar todos os dias durante a época da postura, parar na incubação e recomeçar a dar 2 dias antes do filhotes nascerem, a partir daí dar todos os dias até à sua separação, entretanto os pais no novo ciclo da incubação, continuando os filhotes com papa diária até os 45 dias, retomando depois uma alimentação normal.
Se a papa é de molhar, nunca deve ficar de um dia para o outro, e se a humidade da papa é grande, e a humidade ambiente é mais de 60%, deverá estar disponível para os canários no máximo 2 horas.
À noite convém deixar a chamada papa húmida (de ovo), e para a enriquecer um pouco, deverá juntar-se lhe papa húmida de insectívoros, pois tem mais proteína.



O FIFE FANCY


                     


o Fife Fancy tem a sua origem na Escócia por volta de 1951, através da selecção do canário Border.

O Border era originalmente um canário pequeno. Depois da segunda Grande Guerra, face à perda dos plantéis e o número baixo de pássaros de qualidade, os criadores foram obrigados a utilizar outras raças para aumentar o número e também aperfeiçoar os exemplares com poucas características.

Os pássaros Norwich de pequeno tamanho foram bastante utilizados, o que resultou na produção de pássaros maiores, com cabeça redondas e grandes.

Os antigamente denominados WEE GEM (jóia da coroa), hoje apresentam-se com 14,15 cm e com a forma um tanto diferente dos pequenos pássaros cuja figura padrão aparecia em diversos livros editados nas décadas de 60 e 70 com certa de 13 cm.

Cabeça tipo esfera, corpo tipo ovo, com contornos bem definidos, posição das patas em relação ao poleiro constitui um ângulo de 60º.
O fife fancy tem uma diferença em relação ao Border, o tamanho de 11cm.

O Fife Fancy é resultado de um grupo de criadores da Escócia (1951) que não aceitaram a disparidade de tamanho que o Border teve, e conservaram e apuraram os exemplares mais pequenos dando origem a esta raça, dando o nome de uma região da Escócia - “Fife”.

Walter Lumsden, do reino de Fife, na Escócia, foi convidado a dar o nome á nova raça e denominou-a FIFE FANCY.

Lentamente a raça ganhou popularidade e em 1970 um FIFE foi premiado como o melhor canário do National Cage Birds, em Londres.

A raça nos últimos anos tem se expandido bastante em Portugal e, além do número, a qualidade dos pássaros apresentados é razoável.


             
 

O Fife Fancy tem 10 rubricas no julgamento do seu standard que são por ordem da sua importância:

1 - TAMANHO - 25 Pontos
11cm no máximo.

2 - CABEÇA - 10 Pontos
Cabeça pequena e esférica.
Bico curto e cónico, nuca profunda.
Olhos bem centrados.

3 - CORPO E DORSO - 10 Pontos
Corpo em forma de ovo. Peito arredondado, sem proeminência.
Em forma de coração, visto de frente.
Dorso redondo e ligeiramente abaulado.

4 - ASAS - 10 Pontos
De comprimento adequado ao corpo, juntando-se sobre o uropígio sem se cruzarem.

5 - PLUMAGEM - 10 Pontos
Lisa. Bem aderente ao corpo e de boa qualidade.

6 - COR - 10 Pontos
Cor rica e quente.
São admitidas todas as cores menos a coloração artificial.

7 - POSIÇÃO E MOVIMENTO - 10 Pontos
Altiva . Semi-erguida a 60º.
Cabeça bem levantada. Alegre, com movimentos graciosos.

8 - PATAS - 5 Pontos
As coxas curtas são parcialmente visíveis.
Patas de comprimento médio.

9 - CAUDA - 5 Pontos
Curta e cerrada redonda na base.

10 - SAÚDE E CONDIÇÃO - 5 Pontos
Em boas condições de saúde, sem deformações ou outros defeitos.
 
 
 
A gaiola de exp é a mod C ( BORDER) com dois poleiros.

O FIORINO


Esta raça tem a sua origem em Florença - Itália, + ou - por volta de 1989, por SELECÇÃO do cruzamento de Frisado do Norte com Gloster.

A ideia de criar a raça teve a origem em Florença, sendo um dos seus idealiza dores o Dr. Livio Susmel que pretendia produzir um pequeno e vivo canário frisado de uma plumagem branca com uma poupa idêntica ao Gloster, porem melânico.

Os frisados deveriam ser semelhantes aos dos PARISIENSES e a poupa, tamanho e forma do corpo idênticos ao de um Gloster.

Para produzir tal pássaro, foram cruzados Parisienses de pequeno tamanho com Glosters de cor branca. Pretendia o Sr. Susmel entrecruzar os mestiços e obter na Segunda geração os resultados desejados, mas as experiências fracassaram.

Na década de 60, outros criadores retomaram a experiência com objectivo ligeiramente modificado: produzir um pássaro frisado pequeno com poupa e forma, semelhante ao Gloster mas sem qualquer restrição à cor.

Foram utilizados então os Frisados do Norte de pequeno tamanho e o Gloster e, seguindo a técnica preconizada pelo Sr. Susmel, conseguiram, já na Segunda geração, material com algumas das características desejadas. Após um trabalho longo de cerca de dez anos, os criadores conseguiram fixar as características desejadas e fizeram, então, um padrão que se aproximasse dos pássaros obtidos.

Em 1980, os primeiros pássaros foram apresentados por ocasião de uma exposição em Bolonha.

Em Portugal, até a data de hoje, esta raça pouco se faz representar, mas é provável que em alguns anos, face à sua vivacidade e capacidade de proliferação, tenha condições de se apresentar em um numero satisfatório.

Como em quase todas as raças de poupa tem o seu par sem poupa.

                             

O seu standard tem 11 rubricas de julgamento que são:

1 - TAMANHO - 15 Pontos
13 cm com proporções perfeitas.
Volumoso. Boa forma, bem cheio.

2 - CABEÇA E PESCOÇO - 15 Pontos
Poupa : redonda e regular, simétrica.
Ponto central da poupa bem ao centro do crânio: olho visível.
Consort: cabeça larga, lisa e redonda, com sobrancelhas visíveis.
Pescoço: liso, bem distinto, com ou sem pequena zona desnudada.

3 - POSIÇÃO - 10 Pontos
Erguida, corpo e cauda formando um ângulo de 55º com a horizontal.

4 - PLUMAGEM - 10 Pontos
Sedosa e volumosa. Lisa no abdómen.

5 - MANTO E OMBROS - 10 Pontos
Bem desenvolvido e simetricamente repartido sobre todo o dorso.

6 - ALETAS - 10 Pontos
Volumosas, simétricas, levantadas até à parte superior dos ombros.
Boa implantação como os outros frisados ligeiros.

7 - JABOT - 10 Pontos
Simétrico, volumoso e bem levantado, sem cavidade superior.

8 - ASAS - 5 Pontos
Regulares, completas e bem aderentes ao corpo.

9 - PATAS E COXAS - 5 Pontos
Longas, bem emplumadas, dedos e unhas sólidas.

10 - CAUDA - 5 Pontos
Curta e estreita. São admitidas "penas de galo".

11 - CONDIÇÃO - 5 Pontos
Limpo, activo e em boas condições de saúde.
São admitidas todas as cores.
 

Gaiola de expo é a mod B (cúpula) com dois poleiros em cima.

O FRISADO DO NORTE


              


Oriundo da França a meados do séc. XIX, por selecção de diversos tipos de canários frisados, criados a partir de MUTAÇÃO do canário comum
 
Talvez seja mais difícil estabelecer com certeza a origem dessa raça que das outras raças de pena frisada. As teorias são bastante controvertidas e, face à rara documentação existente, a maioria delas não passa de hipóteses.
Provavelmente, o "grande holandês" seja a origem da maior parte dos frisados e também contribuiu para formar esta raça, que ainda é conhecida como HOLANDESA DO NORTE.
No norte da França, nas regiões de minas e usinas de tecelagem, estes pássaros foram desenvolvidos buscando os tipos erectos, ao contrário do que aconteceu no sul. Varias raças de frisados, outrora existentes, como o PICARD, em muito se assemelham ao FRISADO DO NORTE e é provável que eles mesmos tenha vindo a dar origem aos Parisienses, por selecção.
 

Para ser uma ave "perfeita" com 100 pontos (não existe) o "estalão" da raça tem 9 rubricas de julgamento que são:

1-OMBROS E MANTO - 15 pontos
Manto simétrico, bem desenvolvido, partindo da linha média para os ombros.
Bem desenvolvido (2/3 do dorso)

2-FRISADOS DO PEITO - 15 pontos
Em forma de concha fechada.

3-ALETAS - 15 pontos
Implantadas simetricamente, em direcção dos ombros. Implantação nem muito em cima, nem muito em baixo, diante das patas.

4-TAMANHO - 15 pontos
17cm.

5-Posição - 15 pontos
Posição erguida (60º).
Patas longas, ligeiramente flectidas.

6-CABEÇA E PESCOÇO - 10 pontos
Cabeça pequena e redonda, bico não muito grosso. Pescoço fino.
Cabeça, pescoço e nuca isentos de frisados.
Pescoço de cumprimento proporcionado.

7-ABDÓMEN - 5 pontos
Liso - isento de frisados.

8-Cauda - 5 pontos
Cauda longa e estreita.

9-Condição - 5 pontos
Em boas condições de saúde e limpeza, sem deformações nem defeitos.
São admitidas todas as cores incluindo a coloração artificial.
 
 
 


A gaiola de exposição é a mod. A1 (10% mais pequena que a mod A) mas também pode ser utilizada a mod A que é a gaiola dos frisados parisienses.

O FRISADO DO SUL


 


Esta raça de canários tem a sua origem no sul de França + ou - por volta de 1870 por SELECÇÃO do cruzamento de Frisado do Norte com Bossu Belga.

Como nas outras raças frisadas mais antigas, a origem é obscura. Mas tais pássaros parecem ser originais do Sul da França, espalhando-se depois para a Itália e Espanha.

O interesse e o desenvolvimento específico desse tipo em uma certa região, em termos remotos, poderá ser explicado pelo isolamento ocasional de um grupo de criadores de pássaros frisados.

Estes criadores, dando uma interpretação toda pessoal a um padrão que possuíam, conduziram a raça, por falta de material de comparação, ao que supunham ser o ideal e posteriormente, ao compará-la com os pássaros de outros centros, verificaram que as diferenças eram marcantes e praticamente uma nova raça foi fixada.
 


 

                       
 
 


Se compararmos o FRISADO DO SUL com o desenho do Frisado Parisiense feito pelo Sr. Le Roy, em 1890, a semelhança é grande. É também conhecida por HOLANDÊS DO SUL.

Sendo um frisado pequeno, os frisados não são tão volumosos quanto as das raças grandes.

É um pássaro de tamanho que deve variar de 16 a 17 cm, tamanho este de difícil avaliação pela posição curvada que adopta, tanto em repouso como em posição de concurso.
 
O Frisado do Sul tem 11 rubricas de Julgamento no seu standard que são:

1- POSIÇÃO - 15 Pontos
Em forma de 7

2 - PATAS - 10 Pontos
Longas, direitas e bem emplumadas.

3 - PLUMAGEM - 10 Pontos
O mais lisa possível nas zonas desprovidas de frisado, ou seja: cabeça, pescoço e abdómen.

4 - TAMANHO - 10 Pontos
17 cm.

5 - MANTO - 10 Pontos
Simétrico, bem desenvolvido. Linha média nítida e contínua. Bem prenunciado nos ombros.

6 - FRISADOS DO PEITO "JABOT" - 10 Pontos
Simétricos. Em forma de cesto.

7- ALETAS - 10 Pontos
Levantadas e simétricas. Implantação elevada, mesmo junto ás coxas.

8 - CABEÇA E PESCOÇO - 10 Pontos
Cabeça: fina, serpentiforme e lisa.
Pescoço: longo e liso; projectado para diante.

9 - CAUDA - 5 Pontos
Estreita e fechada.

10 - ASAS - 5 Pontos
Juntas, sem se cruzarem.

11 - CONDIÇÃO - 5 Pontos
Boa apresentação. Saúde óptima.
Todas as cores são admitidas.

 A gaiola de expo é a mod. B (de cúpula) com um poleiro em cima.



O CANÁRIO BRANCO DOMINANTE

É deveras interessante um facto que estamos a observar na canaricultura Portuguesa.
Antigamente possuíamos óptimos canários brancos dominantes e alguns bons e raros brancos recessivos. Agora ocorre o contrário, os brancos dominantes bons são raros, enquanto que os brancos recessivos, através de cruzamentos seleccionados, vão melhorando ano após ano.
A grande maioria dos criadores considera o branco dominante uma cor ingrata, difícil de obter bons canários e acaba por deixar de lado esta belíssima variedade.
Um dos erros é alguns criadores criarem apenas branco, sem terem nos seus planteis canários amarelos.
Os amarelos que nascem dos casais brancos são despachados pois o que querem é só o canário branco. Não poderá haver uma boa criação de canários brancos , sem a presença de amarelos.
Vamos tentar mostrar o caminho a seguir pelos jovens criadores, assim usamos como exemplo a letra B para representar o gene dominante e a letra b  para o seu alelo recessivo.
O gene b vai determinar a cor amarela, enquanto que o gene B vai determinar a cor branca.
Assim teoricamente poderemos ter 3 tipos de genótipos a saber:
 BB – branco dominante
Bb – branco dominante
Bb – amarelo
 Como cruzar os resultados
 1º - Branco dominante  x Amarelo
                 B b                       b b
                 1 2                        3 4
 Possibilidades :
 1º - 1 x 3 = Branco dominante
2º - 1 x 4 = Branco dominante
3º - 2 x 3 = Amarelo
4º - 2 x 4 = amarelo
 Assim num cruzamento Branco dominante com  Amarelo, vamos obter 50% de canários Brancos dominantes e 50% de canários Amarelos
 2 – Branco dominante x Branco dominante
                  B b                         B b
                  1 2                          3 4
Possibilidades :
1º - 1 x 3 = Branco dominante
2º - 1 x 4  = Branco dominante
3º - 2 x 3 =  Branco dominante
4º - 2 x 4 = Amarelo
 Assim num cruzamento de 2 canários Brancos dominantes, teoricamente teremos 75% canários Brancos  dominantes e 25% canários Amarelos.
No entanto ocorre que o gene B em dose dupla ou seja BB é letal ( Causa a morte ) dos jovens canários.
Desta forma o cruzamento de 2 Brancos dominantes  na prática, vamos obter 66% de Brancos dominantes e 34% de Amarelos.
O melhor cruzamento seria o nº 1 pois obteremos mais canários Amarelos e o mesmo numero de Brancos.
Assinale-se para finalizar que o sexo das aves não têm influencia alguma pois o gene B e o seu alelo não são sex-linked; pelo que tanto faz cruzar Branco com fêmea amarela e vice- versa.  
  
Por Carlos Lima – Juiz OMJ.

O FRISADO GIGANTE ITALIANO
 (A.G.I.)
 
 
Esta raça é uma das mais novas raças reconhecidas pela COM, o seu reconhecimento oficial foi no Mundial de 2001 realizado em Portugal - Sta. Maria da Feira.
 
Tem a sua origem no Frisado Parisiense que logo no início do séc. XX foram levados para Itália e que aos poucos e poucos foram sendo seleccionados os exemplares que detinham os aspectos da raça mais bem evidentes e foram sendo feito cruzamentos bem adaptados com canários ingleses de grande porte, com resultados bem positivos e indo assim mantendo os aspectos da nova sub-raça. São as regras que “fazem parte do jogo” quando se quer criar uma nova raça.
 
 
                 
Esta raça de canário tem 11 rubricas no julgamento do seu standard, que são:
 
1 – CABEÇA E “GOLA” – 15 PONTOS
A característica que mais distingue o A.G.I. é a “gola realçada” que, em forma de “caleira”, assume harmoniosamente à frente o aspecto de um babete elevando-se na região da nuca.
A cabeça, arredondada e muito volumosa, com um bico cónico largo na base e um pescoço rodeado de plumas dirigidas para o alto, é coberta por frisados que dão ao conjunto uma forma de “capuz” completo ou parcial.
 
2 – ALETAS – 15 PONTOS
Bem desenvolvidas, curvadas para cima sem decaimentos, aproximam-se vaporosa e simetricamente das asas.
 
3 – TAMANHO – 10 PONTOS
Mínimo de 21cm.
Aspecto harmonioso.
 
4 – PLUMAGEM – 10 PONTOS
Suave e fina, muito volumosa e composta.
São admitidas todas as cores.
 
5 – MANTO E “BOUQUET” – 10 PONTOS
Manto com penas largas, longas, muito estendidas que tombam para a frente e sobre os lados a partir de uma zona central do dorso formando um frisado harmonioso e muito vaporoso em forma de roseta.
“Bouquet” pequeno e vaporoso sobre o uropígio, completa o manto.
 
6 – JABOT E ABDÓMEN – 10 PONTOS
Jabot as penas convergem para cima, formando um “avental” até à zona próxima da “gola” sem formar cavidade.
Abdómen as penas são orientadas para cima e unem-se ao jabot sem formar espaços vazios, tem uma superfície muito ondulada.
 
7 – CAUDA – 10 PONTOS
Homogénea, robusta, muito longa e direita de extremidade quadrada. Com numerosas penas de galo longas e largas.
 
8 – POSIÇÃO – 5 PONTOS
Formando 60º com o poleiro.
Altiva e possante com a cauda alinhada com o tronco ou ligeiramente cadente.
 
9 – ASAS – 5 PONTOS
Regulares e robustas, bem implantadas e não descaídas. Admitindo-se uma ligeira sobreposição das pontas.
 
10 – PATAS – 5 PONTOS
Grossas e robustas, segurando-se fortemente ao poleiro.
Unhas retorcidas ou com tendência a retorcer-se.
 
11 – CONDIÇÃO GERAL – 5 PONTOS
Boa saúde, limpeza e atitude vigilante.
 
  A gaiola de expo é a mod. A (parisiense) com dois poleiros.

O FRISADO PARISIENSE


                             


Origem: Paris França + ou - por volta de 1870 por SELECÇÃO do Roubaisien (antiga raça francesa), criado a partir do Frisado do Norte.

Os primeiros frisos em um canário surgiram por volta de 1750 e se situavam no peito do pássaro. Posteriormente surgiram os frisos nas costas e depois em outras zonas da plumagem.

Em 1840, a Duquesa de Berry esteve na Holanda, acompanhada do Sr. Hervieux de Chanteloup, para visitar os grandes criadores e procurar pássaros de qualidade de raça de canário holandês que ele havia importado anteriormente para a França.




Os criadores franceses interessaram-se pela duquesa, adquiriram alguns em uma exposição realizada em Lille, com o fito de criar um pássaro superior, de maior tamanho, mais corpulento e plumagem mais abundante.
Após alguns anos conseguiram obter alguns indivíduos de qualidade e a evolução continuou.

Em Outubro de 1867, o primeiro concurso de canários frisados foi realizado em Paris e foi fundada a primeira sociedade, e que até hoje existe, " La Nationale".



A palavra "holandês" que evidentemente denominava no século passado os canários de um tipo particular, proveniente da Holanda, hoje é apenas um termo genérico
Assim, tínhamos e ainda aparecem o HOLÂNDES PARISIENSE, o HOLANDÊS DO NORTE ou ROUBAISIEN, bem parecido com o PARISIENSE, mas menor, de plumagem mais curta, o HOLANDÊS DO SUL, de pescoço longo, muitas vezes denominado HOLANDÊS BELGA ou FRISADO CORCUNDA.·

No inicio do século XX passou a ser denominado FRISADO PARISIENSE e difundiu-se pelo mundo, destacando-se em sua criação, além da França, a Itália e o Brasil.

  

O standard do Frisado Parisiense tem 8 rubricas de julgamento que são:

1 - CABEÇA, COLAR,"SUÍÇAS" - 15 Pontos
Bico: Forte
Cabeça: Volumosa, com forma de gorro e formado por penas que se rebatem para a direita ou para a esquerda, ou para ambos os lados. A cabeça insere-se nos ombros por uma corola de penas levantadas, formando um colar.
As bochechas estão guarnecidas de "suíças".

2- MANTO E OMBROS, BOUQUET - 15Pontos
Manto: Longo, cobrindo 2/3 do comprimento das asas, largo, tombando simetricamente de uma linha média para cada um dos lados.
Bouquet: Abundante, implantado na parte inferior do manto e entre as asas, orientada esquerda ou à direita.

3 - JABOT - 15 Pontos
Volumoso, fechado em forma de concha, simétrico sem cavidade ou buraco em baixo.

4 - ALETAS - 15 Pontos
Volumosas, largas, simétricas, bem implantadas nos flancos. Orientadas o mais possível para o cimo do dorso.

5 - PENAS DE GALO, OLIVA-CULOTES - 10 Pontos
Penas de galo: Abundantes, tombando de cada lado da cauda.
Oliva: Presença de um bouquet de penas estreitas, partindo do fémur até à nascença da cauda.
Culotes: Penas abundantes que não permitem visualizar qualquer indício de cavidade sob o abdómen.

6 - PATAS-CAUDA-ASAS - 10 Pontos
Patas: Longas, fortes com unhas em saca-rolhas, admitindo-se unhas normais nos dedos dianteiros.
Cauda: Longa e larga, com extremidade quadrada, seguindo a linha do dorso.
Asas: Longas, sem se cruzarem excessivamente.

7 - TAMANHO-FORMA-POSIÇÃO - 10 Pontos
Tamanho : mínimo de 19 cm.
Forma: Harmoniosa -aspecto maciço.
Posição: Semi-erguida. Altiva. Majestosa.

8 - PLUMAGEM-CONDIÇÃO - 10 Pontos
Plumagem: Abundante, volumosa e sedosa.
Condição: Apresentação em boas condições de saúde e limpeza.
São admitidas todas as cores.

A gaiola de exp. é a mod. A, grande rectangular e com dois poleiros.



O FRISADO SUÍÇO




Esta raça de canários tem a sua origem na Suíça por volta do ano de 1900, por SELECÇÃO do cruzamento numa primeira fase do Frisado Parisiense e mais tarde do Frisado do Sul com o Scotch Fancy.

Os primeiros canários frisados vieram da suíça há mais de 100 anos, quando a Sociedade Ornitológica de Bale realizou a sua primeira exposição.

Os criadores locais ficaram encantados com o tal "parisiense" e os casais eram vendidos a quatrocentos francos suíços, soma enorme para aquela época.

Em 1889, uma reportagem de um jornal do país citava o número de criadores da raça era enorme.

Pouco a pouco os pássaros, face talvez aos acasalamentos incorrectos e a consanguinidade, começaram a reproduzir pouco e os criadores no afã de resolver o problema trouxeram pássaros de diversas regiões ou países para também melhorar o tipo existente.

Vieram pássaros de Paris, Lion, Strabourg e mais tarde de Viena e Munique. Todos eram denominados "parisienses", mas com características em alguns casos bastante diversificadas.


Dessa mistura como não podia deixar de acontecer, surgiram pássaros que apesar de frisados, com peito, manto e fachos perfeitamente definidos apresentavam posição, cabeça e outros frisados bastante variáveis.

Um primeiro padrão, no intuito de definir as características de uma raça, foi feito pelos Srs. Hässing, Lambert, Soleure, e Zehle. Esse padrão foi submetido a uma assembleia de criadores que o aprovou e, apartar daí, começou a selecção da nova raça, denominada como "FRISADO SUÍÇO".

As importações não cessaram, pois os pássaros importados visavam melhorar ou fixar as características do padrão, utilizando o Frisado do sul e o Scotch Fancy

A selecção severa desestimulou alguns criadores, mas outros continuaram e conseguiram chegar no tipo padronizado, especificamente suíço, que se caracteriza como o Scoth Fancy e outras raças pela forma arqueada da linha cabeça – pescoço - dorso e cauda.

A raça tem sua difusão, mesmo na Europa, restrita a apenas alguns países, alem do de origem.


 
 
 

Esta raça tem 11 rubricas no julgamento do seu standard, que são:

1 - ATITUDE E FORMA – 15 Pontos
Em forma elíptica, de meia-lua.

2 - TAMANHO – 10 Pontos
17 cm.

3 - CABEÇA E PESCOÇO – 10 Pontos
Cabeça: pequena e oval.
Pescoço: longo e fino.
Sem frisados.

4 - PLUMAGEM – 10 Pontos
Cabeça, pescoço e ventre sem frisados.

5 - MANTO – 10 Pontos
Simétricos e cobrindo 2/3 do dorso.

6 - JABOT – 10 Pontos
Simétrico e em forma de coração.

7 - ALETAS – 10 Pontos
Simétricas e bem desenvolvidas.
Bem implantadas e levantadas.

8 - PATAS – 10 Pontos
Longas e ligeiramente flectidas.
Coxas bem emplumadas.
Patas muito rígidas dão uma posição muito angular à ave.

9 - CAUDA – 5 Pontos
Cauda longa e estreita, passando ligeiramente por baixo do poleiro.

10 - ASAS – 5 Pontos
Asas longas que não se cruzam.

11 - CONDIÇÃO – 5 Pontos
Em boas condições de saúde. Sem defeitos nem deformações.
São admitidas todas as cores, excepto o vermelho.

O GIBBER ITALICUS



Esta raça tem a sua origem em Itália, por volta de 1951 por SELECÇÃO de cruzamentos entre Frisados do Sul consanguíneos e intensivos.

Os Italianos teem criado variam raças de canários aproveitando características já fixadas mesclando-as e por selecção atingindo seu objectivo.
 
No GIBBER porém ao que se sabe não houve interferência de mais de uma raça, pois a única utilizada foi a Frisado do Sul, cuja forma em sete e a movimentação foram mantidos, com redução do tamanho e principalmente plumagem.





O cruzamento contínuo entre pássaros intensos e consanguíneos conduziu as características acima citadas. A plumagem se tornou escassa e mesmo ausente em algumas zonas, como as coxas e o contorno dos olhos. A redução do comprimento e rigidez dos frisados impede que, principalmente no peito, seja coberto o esterno (quilha) que aparece com muita frequência

Face às zonas sem penas foi denominado, inclusive, como Strip Tease Canary.





 

O Gibber tem 11 rubricas no julgamento do seu standard que são:

1 - POSIÇÃO - 15 Pontos
Em forma de 7(sete)
A cabeça e o pescoço descendente mais baixos que os ombros, e formando um ângulo de quase 90º com o corpo.

2 - CABEÇA E PESCOÇO - 15 Pontos
Cabeça : serpentiforme, muito pequena e lisa.
Pescoço: o mais longo e liso possível, ligeiramente encurvado.

3 - PATAS E COXAS - 10 Pontos
Longas e o mais perpendiculares possível com uma ligeira inclinação para trás. As coxas desnudadas frontalmente.
O tarso é perpendicular ao "pé" sem formar um ângulo com o "calcanhar".

4 - MANTO - 10 Pontos
Repartido simetricamente e bem aderente às asas.

5 - JABOT - 10 Pontos
Pequeno, curto e simétrico.
O externo é coberto de penas curtas e a parte desnudada do externo está situada abaixo da garganta.
Em forma de vírgula.

6 - ALETAS - 10 Pontos
Curtas e simétricas, levantadas em direcção aos ombros sem os tocar.

7 - TAMANHO - 10 Pontos
14 a 15 cm com proporções perfeitas.

8 - ASAS - 5 Pontos
Regulares e bem aderentes ao corpo.

9 - CAUDA - 5 Pontos
Vertical, estreita, homogénea e completa.

10 - PLUMAGEM - 5 Pontos
Pobre e dura, abdómen liso.
Unicamente exposto em intenso e plumagem curta

11 - CONDIÇÃO - 5 Pontos
Activo e em boas condições de saúde.
São admitidas todas as cores.





A gaiola de expo é a mod. B com um poleiro em cima

O GIBOSO ESPANHOL


                     
 


Esta raça de canários tem a sua origem em Espanha por volta de 1984, por SELECÇÃO do cruzamento de Fino Sevilhano (antiga raça espanhola) com Tenerife.


É um canário de postura de penas frisadas que assume uma posição próxima ao numero 1 (um), quando excitado, ou voluntariamente.


O pescoço possui uma vértebra a mais que as outras raças semelhantes como o Gibber e o Frisado do Sul, e estes conseguem um equilíbrio momentâneo esticando a cabeça e o pescoço pouco abaixo da horizontal. O GIBOSO, face ao pescoço mais comprido, necessita reduzir o ângulo entre o pescoço e o corpo (45º a 60º) para reduzir a tendência a cair para a frente.


Exactamente como surgido a vértebra excedente não se sabe, mas a anomalia foi fixada, associada a outras características que definem a raça.


E, provavelmente, seus ascendentes foram os Tenerifenhos, que são pássaros idênticos aos Frisados do Sul e que são criados em número apreciável na região.


Face a semelhança com o Tenerife, em geral nevado, no GIBOSO, só são admitidos pássaros intensivos a concurso.




 
Esta raça tem no seu julgamento 10 rubricas, que são:

1 - POSIÇÃO E TIPO - 20 Pontos
Em forma de 1(um).
Em posição, o pescoço e a cabeça devem formar um ângulo de 45º a 60º com o tronco.
Tipo: permite ver bem e distintamente as partes frisadas e as lisas.

2 - PESCOÇO - 20 Pontos
Muito longo, liso e dirigido para baixo.

3 - PATAS - 10 Pontos
Longas e rígidas.
Coxas desplumadas na parte frontal e inclinadas para trás.

4 - JABOT E ABDOMEN - 10 Pontos
Bem proporcionado com frisados dirigidos do interior de cada lado para o centro, de forma a mostrar o esterno inteiramente desnudado.
Abdómen liso.

5 - MANTO E ASAS - 10 Pontos
Os ombros altos com frisados simetricamente repartidos de cada lado de uma linha média, formando um manto que cobre bem o dorso.
Asas proporcionalmente longas, e bem aderentes ao corpo sem se cruzarem.

6 - TAMANHO - 10 Pontos
Mínimo 17 cm.

7 - CABEÇA - 5 Pontos
Pequena, serpentiforme e lisa.
Bico cónico e proporcionado.

8 - CAUDA - 5 Pontos
Em proporção com o corpo, estreita e dirigida ligeiramente na direcção do poleiro, tocando-o suavemente.

9 - ALETAS - 5 Pontos
Frisados ligeiros que partem simetricamente de cada lado do corpo para formar dois pequenos flancos.

10 - CONDIÇÃO - 5 Pontos
Em boas condições de saúde e limpeza.
Habituados à gaiola de expo.
Plumagem bem fechada nas partes lisas, e dispersa sobre as partes frisadas.
Todas as cores são admitidas. .


              
 
Gaiola de expo é a mod. B com um poleiro em cima

PIGMENTAÇÃO DOS CANÁRIOS AMARELOS

Venho por intermédio deste artigo alertar para uma situação que apenas diz respeito aos canários de lipocrómo amarelo nas categorias intenso e nevado.
Temos verificado nas nossas criações e em diversas exposições, de forma geral, que nas classes onde se apresentam canários de lipocrómo amarelo, sejam lipocrómicos ou melânicos, as rémiges , assim como também as rectrizes, não apresentam uma pigmentação perfeita conforme regulamenta o standard de canários de cor COM-OMJ e publicado este no Órgão Oficial de Federação Ornitológica Nacional Portuguesa  (FONP) em 2005.
 Diz o mesmo:
 Para a cor amarela, o santard exige a pureza e uniformidade do lipocrómo  

Intenso – A cor lipocrómica deve chegar até à extremidade de cada pena

 

Nevado – Os sujeitos nevados apresentam as extremidades das penas com um bordo esbranquiçado nítido, pequeno e uniforme sobre a plumagem.
 O que verificamos é que as rémiges e as rétrizes apresentam-se brancas com um fino fio lipocrómico ou com pouca intensidade de lipocrómo amarelo, isto nos canários lipocrómicos.
Nos canários melánicos este facto é mais saliente nos Feos, pela ausência de eumelanina negra e castanha (apresentam só feomelanina).
Este defeito é penalizável na rubrica lipocrómo.
Para compensar este defeito torna-se necessário proceder á pigmentação artificial .
O pigmento mais usado é a luteina e deve ser administrado na papa na razão de 1 grama por Kg.
Esta papa deve ser posta à disposição das aves entre 03º dia e o 12º ou 15º dia, conforme o desenvolvimento das crias.
O objectivo é pigmentar as remiges e as rétrizes sem excesso de pigmentação.
Este prazo não deve ser superado, porque têm como consequência, o facto de o lipocrómo amarelo das  remiges e das rétrizes se aproximar do dourado, facto penalizável.
Com esta administração as remiges e as rectrizes passam a apresentar uma uniformidade do lipocrómo.
Na muda não facultaremos pigmento, senão as aves adquirem um amarelo dourado sobre toda a plumagem, o que iria contra o standard.

Em amarelo e amarelo marfim, uma certa quantidade do factor “ limão “ óptico será favorável à cor total.
Gostaria de salientar que o acima descrito não se aplica aos canários de factor mosaico.
Também se têm falado e observado que os canários de duplo factor, resultam de uma acumulação de lipocrómo. Esta concentração é genética e apresenta-se sobre toda a plumagem. São sem dúvida os mais vistosos, mas na troca de impressões com colegas, julga-se que estes canários aparecem em resultado de acasalamentos com o objectivo de acumulação de lipocrómo.
Enquanto não obtivermos algum exemplar de duplo factor, usaremos o acima descrito para apresentar a concurso amarelos na melhor condição.

Por Joaquim Cerqueira Cunha – Juiz de cor CNJ / FONP /OMJ
Transcrito da revista do campeonato nacional - 2007


TECNICAS DE APARELHAMENTO E SELECÇÃO NOS CANÁRIOS DE COR
Por: J .M. López de Elorriaga / Juez O.M.J. -C.O.M. -F.O.C.D.E.

CONSIDERAÇÕES

          Com extraordinária frequência, criadores de canários de cor perguntam, e inclusive nos solicitam, sobre a forma de acasalar correctamente os reprodutores. Com a excepção dos principiantes, aos quais é possível dar umas directrizes mínimas (já na maioria conhecidas), mais difícil é  fazer  isto com criadores com alguns anos de experiencia. Uma coisa importante é que são eles, proprietários dos seus canários, quem melhor os conhecem ou devieram conhecer, as variedades que  criam  e o comportamento genético (resultados) das suas gamas o grupos de gamas. Quando não é assim, normalmente se trata de criadores que se cansam com frequência dos seus pássaros, retiram-nos todos, trocam de raças, investem grandes quantidades de dinheiro, etc., sem chegar a conseguir algo que mereça a pena.

          A meu ver, três são os factores fundamentais na criação de canários de Cor, devemos ter presente para poder-mos realizar um acasalamento adequado e obter bons resultados:
1. Conhecimento dos reprodutores.
2. Uma linha estável  
3. Previsão (conhecimento) dos resultados

CONHECIMENTO DOS REPRODUTORES    
 É importante conhecer os canários com que trabalhamos, saber quais são os defeitos e as virtudes, e dentro do possível saber, de que coisa ou coisas são geneticamente portadores. Deverão observar-se muitos factores, não somente aqueles que afectam a cor, mas também as  penas, a morfologia, o carácter, etc.

Linha Estável
          Com esta denominação, queremos expressar um grupo ou lote de canários de cria, com características comuns. Não é possível uma criação coerente com resultados óptimos, quando se está permanentemente substituindo os reprodutores, incorporando novos, mudar de raças, etc. Creio sinceramente que é preciso, na medida do possível, criar sempre com exemplares do nosso próprio aviário, tendo em conta a consanguinidade e uma disciplina no controle de anilhas. Deverá ser incorporado periodicamente alguns canários que necessitemos e sempre com a convicção de que será capaz de ser algo de positivo. Uma linha estável é a única possibilidade de ter sistematicamente bons resultados. Para ter uma linha estável, é preciso uma quantidade razoável de canários da mesma raça e uns anos de trabalho com ela.

PREVISÃO DOS RESULTADOS
          Difícil pode ser realizar uns acasalamentos adequados, se não se conhece qual será os resultados que pretendemos. Não se pode acasalar "para ver o que sai" pretendendo que o produto seja bom. De forma aleatória se consegue em um determinado momento um bom produto, isto será casualidade e para obter por casualidade bons exemplares, é obvio que se necessita de muitos reprodutores. Na maioria dos casos, este é o sistema que se utiliza ou se pretende utilizar. Considero isto, um grande erro. Em outras ocasiões, acredita-se que com bons exemplares (exemplares de concurso) se obtêm bons resultados. Se assim resultasse, considero sinceramente que foi casualidade. Todos conhecemos criadores que permanentemente estão em exposições, para adquirir canários de maior pontuação nos concursos, pagando inclusive grandes quantias, e também sabemos que os resultados não são os desejáveis.

SELECÇÃO DOS REPRODUTORES
          Ouve-se com frequência "é necessário ter muita quantidade de casais de uma raça para obter bons resultados". Esta afirmação, muito gratuita, não tem porque ser verdadeira, trata-se simplesmente de multiplicar o maior número de probabilidades de êxito. Se pensamos que alguns casais, uns poucos, serão os que darão resultados aceitáveis, é obvio que somente com estes, teria sido suficiente; o resto não fazia falta.
          Para chegar a um nível de precisão, que nos permita criar só com aqueles casais cujos resultados sejam bons, será preciso um conhecimento na eleição de reprodutores que por desgraça escasseiam.

COMO SELECCIONAR OS REPRODUCTORES?
          Definitivamente, NÃO EXISTEM NORMAS DE APLICACÃO GERAL NAS SELECÇÕES DOS REPRODUCTORES. Somente quando se dispõe de um conhecimento da raça, da previsão de resultados e uma linha estável, o criador pode chegar a dominar esta selecção.
Um exemplo:
          É muito corrente, quando alguns criadores solicitam um reprodutor que o façam com a condição "que seja de pena muito curta". Resulta que estes (a maioria) possuem um problema que desejam corrigir (a pena larga) e esperam que a solução venha de outros criadores. Existe crença generalizada que ao planear os casais de reprodutores devem ser sempre com um critério de compensação, assim o resultado final se aproxima ao esperado. Sem querer trazer discussão e não contrariar alguém, quero afirmar que este planeamento não é correcto.  
          Voltando ao exemplo anterior, queria desde já, perguntar a todos, “não preferiam vocês um reprodutor que melhora-se a plumagem à margem da que possui, larga, curta ou média?”
          Se a resposta a esta pergunta a podemos adivinhar, também podermos adivinhar a seguinte pergunta do interlocutor, “e como sei eu que um determinado reprodutor melhora a plumagem?”. Se você não conhece seus reprodutores, qual ou quais tem esta ou outra propriedades, você não os observa o suficiente, os desconhece ou não possui uma linha estável e por tanto, não podem obter em termos gerais bons resultados.

Acasalamento.
          ”Uma vez compreendido o que foi dito anteriormente e conhecendo suficientemente a raça , está muito claro que realizar o acasalamento não é trabalho difícil, pelo contrario.
          É verdade, que nem sempre se dispõe de tudo o que é necessário num aviário, este será então o momento de fazer novas aquisições de canários.
          Neste nível queria reforçar duas regras de ouro:
1. Não se trata de acasalar todo o que temos. Só aqueles que realmente acreditamos que dará bom resultado.
2. Não devemos nunca deixar o resultado ao acaso. Um criador deve saber de qual ou quais casais poderá obter melhor produto.
Aplicando estas duas normas, estou totalmente seguro que depois de realizado o acasalamento, resultarão bons exemplares e sem dúvida saberemos o que fazer com eles. Se nunca lhe acontece isto, você não realiza bem os acasalamentos, pois é praticamente impossível que resulte.

ELEMENTOS, CONSIDERAÇÕES DE SELECÇÃO E ACASALAMENTO
          Muitos são os elementos e factores a ter em conta, por tanto serão objecto de estudo, consideração, observação, etc., de frente ao tema que nos ocupa. Alguns afectam a morfologia, (anatomia, tamanhos, formas, posturas, etc.), outros são mais próprios da cor, correspondente a cada raça e dentro destas, a sua variedade, Tipos e Categorias, (nível de oxidação ou diluição, presenças e/ou ausências de diferentes melaninas, distribuição de lipocromos, localização, etc.). A seguir serão relembrados  alguns aspectos de interesse de todos:
Forma:
Ângulo e Tamanho da cabeça (grande ou pequena).
Longitude do pescoço (muito largo).
Peito (pouco ou demasiado avultado).
Ombros (muito salientes).
Músculos (demasiado salientes).
Forma do bico (formas curvas).
Cruzamento  das asas (mal formadas).
Cauda desalinhada

Tamanho:
Exemplares grandes (tendem a ultrapassar o permitido).
Exemplares pequenos (penalizantes).

Postura:
Pássaros de postura muito vertical ou horizontal.
Melaninas:
Desenho Melánico: Falta de oxidação (nos que corresponde) ou falta de diluição (nos que corresponda).
Falta de desenho em flancos.
Desenho muito largos.
Fugas ou zonas de melanização (manchas lipocrómicas).

Lipocrómo:
Desenho lipocrómico.
Pureza de lipocrómo.

Plumagem:
Plumagem  muita larga.
Plumagem com zonas de frisos.

          Estes aspectos que temos exposto, e seguramente outros que não mencionamos, na maioria dos casos são de componente genético e por tanto possuem comportamentos mendelianos. Não são compensáveis e ainda que, desaparecerão na primeira geração por ser recessivos, não tardarão em aparecer sem dúvida com grande proliferação. Se não seleccionamos de forma que se eliminem estes defeitos, não fazemos uma selecção adequada. Em qualquer caso, haverá características já nomeadas anteriormente, que não serão componentes genéticos, devem-se a acidentes ou condições ambientais, em tal caso, está claro que não é transmissível na descendência.

NOVOS PROCEDIMIENTOS DE SELECÇÃO E ACASALAMENTOS
          Tenho afirmado, que o processo de selecção e acasalamentos dos canários de Cor não é válido por um processo pendente a compensação, apesar de ser um dos sistemas mais relativos, proclamados e recomendados.
          Actualmente, as técnicas de selecção genética animal, baseiam-se na obtenção de exemplares aprovados e supostamente melhorados, de determinada característica ou características. Creio modestamente que este pode ser o procedimento que seja actualmente o mais viável e com melhores perspectivas a médio prazo. Podemos chegar a precisar de um reprodutor, que melhora uma ou várias facetas, e inclusive, em que proporção o faz, está claro que será um bom procedimento.
          Desde estas linhas, queria propor um sistema encaminhado a este procedimento de selecção e acasalamento. Baseia-se na possibilidade de existir reprodutores que melhorem algum aspecto ou aspectos. Se chegarmos a localizá-los por um procedimento de "proba” podermos chegar a afirmar que ele é um exemplar aprovado.
         Pensando que a detecção de exemplares (aprovados) pode ser trabalho de duas ou mais temporadas de criação e por razões óbvias, acreditarmos que é preferível a localização de exemplares melhores machos. Partindo inicialmente de bons (os melhores reprodutores do nosso aviário) formaremos lotes de 3 a 5 fêmeas e 3 machos. É possível que cada uma das fêmeas faça três posturas, apenas com um macho. Uma vez concluída a campanha de reprodução, separaremos os produtos de cada macho e poderemos seleccionar o que deu melhores resultados. Para a seguinte campanha, incluindo, o macho e a fêmea seleccionados, se completará o lote com novos (bons e melhores) reprodutores que possamos optar e procedermos de idêntica forma.
          Ao fim de várias campanhas, o resultado será patente, sem nos darmos conta, estaremos a seleccionar o nosso reprodutor com linhas estáveis e com tendência a melhorar. Se observamos quais são as características que influenciam a melhoria, poderemos afirmar que os exemplares da nossa linha melhorarão e ajudarão nessas características.
          É evidente que serão precisos no mínimo dois ou três lotes de selecção, um controle rigoroso de consanguinidade e uma disciplina de trabalho séria e constante.
          Creio que este procedimento de selecção e trabalho tem melhores resultados que as técnicas de acasalamento por compensação.

FACTOR AZUL NO CANÁRIO

 O FACTOR OPTICO DE REFRACÇÃO (Desvio que os raios luminosos sofrem quando passam de um lado para o outro). “FACTOR AZUL”, produz-se por uma particularidade na estrutura intima das penas, devido a um fenómeno denominado "efeito Tyndall", próprio da física, o qual actua influindo na REFRACÇÃO e reflexos das ondas electromagnéticas ( luz) quando esta intenta trespassar um determinado corpo médio, neste caso as penas que possuem este tipo de mutação,  pequeníssimas partículas fragmentadas, reflectem as ondas de pequena longitude , (as de azul e violeta ). Este factor azul, dá especial brilho aos canários lipocrómicos, e melanicos. Em ambos casos, à uma modificação estrutural (morfológica) das penas, independentemente que sejam melanicos ou lipocrómicos produzindo efeitos diversos na visão conjunta do pássaro, em especial no seu brilho, e luminosidade que se transmite geneticamente, em forma recessiva, isto inclui o aparecimento nas penas, de uns corpúsculos microscópicos que se detectaram pela primeira vez nas ágatas opalas, que também intervieram neste fenómeno óptico. Aparentemente, a existência de este gen (ou genes) que produzem a modificação da plumagem, referenciando o factor de refracção tende a inibir parcial ou totalmente, só se forem cruzados os exemplares, o aparecimento da feomelanina nos melanicos, também se terá experimentado e não se deu a inversão ( ou seja a diminuição da quantidade de feomelanina presente na plumagem, não produz automaticamente o factor azul ou o de refracção). Por outra parte é provável, que se modifique também a eumelanina nas penas, em especial nos Negro Oxidados, no que explicaria que se cruzarem demasiadas gerações de canários Negro Oxidados, com factor azul, sua oxidação tende a diminuir e provavelmente se modificará o seu desenho, progressivamente, afinando-se, até chegar aos famosos canários "zurros" que se terá visto em Itália. Nos mosaicos melanicos se utiliza muito este factor, em particular nos negros oxidados, cruzando canários com forte refracção com outros com desenho mais grosso e oxidado, ainda com alguma feomelanina, para tirar portadores de factor óptico de refracção, sem perder o desenho nem oxidação. Nos canários ágatas vermelho mosaico actual, notámos  uma inter-estria quase isenta de feomelanina e com uma refracção azul espectacular, que lhe dá um excelente contraste, sendo praticamente carentes do envolvente cinzento acastanhado, própria dos exemplares conhecidos do velho tipo.
Norberto Irazoqui ARDN Nro. 014- UCRA Nro 664