28 de jun. de 2011

Plantel e Acasalamentos

Conceitos Técnicos e Acasalamentos

Inicialmente convém fazermos um estudo profundo a respeito dos acasalamentos, bem como os conceitos técnicos que muito ajudarão os iniciantes. Comecemos pêlos canários de cor clássica.
Denominaremos esta classificação de "cores bases" para os fatores mutantes, ou seja cores novas porque estes gens surgiram superpostos àquelas cores chamadas (Je clássicas. Daí a importância de conhecê-las em profundidade.
É conhecido que existem duas linhas de canários roller de cor: a) linha clara; b) linha escura. A linha clara se subdivide em linha clara com fator (vermelho) e linha clara sem fator. Compõem a primeira linha: 1) Vermelhos (intensos e nevados); 2) Mosaicos. A estes superpõem-se as denominadas cores novas, os rubinos, .icetinados e o marfim.
Compõem a linha clara sem fator:
1 - Brancos dominantes
2 - Brancos recessivos
3 - Amarelos (intensos e nevados)
4 - Amarelos mosaicos
Superpondo-se a estes fatores, teremos segundo a localização oficial:
1 - Albinos dominantes (branco dominante de olho vermelho).
2 - Albinos recessivos (branco recessivo de olho vermelho).
3 - Lutinos intenso e nevados e, ainda, mosaicos (são os amarelos ditos acima também portadores de olho vermelho nítido). Todos os gens mencionados acima poderão estar geneticamente ligados ou não ao sexo o assim serão INOS OU ACETINADOS, mas sempre sob a nomenclatura exposta.
A subespécie linha escura de cor clássica também vai subdividir-se em duas linhas: a) com fator; b) sem fator.
Alinha escura com fator vermelho, pela ordem de dominância, tem-se:
1 - Cobres
2 - Ágatas
3 - Canelas
4 - Isabelinos (Intensos ou nevados)
Sem fator:
1 - Verdes, intensos e nevados
2 - Azuis
3 - Ágatas amarelos, intensos, nevados e prateados
4 - Canelas amarelos, intensos, nevados e prateados
5 - Isabelinos amarelos, intensos, nevados e prateados.
A estas cores é acrescida a nomenclatura de cores novas que irá modificar-lhes os fenótipos, tais como: os inos, lutinos, acetinados, etc... Para a caracterização e o acasalamento é necessário e imprescindível conhecer os seus caracteres básicos e conceitos \ técnicos e genéticos, para o perfeito entendimento no manejo dos acasalamentos correios e, por outro lado sabe-se como atuam as cores novas sobre clássicas.
Assim, é preciso saber o que é um caráter dominante, recessivo, livre, ligado ao sexo, lipocromo, pigmento, melânico, eumelanina, feomelanina, melânicos oxidados, melânicos diluídos, fenótico, genético, etc.
O caráter dominante como a própria expressão informa é aquele pelo qual domina a qualquer outro e não deixa influenciar, isto é, o caráter dominante não permite que apareça prole de caráter diverso. Este prole diverso é chamado de dominado e que fica latente, podendo vir a se exteorizar. Exemplicando, o verde homozigoto é denominado sobre as demais cores, isto é, se for acasalado um verde macho com uma fêmea canela, ágata, asabel: toda prole será de verdes. Como se vê, não permite que nesta prole apareça outra cor senão o verde; por isso é dominante. E o fator dominado onde está? Estará latente nos filhotes machos desse acasalamento que recasados farão surgir a cor diversa.
Este conceito é importantíssimo para os acasalamentos.
HOMOZIGOTO é o canário que porta em seus dois gamelas os mesmos fatores pigmentários. Em outras palavras, que seus ascendentes sejam iguais.
Assim usando estes conceitos, sabe-se que o verde domina o ágata, o canela e o isabel; e o canela é dominante sobre o isabel. Substituindo-se o verde pelo cobre, tem-se a mesma linha de dominância nos canários com fator vermelho.
RECESSIVO é um gen que para se exteriorizar em sua descendência é preciso que exista em dupla dose e com relação à carga genética, não é ligada ao sexo. Em outras palavras, para surgir na plumagem dos descendentes é necessário que este gen esteja presente tanto no macho como na fêmea, ainda que, pelo menos, sejam ambos portadores. Como exemplo, os canários recessivos em geral, os opais, etc...
LIVRE é o gen que surge quando existiroutro da natureza diversa, como o fator limão, asagris e até mesmo o mosaico, no entender de muitos.
LIGADO AO SEXO entende-se que a carga genética contida no cromossomo sexual capaz de determinar o sexo, a pigmentação como ocorre com os fatores marfim, pastel, acetinado e alguns canários (cores) de linha escura, com relação aos seus pigmentos melânicos. Assim, um macho ligado ao sexo dará obrigatoriamente qualquer que seja a cor da fêmea todas as fêmeas de sua descendência iguais ao gen do pai.
Lipocromo é o pigmento amarelo ou vermelho existente na plumagem do canário. É um processo biológico de transformação dos elementos que se opera no organismo desses seres provocando a coloração da plumagem.
Pigmento melânico é a coloração negro-marrom existente no dorso, nas asas e em outras partes do corpo dos canários.
Eumelanina é o pigmento negro.
Feomelanina é o pigmento marrom.
Melânicos oxidados são os pigmentos verde-marrom e marrom, cobre no primeiro caso, e canelados, no segundo.
Melânicos deluidos são os que possuem a eumelanina e a feomelanina diluídas, os ágalas e isabelinos.
Fenótipos são os caracteres externos visíveis e que caracterizam o espécime.
Genótipo é a constituição genética de quaisquer seres vivos não perceptível pelo exame visual.
Memorizados os conceitos acima, fácil será a aplicação técnica e correia nos acasalamentos.
Pode-se, assim, fixar algumas logras para acasalamentos técnicos e correios:
1) Acasalar melânicos oxidados entre si, isto é, cobre com cobre, canela com canela e cobre com canela.
2) Acasalar melânicos diluídos também entre si: ágata com ágata, isabel com isabel e isabel com ágata.
3) NÃO ACASALAR melânicos oxidados com melânicos diluídos que tendem a reproduzir pássaros atípicos, tais como, ágatas que se confundem com cobre e isabelinos que se parecem canelas. Estes dois casos não pertencem a nenhuma categoria. Daí as desclassificações certa nos concursos, com raríssimas exceções.
4) NÃO ACASALAR pássaros de linhasdesiguais.
Com bases nesses conceitos, formulamos a seguir relação de acasalamentos certos e correios, bem como resultados dos mesmos:
LINHA CLARA: Branco dominante X Branco dominante, alto índice de prole branca, independentemente do sexo. Excepcionalmente, sobrevêm amarelos, os quais deverão ser mantidos pois reacasalados com branco darão maior índice de brancos, além de fortificarem a descendência, porque os amarelos são pássaros mais fortes e resistentes que os brancos.
Branco dominante X Amarelo -teoricamente, à exceção do descrito acima, darão 50% de brancos e 50% de amarelos independentemente de sexo. Este acasalamento é preferível ao anterior porque se evita o enfraquecimento da prole bem como previne em possível fator letal (morte prematura do embrião ou logo após o nascimento).
Amarelo X Branco dominante -idem acima.
O fator amarelo em ambos os casos poderá ser intenso ou nevado; usando-se o intenso aparecerá na prole amarelos intensos e brancos de empenação melhor (chamados pena dura).
Branco recessivo X Branco recessivo - 100% de Brancos recessivos com raras exceções.
Desaconselha-se este acasalamento porque pode ocorrer o fator letal.
Branco recessivo X Amarelo comum - predominância dos amarelos independente de sexo, mas todos serão portadores de branco recessivo.
Amarelo comum X Branco recessivo - idem acima.
Branco recessivo X Amarelo portador de branco recessivo - 50% de brancos recessivos e 50% de amarelos portadores de branco recessivo, todos independentes de sexo.
Se o amarelo for descendente de branco recessivo X Branco recessivo haverá predominância do branco recessivo.
Amarelo portador de branco recessivo X Branco recessivo - idem acima.
Vermelho inlenso X Vermelho nevado, ou vice-vers'a - 50% de intensos e nevados independentes de sexo.
Mosaico X Mosaico - 100% de mosaicos.
LINHA ESCURA: Cobre X Cobre -100% de cobre.
Cobre X Canela ou Canela X Cobre - 50% de cobres e 50% de canelas independentes de sexo.
Canela X Canela - 100% de canelas.
Macho ágata X Fêmea isabel - machos ágatas e fêmeas isabel. Se o macho for homozigoto, isto é, de origem Ágata X Ágata; se for de origem isabel a prole será de ágatas e isabelinos, independente de sexo.
Macho isabel X Fêmea ágata - machos ágatas e fêmeas isabel. Obs.: O macho isabel é sempre homozigoto, ainda que seja de origem ágata em face de sua conslituição genética.
Macho ágata X Fêmea ágata -100% de ágatas, caso o macho seja homozigoto, pois do contrário só poderá portar isabel o qual poderá surgir na descendência.
Isabel X Isabel - 100% de isabelinos.
LINHA ESCURA SEM FATOR:
Macho verde X Fêmea verde -100% de verdes.
Macho verde X Fêmea azul - 50% de cada cor, independentes de sexo.
Com relação aos ágatas, isabelinos e canelas proceder-se-á conforme a descrição dos acasalamentos com fator, seguindo-se as mesmas regras.
Não deve ser esquecidos que, afora os prateados e brancos, só se deve acasalar intenso com nevado; nunca nevado com nevado. E, em excepcionais condições, intenso com intenso, mas um deles deverá ter pena macia ou mole e shimmel para se evitar uma série de problemas, especialmente de empenação.
Todos os acasamentos descritos são técnicos e certos e poderão ser seguidos à risca sem quaisquer problemas.
Entretanlo em última instância, poderá recorrer-se a acasalamentos atípicos e, por isso, vai-se descrever uma série de acasalamentos que são desaconselháveis. Também seus resultados com relação à linha escura, porque não se deve nem por experiência fugir da técnica descrita nos acasalamentos de linha clara.
Sabemos que, pelo conceito de dominância, os canários melânicos oxidados dominam os de melanina diluída, isto é, o fator de diluição. Aplicando-se esta regra, um verde (homozigoto) acasalado com fêmeas canela, ágata ou isabel, toda prole será de verdes, portanto os filhotes, os machos, serão portadores de canela, ágata ou isabel que, recasados, farão aqueles fatores dominados.
Este mesmo verde acasalado com fêmeas isabelinas, canela e ágatas prateadas, fundo branco, a descendência será de verdes ou azuis, não havendo contrariedade à regra enunciada, porque o azul é um fator oxidado.
Troquemos o macho verde pelo azul e usemos as fêmeas isabel, ágata ou canelas prateados, o resultado é o mesmo. Observando a mesma regra, toda descendência será de machos e fêmeas verdes ou azuis.
Está se percebendo que todo o segredo está na ciência que aponta o macho como responsável de quase todo o enigma, isto porque é nele que se concentra grande parte da carga genética.
Vejamos outros resultados de acasalamentos:
Macho ágata amarelo X Fêmea verde - machos verdes e fêmeas ágatas.
Todos amarelos.
Macho ágata amarelo X Fêmea azul - machos verdes ou azuis e fêmeas ágatas prateadas.
Macho ágata amarelo X Fêmea canela amarela - machos verdes e lümeas ágatas amarelas.
Macho canela amarelo X Fêmea verde - machos verdes e fêmeas canelas.
Macho canela amarelo X Fêmea azul - machos azuis e verdes e fêmeas canelas amarelas prateadas.
Macho canela amarelo X Fêmea ágata amarela - machos verdes e fêmeas amarelas.
Macho canela amarelo X Fêmea isabel amarelo - machos e fêmeas canelas.
Macho isabel amarelo X Fêmea verde - machos verdes e fêmea isabel. Obs.: Os machos deste acasalamento serão portadores não só do fator dominado (isabel), como também de ágata e canela.
Macho isabel amarelo X Fêmea azul - machos verdes ou azuis e fêmeas isabel prateada.
Macho isabel amarelo X Fêmea canela amarela - machos e fêmeas isabel todos amarelos.
Com relação aos canários de fundo branco os resultados serão os mesmos. Basta trocar o fator amarelo pelo prateado, serão todos prateados com raras exceções se acasalarmos prateado com prateado.
LINHA ESCURA COM FATOR
Macho cobre X Fêmea isabel - machos e fêmeas cobres. Obs.: Os machos deste acasalamento serão portadores de isabel.
Macho cobre X Fêmea ágata - machos e fêmeas cobre. Obs.: Os machos serão portadores de ágata.
Macho canela X Fêmea isabel - machos e fêmeas canela. Obs.: Os machos serão portadores de isabel e toda descendência poderá ou melhor, deverá ser atípica.
Macho canela X Fêmea ágata - machos cobre e fêmeas canela ou ágata. Obs.: Todos os machos serão portadores, além de ágata, de canela e isabel e deverão ser atípicos confundindo-se ente si os cobres e ágatas.
Macho isabel X Fêmea canela - machos canelas e fêmeas isabel, também serão atípicos.
Macho isabel X Fêmea cobre - machos cobres e fêmeas isabel. Do mesmo modo serão atípicos, entretanto os machos portarão ágata, canela e isabel.
Macho ágata X Fêmea canela - machos cobres e fêmeas ágatas. Os machos serão portadores de ágatas, canela e isabel e terão os mesmos problemasja descritos.
Macho ágata X Fêmea cobre - machos cobres e fêmeas ágatas. Os machos serão portadores de ágata com os mesmos problemas já apontados.
Ai estão esgotados as combinações possíveis e seus resultados, lembrando novamente que esses machos enunciados são homozigotos (hereditários puros) e que não se deve recorrer a esses acasalamentos porque não são técnicos e representam uma regressão.
Convém, finalmente dizer que os produtos dos acasalamento acima realçados não darão "o mesmo resultado descrito, pois a sua constituição genética virá modificada.
Entretanto se for usado um desses produtos, deve-se fazê-lo dentro das técnicas enunciadas inicialmente.

Acasalamento de Canários Ligados
Pastel - Marfim - Acetinado

MACHOS x FÊMEAS FILHOTES
Puro x Pura Machos e Fêmeas Puros
Portador x Pura 25% Fêmeas Puros
25% Fêmeas Normais
25% Machos Puros
25% Machos Portadores
Normal x Pura Machos Portadores
Fêmeas Normais
Puro x Normal Machos Portadores
Fêmeas Puras
Porador x Normal 25% Fêmeas Puras
25% Fêmeas Normais
25% Machos Normais
25% Machos Portadores

Acasalamento de Canários Recessivos
Branco Recessivo - Opal - Inos

MACHOS x FÊMEAS FILHOTES
Puro x Pura Machos e Fêmeas Puros
Portador x Pura 50% Machos e Fêmeas Puros
50% Machos e Fêmeas Portadores
Normal x Pura 100% Machos e Fêmeas Portadores
Puro x Portadora 50% Machos e Fêmeas Puros
50% Machos e Fêmeas Portadores
Portador x Portadora 25% Machos e Fêmeas Puros
Machos e Fêmeas Portadores
25% Machos e Fêmeas Normais
Normal x Portadora 50% Machos e Fêmeas Portadores
50% Machos e Fêmeas Normais
Puro x Normal 100% Machos e Fêmeas Portadores
Portadora x Normal 50% Machos e Fêmeas Portadores
50% Machos e Fêmeas Normais

Consanguinidade

Nada mais é que a relação resultante de ascendência comum. Sabe-se que todos os seres vivos na sua evolução de formação tiveram que passar pela consanguinidade, sendo que esta pode trazer vantagens e desvantagens.
Uma das maiores vantagens que podemos observar neste tipo de cruzamento seria a fixação de uma determinada qualidade, como, por exemplo, canto, cor, porte, em se tratando de canários, grande prole, número de ovos fertilizados, etc...Não podemos esquecer que sempre haverão filhotes que serão refugados, pois nem as melhores linhagens consanguíneas são perfeitas.
Se provocarmos o acasalamento entre pássaros não aparentados, não poderemos saber, ou vão demorar em podermos perceber, quais são os resultados que iremos obter de tal cruzamento, pois iremos ter uma variação imensa nessas proles, e o número de filhotes que teremos que refugar será muito grande.
Devido a isso que muito ganhadores de primeiro prémio nos tem trazido grandes decepções, quando colocados na reprodução.
O fenótipo (aparência externa, que nada mais é que genótipo mais meio ambiente, o que ela come, como a ave é tratada), e o genótipo (qualidades transmissíveis, gens), irão sofrer influência de um grande número de cromossomos e de outros fatores modificadores, devido a isso podemos dizer que a criação de aves em gaiola, além de ser um esporte é um desafio para nosso espírito de aventura.
Através da criação de pássaros de boa qualidade, poderemos obter a produção de um grande campeão, pois sabemos que não existe regra estabelecida para se formar uma linhagem nova e valiosa, poderá acontecera qualquer momento, é a chamada mutação, e devido a isso é favorável que realizemos o cruzamento entre avô com neta, do que irmão com irmã, pois no segundo caso o processo de consanguinidade é bem mais significativo e bastante intenso, produzindo assim uma filtragem muito rápida, fazendo com que se manifeste um grande número de más qualidades de uma só vez, proporcionando dessa maneira um grande número de refugos.
EXPLICANDO...
O número de cromossomos de uma determinada espécie é sempre constante e par.
Na formação dos gametas que são células reprodutora masculina ou feminina, capaz de encontrar em união recíproca, em processo de fertilização ou de conjugação.
No ato da fecundação ocorre a fusão de dois gametas sendo um masculino e outro feminino, o gameta masculino é conhecido como espermatozóide e ele se introduz no gameta feminino que recebe o nome de óvulo, dessa união irão originar um ovo fecundado que irá receber o nome de zigoto, sendo constituído por uma única célula, desenvolvendo-se e formando o filhote em questão.
Os filhotes irão herdar as características do pai e da mãe devido ao espermatozóide (gameta masculino) e óvulo (gameta feminino), recebendo por essa via, a memória genética de formação, trazendo à tona tanto as qualidades como os defeitos de seu pai e de sua mãe. Os exames de DNA estão ai para abrilhantar cada vez mais esses detalhes, e selecionar a ave adequada para cada caso, quem deve ser parceiro de quem. Prepare-se para novos tempos de alta reprodução e seleção. A ciência da genética caminha a passos largos, mas ainda é refém da MUTAÇÃO, que é o elo que une o criador aos seus anseios, sempre haverá uma chance de uma ave melhor do que outra, nesta luta, não há vencedores imbatíveis, e tudo será possível.

Constituição do Plantel

Esta é a etapa crucial de todo o processo podendo representar o sucesso ou o completo fracasso. O número ideal de casais para iniciar uma criação é de no mínimo 4 (quatro) e máximo 10 (dez).
Ao escolher os exemplares é importante observar os seguintes itens:
• Vivacidade do exemplar a ser adquirido (pássaros quietos ou embolados denotam problemas);
• Conferir os dados do anel, principalmente do ano de criação (melhor do último ano);
• Pegar o pássaro na mão e verificar seu estado de saúde (cor da barriga, presença de cistos de plumagem, sentir seu peso e temperatura), rejeitando os que tenham barriga com manchas escuras ou veias aparentes, cistos no corpo, sejam excessivamente gordos ou muito magros (com a quilha do peito feito facão);
• Observar o papel da gaiola e verificar a distribuição das fezes (se espalhada ou concentrada) e consistência (se diarreica ou normal). Pássaros que permanecem muito tempo parados (concentração de fezes num ponto da gaiola) é indício de que não estão saudáveis;
• Levar os pássaros ao ouvido e tentar detectar ruídos na respiração (os acometidos de ácaros e outros problemas respiratórios geralmente chiam), ver também se fica ofegante (se o corpo ou cauda balança acompanhando a respiração) quando parado no poleiro o que também indica problemas respiratórios;
• Observar quanto a existência de penas na gaiola e canhões de pena no pássaro, verificando se já terminou a muda ou se a muda está incompleta.
Onde adquirir:
Aconselhamos iniciar sua criação, fazendo a aquisição de seus canários nas exposições promovidas pelas associações de criadores, local onde a oferta é maior, tendo oportunidade de examinar melhor os espécimes, por estarem em gaiolas individuais e poder comparar os canários, inclusive confrontando com os melhores (canários premiados no concurso), além de dispor no local de orientação isenta de interesse financeiro.

Formando Casais para Plantel - Penas

Ao iniciarmos uma criação de canários de cor, as primeiras regras de acasalamento que aprendemos são:
CANÁRIO INTENSO X CANÁRIO NEVADO
CANÁRIO MOSAICO X CANÁRIO MOSAICO
Porém, ao formarmos os casais de matrizes, obedecendo tão somente as regras acima, não necessariamente estaremos acertando.
Temos que analisar cada canário por outros caracteres, dentre eles o tamanho das penas.
Normalmente um canário de cor INTENSO, possui penas curtas ou médias, quase nunca longas, e se as tiver, tenderá a ser um canário ruim, pois estas tenderão a nevar ou terem "shimel".
Já um canário de cor, NEVADO, possui penas médias ou longas, caso seja de penas curtas, perde boa parte de suas características.
Os melhores canários que tenho visto, quanto ao TAMANHO e FORMA, são os canários de PENAS MÉDIAS.
Quanto a COR, os canários INTENSOS de penas curtas apresentam maior concentração de cor e marcação, porém perdem em tamanho e forma, isto não ocorrendo nos canários nevados, que quando de penas médias, apresentam melhor marcação.
Ideal seria um canário INTENSO de PENAS MÉDIAS, com a concentração de cor de um canário de pena curta.
Isto me leva a crer que devemos procurar criar canários de PENAS MÉDIAS, tanto para INTENSOS como para NEVADOS.
Comumente ouço, e inclusive já fiz estas duas colocações: "COMPREI UM CASAL PERFEITO (tamanho, cor, forma) E SÓ CRIEI CANÁRIOS MÉDISO OU RUINS" ou "CANÁRIO CAMPEÃO DIFICILMENTE GERAFILHOS CAMPEÕES".
Vou tentar explicar porque isto geralmente é uma verdade:
Como se trata de canários perfeitos, estes geralmente são de PENAS MÉDIAS, teremos a tendência de aumentarmos o tamanho e volume de suas penas e, por conseguinte, perdermos a envoltura, mesmo nos nevados.
Voltando a regra básica de cruzamento: INTENSO X NEVADO, estamos na realidade querendo dizer: PENA CURTA X PENA LONGA, pois deste cruzamento surgem em maior quantidade os tão desejados canários PENAS MÉDIAS.
Hoje os criadores procuram criar canários para concurso e canários para matrizes, visando os canários PENAS MÉDIAS para concurso e os PENAS CURTAS e LONGAS para matrizes.
Por este enfoque chegamos a conclusão que nem sempre o canário perfeito aos nossos olhos, são os melhores para o nosso plantei.
Com os MOSAICOS, incorremos em erro com maior facilidade, pois como não existe classificação de cor em INTENSOS e NEVADOS, nos passa desapercebido tal fato.
Devemos nos MOSAICOS seguir a mesma regra (penas curtas x penas longas) que utilizamos para os intensos e nevados.
Vários outros aspectos devem ser analisados ao formarmos nossos casais para matrizes.
Este artigo, resumido, apenas nos dá uma ideia de quanto podemos dirigir a nossa criação, na busca incessante de um canário IDEAL !

Procriação

Em nosso pais o período mais propício para a criação se estende de JULHO a DEZEMBRO.
Coloca-se o casal separado com a divisória da gaiola e observa-se o comportamento por 2 ou 3 dias. Amarre fios de barbante na gaiola. A fêmea estando pronta',' começará a puxar os fios e a movimentar-se intensamente. O macho poderá fazer o mesmo e deverá cantar ardorosamente.Retire a divisória, coloque o ninho e um pedaço de juta. A fêmea deverá iniciar a fazer o ninho. Se não demonstrar interesse nem pelo material e nem pelo ninho, provavelmente não está preparada para criação. Aguarde mais um pouco ou forme outro casal. Quando estiverem trocando carícias através da grade, ou quando a fêmea abaixar pedindo a gala do macho, aí sim, podemos juntar o casal. As brigas não são raras e se frequentes é melhor separá-los recolocando a divisória.
Postura
Geralmente, acontece de 5 a 10 dias após o acasalamento, quando os parceiros estão prontos. Como regra geral as fêmeas põem 3 a 4 ovos, em média, por postura. A medida que os ovos são postos devem ser retirados e substituídos por 'ovos indez"(ovos de plástico), devendo serem recolocados ao final da postura. Um pequeno recipiente contendo sementes, ou algodão, servirá para acondicionar os ovos recolh idos e que devem ser virados diariamente, evitando que a gema se precipite'.'A finalidade de tal procedimento é simplesmente permitir que a eclosão ocorra simultaneamente, evitando discrepâncias de desenvolvimento entre os filhotes. Geralmente, os nascidos por último não sobrevivem, pois sempre perdem na disputa de alimento.
A canária põe em dias sucessivos, sendo comum saltar um dia para o último ovo que normalmente é mais azulado. Os ovos são postos em torno das 7 (sete) horas da manhã.
Incubação (Choco)
O período de incubação dura 14 dias. Podem ocorrer variações de l ou 2 dias.
Verificar se os ovos foram gerados é tarefa simples, porém requer muito cuidado, bastando olhar os ovos contra a luz. Utilizar uma pequena lanterna ou uma caixa dotada de lâmpada no seu interior e furo suficiente para receber o ovo para inspeção. Verifica-se por transparência o conteúdo do ovo, sendo a avaliação mais fácil a partir de 7 dias. Os opacos ou 'escuros"estão com embrião.
Eclosão.
Completado o tempo de incubação (13 ou 14 dias), os filhotes começam a nascer.
Se alguns ovos cheios não> eclodirem, laça o teste de vitalidade do embrião. Para tal, basta colocá-los num recipiente com água morna e observar quanto à flutuação e movimentos. Ovos com embriões vivos flutuam com a ponta para baixo e exibem pequenos movimentos enquanto aqueles com embriões mortos flutuam de lado, ou não vêm à tona, e ficam inertes.
Ficando um ou mais ovos no ninho sem eclodir, deixe-os no ninho, pois os mesmos servirão de proteção e apoio aos pequenos filhotes
Separação dos filhotes
Aos 21 dias os filhotes começam a deixar o ninho.
Quando a fêmea recomeça a fazer o ninho para a próxima postura,costuma expulsar os filhotes do ninho, sendo conveniente colocá-los ao lado, separados pela grade divisória, fornecendo material para confecção do novo ninho. Quando os filhotes estiverem comendo sozinhos é chegada a hora da separação. Geralmente, ocorre entre 28 e 35 dias.
Muda
A partir de 49 dias e até 4 meses de idade observa-se a troca de penas dos filhotes, o que se repetirá a cada ano, no pássaro adulto, após o término do período de reprodução. Durante esta fase, redobram-se os cuidados com a alimentação. Sol e banheira fazem bem. Cuidado com a canibalismo, vício de uns arrancarem penas de outros. Separe imediatamente as vítimas e tente identificar os agressores, para também serem isolados. Suplementos aminoácidos e sal na ração corrigem este mal.

Quando os Ovos Nâo Eclodem

No momento que a fêmea deposita no ninho o terceiro ou quarto ovo, é o momento que normalmente nós colocamos no ninho todos os ovos da ninhada que previamente retiramos com a previsão de que o filhotes nasçam todos ao mesmo tempo, e oferecendo as mesmas oportunidades de sobrevivência. Nossa ilusão está a treze dias vistos, ainda que se dêem casos de eclosão aos quatorze ou quinze dias, de acordo com a constância de incubação da fêmea.
Se o processo de incubação inteiro é desenvolvido com normalidade, nós encontraremos ao término disto com um montinho de carne e de penas embolado no fundo do ninho. Quando isto não ocorre, o criador se impacienta e espera um dia mais; se não eclodem aos quatorze, arma-se de paciência e segue esperando, mas com frequência aos quinze dias a desilusão aparece e nós normalmente abrimos os ovos.
Quando nós quebrarmos os ovos, nós podemos nos deparar com duas situações:
* Primeiro - O embrião está vivo e a ponto de eclodir, todavia rodeiam-no vasos sanguíneos e o vitelo que nem mesmo foi reabsorvido. Esta situação pode ser devido àquelas fêmeas que não entram na febre da incubação ou até que não puseram o último ovo e seu organismo não pega a temperatura de incubação. Se não continuamos abrindo os ovos, é possível que alguns cheguem a nascer.
* Segundo - O embrião está morto; estando perfeitamente formados, mas por algum motivo não conseguiram romper a casca.
Quais foram as causas? Como podemos evitá-las? Estas são sem dúvida algumas das perguntas que normalmente fazemos. Pois bem, as causas mais frequentes parecem ser as derivadas de:
- Apouca vitalidade do filhote por motivo de criação com grande consanguinidade.
- Genes letais.
- Infecções transmitidas pelo aparelho reprodutor dos adultos.
- Abandono de incubação por momentos muito prolongados.
- Falta de cálcio na casca do ovo.
- Casca do ovo muito grossa.
- Sujeira nos ovos. VN
- A umidade ambiental.
1a. Pouca vitalidade do filhote devido à criação em consanguinidade:
Em todo o criadouro com bons reprodutores, o reprodutor de excelente padrão é normalmente usado em consanguinidade. Isto assegura nossa linha de criação no sentido de conseguir bons exemplares muito parecidos com ao standart. Para fixar linhas, acasalam-se pais com filhos ou até mesmo irmãos com irmãos.
Em princípio este cruzamentos normalmente não apresentam problemas, mas, quando nós acasalamos repetidamente canários que estão muito próximos em parentesco, é quando surgem para nós problemas de vitalidade nas ninhadas; obteremos crias menores em tamanho e serão estas crias as que sempre teremos que estar atentos nelas, ao requererem mais cuidados; não cabe duvida que elas normalmente sejam as primeiras baixas que teremos no criadouro. Não temos que duvidar que o processo de eclosão requer o mesmo esforço para todos os filhotes e o menos forte terão mais dificuldade ao nascer ou não nascerão.
Recordemos como age o embrião quando se dispõe a nascer. O filhote está situado dentro do ovo com a cabeça no pólo mais largo e em contato com a membrana que separa a câmara de ar; estendendo o pescoço para cima consegue romper a membrana e o seu bico entra em contato com a casca. Por meio de movimentos rítmicos vai empurrando com o bico ia casca até que produza buraco por onde, com ajuda do dente que tem em seu bico e com movimentos de sua cabeça, ele vai rasgando enquanto gira lentamente. Quando rompe todo o perímetro da casca, os movimentos de estiramento de pescoço e ombros vai separando as casca ao meio. Pois bem, tudo isso que tem que fazer o filhote para alcançar a liberdade, causa-lhe um grande desgaste e um consumo de energia que os filhotes mais fracos não conseguem superar e morrem por esgotamento no interior do ovo, sem nem sequer romper a membrana da câmara de ar.
Para criar com consanguinidade, teremos que evitar os cruzamentos entre exemplares que estão muito próximos na árvore genealógica e sempre escolher os exemplares que mais apresentam mais vitalidade.
2a. Genes letais.
Os genes que agem para formar os Intensos, brancos fatores dominantes nos darão ovos que normalmente se desenvolvem até o oitavo a nono dia de incubação, mas uns 25% da ninhada não eclodirão ao atuar estes genes sobre alguns dos ovos e estes falharão.
- INTENSO x HOMOZIGÓTICO = LETAL.
- HOMOZIGÓTICO x BRANCO DOMINANTE = LETAL.
- TOPETE (CORONA) x HOMOZIGÓTICO = LETAL
Devemos evitaremos, pois este tipo de acasalamento de Intenso x Intenso, Branco X dominante X Branco dominante e Topete X Topete, se desejarmos que nasça um número maior de crias.
3" Infecções transmitidas para o aparelho de reprodução dos adultos.
Múltiplas são as doenças infecciosas que os adultos podem transmitir através de seu aparelho reprodutor. As mais frequentes são a SALMONELASp e a ESCHERICHIAColi". Por isso, é interessante tratar os reprodutores nos meses que antecedem a criação com algum produto farmacêutico que ajude evitar esse tipo de infecção. Por exemplo, eu utilizo a Ampicilina que é uma penicilina de ação bactericida e que trata as infecções do trato intestinal e infecções genético-urinárias. É necessário adquirir em forma de suspensão. Adosagem que eu uso é de doze gotas em um bebedouro de 60 cc. Depois de uma semana com este tratamento, eu ministro um restaurador da flora intestinal durante cinco dias. O tratamento é repetido duas vezes antes do começo da cria, com um intervalo de quinze dias. Quando nascem as crias, repito a mesma dosagem depois de passados os dez primeiros dias para continuar a seguir com água limpa.
4a Abandono da incubação por momentos muito prolongados:
Se durante o período de incubação nós continuamos cedendo comida muito rica em gordura e proteínas é possível que algumas fêmeas sofram de um excesso de zelo e abandonem a incubação a meio para fazer outro ninho e outra postura de ovos. Desaconselho o emprego de Vitamina E e de sementes germinadas enquanto as fêmeas permanecem sobre o ninho. Também pode acontecer que tempestades à noite assustem a fêmea, que abandona o ninho e então na escuridão não encontra o caminho para continuar incubando. Esta era a velha crença de que, quando havia tempestade, os ovos tremiam e não eclodiam; todos colocávamos uma moeda de cobre para absorver as vibrações e não estragarem os ovos. De forma que isto não aconteça, eu sempre deixo uma lâmpada vermelha no centro do criadouro; se a fêmea sai do ninho à noite, ela tem a visibilidade suficiente para regressar ao ninho e não incomoda em absoluto o sono dos pássaros. Também é muito útil para confirmações noturnas. também pode ocorrer que por um excesso de zelo no macho provoque uma contínua corte à fêmea e as brigas contínuas façam com que a fêmea esteja pouco tempo no ninho. Se observarmos isto, é melhor separar o macho e destiná-lo para cobrir outra fêmea para restituí-lo quando os filhotes nascerem.
5a. Falta de cálcio na casca do ovo:
A insuficiência de minerais faz que a fêmea tenha que utilizar a sua reserva na produção da casca dos ovos e deposite os ovos com uma casca muito final e inclusive com áreas sem casca que normalmente podem coincidir com o pólo inferior. Devemos oferecer à fêmea abundante mineral e osso de ciba evitar esta decalcificação. Às vezes acontece que, ao retirar algum ovo do ninho, este esteja preso ao forro e ao erguer isto arranquemos levemente a casca, com o lógico desgosto para o criador. Normalmente eleja é inútil para a incubação e nós normalmente lançamos fora. Quando isto acontece, há um truque caseiro que dá um resultado bastante bom. Consiste em recuperar a casca rompida com o esmalte que as senhoras usam. As possibilidades de incubação e nascimento são satisfatórias em uma porcentagem alta sempre que a fratura não se localize no pólo largo do ovo o que é por onde é feito o intercâmbio gasoso.
6a. Casca do ovo muito grossa.
Uma casca muito dura pode impedir que o embrião, quando inicia seu nascimento, quebre a casca do ovo e morra. Sobretudo quando o embrião está escasso de forças devido a criação e consanguinidade ou infecções microbianas, como previamente comentamos. Os ovos são muito porosos para permitir a troca de gases e a ventilação do embrião, e uma casca muito grossa pode acabar impedindo que a troca gasosa seja realizada com êxito. Umedecer os ovos com água dois dias antes do nascimento, suaviza a casca.
7a Sujeira nos ovos.
Sempre que observamos que os ovos estão sujos devido a excrementos ou porque algum se quebrou e manchou o resto, devemos limpá-los para evitar que esta sujeira impeça o trabalho do filhote ao nascer e ele possa morrer por esgotamento. Colocaremos os ovos sujos em um recipiente com água morna durante dez minutos e a sujeira desprender-se-á facilmente. Todos temos observado que uma ninhada fértil apresenta um aspecto azulado e muito brilhante e daremos conta de que a casca já não está tão áspera como a princípio, estando mais lisa e suave.
8a. Umidade ambiental.
A umidade ambiental também influencia na boa ou má marcha da incubação. Um ambiente muito seco pode acabar secando as coberturas embrionárias e afogando o filhote em sua envoltura. Se a atmosfera é muito seca, devemos colocar umidificadores ou simplesmente deixar uma ou várias bacias de água permanentemente no criadouro. Se o ambiente é muito úmido, seria muito útil a aquisição de um deumidificador que, com ajuda do higrómetro, manterá a atmosfera com o grau justo de umidade, que deve ser aproximadamente de 70%. Estas oito observações são algumas das possíveis causas da mortalidade embrionária durante o desenvolvimento incubacional. Tratemos de evitá-la para que a nossa produção anual de pássaros seja a mais frutífera possível e possamos obter um número maior de exemplares, o que nos possibilitará escolher entre eles os mais fortes e saudáveis, para assim continuar mantendo nossos planteis de canários no nível tão alto que se está ganhando dia a dia a canaricultura espanhola. Não esqueçamos de que as boas condições que tivermos em nosso criadouro e um mínimo de atenções diárias serão as chaves do sucesso.

Valorização do plantel para formação dos quartetos

A formação de um quarteto de pássaros não é um fato fortuito, é sim o resultado de um trabalho seletivo no plantei que forçosamente conduzirá a uma linhagem consanguínea, levando á produção homogénea dos filhotes com consequente semelhança na cor e forma.
Vários são os motivos que levaram a esta conclusão, pois, para conseguir formar um quarteto, isto é, que um criador consiga mostrar bons exemplares, terá que desenvolver toda uma técnica de acasalamentos, seleção genética e ter um número de casais adequados para alcançar seu objetivo final. Esse é o principal ponto que todo criador deverá inicialmente definir.
Acredito que os criadores não especializados em famílias, raramente terão chance de obter um plantei selecionado com pássaros de alta linhagem objetivando a formação de quartetos.
Para chegar a esse objetivo e obter um bom quarteto, exceto por sorte, o criador deverá ter vários exemplares de uma mesma cor, porque deverão apresentar entre si harmonia de forma e de cor.
Isso não se obtém por pura sorte e sim tendo pássaros aparentados, acasalados entre si, de onde serão obtidos um grande número de filhotes semelhantes.
É um erro pensar em fazer quatro casais de uma mesma cor sem qualquer parentesco e imaginar que poderá tirar quatro pássaros harmónicos para um quarteto.
A grande vantagem conseguida ao produzir um bom quarteto é mostrar que o criador tem um plantei com excelente seleção genética e nível geral dos pássaros mais elevados que de um criador que tenha um casal de cada cor.
A partir do número de casais que um criador pretenda ter, teremos todas as condições de definir quantas são as cores possíveis de serem criadas, iniciando um trabalho com resultado satisfatório se bem conduzido.
Os mais experientes nesta técnica de criar quartetos afirmam que esse é o melhor caminho para se obter um plantei completamente homogéneo com o objetivo de campeonatos, haja vista que os canários que irão concorrer individualmente também terão seu padrão definido.
Resumindo podemos afirmar que a Poligamia é a melhor solução para alcançar o nosso objeto... Formação de Quartetos.
 
 
 
 
 
 

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