27 de jul. de 2011

Palestra sobre manejo da criação

Palestra sobre manejo da criação

João Francisco Basile da Silva

DESINFECÇÃO GERAL DO CRIADOURO: Utilizar SAIS QUARTENÁRIO DE AMONIA em solução, obedecendo às instruções do fabricante; SOLUÇÃO DE CLORO ou BIOCID.

DESINFECÇÃO PARA AS PARTES EXTERNAS DO CRIADOURO: Misturar: 50 ml de creolina, 2,0 Kg de cal ou cloro, 10 ml de BIOCID para 10 litros de água.

PARA O PISO DO CRIADOURO, GAIOLAS. ÁGUA DE BEBER E VERDURAS: Utilizar solução de BIOCID, seguindo instruções da embalagem. Na higienização do piso e paredes do criadouro, lavar com água e sabão. Após o enxágüe e secagem, aplicar solução de BIOCID e, quando estiver completamente seco, aplicar K-OBIOL ou K-OTHRINE em pó.

PARA OS EQUIPAMENTOS: Tudo o que é usado na criação, como bebedouro, bacias, poleiros, peneiras, etc... deve ser desinfetado periodicamente. Por exemplo, uma peneira usada no preparo da farinhada, por mais limpa que aparentemente esteja, contém resíduos ricos em nutrientes que darão origem ao desenvolvimento das mais diversas bactérias e fungos, devendo, portanto, assim como os demais utensílios e acessórios, ser desinfetada uma vez por semana.

BEBEDOUROS: Além da troca diária da água, devem ser desinfetados uma vez por semana, permanecendo de molho numa solução de água com cloro por 8 horas, na seguinte proporção: cloro líquido 10 ml / 5 lt de água - cloro em pó (granulado) 1 g / 10 l de água. Para tal procedimento, é aconselhável 2 jogos de bebedouros.

POLEIROS: Deverão ser raspados pelo menos uma vez por mês e colocados numa solução, conforme indicação para os bebedouros. Depois da desinfecção, os poleiros deverão ser secados no forno (normal ou microondas) para eliminação da umidade concentrada no centro da madeira, que passará para os pés dos pássaros quando estes permanecerem estáticos durante a noite, podendo ocasionar o aparecimento de fungos. No microondas o tempo poderá ser de 5 minutos aproximadamente (citado apenas como referência). Tal como os bebedouros, é necessário poleiros de reserva.

GRADES: Após lavagem com água e sabão, devem ser imersas em solução de cloro ou BIOCID durante 7/8 horas. O segundo produto é mais eficiente.

NINHOS: A parte plástica é de fácil desinfecção, procedendo-se como o indicado para os bebedouros e poleiros. O forro (de corda, crochê, etc.), entretanto, é a parte que requer maior atenção, devendo, após a lavagem normal e secagem ao sol, ser desinfetado e levado ao forno. Usa-se o BIOCID para a desinfecção. O ideal seria que fossem usados forros descartáveis. A estopa cortada em círculo e presa no fundo da parte plástica por um percevejo de centro para fora é aconselhável.

O saco de estopa, fornecido aos pássaros para a feitura dos ninhos, também deve ser desinfetado. O melhor método é o da fervura. Após a secagem, passar a ferro para facilitar no momento do corte. Lembramos que os forros de corda não são aconselháveis devido à difícil limpeza e desinfecção total. Toda vez que o forro for colocado, deverá ser polvilhado com K-OBIOL ou K-OTHRINE para evitar o aparecimento de piolho. A fêmea ao se acomodar no ninho espalhará o pó. Quando esta coçar o ouvido seguidamente estará tentando expulsar os piolhos, que em desespero se esconderam do veneno.

HIGIÊNE PESSOAL: Para a lavagem das mãos recomenda-se o sabonete de limpeza PROTEX, que é bactericida. A limpeza das mãos, membros, sola do sapato, etc... são fundamentais, principalmente após a manipulação de pássaros doentes ou mortos, visitas a outros criadouros e exposições de animais, etc... Separar ou eliminar imediatamente os pássaros doentes ou irrecuperáveis é inevitável. Embora isto pareça cruel, deve-se ponderar que a saúde do plantel é o mais importante.

Outro inconveniente, notado em alguns criadouros, é a colocação de embalagens de ovos de galinha nas proximidades dos pássaros. Essas embalagens poderão, na maioria das vezes ser veículos de bactérias, pois provém de condições pouco recomendáveis.

OVOS: Deverão ser cozidos por 20 minutos para que se livrem totalmente de possíveis bactérias. As cascas serão de grande valia para o fornecimento de cálcio para os pássaros. Devem ser administrados após trituração e mistura com areia esterilizada.

VAZIO SANITÁRIO: Consiste na desinfecção do criadouro uma vez por ano, retirando tudo do local (inclusive os pássaros) durante um mês, para quebrar o ciclo bacteriológico. Este é um procedimento de difícil execução, uma vez que a maioria dos criadores não dispõe de 2 compartimentos para separar os pássaros.

PREPARAÇÃO PARA A CRIAÇÃO: Tratamento válido para adultos e filhotes.

Vermifugação: 30 dias antes do acasalamento e depois a cada 60 dias, pois os pássaros ficam em contato com as fezes da gaiola e microorganismos das verduras. Recomenda-se o seguinte:

-Proverme - na água durante 3 dias; parar por uma semana e repetir a dose. Verificar dosagem na bula do produto.

-Mebendazole - na farinhada durante 5 dias (1 g por kg).

MICOPLASMA: Organismo intermediário entre a bactéria e o fungo, é um dos maiores problemas na criação, porque vai minando o pássaro, enfraquecendo-0. O tratamento indicado é com TYLAN pó, na proporção de 2 g por kg de farinhada durante 3 dias seguidos. Este medicamento não erradica o micoplasma, mas baixa o nível de concentração. Pode ser usado também o LINCO SPECTRIN 100, na base de 1 g por kg de farinhada.

CLAVULIN 250: Antibiótico de largo espectro que gera um aumento de postura e sobrevivência dos filhotes, ministrado na proporção de 3 g por kg de farinhada, durante 5 dias antes do acasalamento. Deve ser usado com parcimônia.

IVOMEC:

Arrancar algumas penas da coxa do pássaro, para absorção através do folículo, e aplicar 1 gota antes do início do acasalamento. para combater os efeitos colaterais dos antibióticos, é necessária a utilização de um recuperador da flora intestinal específico para aves. Indica-se o uso constante de LACTO PLUS, no mercado existe atualmente o ENTRODEX (laboratório RAVASI) para a mesma finalidade, na proporção de três g por kg de ração. Um protetor hepático, à base de complexo B, também é recomendável.

DECIS 250 ou K-OTHRINE LIQUIDO:

Contra piolhos, aplicação 15 dias antes do início do acasalamento na proporção de 20 gotas por litro d’água.

Esta aplicação é para ser feita sob "jato aberto". Retiram-se os recipientes com água e alimentação e pulveriza-se tudo (inclusive os pássaros). No dia seguinte fornecer banho normal. Seria importante repetir esta aplicação uma vez por mês nas paredes do criadouro antre as gaiolas.

OCERAL POMADA:

Pomada utilizada na cura de fungos das patas dos pássaros, os quais devem ser mantidos isolados dos demais.

VITAMINAS:

Melhor aquelas que são adicionadas na farinhada. As misturadas à água podem servir como meio de cultura de fungos.

Antes do início da temporada de criação, durante o vazio sanitário, todos os equipamentos a serem utilizados e o quarto do criadouro deverão ser desinfetados com FORMOL - colocado em alguns recipientes, em diversos pontos do criadouro, devendo o mesmo ficar totalmente vedado e fechado por pelo menos 15 dias, após o qual ficará aberto sem qualquer pássaro dentro, pelo mesmo período. Usar também clinafarm, contra fungos.

SUPERPOPULAÇÃO: É um dos maiores problemas dos nossos criadouros, pois acarreta a proliferação de doenças. O número ideal de casais é de, no máximo 40 por 30 metros cúbicos construído (sem contar os filhotes).

Fonte: Canaril Valença

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