5 de ago. de 2011

TÉCNICAS DE ACASALMENTO NOS CANÁRIOS LIPOCRÔMICOS

TÉCNICAS DE ACASALMENTO NOS CANÁRIOS
LIPOCRÔMICOS
Álvaro Blasina
Resulta fundamental para atingir o sucesso na criação de canários, a compreensão de
que as "técnicas de acasalamento" começam bem antes de efetivamente juntarmos os
canários que iremos utilizar na criação. Permito-me enfatizar algumas etapas
fundamentais de extrema importância para o sucesso na criação.
Planejamento saber exatamente qual a cor que desejamos criar, o espaço de que
dispomos para a criação, fazer uma projeção o mais detalhada possível será o primeiro
passo para o sucesso.
Conhecimento Uma vez definida a cor que desejamos criar, devemos nos aprofundar no
conhecimento teórico e prático dessa cor. Quais são os critérios de julgamento, e quais
os canários de melhor qualidade no momento para podermos dessa forma definir com
mais clareza quais os canários do plantel que tem padrão suficiente para aspirar a um
resultado animador e quais estão longe o suficiente de nossas aspirações de forma que
os mesmos sejam descartados da criação. Considerando que em quase todas as cores
evidenciamos uma evolução notória na qualidade dos exemplares apresentados, resulta
fundamental uma permanente reciclagem e apurada observação para nos sentirmos
mais capacitados para uma justa avaliação dos nossos exemplares e comprar as
matrizes mais convenientes.
Fatores de seleção
O acasalamento é o momento mais importante no calendário ornitológico pois cabe a
nós extrairmos do material genético disponível, o maior proveito com produtos de alta
qualidade. Assim sendo, dependerá das decisões que tomemos, a qualidade dos filhotes
resultantes. Para tal fim, creio fundamental lembrar que podemos dividir os inúmeros
fatores de seleção, em dois grandes grupos, cuja compreensão é de extrema
importância. Chamaria estes grupos de "extremos" e "intermediários". Os fatores de
seleção "extremos" são aqueles que visam a máxima expressão sempre. O objetivo é:
quanto maior expressão, melhor. Assim sendo, um vermelho, quanto mais vermelho,
melhor; a plumagem, quanto mais sedosa melhor. A distribuição do lipocrômo, quanto
mais homogênea, melhor. Para estes fatores extremos, não há limites de qualidade e
portanto, nos pais devemos sempre procurar a maior expressão possível. Já os fatores
"intermediários" o cuidado é maior, considerando que o ponto ideal é um equilíbrio entre
os extremos. Temos como exemplo, o fator nevado. A névoa não pode ser nem muito
longa nem extremadamente curta. Os fatores que determinam a forma sempre estão
sujeitos a um equilíbrio constante. Ex. tamanho entre 13 e 15 cm, cabeça nem muito
grande nem pequena, peito nem muito profundo nem muito fino, etc.
Nestes casos, a formação dos casais deve sempre visar o complemento, ou seja, que
(considerando que nenhum canário é perfeito), os defeitos de cada componente do casal
sejam compensados com as virtudes do outro.
Prioridades Finalmente, devemos lembrar na hora do acasalamento, quais as prioridades
que serão levadas em conta na hora dos nosso pássaros serem julgados. São nessas
prioridades que devemos concentrar o nosso objetivo de qualidade, é claro, sem
desprezar os outros fatores. Nos canários lipocrômicos, por eles não apresentarem
melaninas, 50% da pontuação no julgamento corresponde à variedade (cor) e categoria
( intenso, nevado e mosaico). Concluímos portanto que caso desviemos nossa atenção
para outros fatores, ( tamanho, forma, etc.) as chances de insucesso estarão
aumentando.
Resta apenas desejar aos amigos canaricultores, muito sucesso e excelentes resultados,

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