5 de ago. de 2011

Alimentação

Minerais Quelatados Anuário Técnico Oficial - 4C - Junho 2004
Por José Carlos Benites
DEFINIÇÃO:
Os minerais quelatados são por definição: um íon metálico em meio a molécula(s) de aminoácido. Este íon fica meio a molécula proteica, esquematicamente como que cercado por pinças de lagosta (de onde vem a palavra: "chelate", e por isto quelato). Este termo foi usado já em 1920, e ainda que naquela época já se conhecesse este tipo de molécula, sua função nutricional não era bem conhecida.
Nesta forma de ligação química (quelato), o metal passa a ter características físico-químicas diferentes das usuais.
O mineral quelatado voltou a ser estudado nos anos 60, com intuito de se verificar diferentes níveis de absorção para diversas fontes de minerais proteinados. Determinados estudos utilizaram-se de minerais produzidos a partir de uma reação de EDTA, que porém produz uma forma de quelato de baixa disponibilidade e por isto não tiveram resultados positivos.
Nos anos 70 a AAFCO (a associação americana de controle dos produtores de ingredientes para ração) definiu Mineral Quelato como resultado de uma reação de um íon metálico em solução salina com aminoácidos, na proporção de um a três (preferencialmente dois) moles de aminoácidos para um de íon metal, e a molécula resultante não deve ultrapassar 800 daltons (medida de peso molecular) - para poder ser devidamente absorvida pelo animal.
ATUAÇÃO:
Os minerais Quelatos em as mesmas funções no organismo animal que os minerais comuns, porém devido a sua forma diferenciada de absorção (não sofrendo com as interações entre os minerais) dá um aporte de minerais mais eficiente, seja em quantidade, seja em pronta biodisponiblidade.
O Mineral Quelato é a forma em que determinados minerais encontram-se armazenados no fígado.
Por tudo isto, o íon metal encontra-se em uma forma prontamente utilizável melhorando as funções que exigem aportes rápidos de minerais como: sistema imunológico, fertilidade, produção de penas mais resistente, formação da casca de ovo, e melhor aproveitamento dos alimentos.

Nutrição de aves de criação
Tecnologias atuais
União dos Criadores de Canários de Sorocaba 2006
Rodrigo Silva Miguel
Médico Veterinário e criador especialista em nutrição de aves
Proprietário do Criadouro Caiapós desde 1983
Fone (11 )9961 4031 rsmiguel@ig.com.br
A constante evolução genética dos planteis exige cada vez mais cuidados para que não percamos tempo, dinheiro e o prazer desta atividade apaixonante que é a criação de aves.
A criação de sucesso está baseada em três pilares principais:
GENÉTICA - SANIDADE - NUTRIÇÃO
A Genética determina o ritmo da evolução dos planteis e para que estes possam expressar todo seu potencial, devemos acompanhar estas mudanças genéticas com evolução também na sanidade e na nutrição.
É claro que as instalações e o manejo também são muito importantes, mas sem a adequada manutenção dos três pilares a criação não chegará ao seu máximo.
No caso da nutrição, o suporte necessário à máxima expressão genética das aves ganhou nos últimos anos algumas ferramentas importantes no que diz respeito à otimização dos nutrientes disponíveis nas dietas. O perfil nutricional evoluiu muito nas últimas duas décadas, a relação entre os nutrientes está muito ajustada, as matérias primas utilizadas têm qualidade cada vez melhor, no entanto, era necessário fazer com que as aves conseguissem aproveitar de maneira mais eficiente cada componente presente na ração.
Neste sentido as pesquisas atuais nos brindaram com alguns aditivos capazes de promover este aproveitamento superior dos nutrientes das dietas e em pouco tempo estes aditivos tem se tornado parte indispensável das rações de melhor qualidade
Vamos agora descrever de maneira sucinta as funções de alguns destes aditivos e sua importância para a evolução cada vez mais especializada dos planteis:
Vitaminas Protegidas as vitaminas são nutrientes essenciais para o bom desempenho de todas as funções vitais das aves e devem estar presentes em quantidade suficiente e balanceada nas rações para que possam contribuir de maneira efetiva. Com a evolução das rações no sentido do processo de fabricação corno por exemplo a peletização, extrusão e também o aumento do prazo de armazenamento, houve a necessidade de tornar as vitaminas mais estáveis para que suportassem as altas temperaturas e permanecessem íntegras até sua absorção no intestino das aves. Outra necessidade era a de fazer com que as vitaminas passassem pelo trato digestivo das aves (moela, proventrículo), sem se degradar no Ph ácido destes órgãos, chegando assim ao intestino em quantidade e qualidade superiores. Sendo assim, desenvolveu se um processo de proteção ou encapsulamento das vitaminas para que isto fosse possível.
Minerais Orgânicos (Quelatados) com a mesma importância das vitaminas na nutrição das aves, os minerais também são componentes obrigatórios das rações e os cuidados com o balanceamento e as dosagens devem ser constantes. Os minerais estão divididos em macrominerais (Cálcio, Fósforo, Sódio, Potássio) e microminerais (Selênio, Cobre, Ferro, Zinco, Manganês, Cromo, Cobalto) em função das quantidades necessárias ao organismo. O fato dos microminerais serem necessários em quantidades menores, não significa que sejam menos importantes. São os microminerais parte integrante e responsáveis pelo bom funcionamento das enzimas endógenas que comandam todos os processos fisiológicos das aves entre os quais podemos citar: crescimento ósseo, muscular, empenamento, fertilidade, controle do stress, formação da casca do ovo, enfim tudo que se passa na ave é controlado por alguma substância do orgamismo (enzima endógena) e estas substâncias tem microminerais como parte de sua estrutura.
Para que possam ser absorvidos no intestino das aves, os minerais devem se ligar a um aminoácido específico e isto pode ocorrer no próprio intestino antes que os minerais passem pela zona de absorção e sejam excretados nas fezes, ou o processo pode ser otimizado com a utilização de minerais orgânicos ou quelatados. A quelação, é o processo de ligação dos microminerais com moléculas orgânicas (aminoácidos, açúcares, lipídeos, etc) com a finalidade de "antecipar" este processo para o organismo. A ligação que deveria ocorrer dentro do trato digestivo da ave, é feita antes e o micromineral chega à zona de absorção pronto para ser absorvido, fazendo assim com que uma maior quantidade dos elementos chegue à corrente sanguínea e possa desenvolver suas funções de maneira melhor.
Enzimas digestivas para o aproveitamento dos nutrientes da dieta é necessário que as aves consigam digerir os alimentos. Para isto utilizam enzimas presentes em todo o trato digestivo, desde a língua e saliva até o fígado, vesícula biliar e pâncreas. Contudo as aves possuem certas enzimas em quantidade suficiente para digerir apenas uma parte dos alimentos, ficando intocada uma outra parte que chamamos de substrato não digestlvel. Este substrato não digestível pelas enzimas das aves pode ser aproveitado pelo organismo se adicionarmos às dietas uma suplementação destas enzimas, fazendo assim com que o organismo possa retirar dos alimentos uma quantidade maior de nutrientes como proteína, energia, aminoácidos, fósforo, entre outros.
Probióticos para realizar a boa digestão dos alimentos, o intestino deve conter uma flora bacteriana que vai agir auxiliando esta digestão. Vários fatores como stress, medicação, competição com bactérias patogênicas (nocivas), podem alterar a composição desta flora intestinal, prejudicando a digestão e absorção dos nutrientes e consequentemente o estado geral de saúde da ave. Para prevenir e até mesmo restabelecer as boas condições da flora intestinal, podemos utilizar os probióticos que são compostos produzidos a partir de colonias de bactérias benéficas e que vão promover a colonização do ambiente intestinal, preservando e melhorando assim a condição digestiva da ave.
Prebióticos são compostos geralmente de polissacarídeos (mananoligossacarídeos) utilizados para facilitar a proliferação das bactérias benéficas no trato intestinal. Têm valor nutricional que permitem a estas bactérias se proliferar e tomar o espaço que poderia ser ocupado por bactérias nocivas ( patogênicas ), auxiliando na manutenção da boa flora intestinal.
Adsorvente de Micotoxinas a produção e armazenamento de sementes e grãos está sujeita à proliferação de fungos que facilmente se desenvolvem em nossas condições climáticas. Estes fungos são responsáveis pela produção de substâncias tóxicas às aves chamadas de Micotoxinas. São as micotoxinas que causam todos os problemas atribuídos aos fungos na alimentação das aves, como problemas hepáticos, renais, neurológicos, infertilidade e até mesmo mortalidade. Os aditivos adsorventes de micotoxinas têm a capacidade de se ligar a estas substâncias no intestino antes de serem absorvidas pelo organismo das aves e carreá-las para fora via fezes, anulando assim seu efeito deletério. É importante ressaltar que aditivos antifúngicos têm a propriedade de impedir a formação de fungos nos alimentos quando armazenados não tendo ação alguma sobre as micotoxinas; porém muitas pesquisas mostram que a produção de micotoxinas por fungos começa ainda nas plantações, chegando assim já produzidas ao armazenamento. Assim a utilização dos adsorventes de micotoxinas também é uma importante ferramenta para a manutenção da saúde das aves.
Vale a pena dizer que tudo que se pode oferecer em termos de nutrição, deve seguir critérios técnicos, pois o excesso pode prejudicar tanto ou mais que a carência de algum nutriente. Vitaminas e minerais tem interação entre si, de forma que altas doses de uma vitamina podem provocar bloqueio da absorção de outra assim como nos minerais; alguns minerais, apesar de essenciais, podem se tornar tóxicos em altas doses. De modo que utilizar estes recursos para obter sucesso na criação deve ser algo responsável e com acompanhamento técnico.
Estes produtos estão disponíveis no mercado e, tanto podem como devem fazer parte de uma ração ou farinhada de boa qualidade. As rações prontas já com os aditivos são o melhor meio para se utilizar, pois obedecerão a um balanceamento orientado por um técnico responsável, além de ser bastante complicado manusear doses pequenas destes aditivos em casa. A margem de erro é muito grande.
Como demonstramos acima, os recursos disponíveis para manter a boa saúde dos nossos planteis são muitos e naturalmente eficientes. Devemos assim, nos conscientizar de uma vez por todas que os tradicionais antibióticos ainda utilizados por alguns criadores, devem ter apenas função terapêutica (para o tratamento de doenças) e deixar de integrar de maneira contínua as rações. Os efeitos da utilização da antibióticos a longo prazo ou em doses inadequadas traz muito mais problemas do que benefícios. Mas este tema é assunto para outro artigo. Devemos e podemos prevenir doenças e ter bons resultados com boa alimentação!!!
Um excelente ano de criação a todos.

PROBIÓTICOS
(O que são e porque usá-los)
Sociedade Ornitológica de Jacareí - 2006
Clínica Veterinária Dr. Jorge de Jesus Belut
Rua São Cristovão, 139 - CEP: 18705-470
AVARÉ - SP
Probióticos são produtos administrados na alimentação das aves com a finalidade de melhorar as bactérias que vivem no trato digestivo das mesmas, auxilia no equilibrio salutar delas, também inúmeras outras funções. Eles controlam o poder das bactérias patogênicas no trato digestório, bem como suas atividades maléficas, eles funcionam como modulador, formando uma flora intestinal equilibrada e sadia, paralelo o probiótico auxilia a conversão alimentar, fazendo com que as aves absorvam mais os nutrientes e proteínas, fazendfo com que os filhotes dessa maneira, cresçam e ganhem peso, e com que as aves doentes ou senis recuperem-se mas rapidamente, evitando dessa forma secundarismo com mortes banais.
A avicultura moderna usa-o em massa, fazendo com que a produção de carnes e ovos seja mais precoce e bem abundante. Modernamente os passarinheiros estão cada vez mais usando nas farinhadas tais produtos, pois já estão vendo na prática o quão útil é seu uso, e a diferença que faz, e ainda mais levando-se em conta que os criadores tem um ambiente de reprodução praticamente esterilizados, com uma qualidade bacteriológica de água e alimentos que dificultam ou retardam a colonização e o estabelecimento da microbiologia intestinal, e tem que ser assim, ambiente e alimentos bem limpos e asseados, devido aos riscos em potencial de contaminação, o que acarretaria em grandes e graves patologias, com muitas mortes, principalmente de filhotes acometidas pelo processo.
Sabe-se que a natureza prove as mães de uma boa flora intestinal com as quais os filhotes têm contato logo ao nascerem e são as primeiras fontes de colonização do intestino da prole, isso não é fruto do acaso, e sim uma maneira de populacionar o digestório novo, servindo também como fonte de estímulo imunoproteção, estímulo ao desenvolvimento e correto funcionamento, com adequeda colonização da flora intestinal. O probiótico representa uma mão artificial tecnológica, em substituição, àquela da mãe natureza, transferindo os efeitos benéficos, pois o presente naturalmente adquirido, barrado pelo homem, cerceamento de sua criação, com a modernidade da evolução tecnológica.
A flora intestinal bacteriana das aves é muito vasta e variada, formando um complicado e dinâmico sistema para degradar o alimento, absorvê-lo, e fazer a conversão adequadamente, são bactérias predominantemente anaeróbicas, que colonizam o intestino, logo após o nascimento das aves, aumentando nas primeiras semanas de vida, perpetuando por toda a existência. Os principais agentes da flora intestinal das aves são, em ordem alfabética: bacillus, bacteróides, bifidobacterium, citrobacter, clostridium, enterobacter, enterococcus, escherichia, eubacterium, fusobacterium, lactobacillus, lactococcus, pediococcus, peptostreptococcus, propionibacterium, ruminococcus, serratia, veíllonella e streptococcus.
Algumas dessas bactérias ficam grudadas nas vilosidades intestinais do trato digestório, ali desempenhando suas funções, numa íntima associação, e há outras que ficam "andando" e colonizando o trajeto do tubo digestivo, desempenhando suas funções.
Qualquer fator: stress, temperatura, tanto para cima como para baixo, medicamentos, viral, tóxico, etc., levando a desequilibrar a flora intestinal, tornando-a patogênica, reflete diretamente na economia da ave.
Quais as ações dos probióticos.
Eles agem de duas formas, a saber:
1. Determinando altos e melhores índices zooeconômicos de conversão alimentar, com maior produtividade, conseqüentemente maior ganho de peso.
2. Correção de adequada colonização da flora bacteriana intestinal, com redução das bactérias patogênicas e suas desdiferenciações, tais como, a escherichia coli, a salmonela, por exemplo.
Benifícios.
Além da colonização da flora, conforme já foi citado, auxilia a digestão e absorção dos nutrientes.
Inibe o crescimento de bactérias estranhas ao ambiente intestinal.
Produção das vitaminas do grupo B.
Estimulação do sistema imunilógico, ativando os macrófagos.
Restabelece a flora intestinal após diarréia, desidratação, ação de medicamentos.
Melhora a plumagem, evita emagrecimento, combate o peito seco, diminui a perda da massa muscular nos processos crônicos, proteção da colônia do intestino, nos casos de intoxicações, processos virais, etc.
Quando administrar o probiótico.
Sempre administrar o mais precoce possível, logo após o nascimento das aves, na sua primeira semana, para que as bactérias presentes no produto colonizem e multipliquem-se, povoando adequadamente todo o trajeto digestivo da ave, evitando avanço dos patógenos, logo no começo da vida dela.
Como administrar o probiótico.
Misturando na ração.
Adicionando na água.
Pulverizando as aves, principalmente no ninho.
Usando nas camas, e outras maneiras.

Uma Alimentação Sadia e Natural Anuário Técnico Oficial - 4C - Junho 2004
Por Guy de Cock - Bélgica
Tradução: Neusa de Aquino .Gardes V.
CAoe - LÊ MONDE DÊS OIS!:AUX /
Normalmente podemos ler artigos que nos ensinam todo o tipo de truque e especialidade para manter nossas aves em boas condições. Frequentemente somos então tentados experimentar esta maneira de proceder. Esperamos os melhores resultados na criação. Uma muda menos difícil onde pensamos Ter encontrado «a» panaceia que elimina as doenças em nossos amigos alados.
De certa maneira existem determinadas raças que necessitam um tratamento bem específico. Mas a maioria das nossas aves se contenta com uma alimentação natural e sadia. Uma doença sempre requer um tratamento complicado. Uma adaptação do menu cotidiano pode fazer tanto bem quanto os medicamentos frequentemente muito fortes que são encontrados nas farmácias. As vezes acontece nos sentirmos fracos e abatidos após a ingestão de um ou outro medicamento.
Acontece a mesma coisa com as nossas aves! Este artigo não será uma enumeração de novos produtos miraculosos, mas somente um resumo da maior parte dos alimentos convenientes às nossas aves, com uma pequena explicação das suas utilizações e finalidades.
Cada um poderá assim fazer uma ideia do equilíbrio alimentar que procura para seus pássaros, determinando as mudanças que pode fazer e o momento que poderá ou deverá lhes conceder um «extra».
1 - As proteínas
O corpo é essencialmente construído de proteínas, principalmente os músculos, o coração, os rins, as penas, a pele, as patas e o bico. Partimos do princípio que, de acordo com o tipo de ave, compramos a mistura adequada ou a fazemos em casa. Na situação de condições climáticas adversas ou num período difícil, damos pio branco velho embebido em leite, ou ovos, para manter suas proteínas num nível ótimo.
2 - Aminoácidos
Tratam-se de proteínas simples, indispensáveis ao bom crescimento da plumagem. Quando a plumagem se apresentar desarranjada, frequentemente indica uma carência de leucina. Uma rica e variada mistura de sementes é suficiente para evitar tal carência.
3 - Hidratos de Carbono
Os hidrates de carbono são uma combinação de carbono, oxigénio e hidrogénio. A mistura de sementes normalmente ê suficiente para supri-los.
4 - Os lipídeos
As substancias graxas constituem urna fonte de energia complementar muito útil quando não administradas em excesso. No inverno as aves apreciarão um pequeno suplemento de gorduras para melhorar suas proteções contra o frio. Pode-se então administrar-lhes regularmente 5 gotas de Óleo de fígado de bacalhau para cada quilo de ração. Entretanto não se deve exagerar, pois as aves muito gordas têm dificuldade na procriação, ou antecipam a época da muda das penas.
5 - As Vitaminas
Uma carência Vitamínica propicia grande receptividade às doenças, frequentemente seguido de uma criação deficiente.
A - Vitaminas Lipossolúveis
a) Vitamina A
Esta Vitamina cuida do funcionamento eficiente das células epiteliais, das mucosas, da visto e da respiração. A melhor fonte é o óleo de fígado de bacalhau, assim como o leite, as gemas dos ovos e os legumes verdes (ex., espinafre, acelga, salsa, etc.).
As aves em crescimento tem necessidade de um fornecimento duplo de Vitamina A. Se for fornecida a Vitamina A adequadamente, as mesmas crescerão durante uma estação, ou mais duas. Os periquitos e os canários brancos recessivos (assim com os prateados) deverão receber semanalmente uma boa dose de vitamina A.
b) Vitamina D
É necessária ao bom desenvolvimento e à formação dos ossos, unhas e bico. Uma carência leva a uma debilidade e a uma deformação das patas ou malformação articular. As fêmeas botam ovos sem casca ou de casca muito fina. A melhor fonte é o sol.
Deixar os pássaros aproveitar ao máximo os raios solares é fundamental, principalmente com sol direto.
Se isto não for possível, poderá ser substituído por radiação ultravioleta obtida através de lâmpadas especiais.
Encontra-se no comércio as Vitamina A e D em gotas, porém o óleo de fígado de bacalhau, as gemas e o leite são igualmente importantes como fonte desta Vitamina.
c) Vitamina E
É essencial para a fecundidade, crescimento e desenvolvimento normais. Aconselha-se administrar sementes germinadas, óleo de germe de trigo ou milho, gema e verdura fresca.
d) Vitamina K
Também chamada de Vitamina coagulante. Encontra-se em legumes, como a cenoura, couve, etc., e em algumas sementes, como o canhamo.
B - Vitaminas Hidrosolúveis
1 - Vitaminas do Complexo B
As vitaminas do complexo B geralmente são resultantes de transformações metabólicas:
a - Tiamina ou Aneurina - (B1)
Esta vitamina tem a importante função na metabolização dos hidratos de carbono. Sua carência leva à perda do apetite e às consequências que esta causa. Ê encontrada sobretudo nas sementes germinadas e no levedo de cerveja. Em menores quantidades na gema, no leite em pó, nas frutas e legumes frescos.
b - Riboflavina (B2 ou G)
Uma carência em B2 leva a uma produção deficiente de ovos, mortes embrionárias, paralisias das patas e mal desenvolvimento da penas. Em sementes de boa qualidade, as quantidades de vitamina B2 são suficientes. Um suplemento poderá ser oferecido através do levedo, das verduras, ovos e leite em pó.
d - Colina
A carência de colina e de manganês poderá determinar colestase hepática. Fontes: levedo de cerveja, leite em pó e sementes.
e - Biotina (H)
As sementes frescas complementadas por tomate e espinafre dão biotina suficiente.
f-Vitamina B12
Esta vitamina contém cobalto e ferro e estimula o crescimento e metabolização do sangue. Encontra-se em produtos de origem animal.
11 - Vitamina C
Esta vitamina deverá ser ministrada unicamente em casos especiais, como doenças, envenenamento ou constantes estresses. Os agrumes (cítricos) são os mais indicados para isto.
Vitaminas em Geral
Observamos que boa variedade de verduras e qualidade de sementes são fundamentais. Em principio a administração de vitaminas suplementares é inútil, salvo em circunstâncias especiais. No inverno a feita de verdura poderá ser compensada por outros produtos naturais contendo estas mesmas vitaminas. Pode-se também fazer uso de preparações comerciais de vitaminas: os complexos vitaminicos.
6 - Minerais
Dentro de uma boa alimentação 810 igualmente necessários os minerais, como cálcio (Ca), fósforo (P), cloro (Cl), sódio (Na), magnésio (Mg), zinco (Zn), potássio (K), ferro (Fe), manganês (Mn), cobre (Cu), enxofre (8) e iodo (l). Estes minerais ajudam na boa alimentação dos músculos, das glândulas, dos nervos e do cérebro. O cálcio e o mineral de maior importância para a formação dos ovos, desenvolvimento do esqueleto, coagulação sanguínea e funcionamento do sistema nervoso e dos órgãos.
O fósforo é importante para a construção dos ossos no metabolismo das proteínas e dos lipídeos.
O magnésio mantém o equilíbrio entre o cálcio, o fósforo e a vitamina D. A maior parte dos minerais se encontram dentro de uma boa alimentação. As cascas das ostras (85%), ossos (80%), as cascas dos ovos e o calcáreo são ricos em cálcio.
O iodo se encontra nos ossos, cascas de ostras, ovos, leite e óleo de fígado de bacalhau.
O cobre é importante para a boa composição do sangue. De tempos em tempos podemos colocar um pouco de sal de cozinha (cloreto de sódio) dentro da água. Percebe-se que muitos dos produtos provenientes do mar são ideais para manter a taxa de minerais. Cascas de ostras trituradas, ossos e eventualmente — algas são excelentes complementos.
É muito aconselhável colocar-se dentro das gaiolas recipientes com alimentos que contenham essas substâncias: as aves escolherão e complementarão, elas mesmas, suas necessidades.
7-Verduras
Toda espécie de verdura contém diferentes vitaminas e certos minerais. Na maior parte desse legumes encontramos ferro, cobre, zinco, manganês, iodo, cálcio, magnésio, potássio, sódio, fósforo e cloro. Eles possuem igualmente um alto teor em proteínas e carotenos na sua fase de crescimento. É melhor distribuir os legumes tenros. Estes legumes e verduras deverão ser os mais escuros possíveis para estarem em seu pleno valor nutritivo; os distribuiremos, sempre que possível, preferentemente pela manhã ou ao meio dia, em quantidade tal que em duas horas tenham sido consumidos.
Hoje é mais fácil do que antigamente, porque encontramos os legumes em todas as estações. É preferível procurar o verdureiro do que o farmacêutico; naquele podemos escolher: acelga, espinafre, folhas de cenouras, couves, aipo, salsa, agrião, dente-de-leão (inteiro), repolho, folhas de algumas árvores frutíferas, e, muito importante (principalmente, antes da estação de criação) é a distribuição de sementes germinadas.
Estas, além de serem muito nutritivas para os filhotes, são igualmente ricas em vitamina E, indispensável à fecunidade.
8 - Água
Todas as aves devem receber imperativamente água fresca diariamente (mesmo que isto não seja facilmente possível). Esta água é o meio de dar a comida e de ajudar as aves nas suas regulações de temperatura corporal. A água da chuva é muito saudável, porém não pense que a água da torneira é nociva. Esta contém cloro, que combate as bactérias nocivas.
Fique também atento para que as aves tenham à disposição água fresca para banho. A ave é um animal limpo!


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